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FX-2: Compra de caças fica para depois da eleição








Dia da Independência

Um ano após o presidente Lula afirmar que país escolheria aviões franceses em licitação internacional, ministro diz que decisão não sai antes de outubro

Igor Silveira e Josie Jerônimo

Brasília O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem, após o desfile de Sete de Setembro em Brasília, que a decisão sobre a compra de caças supersônicos pelo governo brasileiro só será anunciada após as eleições de outubro. A decisão sobre a aquisição dos aviões de combate se arrasta desde o Dia da Independência do ano passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e garantiu que o país compraria por licitação os aviões Rafale, fabricados pela empresa francesa Dassault. A sueca Saab, responsável pelo projeto da aeronave Gripen, e a norte-americana Boeing, que produz o F-18, também estão na disputa para vender as aeronaves para o Brasil, e o pronunciamento de Lula em 2009 abriu uma saia justa nas negociações que envolveram críticas dentro e fora do governo. O valor final da compra pode chegar a R$ 10 bilhões.

Depois das eleições, será uma questão de semanas para que o presidente Lula analise o assunto. Antes não sai nada. Ele já avisou que pretende anunciar a decisão ainda este ano, destacou Jobim, deixando claro que o futuro presidente não herdará essa polêmica escolha com a faixa no dia da posse.

A preferência do governo brasileiro pelos caças franceses foi alvo de críticas, por colocar critérios políticos à frente de questões técnicas. Em janeiro, foi revelado relatório da Força Aérea Brasileira (FAB) dando preferência ao avião sueco Gripen, de menor custo e com garantia de participação da indústria nacional no processo de desenvolvimento tecnológico. A FAB, no entanto, recuou posteriormente em sua decisão, aumentando a desconfiança entre militares e opositores do governo Lula de que na decisão pesariam mais fatores políticos que técnicos.

A compra dos novos caças tem duas finalidades práticas: intensificar a patrulha da Amazônia e da faixa de mar do pré-sal. Os equipamentos estarão aptos a fazer interceptações Aéreas e ataques em solo. Além dos 36 caças previstos no processo de seleção atual (batizado de FX-2), a FAB pretende ainda fazer novas aquisições nos próximos 15 anos, chegando à marca de 120 aeronaves. A ampliação do poderio militar brasileiro também está relacionada às intenções do país em reforçar sua influência política no cenário internacional. O argumento é de que, com um aparato militar mais significativo, o país estaria melhor preparado para disputar uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, importante bandeira política externa brasileira.

O desfile de Sete de Setembro em Brasília foi marcado por forte calor e algumas novidades na apresentação militar, orçada em R$ 3 milhões, segundo o edital de licitação. A banda presidencial inovou e chamou a atenção do público ao tocar um repertório pouco convencional, que incluía músicas da cantora norte-americana Lady Gaga, da colombiana Shakira e do brasileiro Luan Santana.

festa da pátria Em Belo Horizonte, o tradicional desfile cívico-militar levou cerca de 20 mil pessoas à Avenida Afonso Pena. Com a bandeira do Brasil nas mãos, o público demonstrou seu amor pela pátria, não tirou os olhos dos caminhões e tanques de guerra e se encantou quando um destacamento do Exército soltou pela avenida uma fumaça com nas cores verde e amarela. A parada contou com a participação de 5,1 mil pessoas, entre militares e civis. (Colaborou Daniela Galvão).

Fonte: ESTADO DE MINAS, via NOTIMP

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Definição de novo caça sai após eleições, diz Jobim

"Presidente deseja tomar decisão ainda neste ano", afirma ministro da Defesa Jobim diz que análise técnica já foi concluída; no ano passado, Lula e Sarkozy anunciaram negociação de 36 caças

Fábio Amato

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que a definição sobre o novo caça que vai equipar a FAB (Força Aérea Brasileira) será feita ainda no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A decisão será tomada por Lula em "questão de semanas" após as eleições: "Antes das eleições não acontecerá nada. O presidente deseja tomar a decisão ainda neste ano", disse Jobim depois de acompanhar o desfile de Sete de Setembro em Brasília.

Jobim afirmou que já foi concluído o processo de análise técnica, que avaliou os três modelos que disputam o contrato bilionário com o governo brasileiro: o Gripen NG, da sueca Saab, o F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e o Rafale, da fabricante francesa Dassault, favorito para vencer a disputa.

No ano passado, após o desfile de Sete de Setembro, o presidente Lula e seu colega francês, Nicolas Sarkozy, que visitava o país, fizeram comunicado anunciando a abertura de negociações para adquirir 36 caças Rafale.

Jobim já deu diversos prazos para quando o governo baterá o martelo. Em março, por exemplo, o ministro havia prometido uma decisão para abril. Depois, Jobim disse que a definição poderia sair no primeiro semestre.

Em março, como revelou a Folha, o ministro havia ignorado o ranking da Aeronáutica que apontou o caça sueco Gripen NG em primeiro lugar e priorizou a transferência de tecnologia de caças oferecida pelos franceses, apesar de o avião ser mais caro. O pacote do Rafale deve superar os R$ 10 bilhões.

A indefinição do governo Lula preocupa os fabricantes envolvidos na disputa.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO, via NOTIMP

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Jobim: decisão sobre caças só depois das eleições

BRASÍLIA: O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que a decisão sobre a compra de novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) ficará para depois das eleições. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá escolher até o fim do seu mandato qual o modelo dos caças que serão adquiridos: o Rafale, da francesa Dassault, o Gripen, da sueca Saab, ou o F-18, da americana Boeing.

Depois das eleições, o presidente vai analisar o assunto. Durante as eleições não acontecerá nada. O presidente deseja tomar a decisão este ano, disse Jobim, após o fim do desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

No ano passado, o desfile contou com a presença do presidente francês Nicolas Sarkozy. Na ocasião, nota conjunta foi divulgada pelos dois governos, informando que o Brasil compraria 36 aviões da Dassault, em negócio estimado em R$ 7 bilhões. Em janeiro deste ano, porém, relatório da FAB aconselhou aquisição do caça sueco Gripen, que, além do custo menor, prometia participação da indústria nacional no desenvolvimento tecnológico da aeronave. Por pressões políticas, a FAB recuou. Em abril, na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Jobim defendeu a compra de modelo mais caro, mas que permitisse maior transferência de tecnologia.

O caça francês é o preferido do governo brasileiro, que já disse que a escolha do modelo será uma decisão política. O adiamento na decisão sobre a compra de caças segue o mesmo roteiro de 2002. Na época, o governo Fernando Henrique postergou a decisão para após as eleições e acabou deixando-a para seu sucessor, Lula.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP

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Jobim garante que a decisão sobre Rafale sai depois das eleições

Tânia Monteiro

Anúncio ocorre 1 ano após governo ter classificado a França como "parceira estratégica" no desfile de Sete de Setembro de 2009.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, garantiu ontem que depois das eleições o presidente da República vai tomar a decisão sobre a licitação para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB) com uma frota de novos caças.

O Estado apurou que, no relatório final que Jobim vai entregar a Lula, a Defesa deixará claro que as leis em favor da transferência de tecnologia favorecem o jato francês Rafale.

O anúncio de que Lula vai tomar a decisão depois da escolha do sucessor foi feito por Jobim ao final do desfile do Sete de Setembro, um ano após o governo, durante as comemorações do ano passado, ter classificado a França como "parceira estratégica no domínio aeronáutico". Foi o primeiro sinal explícito da opção pelos caças Rafale, da fabricante francesa Dassault.

"Depois das eleições o presidente vai examinar o assunto", afirmou Jobim, acrescentando que Lula "tomará a decisão ainda neste ano, neste governo".

O processo se arrasta desde 1998, quando foram abertas as negociações do projeto FX2, de reequipamento da Aeronáutica, no governo Fernando Henrique Cardoso.

Caso Irã: Jobim ainda não entregou a Lula o relatório da Defesa com a opção pelo caça francês e as justificativas da escolha para que o presidente avalie os argumentos e endosse a posição. A FAB é que já entregou a Jobim a avaliação em que fez uma revisão dos critérios de escolha, deu prioridade à transferência de tecnologia e tornou o Rafale favorito.

A escolha de Lula podia ter sido feita antes da eleição, mas um fato novo atravessou o processo. A diplomacia brasileira decidiu ficar do lado do Irã na questão nuclear, opondo-se ao grupo das cinco potências com direito a veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas - EUA, Rússia, China, Inglaterra e França.

O Estado apurou junto a fontes do Itamaraty e do Ministério da Defesa que o adiamento da escolha do Rafale foi um sinal claro de retaliação contra a França, que criticou o regime do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, pela violação das regras da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Na disputa pelo contrato de cerca de R$ 12 bilhões estão concorrendo o francês Rafale/Dassault, o americano F-18 Hornet/Boeing e o sueco Gripen/Saab. No relatório de avaliação, Jobim vai dizer a Lula que há diferença fundamental entre as promessas de garantia de transferência da tecnologia dos EUA e da França. Tanto que o governo Barack Obama estuda mudanças na legislação para tornar mais confiáveis essas garantias. Hoje, a garantia de 100% da transferência de tecnologia depende, em última instância, da boa vontade da Casa Branca.

O presidente Lula pretende consultar o Conselho Nacional de Defesa, apesar de não ser obrigado a fazê-lo. O governo entende que deve uma satisfação aos concorrentes internacionais. Mesmo que o processo de compra do caça seja concluído no próximo governo, a intenção é iniciá-lo em novembro próximo.

Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO, via NOTIMP

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Decisão sobre compra de caças sai depois das eleições, diz Jobim

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhou ontem seu último desfile cívico-militar de 7 de setembro como comandante em chefe das Forças Armadas. Segundo estimativas da Polícia Militar, aproximadamente 20 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios para assistir ao desfile das tropas militares das três Forças - Marinha, Exército e Aeronáutica - as Polícias Militar e Federal, os Bombeiros, além de alunos de escolas do Distrito Federal e grupos culturais de diversos Estados. O desfile foi encerrado com uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça.

Lula acompanhou a comemoração da data nacional ao lado do presidente do Supremo Tribunal, Cezar Peluso, do presidente da Câmara - e candidato a vice da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff - Michel Temer - do ministro da Defesa Nelson Jobim. Metade da equipe ministerial acompanhou o último desfile da atual gestão. A exceção do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, nenhum outro integrante da equipe econômica compareceu à cerimônia.

O desfile militar deste ano contou com quase o dobro de mulheres que o ano passado. Foram 150 mulheres militares, ante 80 em 2009, muitas em postos de comando como no caso da Polícia Federal e da Polícia Militar. Além da parte militar, também desfilaram diante do palanque presidencial alunos das escolas públicas do Distrito Federal e grupos culturais de diversos Estados, sob o tema "Cultura popular como ferramenta para a promoção da paz".

Vinte e sete embaixadores prestigiaram o evento no palanque presidencial, que, neste ano, não teve nenhum chefe de estado estrangeiro. Em 2008, Lula convidou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner e, em 2009, o presidente da França, Nicolas Sarkozy. O presidente francês estava em visita ao país e, durante cerimônia no Palácio do Alvorada, ouviu do presidente Lula que o governo brasileiro havia tomado a decisão política de comprar os caças Rafale, em detrimento dos aviões americanos e suecos.

O anúncio gerou uma pressão por parte dos demais países envolvidos na disputa comercial e o processo de negociação teve de ser reaberto. "O presidente deve chegar a uma definição após as eleições", afirmou ontem, após o desfile, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, dando um novo prazo após as várias datas prometidas por ele próprio desde o início do ano para encerrar o processo.

Como Lula ainda deve convocar o Conselho Nacional de Defesa para auxiliá-lo na decisão, dificilmente a compra será definida ainda na atual gestão, estimam assessores governistas (PTL).

Fonte: VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP


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