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Missão da FAB no Haiti é tema de palestra no Clube Militar






Homenagem do CLube MIlitar à FAB 2010Uma terra devastada após um terremoto de 7,3 graus na escala Richter, sem fornecimento de água ou energia elétrica. Este foi o cenário que os militares da Força Aérea Brasileira (FAB) encontraram no Haiti no dia 14 de janeiro de 2010, data da primeira missão da operação de ajuda humanitária que, ao longo de cinco meses, socorreu as vítimas do terremoto.Essa jornada foi tema de uma palestra ministrada no dia 14 de outubro no Clube Militar, no Rio de Janeiro, por Oficiais da FAB envolvidos na missão. O evento integra as comemorações da Semana da Asa 2010 e teve a presença de militares das três Forças Armadas e civis.

O Comandante da V Força Aérea (V FAE), Brigadeiro-do-Ar Úmile Rende Neto, explanou a respeito das missões de transporte aéreo. Em sua palestra, o Comandante do Hospital das Forças Armadas (HFA), Brigadeiro-Médico José Maria Lins Calheiros, tratou do Hospital de Campanha (HCAMP) montado no Haiti, o qual ele comandou. O Comandante do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial do Rio de Janeiro (BINFAE-RJ), Tenente-Coronel Infantaria Almir Pinto de Lima, abordou a Unidade Celular de Segurança e Defesa e o trabalho da Unidade Celular de Intendência, que proveu apoio aos militares envolvidos.

A missão engajou aeronaves C-130, KC-137, C-99 e C-105 em 153 missões eHomenagem do CLube MIlitar à FAB 2010 totalizou 4.140 horas de voo. Para se ter uma idéia do esforço realizado, a distância entre a cidade do Rio de Janeiro, sede da V FAE e de onde partiu a maior parte das missões, e a capital do Haiti, Porto Príncipe, é de 5.600 quilômetros. Uma missão típica de C-130 consumia 23 horas de voo.

“Nenhuma outra operação que tenhamos realizado chegou a esse porte. Como Comandante, é muito gratificante ter cumprido essa missão e agora temos que compartilhá-la”, afirmou o Brigadeiro Úmile. O Comandante da V FAE destacou ainda o empenho dos militares da V FAE. “Tivemos militares que, estando em férias, se apresentaram para o trabalho mesmo sem terem sido escalados. Houve até mesmo um suboficial que solicitou que o pedido de ingresso na reserva fosse postergado para que ele pudesse atuar na Operação Haiti”, observou.

Em decorrência do terremoto, todos os hospitais de Porto Príncipe ficaram inoperantes. Cinco dias após o abalo sísmico, o Hospital de Campanha da FAB já estava em funcionamento.

“Encontramos um local devastado. Havia um grande número de desabrigados, condições sanitárias precárias, corpos nas ruas e corpos presos nos escombros, falta de água e energia elétrica, fuga de presos e supermercados saqueados. Era uma verdadeira guerra”, definiu o Brigadeiro Calheiros.

Homenagem do CLube Militar à FABEntre os dias 15 de janeiro e 27 de maio o HCAMP realizou 36 mil atendimentos e 1,4 mil cirurgias, principalmente casos de trauma. Para que o HCAMP tivesse condições de operar, foram deslocadas ao Haiti uma Unidade Celular de Segurança e Defesa e uma Unidade Celular de Intendência (UCI). Vinte e quatro horas após o acionamento do Comando Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o pelotão da Unidade de Segurança já estava pronto para o embarque. Essa Unidade realizou a missão de controlar o acesso ao HCAMP, a segurança perimetral das instalações da FAB e contava com uma força de reação. A UCI prestou apoio ao efetivo desdobrado, como fornecimento de energia elétrica e alimentação.

“A capacidade de mobilidade que a FAB demonstra só é possível se todos os setores apoiadores responderem prontamente, e essa operação mostrou que estamos prontos a apoiar o desdobramento de qualquer unidade. Estamos prontos para cumprir qualquer missão, em qualquer lugar, a qualquer momento”, afirmou o Tenente-Coronel Almir.

Os relatos dos militares da FAB e as imagens exibidas durante as palestras emocionaram, em especial, um militar da plateia. O Tenente-Coronel Felipe Ledo Nogueira Alves, da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, integrou o décimo segundo contingente do Batalhão Brasileiro no Haiti (BRABATT) e chegou ao país após o terremoto.

“Mesmo com as missões em apoio ao Haiti após o terremoto a FAB não cancelou nenhuma missão do rodízio de contingente. Houve um esforço das três forças para apoiar nossos militares que estavam lá e ajudar a população. No BRABATT, sentimos esse esforço da Força Aérea e nos sentimos amparados”, relatou o Tenente-Coronel Felipe.

Fonte: III COMAR



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