Parque de Material Aeronáutico de SP organiza acervo com motores de aviões de combate
Parque de Material Aeronáutico de SP organiza acervo com motores de aviões de combate ...
Agência Força Aérea, Tenente Jussara Peccini ...
A história operacional da Força Aérea Brasileira contada a partir de motores. Sim, as máquinas que impulsionaram aviões de combate desde 1941, como o P-16 e o Gloster, integram um acervo com mais de 15 motores do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP). A unidade responsável pela manutenção dos principais vetores de alto desempenho vai inaugurar em dezembro o "Memorial de Motores".
“O PAMA-SP participou da história da FAB. Aqui, as pessoas vão encontrar motores do Albatroz, do Avro e do Gloster – o primeiro caça a jato da FAB”, exemplifica o Tenente Leonardo Spínola, chefe do banco de provas da subdivisão de motores do PAMA-SP, envolvido no projeto que começou a ser gestado no início deste ano.
Motores raros e de pós-combustão
O acervo conta com motores de aeronaves de alta performance, como o usado pelo avião F-5EM, que cumpre a missão de defesa aérea do País. “Esse motor tem um sistema de pós-combustão conjugado. Ele serve para aumento momentâneo de potência dos aviões supersônicos. É um detalhe que pode ser visto aqui”, conta o Tenente Spínola.
Outro item em exposição é o motor do P-16 Tracker. Lançada em 1931, a aeronave operou a bordo do porta-aviões A-11 Minas Gerais da Marinha do Brasil e foi usada em missões de treinamento e na formação de pilotos. “O motor desse avião tem uma concepção totalmente diferente. É um motor a pistão do tipo radial. Praticamente desapareceu. Só se encontra em aviões muito antigos. É raro”, destaca.
Trabalho conjunto
Trabalho conjunto
O ‘Memorial de Motores’ do PAMA-SP conta com o apoio do historiador Sérgio de Moraes. Voluntariamente, ele dedica parte do seu tempo a reunir informações que ajudam a contar a história da evolução tecnológica dos motores aeronáuticos e seus receptivos aviões e as técnicas de conserto, manutenção e funcionamento dessas aeronaves ao longo do tempo.
História que ajuda o futuro
Todos os meses, cerca de 50 estudantes, como universitários de cursos de engenharia aeronáutica, repletos de dúvidas e curiosidades visitam o PAMA-SP. A iniciativa faz parte de uma parceria da FAB com instituições que possuem cursos ligados à atividade aérea. “São perguntas desde as mais simples até as mais complexas sobre resistência de materiais”, conta o Suboficial Antônio Dionizio. Com 32 anos de carreira, o militar destaca a importância de recuperar e cultuar a memória para as novas gerações. “Os militares mais novos já chegam trabalhando em novos projetos. É importante mostrar a história, os enfrentamentos técnicos que ocorreram. Queremos que eles conheçam e se orgulhem desse passado”, expressa.
PAMA-SP
PAMA-SP
A origem do parque remonta a 1931, quando o local abrigou o primeiro hangar de manutenção de motores, a oficina Wright. “Em 1932, foi inaugurada aqui a primeira escola de aviação da Força Pública de São Paulo, o equivalente hoje à polícia militar paulista”, explica o Tenente Spínola. Somente uma década depois é que o local seria absorvido pelo recém-criado Ministério da Aeronáutica.
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