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Chávez comprou 1.800 mísseis da Rússia em 2009






Jornal "Washington Post" divulga informação com base no registro de controle de armas feito pela ONU.

Americanos temem que armamento pare nas mãos das Farc e do narcotráfico mexicano, revela site WikiLeaks.

A Venezuela adquiriu da Rússia pelo menos 1.800 mísseis antiaéreos individuais e portáteis em 2009, segundo o registro de controle de armas das Nações Unidas, informou o jornal norte-americano "Washington Post".

Os EUA temem que esse armamento possa parar nas mãos das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e de cartéis de drogas do México.

A preocupação com o destino das armas está presente em documentos sigilosos revelados pelo WikiLeaks.


Esses mísseis, de alcance de quatro a seis quilômetros, não precisam de uma base, como um caminhão, para que sejam usados. Os combatentes podem apoiá-los nos próprios ombros.

Em entrevista ao "Post", Matt Schroeder, especialista em mísseis da Federação dos Cientistas Americanos, disse que os mísseis estão entre os mais sofisticados do mundo.

A preocupação americana é que a artilharia possa derrubar, por exemplo, os helicópteros Blackhawk usados em território colombiano.

A parceria no campo militar entre russos e venezuelanos não é de hoje.

Entre 2006 e 2008, ainda segundo o Registro Convencional de Armas da ONU, os russos venderam 472 mísseis, 44 helicópteros de ataque e 24 aeronaves de combate, tudo financiado pelo dinheiro do petróleo.

Em telegrama de agosto de 2009, divulgado pelo WikiLeaks, os diplomatas americanos escrevem que munição russa vendida para a Venezuela foi encontrada com guerrilheiros das Farc.

Tal descoberta vai na contramão da promessa dos russos aos americanos de que as armas não acabariam nas mãos de terceiros.

INFLUÊNCIA CHAVISTA

Em outro despacho revelado pelo WikiLeaks, o ex-embaixador americano no Chile Craig Kelly afirmou ser um erro considerar Chávez um "palhaço" ou "caudilho ultrapassado".

A consideração está presente em um relatório de 2007, época em que atuava como diplomata no país.

Kelly, que depois foi secretário-assistente de Estado, propôs fortalecer as operações de inteligência dos EUA na América Latina como forma de entender os objetivos a longo prazo de Chávez.

Para ele, também era importante fazer com que os vizinhos regionais da Venezuela se opusessem ao governo chavista, por meio de medidas como a exclusão dos venezuelanos do bloco de livre comércio da região.

Mais do que isso, os EUA deveriam cortar as relações comerciais com os países do Cone Sul se a Venezuela fosse aceita no Mercosul (falta apenas o Paraguai ratificar a adesão).

Essas recomendações fazem parte de um manual elaborado por ele para neutralizar a influência chavista na América do Sul, especialmente sobre os países que cooperam com Chávez.

"Países pobres, como o Uruguai, não são muito vulneráveis à ideologia chavista, mas aos seus petrobolívares", escreveu Kelly.

O ex-embaixador classificou Brasil e Chile como "países com predomínio da esquerda, mas democráticos e responsáveis economicamente".

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO, via NOTIMP




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