NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 23/06/2017 / Paris Air Show - Embraer fecha venda de 51 jatos por US$ 3 bilhões e reforça posição no mercado
Paris Air Show - Embraer fecha venda de 51 jatos por US$ 3 bilhões e reforça posição no mercado ...
A companhia brasileira Embraer anunciou nesta semana que fechou acordos para a venda de 51 aeronaves, em negociações que alcançarão um total de US$ 3 bilhões. As negociações foram fechadas durante o 52º Salão Internacional de Aeronáutica e Espaço (Paris Air Show), evento do mercado aeronáutico na França.
De acordo com a empresa, são 18 pedidos firmes e 33 jatos com intenção de compra.
“Somando-se todos os pedidos firmes e cartas de intenção, o potencial dos compromissos anunciados é de 51 aeronaves da família de E-Jets, tanto da geração atual quanto dos E-Jets E2, que entram em serviço a partir de 2018. O valor potencial desse pedido, tendo como referência os preços de lista, monta a aproximadamente US$ 3 bilhões, se todos os pedidos forem confirmados”, divulgou a assessoria da companhia.
A Embraer expôs na feira algumas novidades da companhia, como o novo E195-E2, a maior aeronave da segunda geração da família de jatos comerciais da companhia, a aeronave militar multimissão de transporte e reabastecimento em voo KC-390 e o mais moderno jato executivo de médio porte, o Legacy 450.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o jornalista e especialista do setor de Defesa, Nelson Düring, destacou que a venda por “valores apreciáveis” deve ser celebrada pela Embraer, já que mantém a capacidade da empresa em seguir produzindo de 80 a 100 aeronaves por ano, ainda mais em um mercado bastante competitivo.
“Nesse mercado você tem competidores duros, como a canadense Bombardier, os russos com o Sukoi-100 Superjet, o jato chinês chegando, o jato da japonesa Mitsubishi chegando, então é muito importante essa venda para a manutenção do fluxo de trabalho”, avaliou Düring.
Negócios onde companhia é mais forte
O primeiro negócio fechado pela Embraer em Paris foi com a companhia aérea bielorussa Belavia, que encomendou dois jatos – um E175 e um E195 –, a serem entregues em 2018. O acordo foi fechado em USS 99,1 milhões. A mesma companhia já possui quatro aviões da Embraer.
“Receber pedidos complementares, como estes, é importante não apenas porque demonstra que as aeronaves de nossos clientes estão registrando bom desempenho e entregando valor para o negócio e seus passageiros, mas também porque confirma que o time da Embraer fez um bom trabalho em apoiar a companhia aérea e suas aeronaves”, disse o presidente e CEO da Embraer, John Slattery.
Já o diretor-geral da Belavia, Anatoly Gusarov, destacou a “flexibilidade […] sem o normal acréscimo de complexidade em engenharia e treinamento” como elementos importantes para o fechamento do negócio. “A nossa frota de jatos Embraer está obtendo altos índices de disponibilidade e grande eficiência operacional – e nossos clientes realmente aproveitam o alto nível de conforto que as aeronaves proporcionam”.
Segundo Nelson Düring, esse é o nicho em que a Embraer sempre se destacou e, assim, a empresa brasileira deverá seguir trilhando o seu caminho naquilo que faz melhor, algo que começou nos anos 1970 com os turbohélices Bandeirante e Brasília.
“A Embraer sempre soube aproveitar a janela que se oferecia para estar ao lado do cliente, trabalhar com ele e desenvolver uma aeronave que atendesse às suas demandas. Você trabalha assim com clientes menores, que vão servir de abastecedores para grandes companhias aéreas. É um produto bom, barato, de custo operacional baixo. É o que vem gerando sucesso e confiabilidade na empresa”, destacou o especialista.
Outro contrato que a Embraer fechou em Paris foi com a companhia aérea japonesa Fuji Dream Airlines, que encomendou três jatos do modelo E-175 e o direito de compra (pedido concreto a ser confirmado) de mais três jatos do mesmo modelo – em um total de US$ 274 milhões. Já a holandesa KLM CityHopper encomendou dois jatos E190 por US$ 101 milhões.
Já a companhia aérea Japan Airlines encomendou um jato E190 (por um valor não revelado). O que também não foi revelado foi o nome do cliente que encomendou dez aeronaves E195-E2, com direito de compra de outros 10 aviões do mesmo modelo, em um negócio de US$ 666 milhões. Por fim, outro cliente não revelado fechou, por US$ 1,1 bilhão, a intenção de compra de 20 jatos do modelo E190-E2.
Postos de trabalho
Apesar de tamanhas negociações, a Embraer informou que as novas demandas não significam, em um primeiro momento, um acréscimo de funcionários nas linhas de montagem da empresa. De acordo com Nelson Düring, tal afirmação deve ser vista com naturalidade no setor aeronáutico.
“É o ciclo da indústria, um ciclo muito longo. Veja que você compra um avião e só o recebe daqui a dois, três anos. Nesse meio tempo você encomenda a turbina, por exemplo, e outras matérias-primas e equipamentos. A empresa precisa ter flexibilidade para fazer os pedidos e manter uma linha com funcionários treinados para atender a tal demanda”, explicou.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Casa Civil e GSI tratam de substituição de diretor da PF
Coluna Do Estadão
Recém-nomeado ministro da Justiça, Torquato Jardim não dará a palavra final sobre o nome do novo diretor-geral da PF, caso o governo ponha em prática seu plano para substituir Leandro Daiello. As discussões estão sendo tocadas de forma sigilosa pelos ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, e da Casa Civil, Eliseu Padilha. Como a PF é subordinada à Justiça, Torquato ficará apenas com o ônus de promover a delicada mudança. Investigadores apontam a troca como tentativa de interferir na Lava Jato.
Na última quarta, Torquato abandonou uma entrevista à Rádio Gaúcha ao ser questionado se teria assumido o ministério para barrar a Lava Jato. “É uma teoria esquizofrênica”, disse, antes de se levantar.
Coluna Correio Econômico
Vicente Nunes
Pontos de integração
Os R$ 250 milhões não incluem, contudo, os gastos que a União terá que fazer para acessar os dados coletados pelo satélite da Telebras. Será necessária a construção de mais de mil pontos de transmissão para integrar as regiões remotas do país.
Telebras quer dinheiro
Diretor técnico-operacional da Telebras, Jarbas Valente diz que o governo precisa liberar, até o fim do ano, cerca de R$ 250 milhões para que a empresa possa concluir parte da infraestrutura necessária ao uso de seu satélite recém-lançado.
Em depoimento, Dilma isenta Lula de tráfico de influência com caças
Murillo Camarotto
BRASÍLIA - Convocada pelo Ministério Público Federal para depor como testemunha em um processo resultante da Operação Zelotes, a ex-presidente Dilma Rousseff isentou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, de ter influenciado de alguma forma a compra dos caças suecos Grippen pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Falando por vídeoconferência de Porto Alegre, Dilma também negou que Lula tenha atuado para que ela não vetasse a renovação de um benefício fiscal para a indústria automobilística.
Lula e seu filho, Luís Cláudio da Silva, são réus no processo que investiga tráfico de influência nesses dois negócios. Além dos dois, são réus os consultores Mauro Marcondes e Cristina Mautoni.
De acordo com Dilma, a escolha dos caças suecos, oficializada em dezembro de 2013, foi baseada em um processo seletivo que considerou três variáveis: preço, custo de manutenção e transferência de tecnologia.
A ex-presidente explicou que o avião americano tinha melhor preço, mas que a transferência de tecnologia só poderia ser feita mediante aprovação do Congresso americano.
Já o caça francês, segundo Dilma, tinha custo de manutenção elevado. Questionada sobre o fato de Lula ter chegado a anunciar a escolha desse modelo, em 2009, a ex-presidente afirmou que a simpatia pelo caça francês era "genérica e incipiente".
A escolha do avião sueco se baseou especualmente na proposta de parceria para o desenvolvimento tecnológico do produto. "É isso que leva o governo brasileiro ao Grippen", disse Dilma ao juiz federal Vallisney de Oliveira, titular da 10a Vara Federal de Brasília.
Lula também é acusado de ter influenciado o governo Dilma a não vetar uma emenda à Medida Provisória 627. A emenda, de autoria do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prorrogava até 2020 benefícios fiscais da indústria automobilística.
No depoimento, Dilma afirmou que a MP era a "pré-estreia da pauta-bomba", pela qual o Congresso atuou para prejudicar a arrecadação federal. Diante de uma situação política delicada, a presidente avaliou todas as emendas e decidiu não vetar o "jabuti" de Cunha.
"Lula sempre foi respeitoso à minha condição de presidente. Ele jamais intermediou qualquer tipo de situação comigo", afirmou a ex-presidente.
Atenção, gurizada! Alistamento militar termina no dia 30 de junho
Inscrição pode ser feita presencialmente ou pela internet
Dia 30 de junho, na semana que vem, é o último dia para o alistamento militar obrigatório. Jovens brasileiros do sexo masculino, que completam 18 anos em 2017, devem se apresentar a uma Junta Militar mais próxima de sua residência. Em Porto Alegre, fica na Rua Luiz Manoel, 100, Bairro Santana. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.
Mas há preferência pela inscrição na internet, que deve ser feita neste link. (http://www.alistamento.eb.mil.br/)
Documentos
Para o alistamento, é necessário apresentar comprovante de residência, certidão de nascimento, passaporte, carteira de identidade, carteira de motorista, carteira de trabalho ou registro de naturalização, duas fotos 3x4 recentes e CPF.
Também será necessário informar um número de telefone celular válido no Brasil e uma conta de e-mail particular para o envio de mensagens como local e data do exame de seleção, entrega de documentos e aviso de agendamento de datas, entre outras informações.
O major Everton Paz Almeida, chefe da Subseção de Serviço Militar Inicial do Comando da 3ª Região Militar no RS, alerta que é preciso ficar atento, após o alistamento, às mensagens no celular e no e-mail cadastrados, pois toda a comunicação sobre o processo será feita por estes meios.
Apresentação
De acordo com o coordenador do Serviço Militar do Ministério da Defesa, coronel André Buarque Ribeiro dos Anjos, cerca de 300 mil jovens em todo o país ainda não se apresentaram.
Anualmente, cerca de 1,8 milhão de cidadãos fazem o alistamento militar e 100 mil são incorporados às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) no país. No Rio Grande do Sul, a média de incorporados é de 12 mil ao ano e, na Capital, de 1,7 mil jovens. Até esta quinta-feira (22), 61 mil jovens já fizeram o alistamento no RS – 8 mil deles em Porto Alegre.
O alistamento militar é obrigatório. Se não for feito, o jovem ficará impedido de tirar passaporte, ingressar no serviço público ou ser matriculado em qualquer instituição de ensino – inclusive universidades. Também está previsto o pagamento de multa, que varia de acordo com a quantidade de dias em que o candidato deixou de se alistar.
Aeroporto de Araguari é fechado pela Aeronáutica
Prefeitura, que administra o local, não apresentou um plano de zona de proteção. Secretaria de Trânsito vai criar novo plano para reabertura.
Por Mgtv
O aeroporto de Araguari foi fechado para pouso e decolagens pela Aeronáutica. Segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a administração do aeroporto não apresentou o plano de zona de proteção de aeródromo. A determinação está sendo cumprida desde a última terça-feira (20).
Desde 1994 a Prefeitura é a responsável por administrar o aeroporto. A administração informou que foi feito o arquivamento do processo relativo à apresentação do plano básico para proteção do local. O motivo é que esse documento foi enviado ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) em 2015, mas tinha alguns erros que não foram solucionados.
A Prefeitura informou ainda que esse documento estabelece as restrições impostas ao aproveitamento das propriedades dentro zona de proteção de um aeródromo. Conforme o Decea, esse plano é importante porque restringe as construções ao redor dos aeródromos, buscando garantir um espaço aéreo livre de obstáculos para que as aeronaves possam operar de forma segura.
Solução do problema
A Secretaria de Trânsito de Araguari informou que vai assinar um Termo de Ajuste de Conduta, na próxima semana, assumindo todas as responsabilidades para a criação de um novo plano para que seja feita a reabertura do aeroporto.
Situação do aeródromo
O terreno onde foi construído o aeroporto pertence à União e a área foi cedida ao município de Araguari para administração das atividades do aeroporto. Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) cobrou da Prefeitura de Araguari medidas para solucionar irregularidades no aeroporto.
Há problemas relacionados aos hangares, conservação da pista, moradias que não poderiam estar próximas ao local e presença de pedestres. O asfalto da pista, por exemplo, foi feito em 1954 e foi recapeado em 1992, mas já está com pedras soltas. Alguns donos de aviões juntaram dinheiro para contratar uma empresa de tapa-buracos para minimizar o problema.
O aeroporto tem 85 anos e atualmente era utilizado por donos de aviões para voos executivos. A pista tem 1,5 quilômetros de extensão por 30 metros de largura. São 17 hangares em que são guardadas mais de 50 aeronaves.
Em 1999, quem utilizava a área começou a pagar uma espécie de aluguel, e os contratos eram feitos por cinco anos. Desde que venceram, em 2004, quase ninguém paga mais taxa pelo uso.
Estima-se que, com a falta de regularização dos hangares, o aeroporto tenha deixado de arrecadar cerca de R$ 700 mil, valor que seria usado para a manutenção.
Araras realiza 1º AeroFest e recebe Esquadrilha da Fumaça no sábado
Programação conta com mais de 30 atrações para o público no sábado (24) e no domingo (25).
G1 São Carlos E Araraquara
Neste fim de semana, Araras (SP) recebe a primeira edição do AeroFest. Uma das atraçãoes é a Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB).
O evento ocorre no sábado (24) e domingo (25), das 9h às 20h, no Aeroporto Municipal Armando Américo Fachini, localizado na Avenida João Rossi, no Jardim São Pedro. O ingresso custa R$ 10 e crianças de até 10 anos não pagam.
A expectativa é que mais de 25 mil pessoas passem pelo evento. A estrutura contará com estacionamento no valor de R$ 20 e praça de alimentação.
Atrações
A programação conta com mais de 30 atrações, com destaque para a demonstração da Esquadrilha da Fumaça, no sábado, a partir das 16h30.
O primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, que esteve em uma missão espacial durante dez dias, em 2006, também participará do evento.
Programação
Sábado
9h - paraquedismo
9h45 - demonstração avião agrícola - Air Tractor
10h - Chegada do locutor da Esquadrilha da Fumaça
10h30 - acrobacias Cap 10
11h - chegada da Esquadrilha da Fumaça
11h30 - acrobacias extra 330 LX
11h45 - acrobacias decathlon
12 - aeromodelismo
13h - acrobacias Cap 10
13h30 - acrobacias extra 330 LX
14h - acrobacias decathlon
14h15 - demonstração avião agrícola - Air Tractor
14h30 - demonstração da Esquadrilha Extreme (T-6)
15h - demonstração Esquadrilha CEU
15h30 - acrobacias RV-7
16h - acrobacias extra 330 SC
16h30 - demonstração da Esquadrilha da Fumaça
17h30 - motoshow - Pro Tork Altogiro Show
18h - show da banda The Joker
Domingo
9h - acrobacias extra 330 SC
9h15 - paraquedismo
10h15 - demonstração avião agrícola - Air Tractor
10h30 - motoshow - Pro Tork Altogiro Show
11h - demonstração Esquadrilha CEU
11h30 - acrobacias decathlon
11h45 - acrobacias RV-7
12h - aeromodelismo
13h - acrobacias extra 330 LX
13h30 - acrobacias Cap 10
14h - acrobacias decathlon
14h15 - demonstração avião agrícola - Air Tractor
14h30 - demonstração Esquadrilha EJ
15h - demonstração Esquadrilha Extreme (t-6)
15h30 - acrobacias extra 330 LX
15h45 - acrobacias RV-7
16h - acrobacias Cap 10
16h30 - acrobacias extra 330 SC
17h30 - motoshow - Pro Tork Altogiro Show
18h - show da banda The Joker
Temporal tem ventos de até 64,8 km/h, e Inmet registra 48,4 milímetros de chuva em Manaus | Amazonas
Índice é considerado "ventania", segundo a Escala de Beaufort.
G1 Am
O Instituto Nacional de Meteorologia no Amazonas (Inmet/AM) registrou 48,4 milímetros de chuva em Manaus entre quarta-feira (21) e esta quinta-feira (22). Ventos de até 64,8km/h também foram registrados durante o temporal que atingiu a capital nas últimas horas. O índice é considerado "ventania", segundo a Escala de Beaufort, que classifica a intensidade dos ventos tendo em conta a sua velocidade e os efeitos resultantes das ventanias no mar e em terra.
De acordo com o Instituto, a quantidade acumulada de 48,4 milímetros de chuva foi registrada na estação meteorológica do Inmet, no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul de Manaus, entre 8h de quarta e 8h de quinta-feira. Segundo o órgão, o número está dentro da normalidade esperada durante o mês.
Em Manaus, do dia 1° de junho até as 08:00h desta quinta, o acumulado está em 115 milímetros.
Segundo o Inmet, a rajada mais intensa registrada durante a chuva na estação automática do Inmet, no bairro Adrianópolis, foi de 52,6 km/h e foi registrada entre 3h e 4h desta quinta-feira (22). De acordo com dados disponibilizados pela Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (REDEMET), no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, a máxima rajada de vento foi de 64,8 km/h e foi registrada as 04:00h.
Para o Inmet, a previsão climática indica chuvas dentro da normalidade média para a região de Manaus no trimestre junho, julho e agosto. O acumulado até este dia está "dentro da normalidade" do mês esperada pelo Inmet.
Transtornos
Durante a madrugada, o telhado de uma casa pastoral na Zona Leste de Manaus desabou com os fortes ventos, a água invadiu quatro cômodos e os padres usaram guarda chuvas para tentar proteger os móveis.
"Molhou tudo, os livros, móveis, geladeira, TV. A parte elétrica foi afetada. Os moradores nos ajudaram com lonas e conseguimos cobrir alguns livros, mas não conseguimos salvar muita coisa", lamentou o padre Nelson Pereira da Silva.
Vereador é preso suspeito de receptação de veículo e documentação falsa
Segundo a PRF, o vereador já tinha sido preso em 2014, por porte ilegal de arma de uso restrito das forças armadas.
G1 Se Aracaju
Um vereador do município de Nossa Senhora do Socorro (SE), na Grande Aracaju, foi preso na noite de quarta-feira (21) no Conjunto Jardim por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele é suspeito de receptação de veículo com restrições de roubo e tinha o viro e o chassi adulterados.
Segundo a polícia, o paramentar também estava com CRLV falso e tentou fugir da abordagem. Após o flagrante, ele foi conduzido à Polícia Federal pelo crime de uso de documento falso.
A assessoria da PRF o carro é de Minas Gerais, foi roubado em Salvador, e tem uma placa clonada de um outro veículo da capital baiana. Ainda segundo a PRF, o vereador já foi preso em 2014, por porte ilegal de arma de uso restrito das forças armadas e da polícia.
O vereador Zé Hilton (PDT) continua preso na 4ªDelegacia Metropolitana, em Aracaju. Segundo a Secretaria da Segurança Pública ele deve participar de uma audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (22).
O diretório estadual do PDT disse que o partido vai aguardar as investigações e só depois se posicionar.
Novo tombamento paisagístico de Fernando de Noronha é aprovado pelo Iphan
Agora, estão tombados o circuito de fortificações e prédios religiosos incluindo o Forte de Santo Antônio, São Pedro e São João e Fortaleza dos Remédios, e também as capelinhas de São Pedro, localizada no Porto de Santo Antônio e da Quixaba
O Conselho Consultivo do Iphan, reunido em Brasília aprovou nesta quinta-feira, 21 de junho, por unanimidade o novo tombamento paisagístico e arquitetônico de Fernando de Noronha. O processo foi alvo de uma ação promovida pela Administração de Fernando de Noronha e Aeronáutica, atendendo uma solicitação do Conselho Distrital, entidade que representa os ilhéus.
A partir novo documento passaram a ser tombados o circuito de fortificações e prédios religiosos incluindo o Forte de Santo Antônio, São Pedro e São João e Fortaleza dos Remédios, e também as capelinhas de São Pedro, localizada no Porto de Santo Antônio e da Quixaba. O Iphan tambem fará a fiscalização apenas de construções situadas no entorno destes locais, uma vez que as demais áreas da APA - Área de Preservação Ambiental já possui o acompanhamento feito por parte da Administração do Distrito Estadual e de outros órgãos federais e estaduais.
Para o administrador geral de Fernando de Noronha, Luis Eduardo Antunes, esta foi uma grande conquista para a população local. "Com este modelo de gestão os processos serão destravados e ao mesmo tempo, facilitando a vida da população, ao mesmo tempo que outras edificações passaram a ser protegidas", afirmou. O presidente do Conselho Distrital, Ailton Júnior também considerou o resultado bastante positivo. "Foi uma luta grande do Conselho Distrital em defesa da populacao. Estamos muito felizes", disse.
Fim da MP da Operação Varredura não inviabiliza Forças Armadas nos presídios
A Medida Provisória 769/2017, que abre crédito de R$ 100 milhões para custear a atuação dos militares das Forças Armadas em ações emergenciais de segurança pública nos estados e na inspeção de presídios estaduais perdeu a validade. A MP foi enviada pelo presidente Michel Temer ao Congresso Nacional em 21 de fevereiro e, para ser validada como lei, deveria ter sido aprovada pelos plenários da Câmara e do Senado até o último dia 20. Apesar do vencimento, as operações de varredura em presídios brasileiros não ficarão inviabilizadas. Isso porque o Ministério da Defesa, junto com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, empenhou os recursos que irão assegurar a presença do aparato militar em unidades prisionais.
A MP foi editada pelo presidente Michel Temer para o repasse de recursos para vistorias nos presídios em função de rebeliões e motins iniciados no começo deste ano no Complexo Penitenciário Aníbal Jobim, em Manaus. Os presos se rebelaram e 56 detentos foram mortos.
Medida Provisória
Por determinação do presidente Temer, duas medidas provisórias assegurariam recursos para as atividades de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), quando as Forças Armadas atuam em áreas e prazos previamente determinados e as operações de limpeza das prisões. Ao todo, as MPs totalizaram R$ 100 milhões, sendo metade para cada atividade.
Além das rebeliões, ocorreram outras demandas para as Forças Armadas no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte. O caso mais emblemático foi a greve da Polícia Militar capixaba que levou o governador Paulo Hartung a pedir ao presidente Temer uma GLO. Com os PMs amotinados, a população ficou à mercê de quadrilhas que promoveram o terror em diversos municípios daquele estado.
Na mesma ocasião, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, recorreu ao Palácio do Planalto para o envio das Forças Armadas à região metropolitana fluminense. As atuações em GLO nos estados do Rio e Espírito Santo consumiram mais de R$ 50 milhões da MP que perdeu validade. Possivelmente, o governo federal deverá aportar mais R$ 17 milhões para cobrir os gastos nessas duas intervenções.
Balanço da varredura
A Operação Varredura começou no Complexo Agrícola Monte Cristo, em Boa Vista (RR). No primeiro trimestre deste ano, foram vistoriados dez presídios nos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. Das dez instalações prisionais vistoriadas, pelo menos três foram palco de barbáries neste início de ano, como a penitenciária de Alcaçuz, em Natal, a Monte Cristo, em Boa Vista e o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.
Mais de duas mil armas brancas e 271 celulares foram apreendidos na primeira etapa da operação. Os militares encontraram também acessórios (160) e baterias (29) para celular; tabletes de entorpecentes (18); trouxinhas de maconha (45), recipientes com bebidas alcoólicas (6), substâncias suspeitas (185), itens de posse proibida na prisão, como por exemplo, dinheiro ou eletrodomésticos (3.038).
Após as intervenções, as Forças Armadas entraram em mais quatro presídios. Outras operações estão sendo preparadas e demandarão os recursos já destinados na MP editada pelo governo cujo prazo terminou nesta quinta-feira (22).
Paris Air Show 2017: Embraer´s KC-390 makes Paris Air Show debut
Peter Felstead Le Bourget - Ihs Jane´s Defence Weekly
The Embraer KC-390 tanker-transport aircraft made its debut at the Paris Air Show this year, with the second flying prototype performing daily as part of the show´s flight schedule.
Detailing the aircraft´s development progress to journalists at Le Bourget on 21 June, Paul Gastao Silva, the KC-390 programme director at Embraer, said the two flying prototypes had now exceeded 1,000 hours in the air and that the test campaign was "demonstrating that the models are correct".
Delivery of the first KC-390 for the Brazilian Air Force (Força Aérea Brasileira: FAB), which has 28 of the type on order, will take place next year, said Silva, adding that the second and third FAB KC-390s were already in production.
Meanwhile, KC-390 Test Vehicles 801 and 802, the third and fourth aircraft to be assembled on the KC-390 production line, are making progress with the ground/static test programme.
According to Silva, the KC-390 will achieve ´initial operational clearance´ in the second half of this year, with ´full operational clearance´ being achieved by the end of next year. This does not appear to correlate with a KC-390 unit becoming operational with the FAB, however, since Silva explained that just two aircraft would be delivered to the FAB next year, with a third aircraft arriving in 2019, although he noted that at that point the KC-390 would be achieving its "final military capability". Budgetary issues in Brazil have forced Embraer to adopt a slightly less ambitious delivery schedule for the KC-390 than was originally planned.
The KC-390 programme was initiated in 2009 when the FAB contracted Embraer to develop the aircraft. Following the first prototype making its maiden flight in February 2015, the flight test programme was initiated in October 2015 and has since then achieved a number of milestones.
Ex-ministro dominicano é interrogado por propinas em caso Embraer
O ex-militar é investigado pelo suposto pagamento de propina da Embraer e também pelo aumento de seu patrimônio entre 2008 e 2010
Efe
Santo Domingo – A Procuradoria-Geral da República Dominicana interrogou nesta quinta-feira o ex-ministro de Defesa Pedro Peña Antonio, ligado a um caso de propina de US$ 3,5 milhões pagos pela Embraer no contrato de vendas ao país de oito aviões Super Tucano em 2009.
Ao sair do interrogatório, o ex-ministro se negou a responder perguntas dos jornalistas. O mesmo já tinha ocorrido quando Peña Antonio chegou à sede da Procuradoria-Geral em Santo Domingo.
Peña Antonio foi ouvido pelo procurador-geral, Jean Alain Rodríguez, um dia depois de os empresários Daniel Aquino Hernández e seu filho, Daniel Aquino Méndez, terem sido ouvidos.
Além deles, também está ligado ao caso um coronel da Força Aérea da República Dominicana que está preso preventivamente.
Os dois empresários e o ex-ministro foram proibidos de sair do país em agosto por um juiz local. Eles também devem se apresentar periodicamente aos tribunais sempre que convocados.
A Procuradoria lembrou ontem que foi durante o período que Peña Antonio estava no Ministério da Defesa que a compra dos oito aviões foi feita. As aeronaves estão sendo usadas para o combate ao narcotráfico no país.
O ex-militar é investigado pelo suposto pagamento de propina da Embraer e também pelo aumento de seu patrimônio entre 2008 e 2010, quando Peña Antonio estava comando da pasta.
Série histórica revela que número de tempestades permanece quase o mesmo de 160 atrás no Rio
Dados são coletados desde 1850, a partir de um decreto de Dom Pedro II
Luisa Valle
RIO - O prefeito Marcelo Crivella considerou a forte chuva que parou parte da cidade na noite da terça-feira um fenômeno atípico, mas a série histórica de tempestades no Rio - a mais antiga do país - mostra que na verdade pouco mudou desde 1850, quando o registro teve início.
- Diferentemente de outras cidades como São Paulo ou Campinas, que a medida que foram crescendo o número de tempestades foi aumentando, no Rio isso não aconteceu. É diferente por ter uma topografia extremamente acidentada, com a presença do oceano e das montanhas. A urbanização não interfere tanto. O número (de tempestades) é praticamente o mesmo - explica Osmar Pinto Junior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe):
- Em São Paulo, por exemplo, dobrou o número de dias de tempestades.
A série histórica dos dias de tempestades no Rio, considerados aqueles em que foi ouvida pelo menos uma trovoada ou visto pelo menos um relâmpago, começou em 1850 no Observatório Imperial, a partir de um decreto de Dom Pedro II. Desde então, os dados continuam sendo computados pelo Serviço Regional de Proteção ao Voo (SRPV) no aeroporto Santos Dumont.
Segundo o coordenador do ELAT, no entanto, hoje esses dados estão espalhados. A primeira parte está na biblioteca do Observatório Nacional. A partir de 1912, a série passa a ser atualizada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os documentos do período entre 1912 e 1949, no entanto, foram enviados para a Brasília com a transferência da sede do instituto, mas até hoje não foram digitalizados. Desde 1950 a série passou a ser atualizada pelo Serviço Regional de Proteção ao Voo (SRPV), da Aeronáutica, nos aeroportos. Os dados, no entanto, ficam guardados em São José dos Campos, no interior de São Paulo, no Centro Tecnológico da Aeronáutica.
- Levamos anos para conseguir esses dados. Ela (a série) continua a ser atualizada todo o mês - conta o pesquisador, que um dia pretende tornar o arquivo completo disponível ao público:
- O levantamento foi feito entre 2008 e 2012. A tendência é que a gente possa disponibilizar, um dia, um link com essas informações. Mas ainda existem alguns buracos no período que os dados ficaram à cargo do Inmet, justamente pelas dificuldades de acesso ao acervo.
VOLUME DE CHUVA RECORDE
Em apenas algumas horas choveu mais do que o esperado no mês de junho inteiro em pelo menos onze bairros da cidade, segundo dados do Alerta Rio. A prefeitura alegou que o volume de água da chuva, somado a uma ressaca e à maré cheia, foi responsável pelos alagamentos registrados principalmente a Zona Sul e a Grande Tijuca. Mas especialistas ouvidos pelo GLOBO apontam que o principal motivo foi um problema crônico: falta de manutenção do sistema de drenagem.
Codesp deve indicar nesta quinta-feira (22) locais para incineração de tóxicos
Ideia era queimar carga na Base Aérea de Santos, mas autoridades de Guarujá proibiram medida
Da Redação
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos, deve apresentar nesta quinta-feira (22), opções de locais para a queima dos produtos tóxicos – entre eles, fosfina – que estão em 115 cilindros encontrados em um armazém do cais. O prazo foi dado pelo Ministério Público de Guarujá, após a Prefeitura negar a incineração dessas cargas perigosas no município.
Há cerca de dois anos, técnicos da área de Meio Ambiente da Codesp descobriram os produtos perigosos em armazéns que ficam no Centro de Santos. A estimativa é de que a carga esteja no local há 20 anos.
Apesar de aparentarem bom estado, os cilindros com produtos tóxicos e explosivos perderam a garantia de controle de suas válvulas. Por isso, a necessidade de uma destinação adequada para o material.
O plano da Docas era queimar os cilindros na Base Aérea de Santos, no distrito de Vicente de Carvalho. O material seria retirado do Centro de Santos, carregado em uma embarcação e levado até a unidade da Aeronáutica, que fica às margens do canal de navegação.
No entanto, a Prefeitura de Guarujá é contra a queima no município por conta dos riscos que podem ser causados à população. Segundo a Codesp, se um dos cilindros apresentar vazamentos, existe a possibilidade de explosões e vazamentos de gases tóxicos. O problema ainda poderia ocasionar a evacuação de vários bairros da cidade.
Por isso, na última segunda-feira (19), o Conselho de Defesa do Meio Ambiente (Condema) de Guarujá fez uma audiência pública para discutir o assunto e, diante dos riscos, rejeitou a queima ou o armazenamento desses produtos químicos.
Mas, mesmo assim, de acordo com o secretário de Meio Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha, a Codesp não desistiu da ideia. Em reunião com o Ministério Público no Município, a estatal que administra o cais santista se comprometeu a encaminhar alternativas para o descarte dos produtos perigosos.
“A coisa está mal conduzida. Se discute a recusa (de Guarujá) mas não a solução do problema, que está em Santos”, disse Aranha. “Guarujá se sensibiliza com o problema, mas ele não está no município”.
O secretário de Meio Ambiente de Guarujá destaca, ainda, a necessidade de apontar responsabilidades nesta questão. Isto porque os cilindros foram identificados há dois anos e, até agora, a população está exposta a riscos. Procurada, a Codesp não respondeu aos questionamentos da Reportagem até o fechamento desta edição.
Embraer fecha venda de 51 jatos por US$ 3 bilhões e reforça posição no mercado
A companhia brasileira Embraer anunciou nesta semana que fechou acordos para a venda de 51 aeronaves, em negociações que alcançarão um total de US$ 3 bilhões. As negociações foram fechadas durante o 52º Salão Internacional de Aeronáutica e Espaço (Paris Air Show), evento do mercado aeronáutico na França.
De acordo com a empresa, são 18 pedidos firmes e 33 jatos com intenção de compra.
“Somando-se todos os pedidos firmes e cartas de intenção, o potencial dos compromissos anunciados é de 51 aeronaves da família de E-Jets, tanto da geração atual quanto dos E-Jets E2, que entram em serviço a partir de 2018. O valor potencial desse pedido, tendo como referência os preços de lista, monta a aproximadamente US$ 3 bilhões, se todos os pedidos forem confirmados”, divulgou a assessoria da companhia.
A Embraer expôs na feira algumas novidades da companhia, como o novo E195-E2, a maior aeronave da segunda geração da família de jatos comerciais da companhia, a aeronave militar multimissão de transporte e reabastecimento em voo KC-390 e o mais moderno jato executivo de médio porte, o Legacy 450.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o jornalista e especialista do setor de Defesa, Nelson Düring, destacou que a venda por “valores apreciáveis” deve ser celebrada pela Embraer, já que mantém a capacidade da empresa em seguir produzindo de 80 a 100 aeronaves por ano, ainda mais em um mercado bastante competitivo.
“Nesse mercado você tem competidores duros, como a canadense Bombardier, os russos com o Sukoi-100 Superjet, o jato chinês chegando, o jato da japonesa Mitsubishi chegando, então é muito importante essa venda para a manutenção do fluxo de trabalho”, avaliou Düring.
Negócios onde companhia é mais forte
O primeiro negócio fechado pela Embraer em Paris foi com a companhia aérea bielorussa Belavia, que encomendou dois jatos – um E175 e um E195 –, a serem entregues em 2018. O acordo foi fechado em USS 99,1 milhões. A mesma companhia já possui quatro aviões da Embraer.
“Receber pedidos complementares, como estes, é importante não apenas porque demonstra que as aeronaves de nossos clientes estão registrando bom desempenho e entregando valor para o negócio e seus passageiros, mas também porque confirma que o time da Embraer fez um bom trabalho em apoiar a companhia aérea e suas aeronaves”, disse o presidente e CEO da Embraer, John Slattery.
Já o diretor-geral da Belavia, Anatoly Gusarov, destacou a “flexibilidade […] sem o normal acréscimo de complexidade em engenharia e treinamento” como elementos importantes para o fechamento do negócio. “A nossa frota de jatos Embraer está obtendo altos índices de disponibilidade e grande eficiência operacional – e nossos clientes realmente aproveitam o alto nível de conforto que as aeronaves proporcionam”.
Segundo Nelson Düring, esse é o nicho em que a Embraer sempre se destacou e, assim, a empresa brasileira deverá seguir trilhando o seu caminho naquilo que faz melhor, algo que começou nos anos 1970 com os turbohélices Bandeirante e Brasília.
“A Embraer sempre soube aproveitar a janela que se oferecia para estar ao lado do cliente, trabalhar com ele e desenvolver uma aeronave que atendesse às suas demandas. Você trabalha assim com clientes menores, que vão servir de abastecedores para grandes companhias aéreas. É um produto bom, barato, de custo operacional baixo. É o que vem gerando sucesso e confiabilidade na empresa”, destacou o especialista.
Outro contrato que a Embraer fechou em Paris foi com a companhia aérea japonesa Fuji Dream Airlines, que encomendou três jatos do modelo E-175 e o direito de compra (pedido concreto a ser confirmado) de mais três jatos do mesmo modelo – em um de US$ 274 milhões. Já a holandesa KLM CityHopper encomendou dois jatos E190 por US$ 101 milhões.
Já a companhia aérea Japan Airlines encomendou um jato E190 (por um valor não revelado). O que também não foi revelado foi o nome do cliente que encomendou dez aeronaves E195-E2, com direito de compra de outros 10 aviões do mesmo modelo, em um negócio de US$ 666 milhões. Por fim, outro cliente não revelado fechou, por US$ 1,1 bilhão, a intenção de compra de 20 jatos do modelo E190-E2.
Postos de trabalho
Apesar de tamanhas negociações, a Embraer informou que as novas demandas não significam, em um primeiro momento, um acréscimo de funcionários nas linhas de montagem da empresa. De acordo com Nelson Düring, tal afirmação deve ser vista com naturalidade no setor aeronáutico.
“É o ciclo da indústria, um ciclo muito longa. Veja que você compra um avião e só o recebe daqui a dois, três anos. Nesse meio tempo você encomenda a turbina, por exemplo, e outras matérias-primas e equipamentos. A empresa precisa ter flexibilidade para fazer os pedidos e manter uma linha com funcionários treinados para atender a tal demanda”, explicou.
Frederico Curado, ex-Embraer, é o novo CEO da Ultrapar
Segundo a agência Reuters, o anúncio ocorre depois de Thilo Mannhart, atual presidente, afirmar que não pretende renovar o contrato com a Ultrapar
A Ultrapar anunciou ontem que Frederico Pinheiro Fleury Curado foi escolhido como o novo diretor-geral da companhia. Conhecido por sua atuação na Embraer, Pinheiro assume o cargo a partir de 2 de outubro.
Segundo a agência Reuters, o anúncio ocorre depois de Thilo Mannhart, atual presidente, afirmar que não pretende renovar o contrato com a Ultrapar.
“Frederico Curado, 55 anos, tem experiência sólida que inclui longo período como presidente em companhia aberta de primeira linha”, diz o trecho do documento.
Formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Pinheiro assumiu a presidência da Embraer em 2007. Ele deixou a empresa em 2016.
Modernização FAB - Reconhecimento aéreo
Asp Patrícia Meyer / Ten Evellyn Abelha
Rastreamento minucioso de dados de inteligência e monitoramento de áreas de interesse. Essas são algumas das atividades realizadas pela Aviação de Reconhecimento da Força Aérea Brasileira.
A bordo das aeronaves, câmeras, sensores e radares são os olhos da FAB que, do alto, auxiliam na detecção de ameaças e na proteção do território brasileiro. Concentrados nas regiões Sul e Centro-Oeste do País, conheça o trabalho dos militares dos quatro esquadrões especializados em reconhecimento aéreo que atuam desde a área tática até a vigilância da Amazônia.
Esquadrão Poker (1º/10º GAV) - Ala 4, Santa Maria (RS)
É a única unidade da FAB que tem por missão principal o reconhecimento tático. A atividade objetiva fornecer informações oportunas e atualizadas às forças amigas, referentes à disposição, composição e movimentação das forças inimigas, instalações, emissões eletrônicas, condições meteorológicas e outros aspectos que possam interessar a um Comando de Teatro de Operações.
A unidade opera as aeronaves A-1 (AMX) e também cumpre as missões de Controle Aéreo Avançado, Supressão de Defesa Aérea Inimiga, Ataque e Apoio Aéreo Aproximado.
Esquadrão Hórus (1º/12º GAV) - Ala 4, Santa Maria (RS)
Opera as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) RQ-450 e RQ-900. É o único esquadrão da FAB a trabalhar com aviões não tripulados. A missão do Hórus é capacitar seu efetivo em Ações de Reconhecimento Aéreo, Vigilância de Área, Controle Aéreo Avançado e Posto de Comunicações no Ar.
As atividades são empregadas em operações singulares, conjuntas ou interagências. “Dentro deste rol estão as missões próprias da Força Aérea; missões em proveito da Marinha e do Exército na segurança das fronteiras; e em suporte a outras instituições governamentais; podendo atuar em áreas de segurança pública, controle de desmatamento, suporte à defesa civil e apoio à segurança em grandes eventos”, detalha o Comandante do Esquadrão Hórus, Tenente-Coronel Sandro Bernardon.
Esquadrão Carcará (1º/6º GAV) - Ala 2, Anápolis (GO)
Há seis meses, foi transferido de Recife (PE) para a Ala 2, em Anápolis (GO). Opera a aeronave R-35A que executa Reconhecimento de Alvo, como pistas de pouso clandestinas, hidrelétricas entre outros; e Aerolevantamento, utilizando o sensor para o imageamento de uma área, e não apenas um alvo específico. “O Aerolevantamento é muito utilizado por órgãos municipais, estaduais e federais para atualização de mapas, banco de dados e serviços de segurança pública”, esclarece o Comandante do Esquadrão Carcará, Tenente-Coronel João Gustavo Lage Germano.
Já o R-35AM utiliza um sensor de Medida de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE) para realizar missões com a captação de sinais de radares, embarcados ou não, capacitando os setores responsáveis a alimentar uma biblioteca de dados, a fim de fornecer esses dados aos vetores que utilizem Medidas de Proteção Eletrônica (MPE).
Esquadrão Guardião (2º/6º GAV) - Ala 2, Anápolis (GO)
Foi ativado para apoiar o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). É responsável pelo planejamento, execução e supervisão das missões de Sensoriamento Remoto, Reconhecimento Aéreo e Controle e Alarme Aéreo Antecipado.
Utiliza a aeronave R-99 que possui sistemas capazes de realizar imageamento de perímetros ou objetos terrestres, como áreas de queimadas e desmatamento, auxiliando os órgãos de fiscalização ambiental. Já a aeronave E-99 é equipada com radares que possibilitam identificar a localização de aeronaves suspeitas que estejam cruzando o espaço aéreo brasileiro, coibindo, entre outras práticas, o tráfico de produtos ilegais que chegam ao País por meios aéreos.
Aviação de reconhecimento na busca pelo Air France 447
"No dia 1° de junho de 2009, o Esquadrão Guardião foi acionado para integrar as equipes de buscas pelo Air France que decolou do Galeão com destino a Paris.
A tripulação tinha o grande desafio de encontrar vestígios da aeronave em uma área de 1.019.548 km², 10 vezes o estado de Pernambuco. Estávamos correndo contra o tempo e as condições climáticas não favoreciam as buscas visuais. Foi em uma decolagem do R-99 que a tripulação, por meio do Radar de Abertura Sintética, identificou objetos metálicos e não metálicos no Oceano Atlântico, a cerca de 800 km de Fernando de Noronha.
Os pontos foram repassados às aeronaves C-130 Hércules e C-105 Amazonas que, na manhã seguinte, confirmaram a presença de uma mancha de combustível e avistaram uma poltrona na água. Após confirmação, as coordenadas foram repassadas à Marinha para recolhimento e traslado para o continente do material localizado.
A vontade de ajudar era nosso combustível para os voos de busca diurna e noturna. O que eu gostaria mesmo era poder encontrar as pessoas com vida, mas sinto orgulho por prestar algum auxílio às famílias das vítimas".
Brasil, Colômbia e Peru iniciam o Exercício Multinacional Amazonas I
O exercício multinacional começou nesta segunda-feira (19/06)
Ten Raquel Alves Agência Força Aérea
A cerimônia de abertura do Exercício Multinacional Amazonas I foi realizada nessa segunda-feira (19/06), na Base Aérea de Santa Clara da Força Aérea Peruana, na cidade de Iquitos, no Peru. O objetivo do exercício, que envolve as Forças Aéreas Peruana, Brasileira e Colombiana, é simular um alvo que atravessa o espaço aéreo dos países participantes e será interceptado por aviões de combate e plataformas de monitoramento.
A coordenação entre as três nações é o foco do treinamento, o qual envolverá cerca de 200 militares. O exercício multinacional vai até o dia 23 de junho. Autoridades das três Forças Aéreas discursaram e apresentaram as atividades que serão realizadas durante o exercício.
“Esse exercício é mais uma oportunidade para estreitarmos laços com as Forças Aéreas da Colômbia e Peru. Será mais um aprendizado para compartilharmos”, destacou o Chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich.
O Comandante de Operações da Força Aérea Peruana, Tenente-General Raúl Hoyos de Vinatea, enfatizou que esse é um passo a mais para as três forças. “Esse treinamento é mais um aprendizado que teremos para combater o tráfego ilícito de aeronaves em nossa fronteira. Com a troca de informações, coordenação e de aprendizado não tenho dúvidas que teremos um resultado eficaz”, destacou.
Para o Chefe de Operações Aéreas da Força Aérea Colombiana, General Jorge Tadeo Borbon Fernandez, esse exercício é de extrema importância. "Aprenderemos com o Brasil e o Peru os seus conhecimentos aéreos e operacionais. Esperamos apresentar resultados positivos”, enfatizou.
Intercâmbio - O Exercício Amazonas I promoverá intercâmbio de militares. Uma dupla de piloto e controlador de tráfego aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB) acompanhará a atuação do Peru e, outra dupla, da Colômbia.
A ideia é conhecer como o sistema de controle de tráfego aéreo dos dois países se comporta, quando uma aeronave suspeita é identificada nos radares e como os pilotos de defesa aérea cumprem as missões.
O Tenente Emmanuel de Oliveira Novaes, da FAB, será um dos pilotos que fará o intercâmbio. “As expectativas são as melhores. Poder aprender e compartilhar conhecimento com outras forças é muito importante para podermos trabalhar juntos em missões", pontua.
A FAB empregará as aeronaves C-98A, SC-105, H-60, A-29 (interceptador), C-105, além de meios de detecção e comunicação. O destaque vai para o E-99, aeronave que realizará vigilância e controle aéreo durante o exercício.
A Força Aérea Peruana disporá dos seguintes meios aéreos: A-37 e KT-1P, como interceptadores; C-26B (aeronave chamada “de seguimiento”, que sobrevoa o alvo em preparação à chegada do caça), TC-690B e DHC6/PC-6, que serão o “alvo”; DHC-6-400 e C-27J (transporte) e os seguintes para emprego na busca e salvamento: Bell 212/ Bell 412/ MI-171.
Já a Força Aérea da Colômbia usará o SR-560 como alvo, A-29 como interceptador, King-350, C-295, C-212/208 para transporte de pessoal e um UH-60. Em caso de acidente ou incidente aeronáutico, cada país atuará na Busca e Salvamento dentro de seu território.
Embraer anuncia em Paris parceria tecnológica com o Centro Espacial Alemão
Augusto Pinheiro
A fabricante brasileira de aviões Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) anunciou nesta quarta-feira (21), no Salão Internacional da Aeronáutica e do Espaço, em Paris, uma parceria tecnológica com o Centro Espacial da Alemanha (DLR, na sigla em alemão), a Nasa do país europeu.
“Trata-se de uma entidade com mais de 100 anos, é uma grande instituição de pesquisa nas áreas espacial e aeronáutica. É uma grande referência em desenvolvimento de tecnologia no nosso setor.”, disse em entrevista à RFI Brasil Daniel Moczydlower, vice-presidente de tecnologia do desenvolvimento da Embraer.
Esse novo acordo reforça colaborações pontuais que a empresa brasileira vinha realizando com o DLR desde 2001. “A ideia é que estruturemos uma visão conjunta a longo prazo, de tecnologia nas áreas de aeronáutica, aeroelasticidade e sistemas de voo. Em torno de uma agenda comum, pretendemos avançar com mais força.”
Entre as áreas específicas de pesquisa estão a redução de barulho e de emissão de poluentes, melhora da performance aerodinâmica e aeroelástica das aeronaves e aspectos de fabricação de aviões leves usando polímeros e sistemas integrados. O primeiro passo concreto da cooperação será uma pesquisa em dinâmicas de voo no segundo semestre.
“A parceria vai girar em produção de conhecimento e avanço das tecnologias de baixa maturidade. Estamos ainda em uma pesquisa aplicada, não necessariamente para um produto de hoje, mas já criando a base para que a Embraer possa ter um produto competitivo em 10, 20 anos”, completa Moczydlower.
Anúncio de vendas
Na terça-feira (20), a Embraer anunciou um total de 18 pedidos de seus aviões regionais biorreator por mais de US$ 1 bilhão.
O contrato mais importante é a compra por um cliente que não foi identificado de 10 aviões E195-E2, a um preço oficial de US$ 666 milhões.
A Embraer também fechou pedidos com quatro companhias aéreas para oito de suas biorreatores regionais.
Trata-se da japonesa Fuji Dream Airlines (três modelos E175), da bielo-russa Belavia (um E175 e um E195), da holandesa KLM Cityhopper (dois E190) e da japonesa Japan Airlines para um E190.
A Embraer também anunciou uma opção de um cliente anônimo para comprar 20 E190-E2 assim como outra opção de compra de Fuji Dream para outros três E175.
A companhia publicou suas previsões para o mercado aeronáutico até 2036, com uma demanda nesse período que avalia em 6.400 aviões de entre 70 e 130 países.
Thally H (Revista Aeronáutica Chilena)
Primer avión Airbus C295 de búsqueda y rescate recibió Brasil
Brasil recibió su primer avión Airbus C295 de búsqueda y rescate (SAR). La entrega tuvo lugar en las instalaciones de Airbus Defence and Space en Sevilla, en presencia de Raúl Belens Jungmann, ministro de Defensa de Brasil, el general Rossato, comandante de la Fuerza Aérea Brasileña, y Bernhard Brenner, vicepresidente de Marketing y Ventas de Airbus Defence and Space.
En julio, el avión se unirá a los 12 C295 de transporte táctico que la Fuerza Aérea Brasileña (FAB) tiene en servicio. El acuerdo incluye un contrato de soporte completo de servicio (FISS) de cinco años de duración.
“Apreciamos mucho esta renovada muestra de confianza por parte de un antiguo cliente, que empleará este nuevo C295 en tareas cruciales. El avión ha demostrado ampliamente su valía en misiones SAR y aportará una sustancial mejora de la capacidad de la Fuerza Aérea Brasileña”, dijo Brenner.
Tras la ceremonia de entrega, el nuevo avión pondrá rumbo al salón aeronáutico París Le Bourget, donde podrá visitarse en el área estática de Airbus.
A continuación, iniciará una gira por Asia y América del Norte. Durante un mes, demostrará sus capacidades en una gran variedad de entornos antes de su entrada en servicio en Brasil.
Además de la flota de aeronaves, la FAB cuenta con un simulador de vuelo completo para el C295 en las instalaciones de la Base Aérea de Manaus (BAMN), Brasil, que proporciona entrenamiento integral de su tripulación.
En la actualidad, el número de pedidos del C295 asciende a más de 180 unidades, realizados por 25 países. En Latinoamérica, operan más de 100 aeronaves de transporte militar de Airbus.
DIÁRIO DO NORDESTE (CE)
Papo de Viagem - Tráfego aéreo na mira
Por Marlyana Lima
As empresas Savis e Bradar, afiliadas da Embraer Defesa & Segurança, além da Thales anunciaram, esta semana, na abertura do Paris Air Show, acordo de cooperação para sistemas de controle de tráfego aéreo, civis e militares, para o mercado global. "Esta iniciativa nos permite aproveitar melhor as sinergias em termos de produtos e tecnologias, com a visão de desenvolver soluções que atendam as demandas atuais e futuras", afirmou Jackson Schneider, Presidente e CEO, Embraer Defesa & Segurança.
SUPER INTERESSANTE (REVISTA ABRIL)
Por dentro do KC-390: o maior, e melhor, avião feito no Brasil
Enquanto boa parte das forças aéreas no mundo continua usando o veterano Hercules como cargueiro, o Brasil foi pelo caminho mais difícil. E deu certo.
Por Tiago Vinholes
F-18 Hornet, F-35, Mirage 2000, Mig-35, Gripen NG. Se um dia você fundar um país e precisar de caças para as suas forças armadas, vai ter um monte de maravilhas tecnológicas como essas à sua disposição, que você poderá importar dos EUA, da França, da Rússia ou da Suécia por alguns bilhões de dólares a frota. Mas nem só de caças se faz uma força aérea. Você também vai precisar de helicópteros, de monomotores a hélice (para treinar os pilotos de caça) e, sobretudo, de cargueiros.
São os cargueiros que, com o perdão do trocadilho, carregam o piano de boa parte das operações militares: transportam soldados, armas, munições, gasolina, comida, blindados de combate e, não menos importante, ainda servem de posto de gasolina aéreo para os caças, já que são capazes de reabastecê-los com a ajuda de um tubo que liga o tanque do cargueiro ao do caça em pleno voo. Um avião de combate operando no máximo da potência chega a consumir uma tonelada de combustível a cada dois minutos. Os reabastecimentos aéreos, então, são fundamentais em combate.
Mesmo com essa importância toda, o mundo dos cargueiros nunca teve o glamour técnico do dos caças. Há mais de 60 anos, qualquer país que procure um cargueiro militar tem praticamente uma única opção nesse segmento, o lendário Lockheed Martin C-130 Hercules, um avião a hélice criado em 1954 – numa época em que o Fusca ainda era um importado de luxo no Brasil.
E é aí que entra o KC-390, o avião que protagoniza estas páginas. Enquanto outras nações vêm substituindo seus antigos Hercules por versões um pouco mais modernas do velho turboélice – caso das poderosas forças aéreas dos EUA e França -, a Força Aérea Brasileira (FAB) escolheu o caminho mais difícil: substituir sua frota de Hercules por um cargueiro completamente novo. Brasileiro. Feito pela Embraer.
A FAB encomendou 28 jatos, ao custo de R$ 7,2 bilhões. A expectativa da empresa, de qualquer forma, é bem maior: transformar o KC-390 no novo Hercules, na aeronave que todas as forças aéreas do mundo identificam com a palavra “cargueiro”. Isso significa, de acordo com a Embraer, vender 700 desses aviões mundo afora nos próximos 20 anos.
Trator com lasers
A Embraer jamais tinha produzido algo parecido com o KC-390. A empresa é especializada em jatinhos executivos e aeronaves comerciais de pequeno porte, para até 130 passageiros. Diante desses inocentes aviões civis, o KC é um trator – com lasers.
Para começar, parte da fuselagem dele é blindada, principalmente no cockpit dos pilotos. Outra defesa da aeronave são os sistemas para despistar mísseis. O avião lança tiras de alumínio no ar para iludir os foguetes guiados por radar, e fogos de bengala (espécie de fogos de artifício), que ludibriam os mísseis guiados por calor – os mísseis passam a correr atrás dos fogos, deixando o avião em paz. Tais sistemas de defesa, aliás, são dois recursos clássicos do Hercules, que um postulante a sucessor dele não poderia deixar de ter.
Também à imagem e semelhança do Hercules, o KC conta com uma rampa na parte de trás. Ela pode ser aberta durante os voos para lançar paraquedistas ou suprimentos, o que exige reforços na fuselagem para lidar com o tranco da turbulência. As asas, assim como no Hercules, ficam na parte superior da fuselagem, não no meio. Isso aumenta o espaço interno do avião e evita que os detritos das pistas rústicas danifiquem as turbinas – coisa que o Hercules não tem.
Outra coisa que o Hercules não tem é o fly-by-wire, aquele sistema eletrônico que substitui os velhos cabos e sistemas hidráulicos dos aviões de projeto mais antigo – caso do próprio Boeing 737, o avião mais utilizado no mundo.
O fly-by-wire é carne de vaca nos aviões comerciais há algumas décadas. Mas, como qualquer sistema eletrônico, sempre passa por atualizações pesadas. O fly-by-wire do KC, então, é de última geração. Conta com o que os especialistas chamam de full fly-by-wire. Ou seja: todos os controles das aeronaves são elétricos. Isso deixa o avião mais leve, pois dispensa cabos e outros mecanismos de comando – e o resultado é uma aeronave mais econômica, que gasta menos combustível.
Outra vantagem em relação ao Hercules é a velocidade máxima. Graças aos motores a jato ele alcança 870 km/h, contra 600 km/h do rival americano movido a hélice. O KC também tem mais capacidade de carga: 23 toneladas, contra 20 do Hercules. Com isso, ele consegue abrigar até 80 soldados, ou 74 macas – para o caso de missões de resgate de feridos.
Além das tarefas militares, aliás, o KC fará operações de busca e de combate a incêndios florestais. Todas essas tarefas descritas poderão ser realizadas pelo mesmo avião, bastando apenas modificar sua configuração interior, como incluir tanques de combustível ou de água.
Turbinas para a economia
O KC-390 começou a ser projetado em 2007, e só saiu definitivamente do papel em outubro de 2015, quando aconteceram os primeiros voos de teste. Mas ele ainda não entrou para a frota da FAB. Natural. Antes de um novo avião entrar em operação para valer, ele precisa passar por testes severos. Desde o início dos testes, os protótipos do KC-390 acumularam 720 horas de voo. Mesmo assim, a aeronave ainda precisa testar uma série de funções – principalmente as mais delicadas, como reabastecimento aéreo e pouso no gelo. Pelas contas da Embraer, o cargueiro deve estrear na Força Aérea em 2018, já com as 28 unidades que foram encomendadas.
O único comprador confirmado além da FAB é a Força Aérea de Portugal, que está em negociações adiantadas para adquirir cinco unidades – Outros países já demonstraram interesse: Argentina, Colômbia, Chile, República Tcheca, Suécia e Alemanha. Se o avião fizer sucesso mesmo lá fora, as vendas podem gerar mais de R$ 200 bilhões em valores de hoje para a Embraer. E, de quebra, para boa parte da indústria brasileira. A montagem de aviões desse porte, afinal, demanda minas de titânio para a produção dos trens de pouso, placas de alumínio para a fuselagem, mais cientistas da computação, mais engenheiros. Enfim, ajudam a economia a levantar voo – justamente o que o País mais precisa neste momento. Boa sorte, KC.
A VOZ DE PETRÓPOLIS (RJ)
Petrópolis recebe maior exercício simulado da Defesa Civil Nacional
Pela primeira vez fora de uma capital, o ECADEC vai trabalhar com os desastres mais comuns da cidade
Reunião em Brasília definiu o organograma da atividade
O secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel Paulo Renato Vaz, participou na quarta-feira (21.06) de uma reunião em Brasília que definiu o organograma do Exercício Conjunto de Apoio à Defesa Civil (ECADEC), que acontece na cidade entre os dias 31 de julho e 4 de agosto. Os cenários escolhidos foram de chuvas intensas seguidas por inundações, deslizamentos de terras e vendavais e um incêndio florestal de grande proporção. Essa é a primeira vez que o exercício simulado acontece fora de uma capital do país. A ideia é trabalhar com os desastres mais comuns que acontecem em Petrópolis.
Paulo Renato comemorou a inclusão dos incêndios florestais entre os desastres escolhidos. “A prevenção deve ser prioridade no dia a dia. Essa é uma das solicitações do prefeito Bernardo Rossi. Conseguimos incluir os incêndios florestais no organograma, já que criamos um Plano Inverno para redução e combate às queimadas. O momento é o ideal para essa discussão”, comentou.
Além do secretário de Defesa Civil municipal, participaram do encontro representantes da Secretaria de Estado do Rio de Janeiro de Defesa Civil e das Forças Armadas. A primeira edição do ECADEC aconteceu em 2015, em Santa Catarina. Em 2016, o exercício ocorreu no Espírito Santo e, neste ano, será a vez do Estado do Rio de Janeiro sediar o simulado. Cerca de 100 pessoas vão participar do treinamento em Petrópolis.
“Esse é o maior simulado do país. Vamos contar com o apoio da Defesa Civil de Teresópolis e de Nova Friburgo, além de outras instituições. Quando trabalhamos de forma organizada, podemos responder as catástrofes de forma mais rápida”, disse Paulo Renato Vaz.
O exercício acontece na sede 32° Batalhão de Infantaria Leve – Batalhão Dom Pedro II, na Vila Militar. O simulado conta com a participação de representantes da Aeronáutica, Marinha, do Exército, Ministério da Integração Nacional, da Secretaria Nacional de Defesa Civil, da Universidade Federal Fluminense (UFF) por meio do Mestrado em Defesa Civil, da Secretaria Estadual e da Municipal de Defesa Civil.
Como funciona o ECADEC
Sem tropas ou equipes no terreno, as situações são simuladas em fatos que já ocorreram anteriormente na cidade. No exercício, tudo funciona por meio de rede de computadores, sendo que os protocolos, planos e ações são coordenados entre as instituições para o emprego real. O treinamento é moldado para testar a integração entre todas as forças participantes em situações de apoio à Defesa Civil.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social: Prefeitura Municipal de Petrópolis
Edição: R.Loureiro
Edição: R.Loureiro
PORTAL SUL 21 (RS)
Vender commodities e comprar tecnologia é ‘conta que não fecha’, diz Ozires Silva, um dos criadores da Embraer
Gregório Mascarenhas
Em 1965, Ozires Silva preparava um relatório para a Força Aérea Brasileira. Os dados mostravam que a aviação civil no país vinha diminuindo de tamanho: diversas cidades pequenas e médias, que eram servidas por aeroportos regionais, perdiam passageiros por conta de uma mudança tecnológica que não fora acompanhada pela infraestrutura aeroportuária nessas localidades. Os aviões a jato, maiores, precisavam de pistas mais extensas e com pisos específicos.
Três anos depois, às 6h de uma manhã de outubro, um avião novo decolava do Centro Técnico Aeroespacial, em São José dos Campos. Mais flexível, ele fora construído em um galpão que parecia mais “uma marcenaria”, às margens da Via Dutra, do que um hangar. Era a primeira versão do Bandeirante, o primeiro turboélice que viria a ser produzido pela Embraer – empresa que recém começava a ser gestada, entre outras pessoas, pelo engenheiro Ozires Silva. “Mais espantoso do que a decolagem foi o avião ter pousado”, brincou.
“O mundo está presente no Brasil; nosso país, entretanto, não está no mundo inteiro. Isto não é uma crítica, é um pedido de atenção à oportunidade”, disse Ozires. Ele participou, na manhã desta quinta-feira (22), da palestra magna do Seminário “Tecnologia, inovação e soberania”, promovido em comemoração aos 75 anos do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul – SENGE-RS. A uma plateia que lotou o Teatro da Pontifícia Universidade Católica, o engenheiro falou sobre sua experiência na criação e gestão da Embraer, além da importância da criação de tecnologia e produção de inovações por parte do empresariado brasileiro.
“Foi uma fala muito satisfatória por sua mensagem. O Ozires é um homem de 86 anos, entusiasmado, que passa uma mensagem de não desistir, com a experiência fantástica que ele teve – e também porque fala sobre a educação e que tudo parte daí, inclusive a soberania. É o mais importante para nações que querem vencer. E havia mais de 200 estudantes na plateia, entre os cerca de 600 que assistiam à palestra, sem contar quem acompanhava pela internet”, avaliou o presidente do SENGE, Alexandre Wollmann.
Ozires conta que o avião Bandeirantes, tecnicamente chamado de Embraer EMB-110, aeronave utilizada para transporte civil e militar, foi bem sucedido porque contemplava uma necessidade daquele tempo – e que isso é essencial ao se pensar em inovação tecnológica. Líderes do mercado mundial, à época, disseram que o projeto se tratava de uma “tolice”; a Cessna, fabricante estadunidense de aviões menores, chegou a dizer que não havia sentido na ideia. Ozires conta que chegou a “sentir alívio” ao saber que grandes empresas não percebiam a existência daquele nicho de mercado.
Os Estados Unidos, entretanto, viviam uma situação descrita como “dramática” na aviação regional – e aí havia uma oportunidade para que a Embraer competisse em um mercado completamente novo para uma instituição brasileira. Ele lembra que o país nunca desenvolveu tecnologia no desenvolvimento de automóveis, mas, na aviação, ocupa posição importante.
A ideia de criar produtos que satisfazem uma gama variada de necessidades, disse o engenheiro, foi o maior acerto da política da empresa: “é preciso fazer o que o mundo quer, e não o contrário”, ilustrou. Assim surgiu o Xavante, avião militar desenvolvido em parceria com italianos; ou Ipanema, aeronave destinada a uso agrícola desenvolvida em um ano e meio; ou o avião Brasília, o primeiro a ter cabine pressurizada a ser produzido pela Embraer.
“Não é suficiente fazer um belo trabalho de engenharia. Se você for a alguma universidade, vai encontrar tecnologias espetaculares. Se não forem levadas ao mercado, porém, não têm valor algum”, argumentou.
A Embraer é uma das poucas multinacionais latino-americanas desse porte, empregando cerca de 20 mil pessoas – e, entre essas, mais de três mil engenheiros dedicados à inovação. Hoje, a empresa ocupa o quarto lugar no mercado mundial de fabricação de aviões. Criada como sociedade de economia mista, em 1969, Ozires foi seu primeiro presidente. Foi ele, a partir de 1991, que conduziu o processo de privatização da empresa, no contexto da crise econômica do final da década de 1980 – e conta que se optou, naquele momento, pela necessidade da existência de capitais nacionais para a venda.
Nós vemos, hoje, por exemplo, o problema dos automóveis. Fala-se em poluição, que o motor do automóvel é pouco eficiente – e é verdade. Criamos o etanol e estamos matando-o. O único país do mundo que tem uma rede de distribuição de um produto biodegradável. Brasileiro virou especialista em cortar o caminho dos próprios brasileiros.
Ozires falou sobre os “ingredientes fundamentais” para o sucesso de uma empresa baseada na engenharia. Ele atribui à educação – sobretudo dos engenheiros formados pelos institutos militares da época – um dos pilares de fundação da Embraer; citou o exemplo da Coréia do Sul e da China, países que até o final do século XX eram consideradas economias secundárias, e, pelo avanço tecnológico, mudaram de posição na divisão internacional do trabalho. Ele diz que a criação de produtos com alto valor agregado – ao contrário do Brasil, que vende commodities baratas e compra tecnologia cara – é a saída para “uma conta que não fecha”. A capacidade de inovação, segundo ele, não se define apenas pela criação de novas tecnologias, mas também pela adaptação e pelo aperfeiçoamento de técnicas já existentes.
Cético quanto à capacidade dos governos em resolver as crises, Ozires diz que é preciso atitude, “da nossa parte, de dizer que nós somos os responsáveis pelo nosso país, e não transferi-la para os políticos, que devem obedecer a nós – e não o contrário”. Ele afirma que é otimista em relação ao futuro do país, por suas vocações naturais e qualificação técnica, apesar do mau momento econômico. “Essa é crise é nossa? Eu diria que não. É do governo. E ele está nos impondo essa crise a ferro e fogo. Quantas pessoas, neste tempo, deixaram de se alimentar, de ter emprego, de levar as crianças para a escola?”.
A respeito das consequências dos recentes escândalos de corrupção para empresas brasileiras baseadas na engenharia, Ozires diz que não se pode correr o risco de danificar a imagem das empresas, a despeito das punições necessárias a indivíduos. “Quem tem culpa são as pessoas que encontraram oportunidade fora dos comportamentos éticos que precisamos ter em nossa sociedade. As pessoas têm que ser punidas. Agora mesmo a Odebrecht foi proibida de fazer negócios na Colômbia. É intolerável fazer uma coisa dessa natureza. Veja, por exemplo, se o governo coreano fala mal da Samsung. Houve corrupção recentemente descoberta. E a empresa continua produzindo e vendendo”, afirmou.
Alexandre Wollmann fez uma avaliação parecida com a de Ozires, e, para ele, o sindicato deve se propor a fazer debates cujos temas têm a ver com a sociedade brasileira. “O caso deste seminário cai como uma luva. Digo isso porque há uma tendência a manchar a engenharia brasileira, sobretudo desde a Lava Jato. Os casos da Odebrecht e da Petrobrás são emblemáticos por conta do cenário político atual no Brasil – um país que se encontra parado, engessado. Por isso quisemos trazer casos de sucesso como o da Embraer, nesta manhã, ou o da Petrobrás, à tarde, uma empresa que desenvolveu tecnologia para explorar petróleo em profundidade. Tudo isso é fruto da engenharia nacional. Temos, por isso, certeza que pode estar aí um dos pilares da retomada do crescimento”.
JORNAL DE NOTÍCIAS (PORTUGAL)
“Queremos fazer a manutenção de todos os aviões KC-390”
O novo presidente da Ogma, Marco Tulio Pellegrini, só tem elogios para a participação portuguesa na produção do avião militar KC-390, e acredita que a empresa de Alverca pode ser a principal referência na manutenção da aeronave.
Bruno Simões
Líder da Ogma diz que casamento entre a Embraer e o Governo “está dando certo”.
O novo presidente da Ogma, o brasileiro Marco Tulio Pellegrini, disse ter ficado “surpreendido” quando percebeu as competências da engenharia aeronáutica portuguesa, e considera que a empresa que agora dirige é um caso raro no mundo de competência e de diversificação de serviços. O “português” KC-390 poderá ser uma oportunidade para aumentar o negócio da manutenção.
Como qualificaria as competências dos portugueses no sector da aeronáutica a nível internacional?
Eu estava na Embraer há quase 30 anos, tive oportunidade de participar em vários programas. Posso dizer que [com] a minha experiência, a engenharia em Portugal não deixa nada a desejar. Acho que a competência técnica da engenharia portuguesa surpreendeu em muitos aspectos. Com a instalação das unidades em Évora mais a Ogma, não há nenhuma razão para que as soluções de engenharia de Portugal, na indústria aerospacial, não floresçam. Pode ser um grande veículo de crescimento.
Recentemente, o Conselho de Ministro aprovou o início das negociações para a compra do KC-390. Que impacto terá esta compra para a Ogma?
Vai ser bastante positivo. Começando no facto de as soluções de engenharia em Portugal terem sido desenvolvidas cá, até à operação pela Força Aérea portuguesa de um produto com segmentos desenvolvidos e produzidos em Portugal, e à própria manutenção da aeronave pela Ogma… são poucos os países no mundo que têm a capacidade de desenvolver, manufacturar e manter [aviões]. São muito poucos no mundo os que têm essa competência e ela existe em Portugal. E traz muita diferenciação. E comprando, a Força Aérea de Portugal (FAP) vai certamente ser um símbolo que vai ajudar a vender [o avião] noutros países da comunidade europeia, da NATO ou da região da África.
Tem alguma ideia de quando é que o processo vai estar concluído com a entrega das aeronaves?
Se dependesse de nós certamente o mais cedo possível, mas é uma negociação importante e vai demorar o tempo necessário para que todas as partes envolvidas cheguem a um bom termo.
Que partes é que a Ogma vai produzir?
A Ogma tem a oportunidade de produzir a estrutura, elementos importantes: fuselagem central, sponsons [compartimentos do trem de aterragem] e leme de profundidade. Fazer parte da cadeia de fornecimento é importante. Segundo aspecto importante é você ter acesso ao avião e permitir a sua manutenção. É outro nível de competência. Depois de começar este processo, é uma competência que se mantém dentro de casa, dentro da Ogma, em Portugal. Espero que o programa tenha muito sucesso e que a Ogma possa vir não só a manter o KC para a FAP mas para outros países da comunidade [europeia], da África, e eventualmente Brasil. Em geral [é trabalho para] muitos anos, e vai-nos garantir a perpetuidade da competência de manter aviões.
A Ogma quer assumir-se como a principal empresa de manutenção deste avião a nível mundial?
“Portugal tem uma mão-de-obra bastante qualificada.”
“O objectivo da Ogma não é só a Embraer; é prestar serviço a várias forças aéreas e produzir estrutura para vários fornecedores.”
Esperamos que sim. Entre os países que forem comprando, alguns fazem a sua manutenção própria. Outros utilizam empresas como a Ogma. Esperamos prestar um bom serviço para as forças aéreas que o desejarem. A Ogma participa hoje em vários segmentos de negócio: produz estrutura, faz manutenção de motores, faz manutenção de componentes, manutenção de aviões de defesa (defesa leve, pesada), aviação comercial e executi- va. São muito poucas as empresas no mundo que têm essa competência instalada.
Com quantas forças aéreas é que a Ogma trabalha actualmente?
São 25 forças aéreas em todo o mundo [incluindo a portuguesa], o que é muito expressivo. E a Ogma tem cerca de 30 certificações.
Como se processa o fabrico do KC-390? A montagem final não será feita cá, certo?
Correcto. Nós compramos a matéria-prima – alumínio, placas de alumínio, chapas de alumínio, chapas e placas de titânio, rebites. Manufacturamos as peças primárias. E aí fazemos o primeiro grau de montagens, montamos os grandes sub-conjuntos, que são enviados para o Brasil, para a linha de montagem de Gavião Peixoto. Começa uma grande montagem estrutural, a asa, a fuselagem. A partir daí, inicia-se a equipagem da aeronave, com instalação de cablagem, tubos, equipamentos, motor, aviónica. Concluindo essa etapa, faz-se um voo de produção, o primeiro voo onde se testam os componentes.
Quanto tempo demora a produção dos componentes portugueses?
Aqui? Diria que de quatro a seis meses, do início de manufactura até às grandes montagens, e depois o envio para o Brasil. Desde a pecinha menor até ao maior componente.
Para a Ogma fazer a manutenção dos KC-390 portugueses e de outros países vai ter de reforçar as contratações?
Sem dúvida. Esse é um aspecto importante, e um dos objectivos é continuar a desenvolver a Ogma nos vários segmentos.
Tem alguma meta de reforço de pessoal para este ano?
Neste ano preferia não falar, mas no ano passado incorporámos na ordem de 150 pessoas na equipa de trabalho, que é bastante significativo de 2015 para 2016.
A área da aviação comercial ocupa a maior fatia da actividade da Ogma?
A Ogma está bem distribuída. Obviamente em cada segmento pode ter mais um que outro, a aviação comercial tem um peso considerável. A Ogma permite ter um conceito de ‘one stop shop’. Se traz o avião para fazer manutenção pesada pode fazer manutenção do trem, de motores, pode fazer algumas actualizações de componentes, aviónica, mudar aconfiguração do avião. É uma das poucas empresas do mundo que tem essa competência.
PORTAL PODER 360 (DF)
Avião com Gilmar Mendes tem pane e retorna para Brasília
Ministro faria visita ao TRE do Pará
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Gilmar Mendes estava em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que sofreu uma falha técnica na noite desta 5ª feira (22.jun.2017).
A aeronave precisou retornar e pousar em Brasília. Havia decolado às 18h45 com destino a Belém (PA), e voltou à terra às 19h45, de acordo com a assessoria de comunicação da FAB.
“Os pilotos realizaram os procedimentos previstos e, por precaução, retornaram à capital federal. Em nenhum momento a segurança dos passageiros foi comprometida”, diz nota da Força Aérea.
O ministro estava indo realizar uma visita ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará. Houve pânico entre os passageiros.
PORTAL CORREIO WEB (DF)
Mais de 33 mil ingressaram no Executivo Federal por meio de concurso nesse ano
Novo portal do Ministério do Planejamento mostra dados de pessoal do governo federal. Nele, pode-se verificar, por exemplo, que só neste ano R$ 18 bilhões foram gastos com folha de pessoal e mais de 70% desse valor pertence a apenas um órgão federal
Por Lorena Pacheco
Entre janeiro e maio deste ano, o governo federal admitiu em seu quadro de pessoal 33.266 novos funcionários por meio de seleções públicas. Desse total, 7.018 foram contratados por meio de concurso público e 26.248 por processos seletivos. O mês de março apresentou maior número de admissões, com 19.337 novos funcionários, a maioria deles ingressaram por meio de processo seletivo no Ministério da Saúde (9.624).
Os dados estão disponíveis a partir desta quinta-feira (22/6) para consulta de qualquer cidadão no Painel Estatístico de Pessoal (PEP), o novo portal eletrônico do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que reúne informações estatísticas de pessoal do Executivo federal deste ano.
Nele é possível ver que, somente no mês de maio, o governo gastou mais de R$ 2,6 bilhões para custear as despesas de pessoal dos 656.490 servidores civis ativos. Fazendo as contas, em média um servidor custa por mês cerca de R$ 13 mil aos cofres públicos.
Mas a desigualdade de salários entre os servidores é evidente. A menor remuneração paga em maio foi de R$ 1.280 - pouco mais que um salário mínimo atual, que hoje custa R$ 937 -, ao cargo de nível auxiliar do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); enquanto um médico ganhou o maior valor, de R$ 29.133,55 como remuneração final do plano de carreira de técnico administrativos em Educação.
Também podemos verificar o número de aposentadorias. Somente neste ano, 12.953 servidores vestiram os pijamas e deixaram seus cargos vagos para novas contratações. Em janeiro e fevereiro, as forças de segurança do Distrito Federal que são custeadas pelo Fundo Constitucional (policiais Civil e Militar e Corpo de Bombeiros) lideraram as aposentadorias, totalizando 1.288 servidores nesse período. Nos meses seguintes até maio a liderança passou para o Ministério da Saúde, que totalizou 1.238 baixas nesse trimestre.
Exército
Em 2017, foram gastos R$ 18,9 bilhões com pessoal do Executivo Federal e o Comando do Exército lidera as despesas em todos os meses, totalizando R$ 13.643.493.765,64, ou seja, mais de 70% das despesas. A maioria é para pagamento de vencimentos e vantagens fixas, seguidas por aposentadorias, pensões, gratificações, sentenças judiciais, contratações por tempo determinado, entre outros itens.
Nesse ranking, o Exército é seguido pela Marinha, Ministério da Fazenda e Aeronáutica.
Acesse
De acordo com o Planejamento, as informações do PEP dizem respeito à Despesa de Pessoal Anual e Mensal dos Poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário), MPU e do Distrito Federal, incluindo Administração Direta, Autarquias, Fundação, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Banco Central e FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal). Os dados são sobre servidores ativos, aposentados e instituidores de pensão. Acesse o PEP aqui.
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