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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 22/02/2017 / Balões colocam em risco segurança de aviões e helicópteros


Balões colocam em risco segurança de aviões e helicópteros ...  


Há menos de um ano, potencial de colisão levou associação de pilotos a rebaixar o espaço aéreo do Brasil ...  


Os balões voltam ao noticiário com o incidente em Campinas, no interior de São Paulo, onde um artefato caiu sobre casas e quase causou uma tragédia. Além dos riscos de incêndios, os balões representam um problema grave de segurança para a aviação. Há menos de um ano, o espaço aéreo brasileiro teve seu nível de segurança rebaixado. O país passou a ser classificado como criticamente deficiente (Critically Deficient) pela IFALPA (International Federation of Air Line Pilots Association), uma associação de pilotos com mais de 100.000 membros ao redor do mundo e com forte presença na ICAO e na IATA. O rebaixamento ocorreu por conta do risco iminente de acidente entre aeronaves e balões, tema amplamente debatido pela entidade e pelas autoridades brasileiras nos últimos anos.

O rebaixamento foi informado oficialmente às autoridades brasileiras por meio de uma carta enviada pela IFALPA à Secretaria de Aviação Civil em abril de 2016, baseado em decisão tomada na conferência realizada pela entidade pouco antes, em New Orleans (EUA). A notícia rapidamente se tornou tema de debates em todo o país. As autoridades brasileiras tentavam explicar os fatos enquanto pilotos no Brasil e no exterior apoiavam a decisão da IFALPA.

Embora a decisão não tenha efeito punitivo, já que esse é um ato que tem de ser endossado pela ICAO, o rebaixamento poderia levar a consequências graves. E não apenas influenciar uma decisão da ICAO, cuja sede, curiosamente, também fica em Montreal, no Canadá - a distância é de menos de 5 minutos uma da outra. Mesmo que seja uma associação de pilotos, suas ações tendem a ter grande impacto no setor aéreo. A classificação do espaço aéreo como Critically Deficient pode gerar uma série de problemas ao país, como perda de voos por parte de companhias que não voam para regiões críticas e aumento do valor dos seguros cobrado das companhias aéreas.

Atividade baloeira
O risco baloeiro é velho conhecido das autoridades aeronáuticas e policiais. Dados compilados ao longo dos últimos anos pelo CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) apontam um crescimento preocupante nas atividades baloeiras. Em 2013, o Cenipa registrou 135 ocorrências em São Paulo e outras 38 no Rio de Janeiro. Segundo sites de organizações de baloeiros, em um único dia de 2013, um campeonato na cidade do Rio de Janeiro reuniu mais de 40 balões. Embora o registro considere apenas os reportes formalmente realizados, que, segundo o próprio órgão, não chega a 10% dos avistamentos, ainda dá uma real dimensão do problema.

O risco dos balões para aeronaves é potencialmente catastrófico. Decorados com papel ou tecido sintético, eles possuem estrutura metálica e a cangalha que transporta enormes cargas de explosivos é produzida com vergalhões e lingotes de ferro. Alguns balões chegam a mais de 100 m de altura. Como comparação, o edifício da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na Avenida Paulista, em São Paulo, possui 92 m de altura. O peso total de um balão de grande porte utilizado em competição pode ultrapassar 2 toneladas, incluindo o peso estrutural do balão, a cangalha e os fogos de artifício.

Segundo o FAR 25, que regulamenta a certificação das aeronaves na categoria transporte, a fuselagem e as asas de um avião comercial devem suportar o impacto de um pássaro de 1,82 kg e a empenagem, de uma ave de até 3,6 kg. Estudos conduzidos por fabricantes mostram que a proporção de peso e velocidade, num impacto entre uma aeronave comercial em voo de cruzeiro e uma estrutura de 400 kg é equivalente a um choque de 500 toneladas. “Esse é o peso do Antonov 225, o maior avião do mundo”, pontua Luíz Cabral, diretor de relações públicas da IFALPA.

Mesmo balões menores, desprovidos de carga explosiva e alimentados sem chama, apenas com uma placa solar, tornam-se um risco à segurança aérea. “Basta colidirem com o sistema de pitot, como o TAM 3756. Sem informações, o avião pode cair, como ocorreu com o voo da Air France. Sorte que no caso brasileiro os pilotos voam visual”, alerta o comandante Osvaldo Neto, membro da IFALPA para América do Sul e Caribe.

O que dizem os pilotos
Associações de baloeiros têm pressionado as autoridades para regulamentação da atividade. Ainda que seja uma demanda positiva, as leis aprovadas ainda colocam em risco a segurança do espaço aéreo. “Existem dezenas de leis sobre balões tramitando nas câmaras municipais, mas nenhuma delas tem valor”, afirma Claudia Ortuño, advogada da Associação dos Aeronautas da Gol. “Apenas a União pode tratar de leis referentes ao espaço aéreo”. Apenas nos últimos cinco anos, três projetos de lei foram declarados inconstitucionais após terem sido aprovados por municípios. Porém, existem hoje mais de uma dezena de projetos de lei para regulamentar a soltura de balões a nível municipal.

Associações de pilotos do Brasil, como a dos tripulantes da TAM e a dos aeronautas da Gol, e o SNA (Sindicado Nacional dos Aeronautas) estão trabalhando junto à IFALPA para encontrar soluções que possam resolver esse problema no país. O objetivo é continuar o trabalho realizado para auxiliar na resolução dessa questão e fazer com que o Brasil recupere a categoria de espaço aéreo seguro na análise da entidade.

Entre as solicitações está a que as autoridades incluam no NOTAM um alerta para o risco de balões. O objetivo é avisar não apenas as aeronaves brasileiras, mas especialmente as estrangeiras sobre o risco de balões. “É uma forma de garantir que o piloto de uma empresa estrangeira tenha ciência do risco e das providencias cabíveis”, afirma o comandante Victor Giorgi Casseta.

Entre as preocupações dos membros da IFALPA no Brasil é a falta de conhecimento do risco por parte dos pilotos que voam para o Brasil. “A maioria não tem ideia do que se trata. Na conferência [da IFALPA em Nova Orleans] nos perguntaram se os pilotos de balões usam oxigênio para voar acima do FL330”, comenta Philipe Pacheco, da Associação de Tripulantes da TAM. “Eles imaginavam se tratar de um veículo tripulado, e questionavam por que a ANAC não tomava providências. Os membros ficaram surpresos ao descobrir que são balões não tripulados e que levam explosivos”.

Os riscos de colisão aumentam drasticamente em voos noturnos ou em aproximações por instrumentos. O aeroporto líder em avistamentos é o de Guarulhos, que atualmente é certificado para operações CAT III. “Um balão na rampa de aproximação não é raro. Imagine colidir com um balão em ascensão enquanto se aproxima para pouso”, preocupa-se Cabral. Embora o tema tenha causado grande debate na comunidade aeronáutica, as principais autoridades não possuem uma resposta para o problema.

Na ocasião, a Secretaria de Aviação Civil, em nota, afirmou que o espaço aéreo brasileiro é um dos quatro mais seguros do mundo, como aponta a auditoria da ICAO de 2015. Além disso, afirma que medidas estão sendo tomadas para garantir a segurança do país.

Já o Comando da Aeronáutica afirmou que o Brasil possui um dos sistemas de controle de tráfego aéreo mais eficientes e seguros do mundo. O risco de colisão continua sendo uma preocupação para autoridades internacionais.



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Associação de pilotos faz manifesto por mais segurança após registros de 47 balões no espaço aéreo de SP

Profissionais da aviação defendem medidas rigorosas no combate a esse crime. Aeronáutica diz que tem programa educativo de conscientização.

G1 São Paulo

Um manifesto da Associação Brasileira dos Pilotos da Aviação Civil (Abrapac), divulgado nesta segunda-feira (20), reacendeu o debate sobre o risco de soltar balões. Os pilotos defendem medidas rigorosas no combate a esse crime.
No sábado (18), o Serviço Regional de Proteção ao Voo da Aeronáutica registrou 47 relatos de visualização de balão no espaço aéreo de São Paulo. Em um dos registros, um avião passa perto do balão e vai embora. O risco durou alguns segundos.
Para alertar as autoridades, a Abrapac pede providências como “procedimentos oficiais de contingência para controladores de tráfego aéreo e pilotos em caso de perigo baloeiro iminente”, “a criação de delegacias de investigação e combate ao crime baloeiro nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.”
Na carta, associação indicou um caminho para uma página em rede social onde foram divulgadas conversas entre a torre de controle do Aeroporto de Guarulhos e os pilotos, na manhã de sábado.
O porta voz da Abrapac, Bolivar Kotez, disse que no ano passado, por causa dos balões nas áreas perto dos aeroportos, o Brasil foi rebaixado no item "segurança de voo" pela Organização Internacional de Aviação Civil, ligada à ONU.
Segundo ele, é preso frear os baloeiros. “Na concepção deles isso não afeta a segurança porque eles estão de um lado da situação que não corre risco. Nós, nossos passageiros estamos do lado que corremos riscos. Eles não têm essa noção do que é uma colisão com um balão desses.
A Aeronáutica informou que o Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos tem um programa específico sobre o risco baloeiro, incluindo ações educativas de conscientização.
A Secretaria da Segurança Pública disse que a Polícia Civil abriu 11 inquéritos policiais entre 2015 e janeiro deste ano. E que o registro das ocorrências envolvendo balões pode ser feito em qualquer delegacia.

AGÊNCIA BRASIL


Forças Armadas deixam ruas do Rio, mas permanecem no Espírito Santo


Paulo Victor Chagas

Após manifestação da Procuradoria-Geral da Justiça Militar, o Ministério da Defesa anunciou que as Forças Armadas vão deixar as ruas cariocas nesta quarta-feira (22). Com o fim da chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO), os militares deixarão de atuar na segurança das cidades do Rio de Janeiro, de Niterói e São Gonçalo.
De acordo com o ministério, a procuradoria militar enviou um documento ao presidente Michel Temer recomendando a não permanência das tropas federais no estado, sob a alegação de que as missões não podem ser encaradas como uma “simples substituição às atividades de segurança pública ordinárias”. O entendimento é de que as Forças Armadas devem limitar a sua atuação ao “mínimo indispensável” em ocasiões como essa, que as afastam de sua “missão típica”.
Por outro lado, a presença dos efetivos do Exército, Marinha e Aeronáutica no Espírito Santo será prorrogada por 13 dias além do que estava previsto. Na semana passada, o governo já havia autorizado a permanência dos 3.450 militares na Operação Capixaba até a próxima quinta-feira (23).
Para o ministro da Defesa, Raul Jungmann, a diferença se dá porque as polícias militares ainda estão desfalcadas em cerca de 30%. “No Espírito Santo, a situação de falência da Segurança Pública é evidente. Por isso, iremos renovar a GLO. Conversei com assessores e decidi que mais 13 dias serão necessários, e agora deve-se fechar a logística”, informou o ministro, segundo sua assessoria de imprensa.
Solicitada pelo governador do estado ou do Distrito Federal, em casos excepcionais, a GLO é feita ao presidente da República quando há insuficiência das forças estaduais de Segurança Pública. Desde o início do mês, familiares de policiais militares impedem a saída de viaturas dos batalhões no Espírito Santo, contribuindo para uma paralisação que tem gerado grave crise de segurança no estado.

COB divulga lista de candidatos a troféu de Melhor Atleta do Ano de 2016


Cristina Indio Do Brasil

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) divulgou hoje (21) os nomes dos esportistas que concorrerão ao troféu de Melhor Atleta do Ano do Prêmio Brasil Olímpico 2016.
A dupla feminina da vela Martine Grael e Kahena Kunze, medalha de ouro na Rio 2016, está na disputa com a nadadora de maratonas aquáticas Poliana Okimoto e a judoca Rafaela Silva. No masculino, os indicados são o canoísta Isaquias Queiroz, o jogador de vôlei Serginho e o saltador Thiago Braz.
Os vencedores serão anunciados na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, no dia 29 de março, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Em 2015, Isaquias Queiroz e a nadadora de maratonas aquáticas Ana Marcela ficaram com o troféu.
A 18ª edição do Prêmio Brasil Olímpico 2016 vai homenagear os melhores técnicos individual e coletivo com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva e os melhores atletas dos Jogos Escolares da Juventude. Além disso, serão homenageados os medalhistas nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Ainda na cerimônia, a equipe do revezamento feminino 4x100m do atletismo que foi a Pequim 2008 receberá a medalha de bronze, herdada depois da desclassificação das russas, a partir da reanálise de exames de controle de doping.
O COB, também, anunciou hoje os melhores atletas de 43 modalidades esportivas em 2016. Thiago Braz (Atletismo), Ygor Coelho (Badminton), Maybyner Hilário, o Nenê (Basquete), Robson Conceição (Boxe), Pedro Gonçalves, o Pepê (Canoagem Slalom), Isaquias Queiroz (Canoagem Velocidade), Priscilla Carnaval (Ciclismo BMX), Flávia Paparella (Ciclismo Estrada),Raiza Goulão (Ciclismo Mountain Bike), Gideoni Monteiro (Ciclismo Pista), Jaqueline Mourão (Desportos na Neve), Isadora Williams (Desportos no Gelo), Nathalie Moellhausen (Esgrima), Neymar Jr (Futebol), Diego Hypolito (Ginástica Artística), Rafael Andrade (Ginástica Trampolim), Natália Gaudio (Ginástica Rítmica), Adilson da Silva (Golfe), Maik Santos (Handebol), João Victor Marcari Oliva (Hipismo adestramento), Carlos Parro (Hipismo CCE), Pedro Veniss (Hipismo saltos), Stephane Smith (Hóquei sobre grama), Rafaela Silva (Judô), Fernando Saraiva Reis (Levantamento de pesos), Aline Silva (Lutas), Poliana Okimoto (Maratona Aquática), Etiene Medeiros (Natação), Luisa Borges e Maria Eduarda Miccuci (Nado Sincronizado),Yane Marques (Pentatlo moderno), Felipe Perrone (Polo Aquático), Fernanda Nunes e Vanessa Cozzi (Remo), Beatriz Futuro (Rugby), Hugo Parisi (Saltos Ornamentais), Maicon Andrade (Taekwondo), Bruno Soares (Tênis), Hugo Calderano (Tênis de mesa), Anne Marcelle dos Santos (Tiro com arco), Felipe Wu (Tiro esportivo), Manoel Messias (Triatlo), Martine Grael e Kahena Kunze (Vela), Serginho Dutra (Vôlei) e Alison Cerutti e Bruno Schmidt (Vôlei de praia).
Segundo o comitê, a escolha dos melhores em cada modalidade e as indicações para concorrer ao Troféu Melhor Atleta do Ano, foram feitas por um júri formado por jornalistas, dirigentes, ex-atletas e personalidades do esporte.
Na cerimônia de entrega, haverá também uma homenagem especial aos atletas medalhistas do Time Brasil no Rio pelo melhor resultado conquistado pelo país em jogos olímpicos, com 19 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze.
Atleta da Torcida
Os torcedores poderão participar da escolha do Atleta da Torcida. No início de março, o COB divulgará os nomes dos atletas ou das duplas que concorrerão ao troféu e dará início à votação popular pela internet. O vencedor também será anunciado na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico.

AGÊNCIA CÂMARA


MP destina R$ 100 milhões para atuação de militares em segurança e presídios


O Diário Oficial da União publicou nesta terça-feira (21) a Medida Provisória 769/16, que abre um crédito extraordinário de R$ 100 milhões para o Ministério da Defesa. Os recursos vão custear o emprego dos militares das Forças Armadas em segurança pública e nos presídios estaduais.
Metade dos recursos vai para a atuação em estabelecimentos prisionais. Em janeiro, o presidente da República, Michel Temer, baixou um decreto disciplinando o emprego dos militares em presídios. Pelo decreto, eles podem auxiliar as forças policiais locais a inspecionar as celas e demais dependências carcerárias em busca de armas, celulares e drogas.

A medida foi uma resposta às rebeliões e mortes ocorridas em presídios estaduais desde o começo do ano. Os casos mais graves ocorreram no Amazonas, em Roraima e no Rio Grande do Norte.
Os outros R$ 50 milhões serão empregados em ações de segurança pública nos estados. Tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, por exemplo, estão patrulhando as ruas da região metropolitana do Rio de Janeiro desde a semana passada. Os militares também atuam na Grande Vitória e em cidades do Espírito Santo, onde uma greve policial fez crescer o índice de violência local.
Origem

O crédito de R$ 100 milhões virá do cancelamento de recursos que foram alocados originariamente na reserva de contingência do Orçamento de 2017.
Esta é a primeira medida provisória de crédito extraordinário publicada pelo governo neste ano. A Constituição permite que o governo edite este tipo de MP para cobrir despesas urgentes e imprevistas, como as decorrentes de comoção interna ou calamidade pública.
Tramitação

A MP 769 será analisada na Comissão Mista de Orçamento. Depois, segue para votação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

PORTAL GLOBO ESPORTE


Seis meses após a Rio 2016, medalhistas perdem apoio e esbarram na crise do país

Manter estrutura é uma das dificuldades de atletas que subiram ao pódio em agosto, nos Jogos Olímpicos. Palestras ajudam, mas fim ou redução de patrocínios preocupa

Leonardo Filipo E Guilherme Costa

Qual o poder de uma medalha olímpica conquistada em casa? Seis meses depois da cerimônia de encerramento dos Jogos, no dia 21 de agosto de 2016, o GloboEsporte.com procurou oito medalhistas do Brasil na Rio 2016, que representam sete dos 19 pódios que levaram o país ao 13º lugar. A redução de investimento em anos pós-olímpicos é normal, mas a crise econômica do país acentuou a situação. Estatais reduziram o patrocínio, como os Correios, e a Caixa Econômica Federal ainda negocia com as confederações que apoia. 
O ginasta Arhur Zanetti se deparou com uma redução no apoio que chamou de "drástica". Poliana Okimoto esperava mais reconhecimento após o bronze na maratona aquática. Diego Hypolito, prata no solo da ginástica, dá graças a Deus de ter mantido boa parte de sua estrutura. Arthur Nory, bronze na mesma prova, acredita que os investidores estejam desfocados. Bárbara Seixas e Ágatha desfizeram a dupla prata no vôlei de praia e viram o apoio minguar. Rafael Baby esperava que o segundo bronze no judô traria novos patrocinadores. Martine Grael e Kahena Kunze mantiveram boa parte da estrutura, mas ainda não avaliaram a redução no apoio.
Em entrevista ao GloboEsporte.com no mês passado, Felipe Wu, prata no tiro esportivo, contou que treina sozinho desde a saída de seu treinador colombiano, voltou à faculdade de engenharia aeroespacial e que não conseguiu novos patrocinadores. Bronze no taekwondo, Maicon Andrade penou para receber a premiação de R$ 12.500 prometido pela confederação e segue apenas com os apoios da Prefeitura de São Caetano e do Bolsa Atleta. Campeão olímpico no boxe, Robson Conceição virou profissional e, segundo seu empresário, Sergio Batarelli, recebeu uma quantia vantajosa na assinatura do contrato. E enquanto não tem patrocínio ganha uma renda mensal da agência Top Rank durante pelo menos dois anos.
Motivo de preocupação dos atletas, o Bolsa Pódio deverá voltar a ser totalmente pago em abril. De acordo com o Ministério do Esporte, a lista dos contemplados está prevista para ser publicada em março no Diário Oficial da União. Daí os atletas têm até 30 dias para enviar o Termo de Adesão.
Arthur Zanetti: "Não imaginava que seria tão drástico"
Ser campeão olímpico e vice nas argolas da ginástica artística não tornou a vida de Arthur Zanetti mais fácil em termos de apoio. Dos seis patrocínios até o fim do ano passado ele segue apenas com Aeronáutica e Adidas. Seu clube, o São Caetano, sofre com redução de investimento da prefeitura, que é quem acaba mantendo completa a sua equipe multidisciplinar, formada por médico, treinador, psicólogo, nutricionista e fisioterapeuta.
- Meu orçamento sofreu redução de 90%. Uma parte do dinheiro eu utilizava para os gastos do dia a dia, outra para comprar suplemento, material e protetor de argola, e outra parte eu guardava. A gente sabe que um ano pós-olímpico é mais complicado. Mas não imaginava que seria tão drástico. Acredito que dê para segurar mais uns dois, três meses. A gente está fazendo outras atividades que têm ajudado bastante, como alguns eventos para o Sesc e palestras. Eu fico um pouco preocupado. Se pelo meu histórico tenho dificuldade de conseguir, imagine quem está começando agora.
Depois de falhar nas duas Olimpíadas anteriores, Diego Hypolito atingiu a redenção no Rio faturando a prata no solo da ginástica artística. Ele passou a fazer mais palestras, mas acreditava que teria mais retorno.
- Aumentou o número de palestras consideravelmente. Foi o principal. Renovei com o meu clube, o São Bernardo do Campo. O país está passando por uma fase muito difícil. Até esperava patrocínios novos, mas pelo que estou vendo ao meu redor, estou dando graças a Deus de pelo menos manter o que já tinha. O único patrocínio que ainda não foi renovado foi o de Furnas. Tem o Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte, que foi renovado. Tem o ptrocínio da seleção, que estamos sem receber desde novembro, mas a confederação tem se reunido com a Caixa para renovar. Continuo recebendo do meu clube. A estrutura de treino se manteve toda. O meu médico continua me atendendo mesmo sem receber, mas a fisio eu tenho que pagar particular se eu não for até 12h no da Prefeitura de São Bernardo do Campo. A psicologia, o COB continuou comigo. A ginástica ainda está sendo privilegiada pela visibilidade que teve. Mas é um momento em que a gente tem que ter os pés no chão e tentar divulgar da maneira mais adequada para que daqui a uns dois anos a gente volte a ter um retorno financeiro bom. Não que não esteja sendo, mas acreditava que com uma medalha olímpica até teria mais.
Arthur Nory formou com Diego uma surpreendente dobradinha no pódio do solo com a medalha de bronze. Segue como atleta do Pinheiros e da Aeronáutica, e aguarda a renovação da bolsa do governo.
- A medalha olímpica não mudou em relação a patrocínios. Sobre estrutura, voltamos todos para os clubes. Treino em um local bem estruturado e equipado. E a minha equipe multidisciplinar se mantém também. Não sabemos como está a situação do centro de treinamento no Rio. Se para nós atletas já é difícil, imagina para quem está iniciando. Sempre recebo recados de jovens carentes de muito apoio e estrutura. A crise atrapalha muito, os interesses de investimentos estão um pouco desfocados. A situação atual faz a gente pensar sobre as duas possibilidades: do crescimento ou da posição permanente. Eu sempre acredito que algo vai melhorar.
Orçamento de campeãs da vela diminui, mas Kahena mostra otimismo
Primeiras campeãs olímpicas da vela brasileira, Martine Grael e Kahena Kunze perderam dois dos cinco patrocinadores que tinham antes dos Jogos. Seguem com Shell, Hyundai e Marinha. COB e CBVela seguem com a estrutura, e o técnico espanhol Javier Torres vai passar menos tempo com elas. Kahena conta como está a situação atual.
- Por enquanto continua tudo igual. Temos uma estrutura muito boa com uma equipe multidisciplinar oferecida pela CBVela e pelo COB. O orçamento geral diminuiu, mas não temos esse cálculo ainda. Está tudo muito novo, só fizemos uma competição depois dos Jogos, que foi a Copa do Mundo de Vela em Miami. Esse ano, por opção nossa, faremos um ano mais tranquilo de competições e passaremos boa parte do ano por aqui. O Javier abriu mão da vida pessoal dele na Espanha e se mudou para o Brasil, onde ficou todo o último ciclo olímpico para nos acompanhar. No momento ele só vai nos acompanhar nas competições lá fora, assim como os outros atletas do Brasil de 49er. E ainda estamos procurando alguém para nos auxiliar enquanto estivermos treinando aqui.
Poliana Okimoto: "A medalha não trouxe reconhecimento"
Medalha de bronze na maratona aquática, Poliana precisou se desfazer de quase toda sua equipe multidisciplinar. Paga o preparador físico e conta com o seu marido e treinador, Ricardo Cintra. No começo do ano não sabia qual competições faria em um ano de campeonato mundial.
- Sabia que seria bem complicado. Passamos por uma fase difícil, impeachment, novo governo. Mas pensava que teria uma recompensa, um contrato melhor. O atleta brasileiro merece. A gente espera que tivesse uma empresa do setor privado, que aparecem no ano olímpico e esquecem nos outros. A medalha não trouxe reconhecimento. Entendo que vivemos uma crise. Perdi 40℅ do meu orçamento. No fim do ano passado a incerteza era maior. Agora está mais tranquilo. Tenho que agradecer à Unisanta, à Speedo e às Forças Armadas. Perdi o patrocínio dos Correios, que pagava a minha equipe multidisciplinar. Contratei uma empresa para buscar um patrocínio. Estava zerada no início do ano, mas o Bolsa Pódio foi renovado. A minha equipe se reduziu. Estou só com o preparador físico, que me ajudou muito na medalha, e que continuo pagando do meu bolso. Muita gente tem feito na base da amizade, como o meu fisioterapeuta.
Medalha de prata na Rio 2016 ao lado de Ágatha, Bárbara Seixas está fazendo dupla com Fernanda Berti neste início de ciclo olímpico. Apesar do pódio no Rio, a jogadora lamenta a perda de muitos apoios que tinha antes da competição carioca:
- Infelizmente, em termos de patrocínio e de verba, meu orçamento diminuiu bastante. É até normal, depois de tanto investimento para a Rio 2016. Muitos patrocínios estão para renovar, mas não conseguimos por causa da crise. Atualmente, tenho co-patrocinadores, mas não consegui assinar nada. Eu continuo integrada à Marinha, inclusive são de grande ajuda, pois sempre dão estrutura e estão dispostos e solícitos aos nossos pedidos.
Parceira de Bárbara no Rio, Ágatha também formou um novo time para o ciclo de Tóquio 2020. Ao lado da jovem Duda, já começou 2017 com bons resultados, como a prata na etapa dos Estados Unidos do Circuito Mundial. Ela explica que, depois do pódio nos Jogos do Rio, não conseguiu nenhum novo patrocínio.
- Estou com vários projetos espalhados por empresas e não houve entrada em nenhuma para conseguir. O cenário está difícil, acho que para esse ano está se mudando o astral, tem muitas chances de se conseguir captar a partir de agora. A questão não foi nem um pouco fácil depois dos Jogos. Continuamos a parceria com as Forças Armadas e a tendência é seguir até 2020 com eles. Em relação aos outros patrocínios, cada caso é um caso. Eu tinha um patrocínio que ia só até agosto e não se renovou. Aí eu tive um patrocínio que não renovou porque nós abrimos a dupla.
Rafael Silva
O judoca Rafael Silva imaginava que poderia angariar novos patrocínios individuais depois da segunda medalha olímpica de bronze na categoria pesado (+100kg). Ao menos teve a sua estrutura mantida e ainda consegue dar palestras e clínicas.
- Perdi um patrocínio e mantive parceiros de longa data. Quanto aos patrocínios individuais, estes ficaram aquém do que eu imaginava. Mas a segunda medalha olímpica proporcionou convites para ministrar clínicas judô e palestras. Consigo treinar e me dedicar inteiramente ao esporte. Os incentivos de instituições como Bolsa Atleta, Confederação Brasileira de Judô e do Clube Pinheiros continuaram. A estrutura para a prática esportiva também. Alguns materiais oriundos das Olimpíadas melhoraram a estrutura. É normal ter mais verba com um evento deste tamanho acontecendo em casa. As confederações que souberam investir e realmente construíram uma estrutura sólida pensando na formação dos futuros atletas a longo prazo sairão na frente para potenciais medalhas em 2020 e 2024. 

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL MS NOTÍCIAS (MS)


Do sonho de ser psicóloga, a integrante da tropa de elite da FAB

Jovem de 24 anos é a primeira mulher a saltar do maior avião já produzido pelo Brasil
Gustavo Maia
Criado há 53 anos, o Para-SAR, a unidade de elite da Força Aérea Brasileira, está localizada em Campo Grande. O nome do esquadrão Para-SAR vem do termo Paraquedista, acrescido da sigla SAR, usada para a expressão Busca e Salvamento em inglês, Search And Rescue. Composto por militares selecionados e habilitados de maneira técnica, física e psicológica, para cumprir as missões mais complexas de resgate, em qualquer parte do território nacional, sob as condições mais adversas.
Logo quando se pensa nesses heróis, a primeira imagem que vem à mente, é a de homens fardados, armados até os dentes e altamente treinados, como aqueles dos filmes de Holywood. Porém essa não é exatamente a realidade, pois entre esses homens há também mulheres. Isso mesmo. Mulheres, que aceitaram a dura e nobre missão de integrar essa tropa especial que tem como finalidade básica, salvar vidas.
Medindo 1,61 de altura, com maquiagem impecável, cabelos escovados e unhas bem feitas, a jovem de apenas 24 anos desconstrói totalmente aquele velho estereótipo que temos sobre as Forças Armadas. Mas as gírias e a postura firme denunciam a profissão: militar. Uma das 5 mulheres que fazem parte deste seleto grupo, o esquadrão PARA-SAR, e a única a possuir o curso de paraquedista, a sargento da Força Aérea Raniela Raica Finatto que é a primeira mulher a saltar da maior aeronave já produzida pelo Brasil - o Embraer KC-390, que ainda está em fase de testes.
Do Sul
Nascida em São Luiz Gonzaga, uma cidadezinha do interior do Rio Grande do Sul, Raniela aprendeu cedo a se adaptar às várias mudanças de cidade que a profissão do pai exigia. Junto com a mãe e o irmão, ela pode acrescentar ao currículo o "ofício" de família de militar, já que a dedicação exclusiva exigida pelo Exército ao pai, se estende também à família, que sempre o acompanhou em suas transferências ao longo da carreira. "Minha família, avós e tios, sempre ficaram distantes, mas em cada lugar o verde oliva nos proporcionava uma família sem ser de sangue, era divertido" conta Raniela.
A parte mais definitiva de sua vida, como ela prefere chamar a adolescência, foi vivida em Campo Grande, onde o futuro lhe reservou boas surpresas. Aluna do Colégio Militar de Campo Grande por 5 anos, ao chegar ao 3º ano do ensino médio em 2009, se deparou com a tão temida hora de decidir que profissão escolher. Nesse momento a carreira militar, que já estava em seu DNA, falou mais alto. Mas como o Exército só admitia mulheres com curso superior, Raniela precisava se formar em alguma área de interesse da força terrestre. E a escolha foi psicologia. "Passei no vestibular em 28º pra UFMS e fui pra faculdade. No terceiro ano estagiei e comecei a procurar concursos militares na área. Nessa busca, vi os concursos da Aeronáutica e tomei a decisão de fazer", revela.
À essa altura decidida a ser militar da Força Aérea, que possuía vagas de nível médio para homens e mulheres, a jovem escolheu ouvir a voz do coração e contrariando a lógica, trancar a faculdade no terceiro ano para dar conta dos estudos para concurso. E bastou um ano de estudo intenso para passar no concurso da Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá. Porém ser aprovado na prova teórica não lhe garantia o ingresso. Havia ainda outras etapas do concurso, e uma delas era a inspeção médica, onde Raniela teve seu primeiro obstáculo. Reprovada no teste de visão, ela foi declarada "incapaz para o fim que se destina", o que em outras palavras significava o fim de seu sonho.
"Eu não acreditei, porque eu tinha estudado o ano todo igual uma doida pra conseguir passar, aí quando eu fiz o exame de saúde eu fui incapaz por causa da visão. Eu tinha 3 graus de miopia e 1,75 de astigmatismo".

No entanto, nem isso foi capaz de detê-la. Determinada, fez uma cirurgia de correção e ingressou com recurso para garantir sua vaga na disputa.
Força de vontade
Passado o susto, Raniela conseguiu ser aprovada nas outras fases do concurso, ingressando em 2013 para o que ela define como dois longos e intensos anos de formação militar. "Os anos mais interessantes da minha vida. Lá aprendi de tudo. Choros, alegrias. E foi lá que eu vi o que eu queria fazer e o lugar onde eu vislumbrava servir: o nobre PARA-SAR", relata emocionada. Mas como tudo ao longo de sua vida, esse sonho não se realizaria assim, tão facilmente, sem pelo menos uma mudança inesperada na ordem dos fatos.
Em 2014 não haviam vagas abertas para ingressar no esquadrão, que é sediado na Base Aérea de Campo Grande, mas mesmo assim a recém formada Sargento Raica não deixou de sonhar em fazer parte da unidade de elite da FAB, e ostentar o gorro laranja, que identifica um membro do grupo. E valeu a pena manter viva a esperança, pois aos 45 do segundo tempo abriram vagas. E mais uma vez lá ia ela botar o pé na estrada, seguindo sua nova meta.
De volta a Campo Grande, a cidade da sua adolescência, agora com 23 anos, Raniela que saiu do colégio militar com o sonho de ser psicóloga e depois mudou de sonho para ser militar do Exército, e que depois largou tudo pra fazer concurso da FAB e decidiu servir no PARA-SAR, agora tinha um novo objetivo: ser paraquedista. Para quem não sabe, isso pode até parecer de pouca relevância, mas quem entende um pouco do mundo militar sabe que não é qualquer um que pode usar a boina vermelha e o coturno marrom (chamado de boot), marcas inconfundíveis de um paraquedista militar. Isso porque o curso de formação do paraquedista é um dos mais exigentes fisicamente, oferecido pelo Exército Brasileiro, tendo sido aberto para mulheres apenas em 2009.
Mas quem pensa que isso a desanimaria, está bem enganado. Diante disso tudo ela decidiu mais uma vez desafiar a lógica e encarar uma rotina exaustiva de exercícios físicos aliados a treinamentos técnicos para se tornar uma paraquedista - a única mulher dentre os cerca de 200 homens formados naquela turma. E voltou do Rio de Janeiro, onde o curso é ministrado, com seu boot marrom, boina vermelha e seu brevê, (uma espécie de distintivo que cada militar carrega no uniforme para mostrar as qualificações que possui).
"É muito diferente. Depois que me formei eu fiquei um mês andando olhando pro meu pé, porque a gente usa o boot marrom. Então antes eu era pé preto, e agora eu era PQD (gíria militar para paraquedista), realização mesmo", relata orgulhosa.

E a mesma empolgação toma conta da paraquedista quando lembra o salto feito do Embraer KC-390, a maior aeronave já produzida pelo Brasil, que ainda está em fase de testes e esteve na Base Aérea de Campo Grande em junho do ano passado.
Desenvolvido para cumprir tarefas como transporte e lançamento de cargas e de paraquedistas, reabastecimento de outras aeronaves durante o vôo, combate a incêndios florestais e evacuação aeromédica, o KC, como é carinhosamente chamado pelos militares, é um verdadeiro gigante com seus mais de 35 metros de comprimento e de envergadura. Medindo 11,84 metros de altura e pesando 87 toneladas, ele é capaz de voar a 870 km/h e transportar até 26 toneladas. Atualmente, a aeronave está em São Paulo, onde passa pela fase final dos testes, após ter mostrado desempenho excepcional no lançamento de paraquedistas e cargas aqui em Campo Grande.
Conquista
Dentre os poucos soldados selecionados para compor a primeira equipe de paraquedistas a saltar do KC, estava ela, a sargento Raica, mas não sem antes, claro, como sempre em sua história, passar por um suspense. "No início eu não estaria no salto. Eu sou muito nova, como paraquedista. Então estariam no salto outros militares mais experientes. Eu já estava conformada, porque não participaria. Eu aceitei. Até que aconteceu uma reviravolta e me falaram "olha, querem que você salte. Você está no salto"" conta Raica, sem disfarçar a alegria.
Saltar de paraquedas já é um turbilhão de emoções. Agora imagine saltar de um avião que sequer está pronto. "É uma experiência diferente porque é um avião que ainda estava em teste. Fiquei nervosa igual no primeiro salto. Mas confiamos nas técnicas e no equipamento. E Foi, sem dúvidas, uma honra representar a Força Aérea e as mulheres, como um todo, que compõem as Forças Armadas nesse início", ressalta Raica.
Assim como a célebre frase do astronauta Neil Armstrong; ao caminhar em solo lunar pela primeira vez na história da humanidade, este pequeno salto, sendo apenas mais um na carreira de uma militar da FAB, pode significar um salto ainda maior na história da representatividade feminina nas Forças Armadas do Brasil.
Então da próxima vez que ver um desses aviões gigantes da FAB sobrevoando a cidade, fique atento. Pode ser que a sargento Raica esteja nos observando lá de cima.

PORTAL AEROMAGAZINE


Balões colocam em risco segurança de aviões e helicópteros

Há menos de um ano, potencial de colisão levou associação de pilotos a rebaixar o espaço aéreo do Brasil
Os balões voltam ao noticiário com o incidente em Campinas, no interior de São Paulo, onde um artefato caiu sobre casas e quase causou uma tragédia. Além dos riscos de incêndios, os balões representam um problema grave de segurança para a aviação. Há menos de um ano, o espaço aéreo brasileiro teve seu nível de segurança rebaixado. O país passou a ser classificado como criticamente deficiente (Critically Deficient) pela IFALPA (International Federation of Air Line Pilots Association), uma associação de pilotos com mais de 100.000 membros ao redor do mundo e com forte presença na ICAO e na IATA. O rebaixamento ocorreu por conta do risco iminente de acidente entre aeronaves e balões, tema amplamente debatido pela entidade e pelas autoridades brasileiras nos últimos anos.
O rebaixamento foi informado oficialmente às autoridades brasileiras por meio de uma carta enviada pela IFALPA à Secretaria de Aviação Civil em abril de 2016, baseado em decisão tomada na conferência realizada pela entidade pouco antes, em New Orleans (EUA). A notícia rapidamente se tornou tema de debates em todo o país. As autoridades brasileiras tentavam explicar os fatos enquanto pilotos no Brasil e no exterior apoiavam a decisão da IFALPA.
Embora a decisão não tenha efeito punitivo, já que esse é um ato que tem de ser endossado pela ICAO, o rebaixamento poderia levar a consequências graves. E não apenas influenciar uma decisão da ICAO, cuja sede, curiosamente, também fica em Montreal, no Canadá - a distante é de menos de 5 minutos uma da outra. Mesmo que seja uma associação de pilotos, suas ações tendem a ter grande impacto no setor aéreo. A classificação do espaço aéreo como Critically Deficient pode gerar uma série de problemas ao país, como perda de voos por parte de companhias que não voam para regiões críticas e aumento do valor dos seguros cobrado das companhias aéreas.
Atividade baloeira
O risco baloeiro é velho conhecido das autoridades aeronáuticas e policiais. Dados compilados ao longo dos últimos anos pelo CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) apontam um crescimento preocupante nas atividades baloeiras. Em 2013, o Cenipa registrou 135 ocorrências em São Paulo e outras 38 no Rio de Janeiro. Segundo sites de organizações de baloeiros, em um único dia de 2013, um campeonato na cidade do Rio de Janeiro reuniu mais de 40 balões. Embora o registro considere apenas os reportes formalmente realizados, que, segundo o próprio órgão, não chega a 10% dos avistamentos, ainda dá uma real dimensão do problema.
O risco dos balões para aeronaves é potencialmente catastrófico. Decorados com papel ou tecido sintético, eles possuem estrutura metálica e a cangalha que transporta enormes cargas de explosivos é produzida com vergalhões e lingotes de ferro. Alguns balões chegam a mais de 100 m de altura. Como comparação, o edifício da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na Avenida Paulista, em São Paulo, possui 92 m de altura. O peso total de um balão de grande porte utilizado em competição pode ultrapassar 2 toneladas, incluindo o peso estrutural do balão, a cangalha e os fogos de artifício.
Segundo o FAR 25, que regulamenta a certificação das aeronaves na categoria transporte, a fuselagem e as asas de um avião comercial devem suportar o impacto de um pássaro de 1,82 kg e a empenagem, de uma ave de até 3,6 kg. Estudos conduzidos por fabricantes mostram que a proporção de peso e velocidade, num impacto entre uma aeronave comercial em voo de cruzeiro e uma estrutura de 400 kg é equivalente a um choque de 500 toneladas. “Esse é o peso do Antonov 225, o maior avião do mundo”, pontua Luíz Cabral, diretor de relações públicas da IFALPA.
Mesmo balões menores, desprovidos de carga explosiva e alimentados sem chama, apenas com uma placa solar, tornam-se um risco à segurança aérea. “Basta colidirem com o sistema de pitot, como o TAM 3756. Sem informações, o avião pode cair, como ocorreu com o voo da Air France. Sorte que no caso brasileiro os pilotos voam visual”, alerta o comandante Osvaldo Neto, membro da IFALPA para América do Sul e Caribe.
O que dizem os pilotos
Associações de baloeiros têm pressionado as autoridades para regulamentação da atividade. Ainda que seja uma demanda positiva, as leis aprovadas ainda colocam em risco a segurança do espaço aéreo. “Existem dezenas de leis sobre balões tramitando nas câmaras municipais, mas nenhuma delas tem valor”, afirma Claudia Ortuño, advogada da Associação dos Aeronautas da Gol. “Apenas a União pode tratar de leis referentes ao espaço aéreo”. Apenas nos últimos cinco anos, três projetos de lei foram declarados inconstitucionais após terem sido aprovados por municípios. Porém, existem hoje mais de uma dezena projetos de lei para regulamentar a soltura de balões a nível municipal.
Associações de pilotos do Brasil, como a dos tripulantes da TAM e a dos aeronautas da Gol, e o SNA (Sindicado Nacional dos Aeronautas) estão trabalhando junto à IFALPA para encontrar soluções que possam resolver esse problema no país. O objetivo é continuar o trabalho realizado para auxiliar na resolução dessa questão e fazer com que o Brasil recupere a categoria de espaço aéreo seguro na análise da entidade.
Entre as solicitações está a que as autoridades incluam no NOTAM um alerta para o risco de balões. O objetivo é avisar não apenas as aeronaves brasileiras, mas especialmente as estrangeiras sobre o risco de balões. “É uma forma de garantir que o piloto de uma empresa estrangeira tenha ciência do risco e das providencias cabíveis”, afirma o comandante Victor Giorgi Casseta.
Entre as preocupações dos membros da IFALPA no Brasil é a falta de conhecimento do risco por parte dos pilotos que voam para o Brasil. “A maioria não tem ideia do que se trata. Na conferência [da IFALPA em Nova Orleans] nos perguntaram se os pilotos de balões usam oxigênio para voar acima do FL330”, comenta Philipe Pacheco, da Associação de Tripulantes da TAM. “Eles imaginavam se tratar de um veículo tripulado, e questionavam por que a ANAC não tomava providência. Os membros ficaram surpresos ao descobrir que são balões não tripulados e que levam explosivos”.
Os riscos de colisão aumentam drasticamente em voos noturnos ou em aproximações por instrumento. O aeroporto líder em avistamentos é o de Guarulhos, que atualmente é certificado para operações CAT III. “Um balão na rampa de aproximação não é raro. Imagine colidir com um balão em ascensão enquanto se aproxima para pouso”, preocupa-se Cabral. Embora o tema tenha causado grande debate na comunidade aeronáutica, as principais autoridades não possuem uma resposta para o problema.
Na ocasião, a Secretaria de Aviação Civil, em nota, afirmou que o espaço aéreo brasileiro é um dos quatro mais seguros do mundo, como aponta a auditoria da ICAO de 2015. Além disso, afirma que medidas estão sendo tomadas para garantir a segurança do país.
Já o Comando da Aeronáutica afirmou que o Brasil possui um dos sistemas de controle de tráfego aéreo mais eficientes e seguros do mundo. O risco de colisão continua sendo uma preocupação para autoridades internacionais.

DIÁRIO DA AMAZÔNIA (RO)


Forças Armadas realizam "pente-fino" no Urso Branco 

Operação foi solicitada pelo governo do Estado, e teve início na madrugada de ontem.
Natália Figueiredo

A 17ª Brigada de Infantaria de Selva deflagrou na madrugada de ontem, segunda-feira (20), a Operação Garantia da Lei e da Ordem dentro do Presídio Doutor José Mário Alves, o "Urso Branco". De acordo com as informações, a operação foi solicitada pelo governo de Rondônia, para detectar no local armas, telefones celulares, drogas e demais materiais ilícitos.
Segundo o general do Exército Costa Neves, foram realizadas revistas utilizando detectores de minas e outros equipamentos de detecção. A ação também contou com o apoio de cães farejadores e a participação de 273 militares das Forças Armadas e 187 integrantes dos órgãos de segurança pública e agências estaduais.
Além das Forças Armadas, a Força Aérea Brasileira (FAB), o Ministério Público Militar (MPM), Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Corpo de Bombeiros Militar (CBM-RO), Casa Militar do Governo do Estado de Rondônia e Secretaria de Justiça do Estado de Rondônia (Sejus) trabalharam na operação.
A operação foi solicitada pelo governo de Rondônia depois da assinatura do Decreto Presidencial, em 17 de janeiro deste ano. De acordo com o Decreto, o presidente da República autorizou o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem nas dependências dos estabelecimentos prisionais do País para realizar a detecção de materiais ilícitos e proibidos. Caberá aos órgãos do governo do Estado apreender, recolher e dar o devido destino legal aos materiais encontrados pelo Exército Brasileiro.
De acordo com o secretário de Justiça, Marcos Rocha, o Exército Brasileiro está prontificado a dar todo apoio no combate ao crime dentro dos presídios em todo Estado, mas não tem data definida para as próximas operações, devido também ao sigilo que resulta no sucesso da operação, pois sem este elemento supresa talvez os resultados não seriam tão satisfatórios.

PORTAL SÉCULO DIÁRIO (ES)


Rose de Freitas pede que Força Nacional permaneça no Estado para manutenção da ordem

A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) enviou ofício ao governador Paulo Hartung, nesta terça-feira (21), sugerindo a renovação do pedido, junto ao Ministro da Defesa, Raul Jungmann, para que sejam mantidas no Estado as tropas da Força Nacional.
No ofício, a senadora destaca que tomou essa iniciativa diante da possibilidade das Tropas Federais do Exército, Marinha, Aeronáutica e da Força Nacional começarem a deixar o Estado a partir da próxima quinta-feira (23), conforme decreto do presidente Michel Temer.
“Tomei essa decisão por me manter preocupada com a manutenção do reforço de segurança até que se restabeleça o diálogo e o entendimento entre o governo do Estado e a Polícia Militar e Bombeiros, e até que todos os policiais voltem às ruas”, afirmou Rose.
“Avaliamos que as Tropas Federais estão desempenhando papel importante para conter a onda de violência que acometeu as cidades capixabas, desde a paralisação dos policiais militares na sexta-feira, 3 de fevereiro. Por isso, reconhecemos e parabenizamos o esforço do governo no Espírito Santo e reforçamos que é absolutamente necessário que se abra o diálogo com a categoria e que o pedido de manutenção da Força Nacional no Estado seja reforçado para que a população não seja novamente surpreendida pela insegurança”, afirmou a senadora.
Nessa segunda-feira (20), a senadora fez um pronunciamento no Senado sobre o tema. Rose de Freitas pediu que o governo do Estado que abra o diálogo com a Polícia Militar e os Bombeiros, para que possam debater o assunto em uma mesa, de forma civilizada.
A senadora afirmou que hoje a Força Nacional tem trazido a sensação de segurança para o Estado, mas não se sabe até quando, já que as mulheres dos militares permanecem bloqueando os quartéis e batalhões da PM.
Rose defendeu o ajuste fiscal do governador Paulo Hartung, mas destacou que não há como manter os números bem formatados com um problema social envolvendo a situação financeira dos servidores.
Ela destacou que governador, que é de seu partido, foi apoiado por ela na eleição, está mexendo no secretariado e que o momento é de que alguns dos novos membros da equipe busquem o diálogo com o movimento.

ALFENAS HOJE (MG)


Esquadrilha da Fumaça terá apresentação em Alfenas

A Esquadrilha da Fumaça voará pelo céu de Alfenas. No evento, que acontecerá no dia 26 de março, às 16h30, será lançado o comitê que organizará as comemorações dos 150 anos de Alfenas, em 2019.
Segundo informação divulgada pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Alfenas, a realização do evento será por meio da Secretaria de Educação e Cultura. A partir das 14 horas, haverá apresentações de música e dança promovidas pelos integradores do Programa Cidade Escola.
Na última segunda (20), os integrantes da Esquadrilha, Major Arantes e Major Pimentel, estiveram em Alfenas para fazer uma vistoria técnica do local onde ocorrerá o evento, o Aeroporto Municipal de Alfenas.
Esse é um procedimento comum realizado pela Esquadrilha da Fumaça. Antes das apresentações, um piloto precisa ir até o local para verificar as condições necessárias para a demonstração. Vários são os requisitos analisados, tais como o local da apresentação, garantia de apoio de bombeiros, segurança do público e policiamento.
Origens da Esquadrilha da Fumaça
A Esquadrilha da Fumaça foi criada por jovens instrutores de voo da antiga Escola de Aeronáutica, sediada na cidade do Rio de Janeiro. Em suas horas de folga, os pilotos treinavam acrobacias em grupo, com o intuito de incentivar os Cadetes a confiarem em suas aptidões e na segurança das aeronaves utilizadas na instrução, motivando-os para a pilotagem militar.
Em 14 de maio de 1952, foi realizada a primeira demonstração oficial do grupo. Após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953, acrescentou-se aos NA T-6 um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça. Foi assim que os Cadetes e o público, carinhosamente, batizaram a equipe de "Esquadrilha da Fumaça". A primeira escrita foi a sigla "FAB", nos céus da praia de Copacabana.

PORTAL A ACIDADE DE VOTUPORANGA (SP)


Drone para combater a dengue é solicitado na Câmara Municipal

A proposta foi apresentada na sessão de segunda-feira pela vereadora Missionária Edinalva Azevedo
Daniel Castro

Foi apresentada na última sessão da Câmara Municipal de Votuporanga, na noite de anteontem, uma sugestão para que o Poder Executivo, por meio da Secretaria da Saúde, adquira um drone para auxiliar os Agentes de Endemias no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A proposta é da vereadora Missionária Edinalva Azevedo. De acordo com ela, o equipamento servirá para a localização de focos de difícil acesso, como em cima dos telhados, caixa d"água descoberta e calhas entupidas que possam acumular água.

Por meio de uma câmera, explicou a parlamentar, o drone faz imagens aéreas em alta resolução, evidenciando o que não é possível avistar no solo devido aos muros. “Com o equipamento, permite-se o mapeamento dos locais de possíveis focos”, observou.

Edinalva observou que a cidade passa por um problema por conta das doenças, no entanto muitas vezes a casa deixa de ser visitada por não ter ninguém. “Eu pesquisei a respeito e vi os drones como uma solução”, falou.




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