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Alerta no ar









André Garcia

Dois alertas feitos na semana passada sobre a aviação brasileira voltaram a demonstrar a necessidade de melhorias urgentes no setor. Em um período de dois dias, a Associação Internacional de Transporte aéreo (Iata) e o jornal britânico Financial Times traçaram cenários sombrios que, se não chegam a surpreender os passageiros (forçados a se habituar a atrasos constantes e cancelamentos), poderiam servir para acelerar providências.

O primeiro alerta veio do diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani. Durante evento no Panamá, ele classificou a infraestrutura de transporte aéreo do Brasil como um “desastre de proporções crescentes”. Segundo Bisignani, “treze dos 20 maiores aeroportos não conseguem acomodar a demanda nos terminais de passageiros existentes, e a situação é crítica em São Paulo (aeroporto de Guarulhos), maior hub internacional da região.”

O chefe da Iata, que representa mais de 200 companhias, não parou por aí. Para ele, o Brasil corre sério risco de passar por um “constrangimento nacional” durante a Copa e a Olimpíada caso não resolva o problema dos aeroportos. “O Brasil precisa de instalações melhores e maiores para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, mas não vejo progresso e o tempo está correndo”, disse Giovanni Bisignani. “O tempo para debates acabou", ele acrescentou.

Fim do ano

Antes de a presidente eleita cumprir sua promessa de cuidar da questão dos aeroportos, no entanto, tem a forte demanda por voos nas vésperas das festas de fim de ano. A preocupação com um novo apagão aéreo em dezembro fez com que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) convocasse para hoje uma reunião, em regime de urgência, com os presidentes das principais companhias aéreas, representantes da Infraero, da Polícia Federal, da Receita Federal e do Departamento de Controle do Espaço aéreo (Decea). A ideia é montar uma operação de guerrilha para evitar atrasos e o caos já observados em outras ocasiões. Com mais passageiros viajando de avião, a prevenção pode ser a melhor saída, enquanto os investimentos não saem do papel.

Fonte: ESTADO DE MINAS, via NOTIMP




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