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Piloto nega falha no motor do avião






O piloto Francisco Costa de Souza, 41 anos, que guiava o monomotor PP-RTO, afirmou que não houve falha no motor da aeronave. A declaração do piloto foi feita aos oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Logo após o acidente, o centro chegou a cogitar que a queda do avião poderia ter sido provocado por uma falha no motor. Ontem, a gerência da oficina mecânica responsável pela manutenção da aeronave disse que o monomotor caiu por falha humana. Segundo os mecânicos, ocorreu um erro no cálculo do peso projetado no plano de vôo, o que fez o avião perder a força logo após a decolagem da pista do aeroclube. A aeronave caiu na manhã da última quarta-feira numa área de mangue ao lado ao Aeroclube de Pernambuco, no Pina.

O coronel José Roberto Mendes, assessor de segurança de vôo do Cenipa, explicou que o motor da aeronave já foi recolhido e está sob a guarda do proprietário no hangar número dois do Aeroclube de Pernambuco. "Já fotogramos a peça e estamos aguardando a liberação do proprietário para começar a desmontar o equipamento", informou. O oficial acha estranho o fato das causas do acidente estarem relacionadas a erro do cálculo do peso porque o monomotor não fazia transporte de carga. O plano de vôo do monomotor era um sobrevôo em Porto de Galinhas. Os trabalhos de inspeção serão acompanhados pelos oficiais do Cenipa e da Aeronáutica. A expectativa é de que a investigação técnica seja concluida em 30 dias.

O oficial comentou ainda que o avião teria apresentado uma rotação elevada. Mas pode não ter conseguido altura durante a decolagem para manter-se estabilizado no ar. "O piloto pode estar conflitado por conta do acidente. Às vezes, ele faz a leitura dos instrumentos, mas por algum problema, o motor não traciona e ele acaba sendo induzido ao erro", justificou o coronel. Segundo José Roberto, as causas do pouso forçado poderão ser encontradas por meio da abertura do motor, onde ficam registradas a velocidade, a quantidade de combustível e a altitude do avião antes da queda.

O fotógrafo sergipano Wagner Moreno, 44, que viajava no monomotor, já voltou para Aracaju, onde reside. No entanto, preferiu viajar de carro. Ele e o piloto tiveram apenas escoriações leves. "Foi muita sorte e também habilidade do piloto que conseguiu fazer o pouso de emergência numa área de mangue", comentou. Moreno acredita que a queda pode ter sido provocada por falta de vento suficiente para voar. "O tempo estava abafado sem vento. Por isso, o avião não conseguiu pegar a altitude correta. O piloto viu que a gente ia cair e fez uma manobra imediata", contou. O piloto Francisco Costa possui grande experiência na área. Ele trabalha há seis anos no Aeroclube e contabiliza 3,5 mil horas de vôo. O Diario de Pernambuco tentou falar com Francisco Costa, mas a gerência do Aeroclube de Pernambuco informou que ele não daria entrevistas. Por enquanto, o piloto ainda não teve a licença para voar suspensa.

Neste ano ocorreram cinco acidentes aéreos no Nordeste, sendo dois considerados de maior proporção por terem tido vítimas com sequelas graves. Um deles foi registrado na semana passada na cidade de Correntinas, na Bahia, onde o piloto corre o risco de ficar paraplégico. O outro foi na mesma cidade, no dia 7 de fevereiro passado. Esse último teria sido provocado por uma falha no motor da aeronave. Além dos dois acidentes, ocorreram outros três (sem vítimas), em Morro de São Paulo, em Teixeira de Freitas e em Itaparica, todas cidades da Bahia.

Fonte: DIÁRIO DE PERNAMBUCO, via NOTIMP




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