NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 03/01/2019 / Satélite brasileiro de alta resolução vai aprimorar monitoramento agrícola
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Equipamento registrará imagens aqui de baixo com detalhes que podem chegar a 70 cm ...
Quanto tempo você gasta para chegar ao trabalho? Talvez o tempo que você leva entre sair de casa e registrar o ponto seja o suficiente para o satélite brasileiro Carponis-1 dar uma volta completa ao redor da Terra. Quando estiver em órbita, ele gastará no máximo 1h30 nesse percurso. Mais do que dar um passeio pelo espaço, o equipamento registrará imagens aqui de baixo com detalhes que podem chegar a 70 cm. Será um satélite brasileiro de alta resolução.
O projeto está a cargo da Força Aérea Brasileira (FAB), mas não terá apenas aplicação militar. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) será operadora civil do equipamento e empregará as imagens espaciais nos estudos da produção de alimentos, fibras e energia no país.
A Embrapa Territorial (SP) utiliza imagens de satélites em seus trabalhos há quase 30 anos. No entanto, a dependência de imagens de alta resolução adquiridas por satélites controlados por outros países impõe limitações, além de custos elevados. Normalmente, trabalha-se com as imagens que estão disponíveis nos catálogos das empresas que as comercializam. Outra possibilidade é encomendar os registros, porém, isso demanda tempo entre a solicitação e a entrega.
A operação de um satélite pelo Brasil possibilitará mais autonomia e rapidez. “Poderemos programar e direcionar o satélite para aquisição de imagens de alvos específicos. Isso evitará a compra de imagens obsoletas e otimizará o tempo de resposta no recebimento dessas imagens”, observa a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães. Ela também é membro do Grupo de Assessoramento da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistema Espaciais (CCISE), colegiado que articula o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE).
Melhor monitoramento de ILPF e aquicultura
O diferencial do Carponis-1 está na alta resolução espacial e temporal. A previsão é que os sensores acoplados ao satélite gerem imagens nítidas abaixo de um metro e com intervalo de três a cinco dias. Hoje, o Brasil opera apenas um sistema espacial, em parceria com a China. Mas a melhor resolução obtida a partir dele é de cinco metros e intervalo de até 26 dias entre os registros.
Para se ter uma ideia do ganho com a escala submétrica, nas imagens com resolução de quatro metros, cada pixel equivale a uma área de 16 m². Já as de um metro de resolução refletem 1 m² por pixel. Com imagens melhores e mais facilmente disponíveis, a Embrapa Territorial espera avançar, por exemplo, no monitoramento das áreas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sistema produtivo em expansão no País. “É muito difícil com satélites de média resolução conseguir identificá-las. Mesmo com os de alta resolução, esse mapeamento não vai ser uma tarefa simples”, adianta Magalhães.
Os trabalhos com aquicultura também seriam beneficiados com um satélite brasileiro de alta resolução. Atualmente, a Embrapa está desenvolvendo um sistema de inteligência territorial estratégico para o segmento. O primeiro passo é identificar, em imagens espaciais, a localização dos tanques escavados para criação de animais aquáticos. “Quando você trabalha com imagens de média ou baixa resolução, é difícil ter certeza de que determinado ponto corresponde a um tanque para aquicultura, tendo em vista os diferentes tipos existentes”, conta a chefe-adjunta. A expectativa é que, com material de melhor definição, o trabalho ganhe assertividade.
Intervalos menores de captação
Os pesquisadores também esperam incremento nos estudos pela geração de material com menor intervalo de tempo. O maior ganho é a chance de obtenção de imagens livres de nuvens, um dos principais fatores que comprometem a visibilidade em regiões de alta umidade, como na costa brasileira e região amazônica. Na agricultura, fazer imagens com mais frequência torna-se ainda mais importante, já que as principais fases de desenvolvimento das culturas ocorrem justamente no período de chuvas.
O tempo entre a captura da imagem em território nacional e o seu download pelo usuário deve ser menor do que duas horas, adianta o tenente Bruno Mattos, coordenador do projeto Carponis-1. Se a área de interesse estiver fora do Brasil, esse intervalo aumenta, mas, ainda assim, não deve chegar a 12 horas.
O tipo de sensor embarcado no satélite também é determinante para os trabalhos em agricultura. Além das bandas que geram a fotografia em cores dos terrenos (vermelho, verde e azul – RGB), “é indispensável, no mínimo, uma banda no infravermelho próximo (NIR)”, diz Magalhães. A presença dela é o primeiro passo para utilizar as imagens em agricultura de precisão. Com esse recurso, além da interpretação visual, os técnicos contam com informações espectrais que podem dar indicações sobre a saúde da plantação em uma determinada área, por exemplo. Identificação de deficiências nutricionais e estimativas de produtividade são outras aplicações. “Quanto mais bandas espectrais, mais informações conseguimos sobre um objeto terrestre”, explica.
Fonte: Embrapa Territorial
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Ações das Forças Armadas serão pautadas pela Constituição, diz novo ministro da Defesa
General Fernando Azevedo e Silva assumiu cargo nesta quarta-feira (2), em cerimônia no Clube do Exército, em Brasília; presidente Jair Bolsonaro compareceu à solenidade.
Por Luiz Felipe Barbiéri, G1 | Publicada em 02/01/2019 16:46
O novo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta quarta-feira (2), em cerimônia de transmissão de cargo realizada no Clube do Exército, em Brasília, que as ações das Forças Armadas no próximo governo serão pautadas pela Constituição. O presidente Jair Bolsonaro compareceu à solenidade.
Fernando Azevedo e Silva é o 12º ministro a assumir a pasta, desde sua criação, em 1999. Ele é general de Exército desde 2014 (leia mais sobre o perfil do ministro ao final desta reportagem). Ele substitui no comando da pasta o também general Joaquim Silva e Luna.
"As ações das Forças Armadas serão pautadas pela Constituição Federal de 1988 e as Leis infraconstitucionais. Como organismos de Estado, as Forças devem atuar nas coisas de soldado e cooperar com o poder civil onde forem demandadas, respeitadas as suas capacidades e competências. Internamente, no Ministério da Defesa, o foco será orientado para integração sistêmica das Forças na doutrina estratégico-operacional militar, nos planejamentos, nos projetos, nos equipamentos e nos treinamentos conjuntos", afirmou o novo ministro em seu discurso.
Na cerimônia, também estavam presentes os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Sales, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Heleno, a Procuradora-Geral da República Raquel Dodge, os ex-ministros da Segurança Pública, Raul Jungmann, do GSI, Sergio Etchegoyen, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, o senador e ex-presidente Fernando Collor.
Além deles, estiveram presentes os atuais comandantes das Forças Armadas Eduardo Bacellar Leal Ferreira (Marinha), General Villas Boas (Exército) e Nivaldo Luiz Rossato (Aeronáutica), e os futuros comandantes, o almirante Ilques Barbosa Júnior (Marinha), general Edson Leal Pujol (Exército) e tenente-brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica).
Perfil
O novo ministro da Defesa já chefiou as operações da Missão de Paz da ONU no Haiti e foi presidente da Autoridade Pública Olímpica.
Na função, ele foi responsável por executar medidas relativas a projetos para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Azevedo e Silva pediu demissão do cargo em 6 de fevereiro de 2015, ainda durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O general também foi coordenador geral de “Defesa de área” por ocasião da preparação do evento.
Azevedo e Silva foi ainda presidente da Comissão de Desportos do Exército durante a preparação e execução dos 5º Jogos Mundiais Militares e atuou na direção do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa.
O agora ministro foi nomeado para exercer a chefia do Estado-Maior do Exército em julho de 2016. Antes de assumir o Ministério da Defesa, Azevedo e Silva foi assessor especial do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. Sua indicação foi atribuída ao atual comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas.
Leonardo y la Fuerza Aérea Brasileña firman nuevo contrato para mantenimiento de la flota AMX /A-1
Javier Bonilla | Publicada em 02/01/2019 08:00
El Comando General de Apoyo Logístico (COMGAP) de la Fuerza Aérea Brasileña (FAB) eligió nuevamente a Leonardo para el suministro de servicios de apoyo logístico a largo plazo para la flota de aeronaves A-1 (AMX) operadas por la FAB. El acuerdo forma parte del programa de la Fuerza Aérea Brasileña para garantizar la plena capacidad operacional de la flota de aeronaves AMX en los próximos 5 años.
El contrato, con validez de 58 meses, prevé la prestación de servicios como reparación y revisión de componentes, actividades de apoyo logístico orientadas a garantizar la gestión de piezas de repuesto, el tratamiento de obsolescencia de aeronaves y soporte técnico, e ingeniería en la Fuerza Aérea . Todas las actividades serán coordinadas por el Centro Logístico (CELOG) de la Fuerza Aérea Brasileña en colaboración con Leonardo.
AMX es una aeronave de soporte táctico desarrollada en Italia en los años 80 por Aeritalia (46,5%) y Aermacchi (23,8%) y en Brasil por Embraer (29,7%). El AMX entró en servicio con las fuerzas aéreas italianas y brasileñas a finales de los años 80. Incorporando ahora nuevas tecnologías como el HUD (Head-Up Display), dispositivos HOT (Hands On Throttle and Sticks), MFD (Multi-Functional Display) y el RWR (Radar Warning Receiver), Embraer Defensa y Seguridad (EDS) entrega desde hace más de 5 años las aeronaves modernizadas hoy rebautizadas A-1. y basadas todas en Santa María.
La modernización siguió el mismo patrón de las modernizaciones de otras aeronaves utilizadas por la FAB, el A-29 y el Northrop F-5EM Tiger II, con nuevos sistemas de navegación, armamentos, generación de oxígeno, radar multimodo y contramedidas electrónicas. Se trata básicamente de:
Sustitución del radar por el SCP-01, fabricado en São José dos Campos.
Nuevo sistema de generación de oxígeno (OBOGS).
Nuevos monitores MFDs.
Iluminación compatible con el uso de gafas de visión nocturna.
Visor montada en el casco.
Nuevo RWR.
Lanzadores automáticos de chaff / flare.
Capacidad de lanzar bombas inteligentes.
Por problemas económicos, de las 43 aeronaves previstas para actualizar, hasta hoy sólo tres o cuatro fueron entregadas a la FAB.
O PRESENTE RURAL - Satélite brasileiro de alta resolução vai aprimorar monitoramento agrícola
Equipamento registrará imagens aqui de baixo com detalhes que podem chegar a 70 cm
Publicada em 02/01/2019
Quanto tempo você gasta para chegar ao trabalho? Talvez o tempo que você leva entre sair de casa e registrar o ponto seja o suficiente para o satélite brasileiro Carponis-1 dar uma volta completa ao redor da Terra. Quando estiver em órbita, ele gastará no máximo 1h30 nesse percurso. Mais do que dar um passeio pelo espaço, o equipamento registrará imagens aqui de baixo com detalhes que podem chegar a 70 cm. Será um satélite brasileiro de alta resolução.
O projeto está a cargo da Força Aérea Brasileira (FAB), mas não terá apenas aplicação militar. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) será operadora civil do equipamento e empregará as imagens espaciais nos estudos da produção de alimentos, fibras e energia no país.
A Embrapa Territorial (SP) utiliza imagens de satélites em seus trabalhos há quase 30 anos. No entanto, a dependência de imagens de alta resolução adquiridas por satélites controlados por outros países impõe limitações, além de custos elevados. Normalmente, trabalha-se com as imagens que estão disponíveis nos catálogos das empresas que as comercializam. Outra possibilidade é encomendar os registros, porém, isso demanda tempo entre a solicitação e a entrega.
A operação de um satélite pelo Brasil possibilitará mais autonomia e rapidez. “Poderemos programar e direcionar o satélite para aquisição de imagens de alvos específicos. Isso evitará a compra de imagens obsoletas e otimizará o tempo de resposta no recebimento dessas imagens”, observa a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães. Ela também é membro do Grupo de Assessoramento da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistema Espaciais (CCISE), colegiado que articula o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE).
Melhor monitoramento de ILPF e aquicultura
O diferencial do Carponis-1 está na alta resolução espacial e temporal. A previsão é que os sensores acoplados ao satélite gerem imagens nítidas abaixo de um metro e com intervalo de três a cinco dias. Hoje, o Brasil opera apenas um sistema espacial, em parceria com a China. Mas a melhor resolução obtida a partir dele é de cinco metros e intervalo de até 26 dias entre os registros.
Para se ter uma ideia do ganho com a escala submétrica, nas imagens com resolução de quatro metros, cada pixel equivale a uma área de 16 m². Já as de um metro de resolução refletem 1 m² por pixel. Com imagens melhores e mais facilmente disponíveis, a Embrapa Territorial espera avançar, por exemplo, no monitoramento das áreas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sistema produtivo em expansão no País. “É muito difícil com satélites de média resolução conseguir identificá-las. Mesmo com os de alta resolução, esse mapeamento não vai ser uma tarefa simples”, adianta Magalhães.
Os trabalhos com aquicultura também seriam beneficiados com um satélite brasileiro de alta resolução. Atualmente, a Embrapa está desenvolvendo um sistema de inteligência territorial estratégico para o segmento. O primeiro passo é identificar, em imagens espaciais, a localização dos tanques escavados para criação de animais aquáticos. “Quando você trabalha com imagens de média ou baixa resolução, é difícil ter certeza de que determinado ponto corresponde a um tanque para aquicultura, tendo em vista os diferentes tipos existentes”, conta a chefe-adjunta. A expectativa é que, com material de melhor definição, o trabalho ganhe assertividade.
Intervalos menores de captação
Os pesquisadores também esperam incremento nos estudos pela geração de material com menor intervalo de tempo. O maior ganho é a chance de obtenção de imagens livres de nuvens, um dos principais fatores que comprometem a visibilidade em regiões de alta umidade, como na costa brasileira e região amazônica. Na agricultura, fazer imagens com mais frequência torna-se ainda mais importante, já que as principais fases de desenvolvimento das culturas ocorrem justamente no período de chuvas.
O tempo entre a captura da imagem em território nacional e o seu download pelo usuário deve ser menor do que duas horas, adianta o tenente Bruno Mattos, coordenador do projeto Carponis-1. Se a área de interesse estiver fora do Brasil, esse intervalo aumenta, mas, ainda assim, não deve chegar a 12 horas.
O tipo de sensor embarcado no satélite também é determinante para os trabalhos em agricultura. Além das bandas que geram a fotografia em cores dos terrenos (vermelho, verde e azul – RGB), “é indispensável, no mínimo, uma banda no infravermelho próximo (NIR)”, diz Magalhães. A presença dela é o primeiro passo para utilizar as imagens em agricultura de precisão. Com esse recurso, além da interpretação visual, os técnicos contam com informações espectrais que podem dar indicações sobre a saúde da plantação em uma determinada área, por exemplo. Identificação de deficiências nutricionais e estimativas de produtividade são outras aplicações. “Quanto mais bandas espectrais, mais informações conseguimos sobre um objeto terrestre”, explica.
Fonte: Embrapa Territorial
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