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Festa da Independência





Esquadrilha da fumaça encanta público que acompanha desfile na Esplanada

Leilane Menezes

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Atração mais esperada da comemoração pela Independência do Brasil em Brasília, a esquadrilha da fumaça começou se apresentar pouco antes de 11h desta terça-feira (7/9). Os seis aviões sobrevoram a Esplanada dos Ministérios e empolgaram o público que, desde cedo, ocupa os gramados e as arquibancadas montadas no local. Todos estão encantados com a habilidade dos pilotos.

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Acrobacias aéreas

A Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB), existe desde a década de 1950. Começou no Rio de Janeiro. Em ocasiões especiais, os pilotos dão demonstrações de suas habilidades escrevendo mensagens com fumaça no ar e executando manobras. A técnica que faz os aviões expelirem fumaça consiste em um tanque com óleo ligado por uma mangueira ao escapamento da aeronave. Acionado pelo piloto, o óleo é injetado no escapamento direito, o mais quente. No ar, o óleo se vaporiza e condensa, transformando-se em fumaça.

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A festa do povo

Apesar do calor e da baixa umidade relativa do ar, mais de 30 mil pessoas de todos os cantos do país compareceram à Esplanada dos Ministérios para as comemorações do Dia da Independência do Brasil

Leilane Menezes, Roberta Machado e Mariana Branco

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A aparência do cenário no início da manhã era de deserto e de seca total, mas, aos poucos, com a chegada do público à Esplanada dos Ministérios, o centro de Brasília ganhou cores. A grama quase sem verde, coberta pelo marrom da terra, começou a receber gente ainda cedo, antes das 7h. Todos queriam um bom lugar para ver a apresentação de Sete de Setembro. Mesmo diante da baixa umidade relativa do ar, que chegou a 18% em um dos momentos mais críticos, e da temperatura elevada, mais de 27ºC no fim da manhã, entre 30 mil e 35 mil pessoas assistiram ao desfile do Dia da Independência, segundo a Polícia Militar. Pelo menos 71 passaram mal e foram atendidas pelo Corpo de Bombeiros.

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O desfile começou no horário marcado, perto das 9h. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como de praxe, foi o primeiro a saudar a plateia, de dentro do Rolls Royce da Presidência, ao lado da primeira-dama do Brasil, Marisa Letícia. Havia 17 ministros de Estado e o governador do DF, Rogério Rosso, entre as autoridades presentes.

Muitos candidatos em campanha política aproveitaram o clima de festa para se promover. Para onde quer que o público olhasse, lá estavam bandeiras de vários partidos. O chão ficou tomado de panfletos dos mais diversos tipos e cores. Alguns partidários usaram inclusive megafones e pequenos carros de som para chamar a atenção do eleitor.

Quem vai votar nas próximas eleições também se manifestou. Uma família da Asa Norte mandou fazer duas faixas com os dizeres: “Só votamos em ficha limpa” e “Queremos fechar a Câmara Legislativa”. “Estamos indignados com essa situação e, por isso, resolvemos protestar no desfile. É uma boa ocasião”, explicou a relações públicas Elma Bezerra, 49 anos, ao lado do irmão , Carlos Bezerra, 44, e dos filhos dele, Gabriel, 12, e Mateus, 13.

Animação

Mas era do lado de fora da tribuna presidencial, longe da formalidade das autoridades e da campanha, que a festa parecia mais animada. O povo se aglomerou para ver a passagem de militares, o fogo simbólico, a pirâmide humana do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, os veteranos brasileiros da 2ª Guerra Mundial, a Esquadrilha da Fumaça, além de alunos de várias escolas do DF. No total, 3,5 mil militares e 600 civis, entre crianças e integrantes de grupos culturais, desfilaram na Esplanada dos Ministérios. Ao fim da festa, sete aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) tomaram o céu de Brasília com as famosas acrobacias e desenhos feitos no ar.

Muitas pessoas também fizeram quentinhas com lanches, levaram refrigerante e cerveja. A dona de casa Tereza França veio de Uberlândia (MG) para passar o feriado ao lado da filha e ver a comemoração. A família dela foi uma das primeiras a chegar, por volta das 7h. “Acordamos bem cedo para pegar o melhor lugar. Viemos do Gama. Minha filha mora aqui, mas eu nunca tinha vindo nesta época. Fiquei impressionada”, empolgou-se Tereza. O genro dela, Kevin Beaudoin, 22 anos, norte-americano e de passagem pelo Brasil, também participou da manifestação verde-amarela de patriotismo. “Adorei cada minuto. Os tanques de guerra são incríveis. Sou militar e gostei muito”, disse.

O cinegrafista Stevam Virgínio, 22 anos, morador de Vicente Pires, vai todo ano ao desfile cívico-militar, desde que tinha apenas 4 anos. “Desde pequeno sou apaixonado pela festa, em especial pela Esquadrilha da Fumaça”, detalhou. A paixão pelo desfile passa de geração para geração na família. “Minha mãe vem todo ano, há duas décadas”, contou. Ele levou o filho João Pedro, 2 anos, a mulher, a irmã e sobrinhos.

O calor imposto pela seca, no entanto, atrapalhou a festa de algumas pessoas. A família de Emília Gomes, 78 anos, teve de abandonar o desfile antes da exibição da Esquadrilha da Fumaça porque ela passou mal. Vindos de Ituiutaba (MG), os mineiros não estavam habituados com o clima da capital federal e não tomaram os cuidados necessários. “Bebemos água, mas não muita. Nos falaram que o tempo era seco, mas não achava que era tanto”, lamentou a nora de Emília, a manicure Vivian Maria de Oliveira, 45 anos.

Improviso

A fila para conseguir entrar em um dos acessos das arquibancadas era grande até o meio do desfile. Quem ficou do lado de fora teve de se contentar em ouvir a narração e ver as imagens por meio do sistema de som e três telões. Algumas pessoas, como o morador de Formosa Elton Soares, 58 anos, subiram nas árvores para acompanhar a festa. A montagem da festa custou R$ 999,7 mil e a empresa responsável foi escolhida por pregão eletrônico.

A festa terminou pouco antes das 12h. Mas levou cerca de duas horas para que os mais de 30 mil espectadores deixassem a Esplanada. Quem preferiu ir ao desfile de carro, teve de estacionar em locais mais distantes. Ônibus e metrô também serviram como alternativa de transporte.

OMS

Pela escala da Organização Mundial de Saúde (OMS),
índices de umidade relativa do ar inferiores a 30% são considerados preocupantes. Já os entre 20% e 30% indicam estado de atenção e entre 12% a 20%, de alerta. Abaixo de 12%, o sinal é de alerta máximo. O DF está sem chuva há 103 dias.

Espaço também de cultura

Regina Bandeira

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As manifestações artísticas fizeram bonito na cerimônia de comemoração da Independência do Brasil, que elegeu a cultura popular como tema de abertura da parada deste ano. Representados por grupos de Brasília, várias manifestações típicas das regiões do país marcharam na passarela da Esplanada. Estavam lá as danças gaúchas, os mamulengos, grupos de capoeiristas e as percussionistas da banda Batalá, que fechou o desfile de manifestações civis pelo terceiro ano consecutivo. Os conjuntos de maracatu, de quadrilha, do Galinho de Brasília e do Bumba Meu Boi do seu Teodoro fizeram sucesso entre as muitas famílias que foram ao desfile da Independência na capital.

“Foi a coisa mais incrível assistir a essas manifestações vindas de tantos lugares do país. Que bom que não estão deixando a cultura morrer”, disse, com olhos doces, a faxineira Misleide Porto, de 31 anos, que há três anos faz questão de levar os dois filhos pequenos ao Sete de Setembro. Nesse dia, não há sol quente ou tempo seco que faça a família Porto ficar na Cidade Ocidental (GO), onde moram. “Uma vez por ano tenho a oportunidade de dar aos meus filhos aquilo que não tive — cultura. Venho por eles”, explicou o auxiliar de manutenção de condomínio Eliomar Porto, de 33 anos.

Assim como os Portos, milhares de pessoas assistiram aos desfiles escolhidos para homenagear a Semana da Pátria de 2010, que teve como lema Cultura popular como ferramenta para a promoção da paz — Viva o Brasil que existe em cada um de nós. Organizados pelas secretarias de Cultura e de Educação do Governo do Distrito Federal, os desfiles civis não são mais novidades desde 2003, ano que inaugurou a união da participação civil no desfile, antes, militar.

A psicóloga Naiara Batista, 27 anos, vice-presidente e coordenadora do Batalá, se disse uma privilegiada em participar da festa de independência do Brasil. Para ela, que desde 2006 atua como regente da banda de percussionistas, desfilar na Esplanada dos Ministérios teve um sabor especial. “É uma emoção renovada fazer parte do evento”, concluiu.

A data também atraiu gente de todo o país para a capital do país, como o baiano de Riachão de Jacuípe Elton Santiago. Pela primeira vez na Esplanada dos Ministérios, o bombeiro hidráulico de 24 anos aproveitou a proximidade do local com a Praça da República e conheceu o Museu, que ficou abarrotado depois do desfile.

Pátria minha

» O servidor público Alexandre Ferreira, 45 anos, morador da Asa Norte, esperou ansioso por um dos grandes momentos do desfile cívico-militar: a apresentação da Esquadrilha da Fumaça. Ele queria mostrar ao filho, Lucas Ferreira, 4 anos, a habilidade dos pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB). “Meu pai é piloto particular. Quando eu era criança, ele me levava para ver os aviões, e eu me apaixonei. Meu filho compartilha do mesmo amor. A gente adora o barulho dos Mirages (tipo de avião conhecido por ser muito veloz), as manobras, os desenhos no ar”, afirmou Ferreira. Ele e o filho chegaram por volta das 9h à Esplanada dos Ministérios. Lucas acompanhou tudo montado nos ombros do pai. Queria ver seus “super-heróis” em ação. Alexandre preparou Lucas para o que o menino viu no feriado da Independência do Brasil. “Domingo passado, fomos até a base aérea de Anápolis, em Goiás, onde ficam guardados os Mirages. Estava aberto à visitação e mostrei de perto para ele. Foi emocionante vê-los no ar. Lucas vibrou o tempo todo”, contou o pai. A criança viu as manobras pela segunda vez, mas com o mesmo entusiasmo da primeira. Ao final da apresentação, Lucas já sabia o que queria ser quando crescesse. “Quero ser piloto de Mirages”, disse. (LM)

» O funcionário do Ministério da Defesa Gilmar Antônio Silveira, 47 anos, teve um motivo muito especial para levar a filha Júlia Gabriela Silveira, 5 anos, ao desfile da Independência neste ano. Ele fazia questão de mostrar à pequena a Pirâmide Humana do Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro, que consiste em algumas dezenas de homens em formação piramidal sobre uma motocicleta. O milagre de equilíbrio é uma das atrações mais apreciadas da celebração do Sete de Setembro. Gilmar tem uma razão pessoal para se empolgar com o espetáculo: em 1997, ele foi um dos 47 homens que desfilou sobre a moto. Naquele ano, o Batalhão de Polícia do Exército executou um recorde que garantiu sua inscrição no Guinness Book, o Livro dos Recordes, apresentando a maior quantidade de pessoas participando desse tipo de número na história. “Ela gosta das motos porque sabe que o papai já fez igual”, contou, orgulhoso. O servidor público revelou que Júlia também aprecia aviões. Ontem, além de curtir a festa e se encantar com a Esquadrilha da Fumaça, a menina se divertiu fazendo bolinhas de sabão. “Chegamos cedo, às 6h, mas ela não parava nas arquibancadas. Então, eu a trouxe para brincar no gramado e vimos o desfile pelo telão. Acho que criança se diverte mais assim, fica mais solta”, comentou Gilmar. (MB)

» Servidor público federal aposentado, professor de esperanto, jardineiro e aspirante a ator. Todas essas qualificações se aplicam a Amarílio Carvalho, 77 anos, que veio da cidade de Barra do Garças, em Mato Grosso, especialmente para prestigiar a festa do Dia da Independência do Brasil em Brasília. Esse é o oitavo ano em que ele vem à capital federal para a festa cívica. Chamando a atenção de todos por estar vestido com uma bandeira do Brasil e usando peruca colorida, o mato-grossense contou à reportagem que o motivo da assiduidade é o amor à pátria. “Também venho todo 21 de abril, Dia de Tiradentes, para fazer meu monólogo”, contou. Que monólogo é esse? “Todo Sete de Setembro e 21 de abril, eu conto a história da vida de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes”, revelou Amarílio, referindo-se ao ativista político mineiro morto em 1742 por discordar da política tributária do Brasil colonial. “Ele pregou o amor ao Brasil e, hoje, 90% dos políticos do país prega é a corrupção”, sentenciou. Amarílio Carvalho anunciava para os muitos curiosos que paravam para vê-lo que a apresentação aconteceria hoje, em um auditório do Museu Nacional da República. “Só para dar um toque. Joaquim José nunca é homenageado nos desfiles cívicos, e foi um grande patriota.” (MB)

Protesto popular

» O movimento social suprapartidário Roriz Nunca Mais liderou o tradicional Grito dos Excluídos, evento organizado todo 7 de setembro em diversas cidades brasileiras há mais de 15 anos. Jovens se reuniram em frente à Catedral Metropolitana de Brasília a partir das 8h para questionar a validade da candidatura do ex-governador Joaquim Roriz e clamar pelo limite da propriedade de terra. Formada por 23 entidades, entre elas o Movimento dos Trabalhadores
Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e o Sindicato dos Professores do Distrito Federal
(Sinpro-DF), a mobilização também recebeu apoio de vários políticos candangos em campanha. (RM)

Criançada empolgada

Caças, helicópteros e aeronaves em geral. Foram as atrações que mais encheram os olhos da criançada no desfile de 7 de setembro. Eles curtiram as apresentações de bandas marciais, grupos culturais e o desfile de tanques e tropas. Mas nada se comparou ao encantamento dos pequenos quando os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e da Polícia Militar do DF cruzaram os céus da Esplanada dos Ministérios pouco depois das 9h40. O entusiasmo atingiu o auge por volta das 11h, no momento em que os tucanos da Esquadrilha da Fumaça entraram em cena.

“Quero ver aqueles aviões que fazem desenho no ar”, respondeu sem titubear Bruno Juan Araújo Rodrigues, 8 anos, quando questionado sobre sua parte favorita no desfile da Independência. “Eu também gosto da Esquadrilha da Fumaça”, ecoou o irmão mais novo dele, Daniel Alejandro Araújo Rodrigues, 7. “É uma tradição de família vir. Trago eles quase todos os anos, e os dois passaram a última semana me cobrando”, contou o pai da dupla, o auxiliar administrativo Cledemilton Rodrigues dos Santos, 31 anos. A família mora em Planaltina e, para não perder nada da festa cívica deste ano, saiu de casa às 6h20 da manhã ontem.

Teresa Juventino Tonoli Braga, 10 anos, veio de ainda mais longe para conferir o desfile, igualmente atraída pelos aviões. A criança e o tio, o técnico agrícola Gilberto Tonoli Braga, 27, chegaram tarde à Esplanada dos Ministérios e, por isso, tiveram de subir em uma árvore para não perder nada do que acontecia no Eixo Monumental, onde se exibiam atrações uma após a outra. “Venho desde 2003. Estou esperando principalmente a Esquadrilha da Fumaça, mas gosto de tudo”, disse a menina.

Democracia

Moradores do Lago Sul, os irmãos Bernardo e Milena Fortes Galvão, de 7 e 10 anos, chegaram às 9h30 à Esplanada acompanhados da mãe, a professora Mariana Fortes, 34 anos. A família não se animou a enfrentar a fila para as arquibancadas e, por isso, as crianças tiveram que se contentar em ver o desfile pelo telão. “Perto do cercado tem muita gente. A minha mãe me colocou no ombro, mas eu sou muito pesado e ela não aguentou muito tempo”, contou Bernardo, que se entusiasmou com a marcha dos militares. Mas, como a irmã, não escondeu a preferência pelas aeronaves. “Acho que, no fim, todo mundo vem por conta disso. É a atração mais democrática, todo mundo consegue ver”, avaliou a mãe.

Por fim, pouco após as 10h, o desejo dos pequenos de ver o show aéreo começou a ser satisfeito. As arquibancadas ficaram vazias e, munido de máquinas fotográficas, o público correu para o gramado. Primeiro, entrou o Batalhão Planalto, da FAB, com caças dos modelos KC-130, F-2000 e F-5M, todos de combate. Depois, foi a vez da aeronave de abastecimento Hércules se exibir, acompanhada de jatos supersônicos. Helicópteros dos bombeiros e da Polícia Militar também se apresentaram. E a festa foi encerrada pela Esquadrilha da Fumaça. (MB)

Espetáculo nos céus

A Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB), existe desde a década de 1950. As apresentações começaram no Rio de Janeiro. Em ocasiões especiais, os pilotos dão demonstrações de habilidade escrevendo mensagens com fumaça no ar e executando manobras. A técnica que faz os aviões expelirem fumaça consiste em um tanque com óleo ligado por uma mangueira ao escapamento da aeronave. Acionado pelo piloto, o óleo é injetado no escapamento direito, o mais quente. No ar, o óleo se condensa, transformando-se em fumaça.

Opções de lazer longe do centro

» Mariana Sacramento

Sol forte e muito calor marcaram o feriado da Independência na capital federal. A fim de se refrescar, muitos brasilienses deixaram o civismo de lado e aproveitaram o tempo livre às margens do Lago Paranoá e nos parques da cidade. Os portões da Água Mineral, no Parque Nacional de Brasília, foram fechados por volta das 11h. Isso porque a quantidade de visitantes ultrapassou a capacidade da reserva, que é de 3 mil. “Abrimos uma exceção para evitar tumultos”, explicou a brigadista Carmen Lídia Mascarenhas, 29 anos. Mais de 4,7 mil pessoas curtiram o dia de folga nas piscinas de águas naturais. A movimentação também foi intensa no Parque da Cidade e no Piscinão do Lago Norte.

Nem mesmo a fila quilométrica que se formou em frente a entrada da Água Mineral estragou o programa da família do funcionário público Rafael dos Santos Ferreira, 49 anos, para esse feriadão. “Saímos de casa, em Taguatinga Sul, cedo, às 7h30, mas não adiantou. O jeito é esperar”, disse ele. Cadeiras de sol, chapéus e toalhas de banho a postos, pai, mãe, e filhas aguardavam pacientemente o momento de entrar na reserva. “O que a gente não faz por essas meninas?”, perguntou Inácia Nery de Oliveira, 47 anos, referindo-se às filhas Isabela e Rafaela, 9 e 15 anos, respectivamente.

Parque da Cidade

Já os pais de João Paulo, 4 anos, o supervisor de logística Humberto Júnior da Silva, 29, e a cabeleireira Claudete Rodrigues de Carvalho, 41, mudaram de ideia quando se depararam com a multidão na porta do Parque Nacional de Brasília. “Resolvemos tomar banho aqui no Lago Paranoá, que é mais tranquilo. Evitamos também o desfile de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios por conta do calor”, contou a mãe, moradora do Riacho Fundo II. Cerca de 200 pessoas também escolheram o mesmo lugar para passar o dia livre.

No Parque da Cidade, brasilienses disputavam as sombras das árvores, enquanto os termômetros marcavam 24,4ºC por volta das 12h. Familiares e amigos da dona de casa Cláudia Maria da Conceição, 43 anos, moradora do P Sul, em Ceilândia, decidiram fazer um almoço completo em frente ao laguinho. “É bom para descansar, relaxar e fugir da pressão do dia a dia”, explicou. No cardápio, galinhada, salada e melancia de sobremesa.

Já a criançada da turma se esbaldou na areia do parque Ana Lígia. Depois de brincar em todos os brinquedos, o pequeno Vinícius de Sousa, 5 anos, deu uma pausa para se refrescar na ducha ao lado do Quiosque do Atleta. “Ele estava com medo porque a água está muito fria. Agora que se acostumou não quer mais sair”, contou a tia, Antônia Maria de Sousa.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE, via NOTIMP

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Ó pátria amada, salve salve

Natalense acordou cedo para prestigiar o desfile cívico-militar

Fernanda Zauli

O tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro atraiu milhares de pessoas na manhã de ontem. Crianças, jovens, adultos, idosos, famílias inteiras se reuniram para assistir ao desfile que começou às 09h10 da manhã. Nem a chuva fina que caiu por diversas vezes durante todo o evento espantou a multidão que estava espalhada por todo o percurso. Este ano a organização do desfile ficou a cargo da Força Aérea Brasileira (FAB).

Evento contou com a participação das Forças Armadas e das corporações militares do Rio Grande do Norte, além de estudantes e grupo de escoteiros

O desfile, que durou cerca de duas horas e meia, começou com a apresentação da Banda de Música Mista, que agrega músicos da Aeronáutica, Marinha, Exército, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Em seguida desfilaram alunos de escolas municipais, estaduais e privadas. Os estudantes se exibiam com orgulho quando passavam em frente ao palanque oficial onde estavam o governador Iberê Ferreira de Souza e autoridades militares.

Após a apresentação dos escoteiros e desbravadores deu-se início ao desfile da Marinha do Brasil. Em seguida o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira, a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, o Corpo de Bombeiros Militar do RN, a Guarda Municipal de Natal, os Grupamentos Motorizados, o Grupamento Hípico da PM, e o Grupamento Aéreo.

O público vibrou com a apresentação do BPChoque que simulou uma ação durante o desfile. "Eles apontaram as armas, entraram no carro bem rápido e saíram derrapando. Nossa eu achei muito legal, parecia que era tudo de verdade", disse o pequeno Julmi Shoiti, de 11 anos, que estava com o irmão mais novo no colo no meio da multidão.

Os animais foram uma atração à parte no desfile. Os cachorros da raça Rottweiler que desfilaram com a Polícia do Exército e os cavalos do Grupamento Hípico da PM agradaram ao público presente no local. "Eu adorei ver os cachorros, e eu soube que eles são treinados, por isso eu não tive medo deles me morderem", disse Pedro Lucas, de apenas 8 anos, que estava acompanhado da mãe.

A agente de saúde Francineide de Oliveira Sousa, de 40 anos, acordou às 05h30 da manhã para assistir ao desfile. Mas a ansiedade dela tinha uma razão específica: a filha dela, Brenda, de 14 anos, desfilou junto com os colegas do Colégio Atheneu. "Eu saí cedo de casa e cheguei aqui às 06h30 da manhã. Minha filha precisava se arrumar e encontrar o pessoal da escola aqui. Valeu a pena. Foi lindo ver minha filha desfilar", disse, emocionada.

Fonte: DIÁRIO DE NATAL, via NOTIMP

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Exército apresenta mascote

Atletas militares brasileiros participaram ontem do desfile de 7 de Setembro no Rio. Eles vão competir nos Jogos Mundiais Militares, cuja quinta edição ocorrerá no Rio em julho de 2011.

Devem participar seis mil atletas de 110 países. O Exército aproveitou o desfile para divulgar o mundial e apresentar o mascote, um "atleta militar futurista", desenhado pelo cartunista Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica.

"Foi gratificante poder trabalhar com a comissão organizadora dos Jogos Mundiais Militares na busca de um símbolo para esse evento. Deu trabalho pela necessidade de atendermos à importância da competição. Mas considero que o grafismo, os desenhos propostos ficaram ótimos, bonitos e oportunos. Estou feliz com essa parceria", disse o artista.

Até o dia 30 de setembro, o público poderá escolher o nome do mascote em votação a ser realizada no Portal Oficial dos Jogos (www.rio2011.mil.br). Cerca de 13 mil pessoas já votaram desde domingo passado, informou o Exército.

São três opções de nomes: Super Pax (paz, em latim), Arion (portador de energia) e Turi (tocha, em tupi-guarani).

HISTÓRICO

A primeira edição dos jogos aconteceu em setembro de 1995, em Roma. As edições seguintes foram em Zagreb (Croácia-1999), Catânia (Itália-2003) e Hyderabad (Índia- 2007). Cerca de 20 mil atletas já participaram.

No total, são 20 modalidades: pentatlos aeronáutico, militar, naval e moderno, paraquedismo, tiro, basquete, futebol, vôlei, judô, natação, vela, boxe, esgrima, taekwondo, orientação (passar por pontos de controle marcados em terreno no menor tempo possível, com o auxílio de um mapa e uma bússola), vôlei de praia, hipismo, atletismo mais maratona, triatlo.

Os 5º Jogos Mundiais Militares do Rio 2011 têm como tema central a promoção da paz por meio do esporte. Assim, usando o símbolo mágico da pomba branca, o desenhista Maurício de Sousa, usou como inspiração um menino que se transforma em um Super Atleta Militar Futurista para ilustrar essa ideia.

Segundo o autor, a pomba acompanha o menino em todos os seus momentos e dá vida aos seus desenhos de soldadinhos da infância, criando a Tropa da Paz. O menino e sua Tropa da Paz – representando as Formas Armadas e Forças Auxiliares – estarão juntos para transformar 5º Jogos Mundiais Militares Rio 2011 em uma experiência cheia de aventuras e desafios.

Fonte: JORNAL DE BRASÍLIA, via NOTIMP

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Um desfile de candidatos na parada militar

Multidão no Centro provocou caça ao voto A menos de um mês das eleições, a parada militar do Dia da Independência, que levou cerca de 15 mil pessoas ao Centro do Rio, transformou-se numa maratona de caça aos votos para dezenas de candidatos. Até mesmo nas arquibancadas havia faixas de propaganda e bandeiras com números de partidos. Trabalhando duro, os cabos eleitorais perderam o feriado, mas alguns faturam até R$ 1.500 por mês no bico da campanha.

José Luiz de Pinho

Candidatos usam desfile cívico para fazer campanha

Painéis, faixas, bandeiras: valeu de tudo para aproveitar o grande público no 7 de Setembro

O palanque montado no Pantheon Duque de Caxias, na Avenida Presidente Vargas, em frente ao Comando Militar do Leste, era destinado às autoridades civis e militares para o desfile das Forças Armadas no 7 de Setembro, que atraiu 15 mil pessoas, segundo a Polícia Militar.

Mas, a menos de um mês das eleições de 3 de outubro, políticos pegaram carona no evento e colocaram sua tropa de choque nas ruas do Centro. Centenas de cabos eleitorais espalhados pela Presidente Vargas e na Central panfletavam, livremente, diante de soldados da Polícia do Exército, que faziam a segurança.

A cena deu contornos de campanha eleitoral ao desfile cívico no Dia da Independência.

E, em frente ao palanque das autoridades, uma faixa chamava a atenção. Era a do candidato à reeleição para deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), que estava no palanque vip do desfile.

A faixa, erguida por cabos eleitorais, anunciava uma promessa bem própria ao dia: Salários dignos para todos os militares.

Itagiba é defensor do Projeto de Emenda Constituição 300 (PEC 300), que nivela os salários da PM e do Corpo de Bombeiros em todos os estados aos que são pagos no Distrito Federal.

O capitão do Exército Almeida Júnior também convidou seus cabos eleitorais a exaltarem as Forças Armadas. Numa placa em que aparece fardado, o candidato enaltecia suas origens militares: A força da juventude militar para mudar.

Na cadência dos militares, outro político reforçou sua propaganda no desfile de 7 de Setembro.

Candidato a deputado federal pelo PT, Cláudio Rocha estampou numa faixa a mensagem: Ser militar e gay é possível. Vamos vencer o preconceito.

Cláudio ingressou na Marinha há 14 anos e se assume candidato da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).

Fonte: JORNAL DO BRASIL, via NOTIMP

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Rio: mais de 5 mil participaram do desfile de 7 de setembro

Mais de 5 mil militares e civis desfilaram nesta terça-feira por mais de 4 km da Avenida Presidente Vargas, centro do Rio, em homenagem ao Dia da Independência. O desfile também reuniu 150 viaturas das Forças Armadas e 250 cavaleiros e a apresentação de caças da Aeronáutica. A estimativa é que mais de 12 mil pessoas tenham assistido ao desfile.

O veterano do Batalhão de Guarda do Imperador, Miguel Gleiska, que serviu há 65 anos e desfila pela segunda vez no grupamento, afirmou que a emoção sentida hoje é a mesma de 1946. "No dia 8 de maio (de 1946), eu desfilei no primeiro aniversário da vitória dos aliados da Segunda Guerra Mundial. Foi um desfile parecido com esse. A sensação que senti lá, com o público gritando Brasil, foi muito parecida com a que senti hoje com o público aplaudindo. Foi uma coisa maravilhosa".

Os alunos do projeto Rio Cidade Cidadão, coordenado pelo Exército, também viveram um momento inesquecível, disse Natan de Almeida da Silva, 13 anos. "Agora a gente espera voltar ano que vem", disse. O colega Guilherme Batista Sobrinho, também com 13 anos, afirmou que o projeto criou uma oportunidade única para ele e a família. "A minha família toda veio e gostou".

A parada deste ano aproximou o público do desfile com a instalação de arquibancadas mais próximas. Além de militares das três Forças e da reserva, o desfile de 7 de Setembro no Rio de Janeiro também contou com a apresentação de várias instituições civis.

"Acho que enfeita a passagem dos representantes da Legião Brasileira da Boa Vontade, os alunos do Lions e do Rotary Club. Acho importante e abrilhanta mais o desfile. As crianças, como as bailarinas, também são encantadoras. Fiquei bem na frente porque cheguei, com meu esposo, às 7h30, e vale a pena porque o desfile é muito bonito", disse a professora baiana Célia Cristina Coelho da Silva, que mora no Rio há três anos e conferiu pela primeira vez o desfile.

Mas a opinião se divide. O advogado João Batista da Silveira levou toda a família e disse que o desfile foi cansativo. "Muitos grupos e segmentos que não deveriam estar participando já que é um desfile militar. O principal é a parte dos militares", afirmou.

O pequeno Pedro Henrique, 7 anos, que já assistiu ao desfile por três vezes, afirma que "a parte mais esperada é a das Forças Armadas e dos caças que passam aqui no céu. Quando crescer vou ser militar da Aeronáutica e pilotar um desses caças".

Além do desfile em terra, o Dia da Independência também foi marcado por uma apresentação no mar. Ao todo, dez embarcações da Marinha do Brasil, entre navios, fragatas e um submarino, partiram do bairro da Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, em direção à Baía de Guanabara para marcar a data.

Fonte: PORTAL TERRA, via NOTIMP

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Natalenses prestigiam desfile cívico-militar

“É importante reverenciar os momentos históricos do nosso País e iniciar os jovens nesses valores”. Nas palavras do juiz federal Walter Nunes, o sentimento de patriotismo que tomou conta dos natalenses ontem, durante o desfile em comemoração aos 188 anos da Independência do Brasil, realizado na Praça Pedro Velho, bairro de Petrópolis. O magistrado fez questão de levar o filho para assistir ao evento, ambos vestidos com camisas verdes e amarelas da seleção brasileira. Durante três horas, a avenida Prudente de Moraes foi palco para a apresentação de estudantes, ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial, escoteiros, militares das três forças, PMs, bombeiros e guardas municipais, entre outros grupos. O desfile começou por volta das 8h15 e durou até às 11h20. E o público foi de 12 mil pessoas.

O governador do Estado, Iberê Ferreira de Souza, marcou presença na tribuna de honra. A prefeita Micarla de Sousa não prestigiou o evento e foi representada pelo secretário-adjunto de Defesa Social, coronel José Davim. O juiz Walter Nunes conta que nasceu e se criou em Petrópolis e, desde pequeno, criou o hábito de frequentar a Praça Cívica no dia 7 de setembro. “Acho importante que meu filho também vivencie isso, assim como os jovens em geral”, acrescentou. Já a aposentada Alzira Oliveira da Silva, 71, parecia ter recuperado um velho hábito. “Vinha quando era moça, mas fiquei muito tempo sem presenciar o evento. Acho esse desfile bonito e gosto de ver os militares marchando. Só tenho medo que os aviões caiam!”, brincou dona Alzira.

A estudante Marta Gomes Morais não escondia o entusiasmo pelo dia da pátria. Para homenagear a data, chegou cedo à praça Pedro Velho e comprou logo um kit com bandeira e catavento nas cores do Brasil. “É uma homenagem ao desfile. Eu adoro essa data, que é muito especial. Sinto uma emoção grande e todo ano venho”, disse. Compenetrada, balançando a bandeira e o catavento, Marta chamava a atenção dentre as demais pessoas que assistiam às apresentações. A técnica de enfermagem Ângela Maria também quer deixar o orgulho cívico como legado para as futuras gerações. “Sempre levei meus filhos para ver o 7 de setembro e hoje estou com o meu neto. Acho esse evento importante para a valorização da história do Brasil”, definiu.

Logo após o desfile da Força Aérea Brasileira (FAB) em frente ao palanque principal, o céu de Natal foi cortado pelo voo de 4 AT-26 Xavantes, 4 A-29 Super Tucanos e 4 helicópteros H-50 Esquilo. Cada passagem das aeronaves por sobre a praça Cívica arrancava demorados aplausos da população. O desfile começou com a Banda de Música Mista, que precedeu a apresentação de alunos de escolas públicas estaduais e municipais, como o Atheneu, a Anísio Teixeira e a Berilo Wanderley. Em seguida, sucederam-se as bandeiras históricas como os veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e ex-combatentes de guerra. O esquema de trânsito funcionou e não havia sinais de congestionamentos nas proximidades da praça Pedro Velho. Desde às 6h30 de ontem, diversas ruas e avenidas em Petrópolis haviam sido fechadas – total ou parcialmente – para o desfile.

Movimentos sociais fazem manifestação

Quando o desfile de 7 de Setembro já se encaminhava para o final, militantes de movimentos sociais que participavam do 16º Grito dos Excluídos conseguiram roubar a cena por alguns minutos. Três deles driblaram o esquema de segurança do evento e conseguiram entrar na Prudente de Moraes, sendo contidos e retirados pelos militares. Eles queriam chamar a atenção da população para a proposta de um plebiscito onde seria proposto um limite para o tamanho máximo das propriedades rurais. Participaram do ato partidos políticos, movimentos sociais como o MST, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), anarcopunks e grupos sindicais.

Sem conseguir acesso à área do desfile, os grupos se concentraram na esquina da rua Potengi com a Prudente de Moraes. Sob a vigilância dos soldados equipados com escudos e até cães amestrados, os manifestantes iniciaram uma batucada enquanto gritavam slogans em defesa do MST e contra a polícia. “Nós queremos desfilar” era um dos gritos de guerra. “Estamos em campanha para defender o plebiscito pelos limites da propriedade rural. Leis como essa existem na maioria dos países. No Brasil, 1% das famílias têm quase 50% das terras”, explicou Eduardo Mara, representante da Assembleia Popular.

O militante afirmou, também, que 5 milhões de hectares de terras no Brasil pertenceriam a empresas estrangeiras. “É uma área maior do que o RN. Não dá para ser uma nação soberana com essa concentração”, acredita. Ele disse que o objetivo dos manifestantes era entrar em acordo com a polícia para participar do desfile sem problemas, mas isso não foi possível. Com o encerramento do evento e a dispersão do público, a manifestação se esvaziou.

Fonte: TRIBUNA DO NORTE, via NOTIMP

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DIÁRIO DE SANTA MARIA

Desfile de 7 de Setembro mobiliza 20 mil pessoas em Santa Maria

Temperatura amena e ausência de sol marcaram as festividades na Avenida Medianeira

Com tempo seco e temperatura agradável, cerca de 20 mil pessoas foram à Avenida Medianeira, na manhã desta terça-feira, prestigiar o desfile de 7 de Setembro. A contagem do público foi feita pela Brigada Militar (BM), encarregada do policiamento.

A banda da 3ª Divisão do Exército (3ª DE) abriu as festividades, por volta das 9h, e acompanhou boa parte das delegações que foram à avenida. Um dos maiores contingentes foi o de militares. Exército, Aeronáutica e BM levaram cerca de 3 mil homens.

Escolas, entidades representativas, grupos motorizados, empresas e cavalarianos também levaram bandeiras em verde e amarelo para celebrar o patriotismo. A Semana da Pátria em Santa Maria homenageia neste ano os 50 anos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o centenário do escotismo no Brasil.

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EXTRA ONLINE

Em dia cívico, Dragões da Independência tocam músicas famosas

Nada de “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas” ou “Salve, lindo pendão da esperança”. Os hits que dominaram as atenções na apresentação da banda dos Dragões da Independência durante o desfile de 7 de Setembro, nesta terça-feira, em Brasília (DF), foram “Paparazzi”, de Lady Gaga, “Cego, surdo e mudo”, de Shakira, e “Meteoro da paixão”, de Luan Santana. Também foi executado o “Tema da vitória”, famoso pelas conquistas de Ayrton Senna, na hora da chegada do presidente Lula. Cerca de 30 mil pessoas assistiram ao desfile.

Localizados em frente ao camarote presidencial durante a cerimônia, os músicos exibiram desenvoltura ao executar o repertório pop, que contrastava com a tradição da banda. Os uniformes do 1 Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército, oficialmente chamado de Dragões da Independência, são inspirados na Imperial Guarda de Honra dos Mosqueteiros de D. Pedro I.

O repertório estrangeiro desafinou no meio militar. Embora a ideia de inserir músicas populares para atrair o público civil tenha merecido elogios, muitos não gostaram de ouvir canções estrangeiras no Dia da Independência.

Não sou contra as canções populares. Mas Lady Gaga não concordo. Temos excelentes cantoras nacionais, como Ivete Sangalo, que está fazendo um belo trabalho no exterior. Até um forrozinho seria bom incluir. É uma música alegre — opinou o almirante Ricardo Veiga Cabral, presidente do Clube Naval.

Crítica à escolha

Presidente da Associação dos Militares Auxiliares e Especialistas (Amae), o tenente Melquisedec Nascimento concordou:

— Incluir canções estrangeiras no repertório do Dia da Independência é lamentável.

O EXTRA entrou em contato com a assessoria de comunicação da guarda, mas não obteve resposta.

Músicas sem sentido animam parada oficial

O cabelo exótico e a maquiagem caricata não são os únicos pontos que marcam a irreverência da cantora Lady Gaga. De tanto querer inovar, suas letras de música perdem o sentido. Na canção “Paparazzi”, tocada pela tradicional banda dos Dragões da Independência na parada militar de ontem, uma mulher tenta expressar seu amor por um homem, em versos que dizem “te amar é uma torta de cereja”, “pare-parado, aquela merda no rádio. Não pare para ninguém”.

Na música “Have you ever seen the rain”, do grupo Creedence Clearwater Revival, também executada pela banda oficial do Planalto, os versos também não fazem muito sentido num dia de celebração da pátria. “Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva? Caindo em um dia ensolarado?”.

Na letra de “Cega, surda e muda”, de Shakira, nada de versos que exprimam o amor pelo país, o que cairia bem no Dia da Independência. “Bruta, cega, surda-muda. Desajeitada, irritada, teimosa, tonta, lenta, insensata e demente”, são algumas das classificações usadas na música para as transformações causadas por um sentimento devastador.


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