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Irã anuncia novo reator nuclear





O Irã vai construir um novo reator nuclear, ainda mais potente. Em notícia divulgada pela imprensa local, o diretor da agência iraniana de energia atômica, Ali Akbar Salehi, assinalou que o projeto deve ser concluído em março do ano que vem e que o reator terá capacidade de 20 megawatts, com fins pacíficos.

– O reator vai servir para exportar medicamentos contra o câncer para países islâmicos – justificou.

Analistas questionam a capacidade de o Irã produzir combustível necessário para esses reatores, mas Salehi garante que isso será feito até setembro. O país assinou, em maio, um acordo com o Brasil e a Turquia para obter, dentro de um ano, energia nuclear do exterior. Teerã já dispõe de um reator nuclear de 5 megawatts.

Retaliação Em resposta a pressões das potências mundiais, o Parlamento iraniano aprovou um projeto de lei pedindo ao governo que reduza ao mínimo a cooperação com a Agência Inde Energia Atômica (AIEA) e mantenha o polêmico programa de enriquecimento de urânio a 20%, que determinou a imposição de sanções mais restritivas ao país, pelo Conselho de Segurança da ONU, na semana passada.

O urânio enriquecido a este nível pode alimentar armas e reatores nucleares, e por isso desperta a pressão das potências mundiais. Mas o Irã alega que a atividade é para desenvolver pesquisas.

O porta-voz do Parlamento, Ali Larijani, fez um alerta para Estados Unidos e União Europeia: – Queremos advertir alguns países aventureiros que, se eles se sentirem tentados a inspecionar aviões e navios iranianos, devem ter a certeza de que vamos retribuir (por inspeção) os seus navios no Golfo Pérsico e no Mar de Omã – enfatizou.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que vai anunciar em breve condições mais duras para negociar com o Ocidente. O objetivo seria punir as potências mundiais pelas sanções impostas a Teerã e forçálas a “sentar-se à mesa de negociação como uma criança educada”.

– Vocês mostraram um mau temperamento, renegaram suas promessas e recorreram a maneiras diabólicas – provocou, referindo-se às potências que votaram a favor das sanções.

EUA e UE aplicam restrições mais severas

Em resposta, o portavoz da Casa Branca, Timothy Geithner, divulgou uma lista de restrições a instituições financeiras, empresas e pessoas físicas. A principal instituição prejudicada é o Post Bank (Banco do Correio) iraniano, por seu apoio à proliferação nuclear . Estão na lista negra 16 bancos, 90 navios da frota oficial, além de 22 empresas de petróleo, energia e seguros controladas ou de propriedade iraniana.

A Casa Branca espera que Brasil e Turquia apliquem as sanções ao Irã, mesmo tendo votado contra a resolução do Conselho de Segurança da ONU.

A União Europeia deve ampliar amanhã a pressão sobre o Irã, com restrições ao setor energético, excluído das sanções da ONU, por pressões da Rússia e da China.

Fonte: JORNAL DO BRASIL, via NOTIMP




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