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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 18/10/2016 / Embraer anuncia novas demissões


Embraer anuncia novas demissões: 179 ...

Companhia deu início ontem ao desligamento dos trabalhadores que se inscreveram na segunda etapa do Programa de Demissões Voluntárias; com isso, chega a 1.642 o número de demissões ocorridas neste mês ...

A Embraer deu início nesta segunda-feira ao processo de demissão de 179 funcionários que aderiram à segunda etapa do PDV (Programa de Demissões Voluntárias), reaberto entre os dias 6 e 11 de outubro, e tiveram a adesão confirmada pela empresa.

Eles representam quase o total de empregados que se inscreveram na segunda etapa do programa, que esteve aberto pela primeira vez entre 23 de agosto e 14 de setembro. Depois de reaberto, o PDV registrou um total de 180 inscrições.

Segundo a empresa, o pedido de reabertura foi feito por três sindicatos: dos engenheiros, das secretárias e secretários e dos técnicos de nível médio. As entidades informaram à Embraer que ainda havia empregados interessados em aderir ao plano.

Com isso, a companhia totaliza 1.642 trabalhadores demitidos nos dois períodos de PDV. O primeiro contou com a adesão de 1.470 empregados, dos quais 1.463 foram desligados da fabricante no início de outubro. A meta da Embraer é economizar US$ 200 milhões (cerca de R$ 650 milhões) por ano com as demissões e outras medidas para cortar custos, como redução de estoques.

A empresa não divulgou que unidades foram afetadas.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, como ocorreu no primeiro PDV, a maioria dos demitidos trabalha no Vale do Paraíba, em São José e Taubaté. O programa só foi válido a funcionários no Brasil.

“O PDV foi uma das diversas iniciativas adotadas pela empresa visando a redução de custos recorrentes”, informou a Embraer. “Outras ações com esse objetivo seguem sendo implantadas e seus impactos só serão dimensionados ao longo dos próximos meses”.

Aos demitidos, além das verbas rescisórias, a Embraer paga indenização de 40% do salário nominal por ano trabalhado na empresa. Será garantido o pagamento mínimo de dois salários nominais. O valor está isento de impostos.

O pacote de benefícios inclui ainda seis meses de assistência médica e odontológica, orientação para recolocação ou para aposentadoria. “A Embraer tem ciência de sua relevância para a comunidade e tem atuado com absoluta transparência para superação desse momento desafiador da melhor maneira possível”, acrescentou a fabricante.

“O PDV é parte de uma série de medidas de redução de custos que vem sendo adotada pela empresa visando superar o cenário desafiador enfrentado hoje pela indústria aeroespacial e garantir a perenidade da empresa”, diz a Embraer.



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



PORTAL G-1


Roberto Sá toma posse e promete continuar UPPs, mas com ajustes

Secretário pretende fazer uma "coalizão do bem" com outras polícias. Ele garantiu que priorizará a valorização do profissional da segurança pública.

Henrique Coelho E Marco Antônio Martins

O novo secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, tomou posse nesta segunda-feira (17). Ele substitui José Mariano Beltrame, que pediu demissão na semana passada. Em seu primeiro pronunciamento, Sá afirmou que fará reuniões periódicas de avaliação dos números da criminalidade, com foco nas UPPs.
Ele afirmou ainda que o projeto continua, mas que eventuais ajustes serão feitos. "Vamos focar e intensificar nas investigações (para apreender) de fuzis e armas de alto poder explosivo, juntamente com outras polícias, em uma "coalizão do bem"", garantiu o secretário.
Segundo ele, a sua gestão vai focar na preservação da vida e na valorização do profissional de segurança pública. "A gente vai fazer com que essa gestão do conhecimento valorize o policial civil e o militar que estão lá na ponta".
Entre as ações de combate ao crime organizado, está prevista uma investigação mais intensa sobre o uso de armas de grosso calibre e explosivos por grupos criminosos. "Eu quero algo a exemplo do que era a Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (DRAE). Essas são as armas usadas na lógica do terror, como fuzis e explosivos", explicou Sá.
O novo secretário da pasta ainda fez questão de agradecer ao seu antecessor. "Quero fazer um agradecimento especial ao José Mariano Beltrame, por ter me dado liberdade em seu assessoramento e por ter me chamado para ser subsecretário", afirmou Roberto Sá, em suas primeiras palavras como secretário empossado.
Roberto Sá disse que mudanças pontuais na equipe ocorrerão. "Ainda irei conversar com os dois", disse Roberto Sá, sem deixar claro quem serão os nomes que ocuparão a Chefia de Polícia Civil, que teve a saída de Fernando Veloso na última semana, e o comando da Polícia Militar, atualmente comandada pelo coronel Édison Duarte.
O secretário afirmou que vai fortalecer as UPPs, mas a forma que isso será feito ainda será discutido. "São necessidades das UPPs que vamos ver com monitoramento, como realocação de recursos, que independe de dinheiro", explicou Sá, acrescentando que vai prezar por mais integração com a polícia civil.
Olimpíada permitiu "troca de informações"
O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, disse, durante a cerimônia, que o estado avançou muito na questão de inteligência. "A olimpíada permitiu que trocássemos todas as informações necessárias para que, a partir do momento que os protocolos sejam assinados, possamos partir para operações conjuntas", explicou Moraes.
Segundo ele, vem sendo feito um mapeamento de homicídios em cada capital, assim como a apreensão de armas, de baixo e alto calibre. "Fechamos o mapeamento em cada uma das capitais. Segurança pública é união, é cooperação. Vamos fechar dois planos relativos à homicídios e violência doméstica de um lado, e das fronteiras brasileiras do outro", disse ele, ressaltando que o presidente Michel Temer determinou que todo apoio possível fosse dado ao Rio na questão de segurança pública.
Ainda de acordo com Moraes, é necessário fazer o mapeamento da criminalidade organizada, contando com a ajuda do Depem e das secretarias de administração penitenciária. "Isso será feito para que aqueles que cometem crimes graves, usam fuzis, fiquem mais tempo presos. Não é possível que alguém que desfila com um fuzil seja condenado a 5 anos e 4 meses e saia da cadeia com 11 meses. Vamos apresentar um projeto para que crimes com armas pesadas ou grave ameaça tenham a obrigatoriedade de pelo menos metade da pena", explicou o Ministro da Justiça.
Na última sexta-feira, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que seria feito um plano emergencial de segurança, e que o Rio tinha papel fundamental no plano, pela sua importância no cenário nacional.
Dívidas
O novo secretário assume o cargo com o desafio de controlar uma dívida de R$ 100 milhões. Técnicos do governo calculam que, se juntar esse valor com o déficit das polícias Civil e Militar, o rombo atinge R$ 500 milhões. A maior parte da dívida se refere a atrasos no pagamento de fornecedores de equipamentos para as polícias e a contas que não foram pagas.
Além de gerir os gastos, o novo secretário precisará administrar duas polícias sem previsão de pagamento de salários para o fim do ano. Desde quinta-feira (13), Sá ouviu delegados e coronéis da PM na sede da Secretaria no Centro do Rio.
Motivação sem investimento
Nas conversas com os candidatos à chefia da Polícia Civil e ao comando da Polícia Militar, Roberto Sá falou da intenção de retomar o programa de metas, implantado durante a gestão Beltrame, que media o desempenho dos policiais e dava prêmios a quem atingisse metas estipuladas pela secretaria.
A escolha dos nomes também passou por definir quem está mais apto a cobrar desempenho dos agentes. O secretário procurou por um gestor capaz de motivar as tropas sem previsão de investimento neste fim de ano.
Até sexta (14), a dívida apenas da Secretaria de Segurança estava em R$ 100 milhões, de acordo com o Portal da Transparência. Toda a área de segurança estadual, reunindo as polícias, a administração penitenciária e os bombeiros, tem uma dívida que chega a R$ 1 bilhão.
Perfil
Roberto Sá ocupou a Subsecretaria Operacional da Secretaria de Segurança do Rio durante toda a gestão Beltrame. Sá foi major da Polícia Militar do Rio.
Após se envolver em um caso de auto de resistência na favela de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, deixou o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e passou a ser lotado em outras instituições. Entre elas, a Assembleia Legislativa (Alerj).
Aprovação de Cabral
O policial integrou a segurança do Legislativo do Rio durante a presidência do então deputado Sérgio Cabral. O ex-governador deu aval ao nome de Sá para substituir Beltrame.
Formado em Direito pela PUC-Rio, Roberto Sá entrou na Polícia Federal em 2004. Passou dois anos na Superintendência da PF no Acre, antes de vir para a equipe de Beltrame, em 2007.
Em 2014, foi indicado por Cabral para ser secretário de Segurança do Espírito Santo, mas não aceitou o convite do governador Paulo Hartung (PMDB). Na mesma época, Beltrame indicou o auxiliar para assumir a Segurança nos estados do Ceará e do Rio Grande do Sul. Novas recusas, até aceitar a proposta na semana passada.
Roberto Sá é casado com uma professora e tem duas filhas universitárias.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Após reunião de Temer e líder indiano, ministro diz que Índia é "protecionista"


Isabel Fleck

Logo após o encontro entre o presidente Michel Temer e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para tratar essencialmente de comércio e investimentos, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse, nesta segunda (17), que a Índia ainda é "muito protecionista" e precisa "retirar as barreiras fitossanitárias" se quiser realmente ser um parceiro estratégico do Brasil.
"A Índia, que quer o Brasil como um parceiro estratégico, precisa retirar as barreiras fitossanitárias que aí estão colocadas, porque elas não existem —o que existe é a política de não querer importar ou dar preferência a um outro país que não seja o Brasil", disse Maggi em Goa, na Índia, mencionando especificamente os casos das carnes de frango e porco e maçã.
Segundo o ministro brasileiro, dentro do próprio governo indiano há uma ala "mais tradicional" que acha que o país não precisa importar esses produtos, e outra que vê necessidade de importações. "Há uma espécie de disputa por qual caminho a ser seguido e o Brasil está à espreita para ocupar esse mercado", afirmou.
O chanceler José Serra afirmou, contudo, que Modi declarou que ia se empenhar "sinceramente" na redução dessas barreiras, especialmente no caso do frango.
Em seu discurso após o encontro, Temer disse que o mercado indiano pode ajudar o Brasil no seu "processo de transformação".
"A retomada de crescimento econômico requer presença ativa no Brasil, não só internamente, mas nos principais mercados do mundo. Entre eles, evidentemente, a Índia", disse o presidente, que convidou Modi para uma visita ao Brasil no próximo ano.
O premiê indiano também disse que o Brasil está entre "os parceiros econômicos mais importantes na América Latina". "Fizemos progresso abrindo novas áreas de cooperação durante essa visita em regulação de medicamentos, pesquisa agrícola e segurança cibernética", afirmou.
Serra repetiu que o comércio com a Índia pode triplicar nos próximos anos, principalmente por causa da complementaridade das duas economias.
"Eu fiz uma continha assim: se o Brasil tivesse com a Índia a mesma proporção das exportações que faz para a China, triplicaria, porque a complementaridade da economia indiana e da economia brasileira é até maior que a complementaridade entre a economia chinesa e a brasileira, inclusive na área de alimentos", afirmou.
A balança comercial entre Índia e Brasil é de US$ 7,9 bilhões.
ACORDOS
Temer e Modi assinaram, nesta segunda, um acordo de cooperação e facilitação de investimentos, um na área de regulação de produtos farmacêuticos e dois em pesquisa agropecuária —sobre o compartilhamento do material genético do gado zebu indiano, e de outros genomas.
"Desde 1950, o Brasil não importa mais gado indiano e, portanto, a nossa variabilidade genética tem sido diminuída nos últimos anos. Com a entrada desse novo material, vamos ganhar produtividade", afirmou Maggi.
Segundo o ministro da Agricultura, o Brasil está estimulando a Índia, que é o segundo maior produtor de açúcar do mundo, a entrar num programa de etanol. "Os empresários e a política brasileira querem que a Índia faça isso, que outros países da região façam isso, para que a gente possa segurar o preço do açúcar e não ter uma commodity com tão alta variedade de preço."
Serra disse ainda que Temer falou com Modi sobre possíveis exportações de equipamentos de defesa para a Índia. "No caso de transporte aéreo, temos temos o caça sueco que vai ser produzido no Brasil, temos o Super Tucano que é um avião de treinamento, temos um outro que serve para transporte de tropas", afirmou.
O chanceler destacou também que há possibilidades entre os dois países na aviação comercial, com a Embraer. Há interesse de empresas indianas em comprar mais aeronaves comerciais. "É uma coisa [na área] privada, mas que o governo aqui tem peso", disse Serra.
Outra área de interesse para o Brasil, segundo Maggi, e que será beneficiada com o acordo de pesquisa agrícola, é a de exportação de lentilhas. A Índia diz que, até 2030, precisará de 30 milhões de toneladas anual do grão.
"Eles buscam fornecedores, e nós vamos começar agora a transferência de material genético para fazer experimentação no Brasil. Nós estamos falando de uma coisa muito significativa."

Companhias aéreas apostam em jatos mais econômicos


Joana Cunha

Uma busca incessante das companhias aéreas, a economia de combustível vai avançar a partir deste ano com a chegada de uma nova geração de aeronaves de motor mais eficiente às frotas que rodam no Brasil.
A Avianca Brasil recebeu na semana passada seu primeiro A320neo, um avião da fabricante Airbus cujo motor tem tecnologia para diminuir em pelo menos 15% a queima do querosene de aviação.
Ele também leva o dispositivo "sharklet", uma curva na ponta da asa cujo design reduz o arrasto, poupando a queima de combustível.
No total, 62 aviões do mesmo modelo foram encomendados pela Avianca Brasil para os próximos anos.
Há cerca de um mês, foi a Latam quem recebeu seu A320neo, que já está operando rotas domésticas no Brasil e a partir de novembro vai alcançar rotas regionais na América do Sul. Na Latam, a encomenda é de 55 aviões.
A Azul também aguarda a chegada de 35 deles, na mesma tendência de busca de eficiência no consumo de combustível, em um momento em que as companhias brasileiras diminuem a oferta de assentos e voos para reagir à queda na demanda provocada pela crise.
A Gol tem uma solução em parceria com a Boeing, os chamados Short Field Performance, para melhorar o desempenho em pistas curtas.
A tendência é mundial, segundo Rafael Alonso, presidente para América Latina e Caribe da Airbus. No mundo, a empresa já tem uma carteira de pedidos de mais de 4.500 neos para 87 clientes.
No Brasil, o papel dessa tecnologia é acentuado.
Segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), o querosene de aviação representa cerca de 38% dos gastos operacionais das empresas no Brasil, uma proporção elevada se comparada à média mundial, que fica em pouco mais de 25%.
A compra de aviões com motores mais eficientes é vista pelas aéreas do Brasil como mais uma alternativa enquanto alimentam esperanças de redução de tributos. Hoje, tramita no Senado um projeto para reduzir para 12% o teto do ICMS do querosene de aviação. Em alguns Estados, como São Paulo, o teto do ICMS chega a 25%.
DESCARREGAR NA TINTA
O desenvolvimento de métodos para economizar combustível é um esforço constante no setor. Geralmente abrange tecnologias que visam diminuir o peso embarcado, como cardápios de alimentos que pesam menos ou substituir manuais de papel nas aeronaves por versões digitais.
Mas há quem proponha soluções menos cordiais ao passageiro. Recentemente, a empresa Samoa Air causou polêmica ao anunciar que passaria a cobrar passagens pelo peso do passageiro.
Até a tinta que pinta as logomarcas pode diminuir o consumo de combustível.
Em abril, quando a Latam estreou sua nova marca global, resultante da consolidação entre LAN e TAM, a empresa anunciou que trocaria a imagem exterior de mais de 50 aeronaves neste ano, com uma nova tecnologia de pintura, 25% mais leve que a convencional, gerando redução média de 20 quilos nos aviões.
Segundo a Latam, para um Boeing-787, por exemplo, são usados 300 litros de tinta e 150 litros da nova tecnologia "clearcoat", verniz que protege de temperaturas extremas e desgaste aerodinâmico.

REVISTA ÉPOCA


Coluna Expresso - TSE julga pedido de segurança no 2º turno das eleições em Fortaleza


Bárbara Lobato

Depois de aprovar a permanência das Forças Armadas e da Força Nacional nos estados do Rio de Janeiro e Maranhão, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também se manifestar sobre outro pedido: o governo do Ceará pediu reforço das forças de segurança para acompanhar o segundo turno da eleição em Fortaleza. Caberá à ministra Rosa Weber decidir sobre o pedido.

JORNAL DO BRASIL


Ministério da Justiça do governo Temer anuncia plano nacional de segurança


O Ministério da Justiça do governo de Michel Temer pretende lançar nesta quarta-feira (19) um novo plano nacional que buscaria combater a criminalidade e o alto índice de homicídios no país, informou o ministro da pasta, Alexandre de Moraes, nesta segunda-feira (17).
O ministro fez a declaração após a posse do novo secretário de segurança do Estado do Rio de Janeiro, o delegado da Polícia Federal Roberto Sá. Até então subsecretário de Planejamento e Integração Operacional, Sá assume o posto de José Mariano Beltrame, que pediu demissão há uma semana.
O plano, contudo, ainda estaria em elaboração, em parceria com as secretarias estaduais de segurança pública e quatro procuradorias-gerais de Justiça. De acordo com o Moraes, o plano nacional de segurança coordenado pelo Ministério da Justiça foi submetido aos secretários nacionais de segurança e tem sido discutido desde maio.
O programa deve incluir ações para combater homicídios e o que o ministro chamou de "criminalidade organizada", incluindo o enfrentamento ao tráfico de drogas e de armas.
Segundo o ministro, o plano é resultado de um vasto mapeamento de crimes no último ano. Nos próximos dias, a minuta será apresentada aos próprios secretários, aos procuradores de Justiça e ao Ministério Público Federal para ajustes finais, antes da assinatura de protocolos de adesão.
"Vamos apresentar o plano para que possamos dar uma resposta efetiva, coordenada", afirmou De Moraes. "Não é possível que o Brasil continue a conviver com 50 mil homicídios por ano", disse.

PORTAL BRASIL


Forças Armadas enviam militares para Missão de Estabilização do Haiti

Ao todo, 62 militares da Marinha e do Exército vão prestar auxílio na manutenção de equipamentos. Além disso, 18 toneladas com material de manutenção foram enviadas na manhã desta segunda-feira (17)

Um grupo de 62 militares da Marinha e do Exército partiu para o Haiti na manhã desta segunda-feira (17). Eles vão trabalhar na manutenção de equipamentos de informática, saúde, armamento, refrigeração e viaturas da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).
Essa é a terceira missão do esquadrão Corsário para o Haiti com o Boeing 767, que entrou em operação na unidade aérea em julho deste ano. Duas missões, contando com a atual, foram de apoio de manutenção à Minustah.
Já a missão com o transporte de barracas para atendimento, que ocorreu na última sexta-feira (14/10), foi a primeira de ajuda humanitária. Segundo o Tenente-Coronel Luiz Eduardo Ferreira da Silva, comandante do esquadrão Corsário e um dos pilotos da aeronave, essa ajuda ao Haiti é muito representativa para o esquadrão. Ele também projetou as novas missões do 767 para o país caribenho.
“No próximo dia 22, nós temos mais uma missão de ajuda humanitária e, em novembro, vamos apoiar a troca de contingente. O 767 veio para suprir essa necessidade de transporte aerologístico da Força Aérea Brasileira”, destacou.
Além dos 62 militares, 18 toneladas com material de manutenção foram embarcadas na aeronave. De acordo com o chefe da equipe de manutenção, Coronel do Exército Renato Eickoff, os militares e equipamentos vão auxiliar o 24° Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat), que está há quase seis meses no Haiti, em diversas necessidades. “Nosso objetivo é contribuir para o sucesso da missão”, destacou.
Segundo o Coronel Eickoff, com a passagem do furacão Matthew, que deixou cerca de mil mortos em 4 de outubro, os integrantes da Minustah têm se deslocado da sede da missão, a base General Bacelar, em Porto Príncipe, para os locais mais afetados, localizados no sudoeste do país.
“Para isso, são necessárias viaturas que encontram estradas muito danificadas e sofrem avarias. Acreditamos que deve haver um aumento na demanda pela manutenção de viaturas. É possível que alguns militares que embarcaram na segunda-feira sejam deslocados para essas cidades”,explica.
O Subtenente do Exército Vanderlei Campagnon vai pela primeira vez ao Haiti. Segundo ele, essa vai ser uma experiência nova que deve ficar para sempre. “A expectativa é chegar ao país que está tão debilitado e poder ajudar quem está ajudando”, afirma o militar, que é especialista em Tecnologia da Informação, ao se referir ao apoio de manutenção aos integrantes do Brabat.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Força Aérea Brasileira

Operação Amazônia 2016 treina militares das Forças Armadas

Ação ocorre até 18 de outubro e conta com mais de 1,8 mil militares das três Forças. Uma das atividades foi acompanhada pelo ministro da defesa, Raul Jungmann, no último sábado (15)

O porto da cidade de Iranbuba (AM), às margens do rio Solimões, recebeu tropas militares que participaram de uma simulação sobre dominação de grupos guerrilheiros. A ação, que aconteceu no último sábado e contou com a presença de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, é parte da Operação Amazônia 2016. O objetivo é treinar os Estados-Maiores Conjuntos das Forças Armadas para a interoperabilidade em operações no ambiente amazônico.
Em Iranbuba, a ação foi acompanhada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann. Em outro cenário, a simulação de civis feridos por explosão serviu para mostrar a capacidade de atendimento médico no local, com a atuação de profissionais médicos e enfermeiros no socorro de vítimas.
“Esse tipo de exercício é fundamental para que as nossas Forças, em primeiro lugar, estejam adestradas e prontas para atuar em um cenário como este ou similar, aqui ou na defesa das nossas fronteiras, e, também, para que exercitem aquilo que se chama interoperabilidade, ou seja, a capacidade das Forças de atuarem conjuntamente, de forma articulada”, destacou Jungmann.
Operação Amazônia
As atividades desenvolvidas em Iranduba compreenderam um assalto aeromóvel (tropas transportadas por helicópteros), realizado pelo 1º Batalhão de Infantaria de Selva Aeromóvel, em aeronaves do 4º Batalhão de Aviação do Exército e do 7º/9º Esquadrão da Força Aérea Brasileira, organizações sediadas em Manaus.
Além disso, tropas navais isolaram o porto de Iranduba para assegurar a tomada do local pelo Batalhão de Operações Ribeirinhas, desembarcado pela Flotilha Amazonas.
Em seguida, o ministro assistiu à simulação de atendimento de feridos, por meio da prática de medicina operativa, e a evacuação para o Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira, montado no porto de Iranduba e
Ação cívico social
No domingo (16), o Ministro da Defesa acompanhou as atividades da Ação Cívico-Social no município, para atender a população local. A ação visa prestar atendimento médico gratuito.
A Operação Amazônia é coordenada pelo Ministério da Defesa e conduzida pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). O almirante Ademir Sobrinho, chefe do EMCFA, ressaltou que é importante, em qualquer Operação, o apoio da população local, seja numa situação simulada ou real. “Nós estamos aproveitando a oportunidade para adestrar o nosso pessoal e também prestar assistência à população de Iranduba”, disse.
A última edição da Operação Amazônia ocorreu em 2014, nas cidades de Manaus, Boa Vista e Normandia, a 180 quilômetros da capital de Roraima. Este ano, a Operação conta com a participação de mais de 1,8 mil militares das três Forças Singulares. Os meios empregados contam com 44 viaturas, 28 embarcações e 9 aeronaves.
A Operação ocorre de 7 a 18 de outubro, em duas fases: a primeira, caracterizada por exercícios militares simulados e adestramento do planejamento conjunto dos Estados-Maiores; a segunda, por ações das tropas como reconhecimento e infiltrações aéreas na selva, escolta e resgate de reféns e embarcações; e a Ação Cívico-Social (Aciso).

AGÊNCIA BRASIL


PF cumpre mandados na Bahia em operação que investiga aeródromo


Sayonara Moreno – Correspondente Da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) cumpriu quatro mandados, na manhã de hoje (17), em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Operação Overbooking é uma das etapas das investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF), que indica o Aeródromo Ninho das Águias como local utilizado para a prática de crimes.
A PF informou que as investigações mostraram intensa atividade ilícita no período da noite, com pousos e decolagens feitos sem a autorização da Anac, o que reforçou a suspeita de que o espaço pode estar sendo usado para a prática de crimes.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal, como forma de investigar os crimes cometidos no aeródromo, ilegalmente construído em terreno federal, segundo a PF. Os agentes da polícia estiveram no local e também na residência de quatro investigados: o homem que detém a posse do terreno – identificado como responsável pelas atividades – e três pilotos envolvidos na administração do Ninho das Águias.
O Ninho das Águias fica às margens da BR-263, no povoado Goiabeira, próximo ao Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista. A área de construção, no entanto, pertence à União, é rural e está localizada no bioma da Mata Atlântica, sem licença ambiental. Além disso, a PF foi informada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de que os beneficiários originais dos lotes foram expulsos e um homem transferiu o terreno, ilicitamente, a um dos investigados.
Os mandados de busca e apreensão cumpridos serviram para coleta de material que será usado na continuidade das investigações do MPF e da PF, que devem tomar as medidas judiciais adequadas. Como ainda não há uma decisão judicial, a polícia informou que prevalece a presunção de inocência, motivo pelo qual os nomes dos investigados não foram divulgados.

PORTAL GLOBO.COM


Galaxy Note 7 em avião rende multa de US$ 180 mil e até cadeia nos EUA

Conduta pode ser alvo de ação criminal, punida com até 10 anos de cadeia. Proibição começou a valer a partir deste sábado (15).

O governo dos Estados Unidos passou a considerar crime federal o ato de embarcar em aviões dentro do país portando um Galaxy Note 7, da Samsung, a partir deste sábado (15). Um problema na bateria do smartphone faz o aparelho superaquecer e, em alguns casos, explodir.
Segundo comunicado emitido na sexta-feira (14) pelo Departamento de Transporte dos EUA, as pessoas que levarem esses smartphones a uma aeronave serão multadas em US$ 180 mil e ainda poderão ser alvo de ações criminais, que pode resultar em pena de 10 anos de prisão.
A ordem proíbe que o aparelho seja transportado na bagagem de mão, em malas a serem despachadas ou até como carga. As companhias aéreas ainda devem impedir o embarque de qualquer um que possua o aparelho.
Caso o passageiro consiga ainda assim entrar em um avião munido do Galaxy Note 7, ele deve desligá-lo imediatamente.
A Samsung vem sofrendo reveses com o Galaxy Note 7 desde que lançou o aparelho em 19 de agosto em 10 países –o Brasil não estava na lista, nem havia previsão para início das vendas por aqui.
Isso porquê dias depois já circulavam nas redes sociais relatos de usuários afirmando que o smartphone superaquecia e até podia pegar fogo. Imagens do dispositivo queimado endossavam as histórias.
A Samsung se viu forçada a convocar um recall em escala mundial de 2,5 milhões de unidades do Note 7 em 2 de setembro. Ainda assim, usuários que tiveram seus aparelhos trocados continuaram a relatar explosões. Um deles estava em um avião que iria do Kentucky a Maryland, nos Estados Unidos, quando o aparelho que estava no bolso de sua calça começou a pegar fogo. A aeronave teve de ser evacuada.
Analistas avaliam que a crise gerada pelo defeito com o Galaxy Note 7 pode fazer bem mais do que simplesmente arranhar a imagem da Samsung. Um relatório do Credit Suisse informa que as perdas da sul-coreana podem ser de US$ 17 bilhões –o cálculo inclui, entre outros dados, os 19 milhões de aparelhos da linha que a empresa possuía em estoque.
A própria Samsung acusou o golpe, mas em intensidade inferior à da apostam dos especialistas de mercado. Primeiro, reduziu em US$ 2,3 bilhões a estimativa de lucro. Depois, fez um novo corte na previsão dos resultados dos próximos dois trimestres, de US$ 3,1 bilhões.

OUTRAS MÍDIAS


DIÁRIO DE CANOAS (RS)


Tragédias na aviação comercial aumentaram a segurança dos voos

Como os acidentes aéreos contribuíram para reforçar a modernização da frota e melhores dispositivos de controle de tráfego

Adair Santos

Em 12 de novembro de 1906, o brasileiro Santos Dumont fez o primeiro voo da história, com o 14-Bis. Em 17 de setembro de 1908, o norte-americano Thomas Selfridge foi a primeira pessoa na história a morrer em uma queda de avião, durante testes militares na Virgínia, Estados Unidos. Desde então, diversas tragédias aconteceram em todo o mundo, vitimando milhares, mas não em vão: a cada acidente e incidente, foram feitas melhorias nas aeronaves e procedimentos adotados.

Apesar das estatísticas favoráveis – o avião é o segundo meio de transporte mais seguro do mundo, perdendo apenas para o elevador –, passageiros se questionam: estamos realmente seguros? ‘‘Sim, tendo-se em vista as modernizações que ocorreram nos últimos dez anos’’, responde o diretor da Secretaria de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), piloto Mateus Ghisleni. Hoje, segundo a Aeronáutica, são 3,5 mil voos diários.

O ‘‘apagão aéreo’’ nos aeroportos brasileiros, deflagrado após o choque entre o Boeing 737 da Gol e um Embraer Legacy, em 2006, expôs uma série de deficiências – que iam desde a escassez de controladores de voo até equipamentos defasados. De lá para cá, muitas medidas foram tomadas. ‘‘O Brasil tem constantemente atualizado sua infraestrutura de controle de tráfego aéreo. Contudo, necessitamos de mais e mais investimentos para nos equipararmos a países que são referência neste setor’’, acrescenta Ghisleni, que considera boa a manutenção das aeronaves.

"Porém, temos que continuar com esforços neste sentido. Existem projetos para a retirada dos mecânicos de manutenção de aeronaves em certas circunstâncias e não se sabe ainda o impacto que isso causará nas operações", expõe.

A Aeronáutica observa que a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos ‘‘com total sucesso no que diz respeito à segurança e fluidez do tráfego aéreo é a maior prova de que o controle do espaço aéreo no Brasil é eficiente, moderno e, sobretudo, seguro’’. O índice de pontualidade nos aeroportos do Rio foi de 95% durante o período dos Jogos, superando os 91% alcançados quatro anos antes, em Londres.

Hoje, uma das principais ameaças para a aviação civil consiste nos balões juninos, principalmente no espaço aéreo dos Estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. ‘‘Esses balões carregam muitas vezes, em seus interiores, botijões de gás e toras de madeira, que, ao colidirem com uma aeronave voando a mais de 800 km/h, podem causar uma catástrofe’’, adverte o diretor do SNA. Paralelamente, as grandes tragédias registradas no Brasil ensinaram importantes lições. A partir de então, foram reforçados o treinamento das tripulações e os investimentos em equipamentos – como os sistemas de controle do tráfego aéreo Sirius e Sagitário – e instalados 14 novos radares, totalizando 84.

Números

- Em 2006, 54 milhões de pessoas viajaram de avião no Brasil. Em 2015, esse número totalizou 117,8 milhões

- Em 2006, havia 432 aeronaves que realizavam o Transporte Aéreo Público Regular, Doméstico ou Internacional (TPR). Em 2016, subiu para 662 aviões

- Em 2006, havia 14.114 aeronaves registradas no País. Neste ano, são 21.888

Fonte: Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

Entrevista - Major-aviador Carlos Henrique Baldin - investigador do Cenipa

‘‘O desenvolvimento tecnológico proporcionou aumento da segurança’’

Aprender com os erros. Descobrir os fatores que causaram a queda de um avião são imprescindíveis do ponto de vista da segurança, contribuindo decisivamente para evitar novas tragédias com modelos idênticos das aeronave envolvidas ou mesmo em relação a procedimentos que tenham sido equivocadamente adotados. Nos Estados Unidos, é o NTSB (National Transportation Safety Board) que investiga os acidentes aéreos. No Brasil, essa tarefa cabe ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Força Aérea Brasileira. Um dos investigadores é o majo raviador Carlos Henrique Baldin, piloto formado pela Academia da Força Aérea (AFA) e que chefia a Seção de Elaboração de Relatórios Finais. ‘‘Nos dias atuais, é raro verificar falhas de projeto ou de fabricação das aeronaves que tenham contribuído para acidentes catastróficos’’, revela ele, que tem 39 anos e está no Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) desde 2001.

Quais as contribuições que os maiores acidentes registrados no Brasil proporcionaram à segurança da aviação civil?

Major-aviador Carlos Henrique Baldin - Independentemente do potencial catastrófico de um acidente, as lições aprendidas e os conhecimentos que são gerados com as investigações são continuamente utilizados para o aperfeiçoamento de toda a infraestrutura aeronáutica, da navegação aérea, do treinamento das tripulações e do desenvolvimento das aeronaves.

Algumas das investigações desencadearam também melhorias nas aeronaves, junto aos seus respectivos fabricantes?

Baldin - Ao longo dos 110 anos após o voo do 14-Bis, as aeronaves deram um salto tecnológico no que diz respeito ao seu desempenho, a sua confiabilidade e ao nível de automação, em grande parte, pautada nas lições aprendidas com os acidentes aéreos. Tal nível de desenvolvimento tecnológico proporcionou um aumento da segurança e da confiabilidade das aeronaves ao ponto de, nos dias atuais, ser raro verificar falhas de projeto ou de fabricação das aeronaves que tenham contribuído para acidentes catastróficos.

E em relação aos acidentes no Brasil?

Baldin - Especificamente no caso dos acidentes da Gol (PR-GTD e N600XL), da TAM (PR-MBK) e da Varig (PP-VMK), a infraestrutura aeroportuária e de tráfego aéreo se aperfeiçoaram, tendo sido implementados novos métodos de monitoramento das condições de aderência das pistas de pouso, maior capacitação dos controladores de tráfego aéreo e o desenvolvimento de um novo sistema de monitoramento do espaço aéreo.

E quanto ao treinamento?

Baldin - Houve o aprimoramento do treinamento das tripulações para que essas se tornem melhor preparadas a gerenciarem condições anormais que possam surgir em voo. Foi desenvolvido, também, um sistema de alarme que alerta o piloto sobre o posicionamento equivocado dos manetes da aeronave na atuação do reverso durante o pouso. Tais melhorias não se restringem apenas à observação das recomendações de segurança emitidas pelo Sipaer, mas também decorrem das lições aprendidas e do próprio desenvolvimento tecnológico da aviação, que faz com que esta se torne cada vez mais eficiente e segura.

Neste contexto, qual a importância do trabalho realizado pelo Cenipa?

Baldin - O Cenipa é o órgão central do Sipaer e a ele compete planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as atividades de investigação e de prevenção de acidentes aeronáuticos de forma sistêmica. A investigação de acidentes e incidentes aeronáuticos tem por objetivo único a prevenção de outros acidentes e incidentes por meio da identificação dos fatores que tenham contribuído, direta ou indiretamente, para a ocorrência. O resultado das investigações e a análise dos fatores que contribuem para os acidentes norteiam o estabelecimento de políticas de segurança, o gerenciamento do risco e a promoção da segurança, os quais são estabelecidos pela Autoridade Aeronáutica.

Ou seja, os resultados das investigações ajudam a evitar novas tragédias?

Baldin - Após a conclusão da investigação são emitidas recomendações de segurança. No âmbito da aviação civil, além do Cenipa, o Sipaer conta com sete Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) distribuídos pelo território brasileiro, o Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA), bem como os demais órgãos, setores ou cargos, dentro da estrutura das organizações diretamente ligadas à atividade aérea e que tenham responsabilidade no trato dos assuntos de segurança de voo. Todos esses órgãos são denominados Elos-Sipaer. Os Elos-Sipaer buscam, dentro do seu âmbito de atuação, estabelecer mecanismos proativos para a identificação oportuna de perigos, promovendo o adequado gerenciamento dos riscos a eles associados, visando à prevenção de acidentes aeronáuticos.

Quedas acontecem em função de uma combinação de Fatores

Clima, terrorismo, falhas técnicas e humanas. Para que aconteça um acidente aéreo, é necessária a combinação de diversos motivos. ‘‘Dificilmente ocorrem por uma única causa. De acordo com o modelo de investigação adotado no Brasil, os relatórios finais emitidos pela autoridade aeronáutica trazem sempre uma série de fatores que contribuíram para que aquele determinado acidente tenha ocorrido. Com base nesses fatores, são emitidas recomendações de segurança de voo para que esses problemas sejam solucionados, diminuindo a possibilidade de acontecer outro acidente com os mesmos fatores e características’’, salienta o diretor da Secretaria de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), piloto Mateus Ghisleni. Ele lembra que, apesar de não terem sido considerados acidentes aeronáuticos, os atentados de 11 de setembro, nos Estados Unidos, motivaram a criação de normas mais rígidas quanto ao acesso à cabine dos pilotos: a legislação passou a exigir que as portas fossem blindadas. ‘‘A aviação está em constante transformação, sempre buscando os mais altos patamares de segurança’’, garante. Atualmente, a entidade representa todos os pilotos, comissários e mecânicos de voo do Brasil, o que significa em torno de 20 mil profissionais.

Controladores civis reclamam que seus salários são menores

Diretor técnico do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV), Ernandes Pereira da Silva reconhece que houve muitas evoluções no Brasil desde 2006, principalmente em termos de equipamentos. ‘‘Com a tecnologia, hoje é possível colocar mais aviões dentro de um mesmo espaço aéreo, não necessitando mais haver uma separação tão grande. Porém, a qualidade técnica dos profissionais diminuiu, pois as admissões dos controladores civis ocorriam através de vestibular, de uma seleção’’, compara ele, que atuou durante 25 anos no setor.

Atualmente, segundo Silva, há três regimes jurídicos para essa mesma categoria: controladores civis (ligados à estrutura federal do Grupo de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo - Dacta), controladores militares da aeronáutica e controladores que atuam para a Infraero em estações permissionárias de tráfego aéreo. Ele ressalta, porém, que o tráfego aéreo no Brasil é bastante restrito aos militares. ‘‘É uma verdadeira caixa-preta que a Aeronáutica não abre de jeito nenhum’’, aponta.

Dessa forma, o número de controladores de voo civis, que já chegou a 40% do total nos anos 80, hoje corresponde a 10%, cerca de 150 profissionais. Os demais são militares. ‘‘Somos um sindicato em extinção, pois há muito a Aeronáutica não contrata mais controladores civis. Assim, aconteça o que acontecer em termos de incidentes, ninguém saberá, pois os militares não vão liberar informações’’, observa.
Hoje, conforme ele, a principal reclamação diz respeito aos ganhos: enquanto o salário nacional de um controlador civil é de R$ 6,4 mil, o de um controlador militar começa em R$ 3,6 mil e pode chegar a R$ 16 mil. ‘‘Um militar faz cursos e evolui rapidamente no salário e na patente, enquanto um civil ficará 35 anos estagnado’’, diz. O sindicato abrange, além de controladores aéreos, engenheiros envolvidos na infraestrutura aeroportuária, meteorologistas e cartógrafos.

Aumento de 50% no número de profissionais

A Aeronáutica destaca, por meio de sua comunicação social, que o número de controladores de tráfego aéreo aumentou de 2.824 em 2006 para 4.230 em 2016 (crescimento de quase 50%) e que também investiu na formação e no aprimoramento de profissionais das áreas de meteorologia, cartas aeronáuticas e informações de voo.

A formação em Língua Inglesa foi reforçada e exigida desde o concurso de ingresso – controladores sem nível elevado são afastados. Além disso, afirma o órgão, a carga de trabalho tem sido mais flexível: os turnos duram de 6 a 8 horas, sendo até duas horas de trabalho por 30 minutos de descanso. O treinamento dos controladores foi aperfeiçoado de maneira significativa, com destaque para o trabalho desenvolvido no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), onde há modernos simuladores capazes de criar situações de emergência. A Aeronáutica, no entanto, não comentou questões salariais relacionadas aos controladores.

JORNAL GAZETA DE TAUBATÉ (SJC)


Embraer anuncia novas demissões: 179

Companhia deu início ontem ao desligamento dos trabalhadores que se inscreveram na segunda etapa do Programa de Demissões Voluntárias; com isso, chega a 1.642 o número de demissões ocorridas neste mês
A Embraer deu início nesta segunda-feira ao processo de demissão de 179 funcionários que aderiram à segunda etapa do PDV (Programa de Demissões Voluntárias), reaberto entre os dias 6 e 11 de outubro, e tiveram a adesão confirmada pela empresa.
Eles representam quase o total de empregados que se inscreveram na segunda etapa do programa, que esteve aberto pela primeira vez entre 23 de agosto e 14 de setembro. Depois de reaberto, o PDV registrou um total de 180 inscrições.
Segundo a empresa, o pedido de reabertura foi feito por três sindicatos: dos engenheiros, das secretárias e secretários e dos técnicos de nível médio. As entidades informaram à Embraer que ainda havia empregados interessados em aderir ao plano.
Com isso, a companhia totaliza 1.642 trabalhadores demitidos nos dois períodos de PDV. O primeiro contou com a adesão de 1.470 empregados, dos quais 1.463 foram desligados da fabricante no início de outubro. A meta da Embraer é economizar US$ 200 milhões (cerca de R$ 650 milhões) por ano com as demissões e outras medidas para cortar custos, como redução de estoques.
A empresa não divulgou que unidades foram afetadas.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, como ocorreu no primeiro PDV, a maioria dos demitidos trabalha no Vale do Paraíba, em São José e Taubaté. O programa só foi válido a funcionários no Brasil.
“O PDV foi uma das diversas iniciativas adotadas pela empresa visando a redução de custos recorrentes”, informou a Embraer. “Outras ações com esse objetivo seguem sendo implantadas e seus impactos só serão dimensionados ao longo dos próximos meses”.
Aos demitidos, além das verbas rescisórias, a Embraer paga indenização de 40% do salário nominal por ano trabalhado na empresa. Será garantido o pagamento mínimo de dois salários nominais. O valor está isento de impostos. O pacote de benefícios inclui ainda seis meses de assistência médica e odontológica, orientação para recolocação ou para aposentadoria. “A Embraer tem ciência de sua relevância para a comunidade e tem atuado com absoluta transparência para superação desse momento desafiador da melhor maneira possível”, acrescentou a fabricante.
“O PDV é parte de uma série de medidas de redução de custos que vem sendo adotada pela empresa visando superar o cenário desafiador enfrentado hoje pela indústria aeroespacial e garantir a perenidade da empresa”, diz a Embraer.

A TRIBUNA (Jales, SP)


Sabesp instala reservatório parado desde 2014 no Jardim São Jorge

Alexandre Ribeiro
A Sabesp conseguiu instalar, nesta quinta-feira, 13 de outubro, um reservatório elevado que estava parado havia 15 meses no Jardim São Jorge. O equipamento tem 24,5 metros de altura, capacidade para 150 mil litros e estava impedido de ser instalado por falta de autorização do 4º COMAR (Comando Aéreo Regional) e do 1º Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) porque poderia interferir no tráfego aéreo da cidade. O terreno onde foi instalado o reservatório fica nas proximidades do aeroporto. 
O equipamento vai melhorar o abastecimento de água no entorno no bairro e adjacências e deve entrar em funcionamento pleno em algumas semanas, depois que a companhia concluir algumas obras de tubulação na região.
Finalmente, depois de várias viagens aos órgãos de regulação do tráfego aéreo, em Brasília e São Paulo, a companhia recebeu a autorização. “Foram 15 meses em que R$ 450 mil de equipamentos ficaram no chão esperando. Mas o importante é que agora tudo foi resolvido”, disse, Moacir Camazano Júnior, que coordenou a instalação.
Esse período se refere apenas ao tempo em que a Sabesp se dedicou a desenrolar a burocracia, mas, segundo o jornal A Tribuna, o reservatório chegou a Jales em 20 de agosto de 2014 e estava parado desde então.



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