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Brasil e EUA firmam acordo militar






Documento entre os dois países foi assinado ontem à tarde em Washington pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e seu colega americano, Robert Gates

Os Estados Unidos e o Brasil assinaram ontem, em Washington, um acordo de cooperação militar, o segundo do governo de Barack Obama com um país latino-americano, depois do que foi firmado com a Colômbia, motivo de grande polêmica na região.

A assinatura foi feita no Pentágono pelo secretário de Defesa americano, Robert Gates, e pelo ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim. Este acordo formaliza os inúmeros interesses em matéria de segurança e valores que compartilhamos enquanto nações com maior população do continente americano, disse Gates. O pacto destina-se a promover a colaboração entre os dois países em matéria de conhecimentos militares, treinamento, exercícios conjuntos e projetos comerciais. Seus termos em nada ferem os princípios das Cartas da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) de respeito à soberania, de não intervenção nos assuntos internos dos países, deixou claro Jobim.

O acordo, que prevê a cooperação entre as indústrias de defesa de ambos os países, foi subscrito num momento em que o governo de Luiz Início Lula da Silva estuda a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). Na última quarta-feira, Jobim havia informado que entregaria nesta semana seu relatório sobre a aquisição de aviões de caça ao presidente brasileiro. Lula deverá, em seguida, convocar e ouvir o Conselho Nacional da Defesa para anunciar sua escolha entre os aviões dos EUA, Suécia e França.

É importante deixar claro que o acordo de cooperação tem impacto muito maior do que apenas o intercâmbio de equipamentos militares ou venda de um sistema, frisou o embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon. A cláusula que garante o respeito à soberania, segundo ele, reflete a linguagem da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), tendo sido proposta pelo Brasil e aceita pelos EUA.

O secretário Gates elogiou o trabalho conjunto da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, com as tropas que os EUA enviaram ao Haiti depois do terremoto devastador de 12 de janeiro. A cooperação em defesa entre EUA e Brasil marca um importante exemplo, uma relação que destaca um modelo positivo e transparente para a cooperação na América, destacou.

Os Estados Unidos e o Brasil vêm divergindo em relação à política a ser seguida com o Irã, acusado pelas potências ocidentais de querer adquirir a bomba atômica a pretexto de atividades civis. O governo americano defende sanções. Lula, o diálogo.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP




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