|

Aeroportos: Remoção de aviões começa em março







Adriana Aguiar.

A Justiça começará em março a remover os 119 aviões envolvidos em processos e que estão se deteriorando em diversos aeroportos do Brasil. O primeiro será um Airbus da Vasp, sem painel de controle, poltronas e até sem teto, que está parado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Em seguida, deve-se dar um destino a outras oito aeronaves da companhia aérea em Congonhas, estacionadas em uma área de 170 mil metros quadrados pertencente à Infraero. A ideia é recolher até dezembro todas as aeronaves existentes no país.

Essas metas fazem parte do Programa Espaço Livre, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Comitê Executivo, que conta com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero, membros da aeronáutica, Ministério Público, entre outros, realizou ontem sua primeira reunião.

Além dos aviões de companhias aéreas falidas (Vasp e Transbrasil), serão retiradas aeronaves particulares, que contam com pendências judiciais, como questões de sucessão familiar ou que pertenciam a traficantes de drogas. Esses aviões, que ficam anos parados à espera de uma decisão judicial definitiva, têm um custo médio diário de estadia de R$ 1,2 mil.

O destino desses aviões agora será definido pela Anac, que deve desenvolver estudos para avaliar o grau de deterioração de cada um. Segundo o juiz-auxiliar da Corregedoria do CNJ Marlos Melek, muitos terão que ser vendidos para compradores de sucatas. "Porém, alguns terão um destino mais nobre", diz. Segundo ele, o governo do Distrito Federal, por exemplo, pretende comprar um desses aviões para decorar a biblioteca de uma escola pública, o que deve servir como mais um atrativo para que as crianças utilizem o espaço. Um órgão publico do Rio de Janeiro também manifestou interesse em utilizar uma dessas aeronaves para treinamentos de segurança policial. O Museu Asas de um Sonho também pretende adquirir pelo menos um dos aviões da Vasp.

Para evitar novas ocorrências, a aeronáutica deve apresentar em 60 dias ao CNJ um estudo para apontar aeroportos de referência que poderiam receber esses aviões, onde eles poderão ficar parados por, no máximo, oito meses. Caso a pendência na Justiça não seja resolvida a tempo, o avião deverá ser leiloado e o valor será depositado em conta judicial, que indenizará a parte que vencer a ação. "Não vamos permitir que novos aviões de R$ 30 milhões sejam vendidos por R$ 200 mil", diz Melek.

Fonte: VALOR ECONÔMICO / NOTIMP



Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented