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A Avianca quer fazer da Ponte Aérea uma vitrine








Clayton Netz

A partir do próximo domingo, a Avianca completará a substituição dos velhos aparelhos Fokker pelos novíssimos Airbus A319, nos voos regulares da Ponte Aérea Rio-São Paulo. Nos últimos meses, desde que abandonou o antigo nome de Ocean Air, a companhia do empresário German Eframovich, já vinha utilizando parcialmente o Airbus, empregado em 10 dos 16 voos diários por ela operados no principal e mais disputado trecho da aviação brasileira. “A partir do dia 18, teremos um único e mais avançado padrão de serviços na Ponte Aérea”, afirma Renato Pascowitch, diretor comercial e de marketing da Avianca. Inicialmente, a Avianca utilizará no trajeto dois dos três Airbus recentemente adquiridos. Um quarto aparelho deverá chegar brevemente, mas servirá em outras rotas à empresa.

Pascowitch reconhece que a Avianca ainda não tem musculatura suficiente para deflagrar uma “guerra” com as grandalhonas do setor, como a TAM e a Gol–sua frequência de voos é inferior a 30% à das líderes. “Queremos ganhar a preferência dos passageiros oferecendo um atendimento de melhor qualidade, com um equipamento mais confortável, moderno e espaçoso”, afirma Pascowitch. Segundo ele, o conceito de full service do modelo de negócios da Avianca prevê uma série de inovações e mimos para os clientes. Uma delas é um maior espaçamento entre as poltronas das aeronaves. Os Airbus da Avianca têm 132 poltronas, contra 144 dos modelos similares da concorrência. “Isso permite que os passageiros se locomovam com mais facilidade, além de utilizar sem problemas equipamentos como notebooks e laptops durante a viagem”, diz Pascowitch.

Outra novidade é On Demand, sistema independente de áudio e vídeo em cada poltrona, que permitirá ao passageiro escolher documentários e séries de sua preferência– fazem parte da oferta programas como o americano Two and a Half Men e o nacional A diarista, entre outros. Na contramão do setor, onde se cristalizou a dieta das barras de cereais, a Avianca quer fisgar o cliente pelo estômago. Apesar de curtos, os voos da Ponte Aérea contarão com refeições quentes. “Naturalmente, sem partir para uma política predatória, vamos também oferecer tarifas mais competitivas aos usuários”, diz Pascowitch.

Para ele, a Ponte Aérea, frequentada por um tipo diferenciado de viajantes– homens de negócios que costumam viajar uma ou mais vezes por semana e são multiplicadores de opinião– deverá servir como uma vitrine para a Avianca em seu processo de consolidação no mercado nacional de aviação comercial. “Queremos resgatar o modelo e o espírito dos velhos tempos da aviação, sem deixar de ser competitivos”, afirma Pascowitch. Quinta empresa do setor, com 2,7% de market share, a Avianca conseguiu um desempenho acima da média da indústria em termos de ocupação, no primeiro semestre de 2010 : durante o período, sua frota navegou com 74% dos assentos ocupados, contra uma média setorial de 67%.

Esse nível deverá se refletir no número de passageiros transportados, que deverá crescer cerca 30% até o final do ano, de acordo com Pascowitch. “Devemos crescer de menos de 200 mil para 250 mil passageiros por mês”, diz. Ainda é um grão de areia, é certo, se comparado aos quatro milhões de passageiros transportados mensalmente pela líder TAM, dona de uma fatia equivalente a 43% do mercado. Mas já é um começo. “Se chegarmos a 4% de share até o final do ano estaremos felizes”, diz.

Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO, via NOTIMP



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