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Infraestrutura ruim afasta superjumbo do Brasil








Diretor da Airbus afirma que A380, maior avião do mundo, só não opera no país porque terminais não têm capacidade.

Empresas poderiam substituir 2 voos diários para rotas na Europa e nos EUA por um com a aeronave, diz executivo.

Mariana Barbosa.

Os problemas de infraestrutura aeroportuária são a única razão para o Airbus-A380, maior jato do mundo, com capacidade para 550 passageiros, não estar em operação no Brasil. A aeronave voa para todos os continentes, mas não para a região da América Latina.

Segundo Joaquin Toro Pietro, diretor de marketing da Airbus e que até poucos meses atrás se ocupava especificamente de América Latina, as rotas que ligam São Paulo a Paris, Miami, Frankfurt e Nova York apresentam nível de demanda compatível com o tamanho do avião.

"Estudos de tráfego mostram que a TAM poderia facilmente substituir dois voos diários em qualquer dessas rotas por um com o A380."

"Mas antes tem que resolver o problema de infraestrutura, com a ampliação do terminal de passageiros e da capacidade de processar malas, passaportes."

Para Pietro, um avião maior poderia aproveitar melhor a capacidade de tráfego aéreo do aeroporto, com mais passageiros por voo.

O executivo estima que, até 2030, cerca de 20 aviões de grande porte, como o A380, estarão voando na América Latina. Desses, nove seriam no Brasil.

Se não fosse o problema da infraestrutura, Air France e Lufthansa também teriam interesse, segundo Pietro, em voar para o país com o A380.

O avião entrou em operação em 2008 e integra a frota de cinco companhias. São 44 jatos em operação e 240 encomendados. Em conversa com jornalistas da América Latina em Toulouse, sede da Airbus, Pietro se disse otimista com relação às obras de reforma dos aeroportos no Brasil.

"Creio que [a presidente] Dilma vai investir para melhorar os aeroportos em razão da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016." "Infelizmente, as obras já deveriam estar mais avançadas", afirmou.

GUARULHOS

Para Pietro, Guarulhos teria potencial para ser um grande centro de conexões internacionais, sobretudo diante da perspectiva de abertura de mercados, com a negociação de acordos de céus abertos entre Brasil e EUA e Europa.


Mas a demanda no mercado doméstico e a dificuldade de ampliar o aeroporto limitam o potencial, diz. "Guarulhos estaria muito bem localizado para ser um hub [centro de conexões] internacional, mas infelizmente falta capacidade."

LAN E TAM

O forte crescimento do mercado brasileiro, e da América Latina em geral, deve levar a Latam, associação entre a chilena LAN e a brasileira TAM, a comprar mais aviões, acredita o executivo.
As duas são clientes da Airbus desde 1998 e, juntas, estão próximas de se transformar no maior cliente da Airbus no mundo. Juntas, operam 211 aviões, dos quais 139 pertencem à TAM.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO / NOTIMP



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