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Defesa: Frustração coletiva









Corte de R$ 4 bi agravará sucateamento das Forças Armadas.

Universidades, parlamentares e servidores também chiam.

Tiago Pariz e Ivan Iunes.

Brasília – Apesar de os detalhes do corte no Orçamento da União ainda não terem sido divulgados, diversas áreas já foram avisadas que terão os recursos previstos para este ano reduzidos. Os militares, por exemplo, estão insatisfeitos por terem perdido parte significativa dos investimentos previstos para a modernização da aparelhagem de defesa. Também foram obrigados a ver novamente adiado o anúncio da compra dos caças do projeto FX-2, embora a aquisição das aeronaves não fosse impactar as despesas deste ano.

O corte de R$ 4 bilhões anunciado pelo governo para o ministério da defesa colocou uma incógnita justamente sobre o cronograma previsto para o reaparelhamento militar brasileiro e irritou profundamente os militares. O reaparelhamento seria voltado para a compra de caças de combate com transferência de tecnologia e a construção do submarino de propulsão nuclear para patrulhar a costa brasileira. Entre todos os programas, o que sofre mais críticas dos militares pelo atraso é justamente a compra dos 36 caças. Muitos acusam a demora na escolha do substituto dos Mirage 2000, que será aposentado em 2015, unicamente a pendências políticas, já que a primeira parcela do negócio só seria descontada no ano que vem, com a economia já equilibrada.

A frustração também se espalhou nas instituições de ensino federais. Reitores protestaram contra a navalhada nas despesas, argumentando que, mesmo sem o corte, o dinheiro disponível para a educação superior é insuficiente para o tamanho do déficit de ensino que existe no país.

Prefeitos e parlamentares da base aliada também estão insatisfeitos com o corte. O ministro das Cidades, Mário Negromonte, tem ouvido muita reclamação. A principal é em relação ao dinheiro de orçamentos dos anos anteriores que ainda não foi liberado. Caso esses recursos sejam afetados, muitos projetos em andamento podem ser suspensos. Negromonte informou aos aliados que, de 2007 a 2009, há cerca de R$ 5 bilhões de verba para ser aplicada em 2011. Deputados e prefeitos temem que esse dinheiro seja riscado e as obras, interrompidas.

Já os governadores dos nove estados do Nordeste estão preocupados com a interrupção de projetos de irrigação no semiárido, que compreende obras de pequeno porte mantidas sobretudo por meio de emendas parlamentares, cortadas em quase R$ 19 bilhões.

Em outra frente, os servidores do Poder Judiciário não terão aumento nos subsídios, enquanto concurseiros e os já aprovados em seleções públicas aguardam a definição do governo sobre quais certames serão mantidos, ou se todos serão realmente adiados, conforme foi anunciado. Na Polícia Federal, os delegados e os agentes terão de esperar mais um ano para ver se a construção da nova sede sai do papel.

Fonte: ESTADO DE MINAS / NOTIMP



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