Pilotos relatam contrastes e extremos na viagem da Amazônia ao sul do Chile
A viagem começou no dia 28 de setembro e os 16 militares que viveram essa aventura passaram por onze cidades, entre elas Campo Grande, Foz de Iguaçu, Córdoba e Bariloche. A expectativa de encontrar mau tempo na rota é sempre uma preocupação especial para pilotos de helicópteros e uma severa condição meteorológica se confirmou já em Campo Grande (MS), no dia 30, onde a tripulação teve que realizar um pouso de segurança numa fazenda e pernoitar ali mesmo, em pleno descampado, sob a proteção das próprias asas rotativas. “Dormir sob condições inóspitas é normal para qualquer tripulação de salvamento e resgate. O curioso foi acordar cercado de centenas de cabras e bodes pastando ao nosso redor”, relata o Major-Aviador Marlio Estebanez, da Forca Aérea Brasileira, comandante da missão. No dia 3 de outubro, com a melhoria do tempo, os helicópteros seguiram para o esperado cruzamento da Cordilheira dos Andes. No trajeto, passaram ao lado do Vulcão Trondor, cujo pico atinge a marca de 11 mil pés de altitude (cerca de 3.500 metros). “A amplitude das variações dos mais diversos aspectos foi um marco deste traslado. Na mesma missão, dormimos em sacos e também em hotéis. Despencamos dos 40° C do clima amazônico, passamos por 4° C na travessia dos Andes e estamos em Puerto Montt convivendo com 12° C e uma garoa constante . Trazer até aqui o pessoal com segurança e representar o Brasil no exercício foi emocionante e muito gratificante, pois poderemos voltar mais preparados para cumprirmos nossa missão, que é salvar-vidas”, destaca o Major Estebanez. 
Para participarem do exercício COOPERACIÓN I, realizado no Chile, dois helicópteros HC-60 Black Hawk, pertencentes ao Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV), com sede em Manaus (AM), percorreram quase seis mil quilômetros. Foram cinco dias de contrastes e extremos para chegar à cidade de Puerto Montt, ao sul do Chile.
FORÇA AÉREA FM - Ouça boletim sobre a participação da FAB no exercício
