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Dólar barato. Prepare as malas









Com a moeda dos EUA em queda, destinos internacionais estão em alta e pacotes para feriadões já começaram a ficar escassos.

Vendas cresceram 25%

Giovanni Sandes

O dólar em queda e a recuperação do setor de turismo, diante do setembro negro do ano passado, trouxeram grandes lucros para as agências de viagens, que aumentaram as vendas em até 25%, diante de 2009. Os Estados Unidos viraram o grande filão dos turistas, mas os destinos internacionais estão em alta como um todo. O último grande pico da moeda norte-americana foi de R$ 1,88 no final de maio. Ontem, o dólar ficou em R$ 1,71. Quem estiver interessado em viajar para o exterior nos próximos meses não deve apenas fazer as malas, mas também se preparar para as compras. Já faltam pacotes disponíveis para algumas datas e destinos (como o feriado da Proclamação da República, no dia 15 de novembro, quando as opções para a Argentina e para o Chile já estão escassas).

A Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav Nacional) estima que, este ano, os pacotes internacionais terão uma saída maior de 17% a 18%. Em Pernambuco, nas empresas do setor, somente este mês as altas variam de 15% a 25%.

O diretor de Assuntos Internacionais da Abav, Leonel Rossi, diz que este ano o número de brasileiros que aproveitarão o dólar menor em viagens aos Estados Unidos será de 1,1 milhão, contra 850 mil em 2009.

Dados da Agência Nacional de aviação Civil (Anac), que ainda não fechou a movimentação deste mês, mostram que no acumulado de janeiro a agosto, diante do mesmo período de 2009, houve um crescimento de 76% no volume de passageiros transportados em voos internacionais, de 13,6 milhões de passageiros para 16,0 milhões.

Somente em agosto, essa alta foi de 79%, com 2,2 milhões de passageiros internacionais. No Aeroporto Internacional do Recife, mês passado, os desembarques foram 12% maiores do que os realizados em agosto de 2009.

De positivo, temos não só o câmbio, que desvalorizou 35% em menos de dois anos, mas também uma economia em bom momento. Embora as passagens aéreas tenham ficado um pouco mais caras, passando de US$ 1.000 para até US$ 1.300, em média, ela é o item mais barato nessas viagens. No conjunto de passeios, de hospedagem e alimentação, os pacotes estão com preços menores, comenta Leonel.

Setembro é um mês tipicamente aquecido, mas ano passado o movimento não foi tão intenso. Apesar de não termos fechado o mês ainda, nosso último relatório, da sexta-feira passada, mostrava um aumento de 15% diante do mesmo mês de 2009, comenta a diretora comercial da Luck Viagens, Sandra Luck.

Para ela, a tensão em torno da valorização do real, que tem aumentado semanalmente diante do dólar, impulsiona o consumidor. A grande maioria dos pacotes é dolarizada (oferecidos a preços na moeda norte-americana). O passageiro paga pelo câmbio do dia. É melhor para nós, então, afirma Sandra. Ela acredita que as vendas estão maiores não apenas por causa do dólar mais baixo, mas também pela recuperação econômica ocorrida no setor este ano.

A diretora da WM Tours, Fátima Bezerra, ressalta que houve um aumento real nas vendas deste ano de 20% a 25%.

Ano passado, o turismo ainda estava em crise. Em 2009 tivemos um setembro negro. O que já estava engatado, nós conseguimos vender. Mas foi só isso. Existem alguns destinos em destaque, porém os pacotes internacionais estão saindo bem de uma forma geral, avalia Fátima Bezerra.

Segundo ela, os Estados Unidos viraram destino predileto por causa das compras em dólar, um lazer muito popular entre o público que viaja ao exterior e quer aproveitar a cotação mais baixa para adquirir eletrônicos, por exemplo.

A grande dica que nós damos ao passageiro é antecipar as compras. Para o final do ano, por exemplo, quase não tem mais o que vender. Em algumas datas específicas, o que há disponível não está com preço tão atraente por causa da demanda alta, reforça a diretora da WM Tours.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP




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