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Assista à reportagem sobre o Campo de Provas Brigadeiro Velloso





O Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), criado em 6 de abril de 1983, completou 27 anos de existência com motivos de sobra para comemorar. A área, destinada aos exercícios militares da Força Aérea Brasileira (FAB), é um exemplo de como a questão ambiental é levada a sério no CPBV. Os seus 22 mil quilômetros quadrados de extensão, equivalente ao estado de Sergipe, estão praticamente intactos. Na solenidade de aniversário da unidade, realizada na terça-feira (dia 13), o Major-Brigadeiro-do-Ar Ricardo Machado Vieira, comandante do Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR), analisou a importância do CPBV na preservação do ecossistema local.

Assista aqui à reportagem sobre o assunto.

“Temos o compromisso de conservarmos esse meio ambiente maravilhoso que possuímos aqui. Hoje, se nós considerarmos a nossa área de operação e ao observarmos o entorno dela quando sobrevoamos a região, é uma satisfação muito grande sabermos que esse pedacinho do Brasil é completamente preservado pela Força Aérea”, avaliou o oficial-general.

Participaram também da cerimônia o Major-Brigadeiro-do-Ar Sérgio Peinado Mingorance; os prefeitos das cidades de Terra Nova e Guarantã do Norte; Manoel Freitas e Mercídio Panosso, respectivamente; e a diretoria da Associação Ordem das Altaneiras, entidade filantrópica formada por esposas de Oficiais da Aeronáutica. O Diretor Regional da Secretaria do Meio Ambiente de Mato Grosso, presente ao evento, salientou que a área onde está instalada o CPBV contribuiu para refrear o desmatamento que acomete a região sul do Pará, na Serra do Cachimbo.

“Se não houvesse a Base de Cachimbo e o Campo de Prova Brigadeiro Velloso o avanço do desmatamento de Mato Grosso no sentido Amazônia e Pará continuaria. Essa área do CPBV fez com que essa devastação não progredisse mais. É uma região onde a natureza está cem por cento preservada sendo muito importante a manutenção desse bioma para pesquisas e para as futuras gerações”, avalia Philippsen.

Por conta dessa preservação, o CPBV já foi várias vezes escolhido pelo IBAMA para a reintegração de espécies da fauna brasileira. Cobras, lagartos, araras e até mesmo onças pintadas foram soltas no local e ganharam um novo habitat para perpetuação de suas espécies.

Uma das peculiaridades do Campo é a sua autossuficiência na produção de energia elétrica, o que representa uma economia anual superior a R$ 500 mil, considerados o valor da energia gerada e os serviços de manutenção executados pelos próprios militares da FAB. No início de sua história, na década de 50, o então Destacamento de Cachimbo abrigou a primeira usina hidrelétrica da região Amazônia, com capacidade de 37,5KVA. Atualmente a usina gera 800KVA.

“Nós temos hoje condições de abastecer tanto o complexo administrativo como o operacional do campo de provas. Esta usina, até o final do ano, terá sua capacidade de energia triplicada para atender a demanda crescente dado o maior uso da área que vem acontecendo nos últimos anos pelos esquadrões aéreos e terrestres da Força Aérea Brasileira”, assinala o Tenente-Coronel-Aviador Jorge José Carmo, diretor do CPBV.

A construção de novas instalações deverá aumentar a geração de energia para 2500KVA, cerca de 66 vezes a capacidade do primeiro módulo instalado nos anos 50.

A localização afastada dos grandes centros levou à implantação de outra iniciativa que vem dando certo no CPBV. Com a reativação do refeitório em 2009, o CPBV começou a produzir os alimentos para seu efetivo. Cerca de 80% das hortaliças, por exemplo, utilizadas nas refeições são cultivadas no local. Já se encontra em andamento também a atividade de piscicultura, aproveitando um lago formado pelo acúmulo das águas pluviais.

Responsabilidade social
As comunidades do entorno do Campo de Provas também estão se beneficiando dos vários projetos de responsabilidade social desenvolvidos pelo CPBV. Um deles é o Programa de Ação Integrada (PAI). O objetivo é promover a integração com a população local por meio de palestras sobre a atuação do Campo de Provas; prestar atendimento médico e odontológico básico; dar ênfase ao trabalho de proteção ao meio ambiente; e informar sobre as formas de ingresso na Aeronáutica. Duas cidades já participaram do programa: Terra Nova, no norte de Mato Grosso, com cerca de 15 mil habitantes, e Peixoto de Azevedo (MT).

“É um projeto que vem ao encontro do nosso anseio proporcionando fazer essa integração da nossa sociedade com a Aeronáutica. Essa iniciativa atende os jovens e crianças, principalmente os mais carentes, que possuem dificuldade de ter acesso ao conhecimento, trazendo, portanto, um grande retorno social”, ressalta Manoel Freitas, prefeito de Terra Nova.

Exercícios militares
Destinado aos exercícios militares da FAB, o Campo apresenta uma infraestrutura que proporciona o treinamento e aperfeiçoamento dos militares da Aeronáutica. Possui uma pista de pouso asfaltada com equipamentos que permitem a operação noturna. Os vários esquadrões podem realizar, por exemplo, tiro aéreo; reconhecimento armado ou ataque aos diversos alvos táticos dispostos no terreno; e treinamento de interceptação. Todas as áreas são permanentemente ativadas, sendo passíveis de emprego com armamento real em toda a sua extensão.

Homenagens
Na solenidade o Terceiro Sargento da Reserva, Edson Pereira de Souza, foi agraciado com a medalha militar de ouro pelos mais de 30 anos de serviços prestados para a FAB. Os Cabos Gesiel Alves Gadelha, Francisco Nei Sales Sousa e Cristovam Antônio Viveiros Lima foram condecorados com a medalha militar de prata, em reconhecimento aos mais de 20 anos de trabalho na Força Aérea.

Fonte: CECOMSAER




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