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Aeroviários protestam em SP



Fábio Monteiro .

O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru) promoveu, na noite de ontem, um protesto no Aeroporto Internacional de São Paulo. Cerca de 150 trabalhadores do setor aéreo se juntaram à manifestação, que buscava denunciar as dificuldades diárias enfrentados pelos empregados. As principais queixas dizem respeito à falta de funcionários nos terminais brasileiros, além de assédio moral das companhias aéreas e de agressões sofridas pelos trabalhadores nos locais de atendimento.

O presidente do Sindigru, Orisson Melo, disse que a manifestação era importante para alertar os passageiros acerca dos problemas do setor. "Temos uma carência de trabalhadores nos aeroportos, o que obrigan os empregados a dobrarem suas respectivas jornadas, indo contra a regulamentação do setor", disse. Outra reclamação recorrente, de acordo com o sindicalista, é o assédio moral que os empregados sofreriam por causa da incompreensão, por parte das empresas aéreas, em relação à sobrecarga de trabalho. "Todos os dias, nos deparamos com pessoas que são afastadas por depressão, causada por chefes que cobram padrões e horários para atendimento que nem sempre são possíveis", ressaltou. O Snea, sindicato das companhias, informou que não tomou conhecimento do protesto e que, por isso, não iria se pronunciar.

As agressões físicas também foram objeto do protesto. "Vários trabalhadores foram agredidos por passageiros, que perdem a paciência por conta de atrasos e pensam que a culpa é sempre de quem está atendendo", afirmou. A precariedade de estrutura também incomoda os aeroviários. "Estamos no maior aeroporto da América Latina, que funciona 24 horas por dia. Porém muitos funcionários terminam seus turnos de madrugada e precisam ir a pé para casa, porque não há transporte público que possa atendê-los. É uma vergonha", denunciou Melo. De acordo com o sindicato, protestos paralelos também foram programados para os aeroportos de Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Privatização

Apesar de o protesto ser focado na melhoria das condições de trabalho, os aeroviários aproveitaram o movimento para mostrar suas preocupações com a decisão recente de privatizar três aeroportos brasileiros. "O governo usa o argumento de que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos vão aumentar o movimento e que não é possível realizar as obras em tempo hábil, mas a gente sabe que isso só vai resultar em aumento de tarifas para os passageiros", disse o presidente do Sindigru, Orisson Melo.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Andomenda









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