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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 26/07/2016 / Temer veta ampliação de capital estrangeiro em empresas de aviação


Temer veta ampliação de capital estrangeiro em empresas de aviação ...


Gustavo Uribe ...

O presidente interino, Michel Temer, sancionou nesta segunda-feira (25) medida provisória que trata de mudanças no setor de empresas aéreas brasileiras.

Como prometido pelo governo interino, o peemedebista vetou o aumento a ampliação em até 100% para a participação de capital estrangeiro nas companhias de aviação.

Dessa forma, continuará vigorando no país o limite de 20% para a participação estrangeira no setor. A iniciativa será publicada na edição desta terça-feira (26) do "Diário Oficial da União".

A iniciativa foi enviada pela presidente Dilma Rousseff com a possibilidade de ampliação do percentual de 20% para 49% no máximo a sua participação em empresas nacionais do setor.

O presidente interino, contudo, promoveu uma alteração, ampliando o limite para 100% sob o argumento de que a mudança ajudaria na recuperação da economia e na modernização do setor além de poder baratear as passagens aéreas.

Com a resistências das companhias aéreas e do Senado Federal, o peemedebista recuou e se comprometeu a vetar o trecho.

Agora, a participação estrangeira pode ser modificada a partir de um novo projeto de lei ou pode ser inserido na discussão do novo Código Brasileiro do Ar, em tramitação no Senado Federal.

O Senado Federal defende que haja uma reestruturação do setor antes de permitir a entrada de estrangeiros nos negócios.

A Latam Brasil apoiou a abertura do setor. Já a associação das companhias aéreas (Abear) defende o percentual de 49%, assim como Azul e Avianca. A Gol não se manifestou.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




TV GLOBO - JORNAL HOJE


Esquema completo de segurança para a Olimpíada começa a funcionar

São 88 mil homens em todo o país. Quarenta e oito mil, só no RJ, de acordo com Ministério da Defesa.

Renata Capucci

No Rio de Janeiro, o esquema completo de segurança, nas ruas e nos locais de provas da Olimpíada, já está funcionando. Os turistas, internacionais e de várias partes do Brasil, começam a chegar em massa ao Rio de Janeiro.
O espírito olímpico brasileiro agora vem carimbado. A logomarca dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, está sendo estampada nos passaportes de quem desembarca no Aeroporto Internacional. Também no Tom Jobim, militares circulam com armas de guerra e cães farejadores.
O Ministério da Defesa diz que esse é o maior esquema de segurança para um evento no Brasil. São 88 mil homens em todo o país. Quarenta e oito mil, só no Rio de Janeiro. A Aeronáutica é responsável pelo patrulhamento dentro e no entorno dos aeroportos.
Homens do Exército atuam do lado de fora e estão também na Transolímpica, o caminho que vai do Recreio a Deodoro, no bairro do Maracanã, nas vias expressas, e em sete estações de trem. A Marinha está na orla, na Baía de Guanabara e na Lagoa Rodrigo de Freitas.
A Força Nacional garante a segurança dentro das arenas. Militares ganharam poder de polícia por 61 dias. Vão poder revistar suspeitos e dar ordem de prisão.
A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal ficam responsáveis pela segurança dos chefes de Estado, das comitivas e dos atletas pela cidade.
A Polícia Militar vai continuar patrulhando a cidade normalmente. A Polícia Civil reforça o atendimento em 14 delegacias perto das áreas de competições. Tudo para garantir a tranquilidade no deslocamento de atletas, autoridades e também de cariocas e turistas, que estão chegando e colorindo a cidade com diferentes sotaques.
Em Copacabana, em frente aos Anéis Olímpicos, gente de todos os cantos do Brasil e do mundo está se encontrando.

PORTAL G-1


Militares da Baixada Santista fazem treinamento para atuar na Olimpíada

Ao todo, 400 profissionais do Forte de Itaipu e dos Andradas estarão no Rio. Eles auxiliarão na proteção do país durante o evento.

Do G1 Santos

Os militares do Exército na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, estão prontos para atuar durante a Olimpíada. Ao todo, 400 profissionais do Forte de Itaipu, em Praia Grande, e dos Andradas, em Guarujá, estarão no Rio de Janeiro para auxiliar na segurança do evento.
Durante alguns meses, os militares da região passaram por treinamentos específicos para, caso seja preciso, atuar durante os Jogos Olímpicos. Eles foram instruídos para operar alguns equipamentos estratégicos para ajudar a Força Aérea na defesa do espaço do país.
As informações são passadas para uma central de operações da Força Aérea, em Brasília, e para o Comando da Brigada de Artilharia Antiaérea.

“Nós temos radares de desenvolvimento nacional, que passam informações para o centro e que permitem fazer a vigilância da área que estamos defendendo”, disse o General Chalella.
O trabalho de identificar alvos suspeitos é uma estratégia de defesa que está integrada com um possível ataque. Os militares da região estão prontos para lançar mísseis. “Esse equipamento, após o disparo, o míssil é controlado pelo controlador”, falou o sargento Erinaldo.
De acordo com o coronel Ernesto, um possível tiro de míssil só será efetuado após diversos procedimentos da Força Aérea brasileira. “A aeronave será alertada via rádio, será avisada por um avião e indicada a desviar o caminho ou pousar. Depois disso, caso a resposta seja negativa, a aeronave é abatida”, explicou.

Rio já tem esquema de segurança reforçado para a Olimpíada

Vias Expressas ganharam reforço militar. Marinha, Aeronáutica, Força Nacional, PRF e PF dividem tarefas por áreas.

 A poucos dias para o início dos Jogos Olímpicos do Rio, começou para valer o esquema de segurança para a Rio 2016. No domingo (24), a equipe do Bom Dia Rio percorreu diversas áreas da cidade. Mais de 80 mil homens de poucas palavras já estão pelas zonas Oeste, Norte e Sul do Rio e a presença deles diz tudo.
"Segurança, segurança com certeza, que a gente está precisando muito aqui no bairro, muito”, disse Glória.
“Em torno do bairro do Engenho de Dentro deu uma melhorada, mas espero que isso não seja só durante as Olimpíadas”.
Quem anda hoje pela Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, tem companhia diferente no trânsito. As vias expressas - Linha Amarela e Linha Vermelha - também ganharam um reforço militar.
Em Copacabana, em frente aos aros olímpicos, muito turistas, moradores e também muitos policiais. Policiais militares, agentes da Guarda Municipal, além muitos homens do Exército pelas ruas internas do bairro.
Divisão das Forças de Segurança
A divisão das tarefas entre as Forças de Segurança ficou dividida: o Exército está na Transolímpica de ponta a ponta, na Barra da Tijuca, em Deodoro e no Maracanã, nas vias expressas do Rio, no entorno dos aeroportos e também em sete estações de trem.
A Marinha ficou com o patrulhamento da Orla - de Guaratiba até Niterói -, da Baía de Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas. A Marinha também vai patrulhar as rotas olímpicas do Caju a São Conrado.
Os militares da Aeronáutica são responsáveis pelo patrulhamento dentro e também no entorno dos aeroportos.
A Força Nacional garante a segurança dentro das arenas, como no Maracanã, Parque Olímpico e no Engenhão, por exemplo.
A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal cuidam do deslocamento e da segurança de chefes de estado, das comitivas e dos atletas pela cidade.
Durante os Jogos a Polícia Militar vai continuar patrulhando a cidade normalmente. O mesmo vale para a Polícia Civil, que vai reforçar o atendimento em 14 delegacias perto das áreas de competições.

Temer pediu estudo sobre regime único para Previdência, diz Padilha

Regime teria as mesmas regras para o setor público e o setor privado. Segundo Padilha, estudo ainda precisa ser elaborado e levado a Temer.

Filipe Matoso Do G1, Em Brasília

Coordenador do grupo interministerial que discute no governo a reforma da Previdência Social, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, declarou nesta segunda-feira (25) que o presidente em exercício, Michel Temer, encomendou um estudo para analisar a possibilidade de a Previdência adotar um regime único, com as mesmas regras para trabalhadores do setor privado e funcionários públicos.
Atualmente, os funcionários do setor público e do setor privado são regidos por normas diferentes. Em outros casos, como o de militares e trabalhadores rurais, há um regime especial.
Questionado sobre se o governo pretende aprovar a reforma previdenciária ainda neste ano no Congresso Nacional, ele disse que sim.
Segundo o ministro da Casa Civil, o estudo sobre a viabilidade do regime único ainda não foi feito e ainda não há definição sobre se a proposta será levada adiante.
“O presidente Michel Temer, quando expusemos a ele as primeiras ideias [para a reforma da Previdência], pediu: "Façam um estudo para ver se é possível, neste momento, mesmo que a gente tenha uma transição, caminharmos para o regime único". E lembrou, como um constitucionalista, que todos os brasileiros são iguais perante a lei”, disse Padilha ao deixar a Aeronáutica.
Segundo Eliseu Padilha, a partir do pedido de Temer, os ministérios da Fazenda, do Planejamento e do Trabalho, além da Casa Civil, discutirão no grupo interministerial a possibilidade de adoção do regime único.
O ministro ressaltou ainda que será necessário pensar o “tempo de transição” para a medida começar a valer, “porque ainda temos disparidades”.
“Entre os servidores públicos e os trabalhadores do regime celetista [regido pela CLT], hoje está muito fácil, porque o teto já está definido. Temos apenas é que ver como se atingir a aquisição do direito à aposentadoria. Mas tem solução e muitos países do mundo já fizeram isso. O Brasil, seguramente, também poderá fazer”, disse o chefe da Casa Civil.
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“A voz é do presidente Michel Temer, ele pediu o estudo, que ainda não está feito. No dia que estiver feito, o ministro da Fazenda, o ministro do Planejamento, o ministro do Trabalho e a Casa Civil vamos levar a ele, então, esse estudo”, completou.
Proposta de reforma
Logo após assumir como presidente em exercício, em maio, Michel Temer criou um grupo de trabalho formado por representantes do governo, das centrais sindicais e parlamentares para chegar a um consenso sobre a proposta de reforma da Previdência que deverá ser enviada ao Congresso Nacional.
Após um mês e meio de reuniões e relatos de “dissensos”, o governo criou um novo grupo, com menos integrantes, para analisar as medidas. O Executivo diz que quer enviar o projeto de reforma ainda neste ano e nega que esteja esperando as eleições municipais de outubro para apresentar a proposta.
A reforma ainda enfrenta resistências, por exemplo, de centrais sindicais que dizem, entre outros pontos, que não aceitam uma proposta de idade mínima para o cidadão se aposentar.
Padilha comentou ainda nesta segunda a declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na qual o responsável pelas políticas econômicas disse ser possível que haja "aumentos pontuais" de impostos, caso o Congresso Nacional não aprove a reforma da Previdência e a PEC que limita o aumento dos gastos públicos à inflação do ano anterior.
Na avaliação do ministro da Casa Civil, Meirelles tem de "ir avaliando o cenário" econômico e reforçou que a cada bimestre o governo divulga um relatório com as projeções de receitas e despesas para os dois meses seguintes.
"E o ministro Meirelles está dizendo o que é verdade: se não restar outro caminho [terá que haver o aumento de impostos], certo ele. Ele tem razão, sim. Ele é o responsável por manter as contas em dia", afirmou o chefe da Casa Civil.
Olimpíada
Na entrevista desta segunda, Padilha também falou à imprensa sobre assuntos relacionados aos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Sobre a decisão da delegação da Austrália de deixar a Vila Olímpica e se dirigir a hotéis, após alegar que nas acomodações havia cheiro de gás, vazamento de água e defeitos na eletricidade, o ministro enfatizou que o governo federal "não tem absolutamente nenhuma participação nisso [problemas nas instalações"].
"Agora, é claro que não é agradável a declaração que tivemos de ouvir [da Austrália] e temos de corrigir isso imediatamente, naquilo que pode ser feito, para virar a página", declarou.
Ao comentar a desocupação do Palácio Capanema no Rio, nesta segunda, Padilha disse que o ministro da Cultura, Marcelo Calero, esperava a "sensibilidade" das pessoas para desocuparem o local por meio de processos de negociação.
"O ministro tentou de todas as formas e, quando não se tem mais nenhuma outra atividade que possa ser desenvolvida, se vai ao Judiciário e foi o que o ministro fez, na minha opinião, com correção", avaliou.

Exército torna mais rigoroso controle do transporte e uso de explosivos

Portarias foram editadas mirando Olimpíada e assaltos a caixas eletrônicos. Fabricantes terão até 24 horas para dar retorno a pedidos de rastreamento.

Do G1, Em Brasília

A 11 dias da abertura da Olimpíada do Rio, o comando do Exército tornou mais rigoroso o controle do transporte e do uso de explosivos. Entre as mudanças previstas em duas portarias publicadas na edição desta segunda-feira (25) do "Diário Oficial da União", está a exigência de que os fabricantes de explosivos deem retorno, em até 24 horas, ao Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da Região Militar, a pedidos de rastreamento desses produtos.

O Exército já exigia que as empresas que atuam com explosivos comunicassem em até 24 horas ocorrências de furto, roubo, perda, extravio ou desvio desses materiais, mas com a aproximação da Rio 2016, os militares estão aumentando o monitoramento e a fiscalização.
Além de reforçar a segurança dos Jogos Olímpicos, as mudanças publicadas nesta segunda no "Diário Oficial" têm o objetivo de fechar o cerco contra as quadrilhas que usam explosivos para assaltar, especialmente, caixas eletrônicos. Somente no ano passado, foram registrados quase 1 mil assaltos com explosões pelo país.
Há uma lista com 400 produtos controlados pelo Exército, entre os quais explosivos, armas de fogo e produtos químicos. Em razão da aproximação da Olimpíada, os militares têm intensificado o monitoramento e a fiscalização desses materiais.
Transporte
As portarias assinadas pelo comandante logístico do Exército, general Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, também regulamentaram o transporte de explosivos. Segundo os textos, cabe à Região Militar a decisão de fazer ou não escolta para o transporte desses materiais.
Quando for exigida escolta, destaca a portaria, o transporte terá de ser acompanhado da origem até o destino final.
A escolta da carga será realizada por empresa especializada contratada para esse fim, cabendo ao Exército a fiscalização desta determinação com o auxílio dos Órgãos de Segurança Pública, explicou a assessoria do Exército.
A medida se deve ao fato de que parte significatica dos roubos e extravios de explosivos ocorrem durante o transporte desses produtos.

PORTAL UOL


Viracopos: segurança é reforçada


O Aeroporto Internacional de Viracopos aumentou os mecanismos de inspeção de cargas com três aparelhos de raio-x, cães farejadores e equipamentos de detecção de trações de explosivos e de substâncias químicas consideradas de alto risco. Com esse novo investimento, a partir desta semana Viracopos se torna o único terminal do País a inspecionar 100% da carga que entra no Terminal de Cargas para a exportação. A inspeção ocorrerá tanto nos cargueiros quanto nos voos de passageiros que levam cargas de porão juntamente às bagagens.
De acordo com o aeroporto, a elevação do rigor na fiscalização visa redução de riscos por causa das ocorrências recentes de atos de terrorismo praticados contra a aviação civil mundial, além de reforçar a segurança em virtude da aproximação dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
"Hoje, com exceção dos EUA, onde é obrigatória a inspeção na origem, a inspeção de cargas em aeronaves que vão para outros países, como para a Europa, por exemplo, deixa a desejar. O passageiro de voos comerciais não sabe o que as aeronaves levam no porão. Isso é gravíssimo", disse gerente de Segurança de Viracopos, Samuel Conceição da Silva.
O Teca (Terminal de Carga) de Viracopos é o maior do País em volume de carga importada (é responsável por movimentar cerca de 40% de toda carga aérea importada do Brasil, segundo a assessoria).
O sistema prevê que a Receita Federal e a Polícia Federal tenham acesso simultâneo às imagens de todo o processo de inspeção de cargas. Hoje, são pelo menos 110 câmeras de segurança instaladas no Terminal de Cargas.
Segundo o terminal, o sistema de segurança no Teca Exportação já foi apresentado à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e à TSA (sigla em inglês para a Administração de Segurança no Transporte, dos EUA) e segue os padrões de segurança estipulados pela EASA (sigla em inglês para Agência Europeia para a Segurança da Aviação).

Navegador sobrevive treze dias à deriva em alto mar na costa de Santa Catarina


Aline Torres Colaboração Para O Uol, Em Florianópolis

Treze dias à deriva, em um veleiro sem motor, rádio ou piloto automático. Essa foi a aventura e o drama do navegador argentino Carlos Marcelo Klain, de 46 anos, no litoral de Santa Catarina nos últimos dias. Ele acabou resgatado no dia 18 de julho, na costa catarinense, com a ajuda da Marinha do Brasil. Ele teve de enfrentar tempestades com ondas de mais de dez metros de altura, entre outras coisas.
Klain é um navegador experiente. Na infância já conduzia lanchas, aos 20 anos começou a navegar. Por isso não se preocupou quando zarpou de Florianópolis às 15h do dia 9 de julho, no veleiro Taipan, de dez metros de comprimento. Ele queria chegar a La Plata, na Argentina, no dia 14 de julho.
Entretanto, no dia 13, muita coisa começou a dar errado. O rádio parou de funcionar e o veleiro não apareceu nos sinais de satélite. Amigo de Klain e proprietário do Taipan, Cristian Ernesto Bratulich acionou as Marinhas do Brasil, Uruguai e Argentina, além da FAB (Força Aérea Brasileira). as buscas se concentraram entre Florianópolis e Chuí (RS), no extremo sul do Brasil.
Na análise meteorológica que fez, o navegador argentino sabia que enfrentaria chuva no dia 13. Ele a encarou, como previsto, a cerca de 370 quilômetros da costa do Rio Grande do Sul. O problema é que a chuva comum era "elétrica".
Quando constatou a natureza da chuva, Klain tentou proteger o barco dos raios fechando as velas e desligou o motor, trancando-se em seguida na cabine. "Eu estava cozinhando quando ouvi um forte barulho no mastro. De repente, tudo ficou escuro - um raio danificou todo o sistema elétrico. Eu teria que abrir as velas novamente para evitar mais problemas, mas não deu tempo, a chuva virou tempestade."
Não demorou muito para que o navegador percebesse que o barco estava sem controle, à deriva. "Eu imaginava que cada onda seria a última. Elas tinham muito mais de dez metros. O barco navegava de lado, sendo carregado pelo oceano. Já esperava pela quebra do mastro e do leme, e as velas rasgaram. Mas o Taipan suportou a tormenta. O esforço para viver era tanto que não tive tempo para sentir medo. Somente agora estou refletindo sobre o que passei."
Com a melhora do tempo, Klain contou que usou velas pequenas e as direcionou de volta para Santa Catarina. Na sexta-feira de madrugada (22), o barco foi visto pelo pesqueiro Matos nas imediações na Ilha dos Corais, a 16 quilômetros de Florianópolis. Avisada, a Capitania dos Portos providenciou o reboque do Taipan com a ajuda de uma avião da FAB. O barco está na marina de Florianópolis para ser reparado.
Ele foi resgatado em seguida e recebido pelo cônsul da argentina Gustavo Coppa. Carlos é natural da província argentina Santa Fé, mas há três anos vive em Paraty, no Rio de Janeiro.
"Não estou traumatizado. Ainda não tive tempo para fazer uma avaliação real do que vivi. Mas, uma coisa é certa: nasci de novo", disse Klain ao ser recebido pelo cônsul argentino na capital catarinense. Nascido na cidade de Santa Fé, ao norte do país vizinho, não vê a hora de voltar para Paraty (RJ), onde vive há três anos.

JORNAL DE BRASÍLIA


Exposição mostra, em tamanho real, caças adquiridos pela FAB


Renata Werneck

A Força Aérea Brasileira (FAB) trouxe para Brasília uma maquete, em tamanho real, da sua nova aquisição: 36 caças Gripen. As aeronaves estão previstas para chegar ao Brasil apenas em 2019. No entanto, a expectativa já é grande, pois os caças devem ajudar a FAB em suas operações.
Com aproximadamente 14 metros de comprimento e 8 metros de envergadura, o caça é compacto, o que torna a operação mais econômica, além de continuar cumprindo a missão de naves maiores.
A compra das novas aeronaves é parte de um projeto conjunto entre o Brasil e a Suécia. Inicialmente os aviões estão sendo produzidos pela empresa sueca SAAB, mas já existem brasileiros trabalhando no desenvolvimento. Os últimos caças serão montados e entregues no Brasil, na unidade Embraer de Gavião Peixoto.
O projeto é um pacote que inclui, também, os treinamentos dos pilotos e dos mecânicos. O preço do contrato não foi revelado, mas segundo o coronel aviador Júlio César Cardoso Tavares, gerente do projeto FX2 da força aérea, o valor é razoável quando comparado a outras aeronaves em operação no mundo.
Dois brasileiros já foram treinados na Suécia para conduzir o caça. Esses pilotos serão instrutores dos demais até formar o número necessário de comandantes. A previsão é que já tenham alguns pilotos para a operação inicial dessa aeronave.
“O Gripen é um dos caças mais modernos existentes em operação no mundo. Além de motor e radar superiores, seu sistema é extremamente novo e ele proporciona o uso de equipamentos e armamentos modernos. Sua capacidade é superior às aeronaves utilizadas atualmente pela FAB”, afirma o coronel Tavares.
Os atuais caças da Força Aérea Brasileira são os chamados F5. Seus sistemas foram modernizados em 2013, mas a aeronave ainda tem concepção antiga. O modelo continuará sendo usado até que a Gripen entre em operação.
A previsão, segundo o Coronel Tavares, é de que as aeronaves durem cerca de 30 anos. Porém, se surgir uma oportunidade de modernizá-las, o uso pode se estender ainda mais.
Os caças ainda estão em fase de desenvolvimento, mas estão dentro do previsto. Espera-se que os primeiros aviões comecem a ser entreguem para a Base Aérea de Anápolis, em 2021.
A Exposição
A exposição mostra como será o futuro caça da Força Aérea Brasileira. Além de poder entrar na cabine da maquete em tamanho real, o visitante pode conversar com oficiais da FAB para conhecer carreiras e curiosidade, como o dia a dia de quem trabalha no local.
A exposição do Gripen ocorre no shopping Iguatemi, do dia 25 a 31 de julho, e é totalmente gratuita. Para entrar na cabine, os interessados deverão escolher um horário e se inscrever no site.

REVISTA EXAME


Avião movido por energia solar completa volta ao mundo


Da Efe

O avião Solar Impulse II, movido apenas por energia solar, completou sua volta ao mundo nesta terça-feira (data local) após aterrissar no aeroporto internacional de Abu Dhabi às 4h05 (horário local, 21h05 de Brasília), de onde partiu em março de 2015.
"Este momento é muito especial para nós, completamos esta viagem passo a passo e estamos muito emocionados com a chegada a Abu Dhabi", disse à Agência Efe no aeroporto André Borschberg, o segundo piloto da aeronave que foi pilotada por Bertrand Piccard na última etapa entre Egito e Emirados Árabes Unidos.
O Impulse completou neste período uma travessia de 40.000 quilômetros, em 17 voos, para o que necessitou de mais de 500 horas sobrevoando o mar de Arábia, Índia, Mianmar e China, os oceanos Pacífico e Atlântico, os Estados Unidos, o sul da Europa e o norte da África
Após descer do avião, Piccard, que foi recebido ainda na escada por Borschberg, afirmou que a volta ao mundo realizada pelo avião solar representa "não uma conquista na história da aviação, mas na história da energia".
"Percorremos 40.000 quilômetros sem combustível", salientou o piloto, antes de ressaltar que não se pode aceitar um "mundo poluído".
Ao som da orquestra de Abu Dhabi, que recebeu o Solar Impulse na pista, Borschberg destacou à imprensa o desafio de realizar a última etapa, Cario-Abu Dhabi, com altas temperaturas, o que obrigou a equipe a "reajustar parte do equipamento do avião" devido à menor densidade do ar.
"Me sinto realizado", comentou Borschberg, antes de destacar entre as 17 viagens a travessia sobre o oceano Pacífico como "o maior desafio" da volta ao mundo, isso porque foi "o período mais longo no ar".

PORTAL GLOBO.COM


Previdência: regime único pode entrar no pacote que vai ao Congresso neste ano

Temer pediu estudo sobre o tema, diz Padilha

Eduardo Barretto

Mesmo em forma “muito embrionária”, segundo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a proposta para um regime único na reforma da Previdência pode ser incluída na reforma que será enviada ao Congresso ainda neste ano. O pedido foi feito pelo presidente interino Michel Temer.
— Ele (Michel Temer) pediu: façam um estudo para ver se não é possível neste momento, mesmo que a gente tenha uma transição longa, nós caminharmos para um regime único. Lembrou, e ele é um constitucionalista, que todos os brasileiros são iguais perante a lei — disse Eliseu Padilha nesta segunda-feira, após receber a medalha Mérito Santos Dumont em um um almoço no Comando da Aeronáutica. Padilha afirmou ainda que concorda com uma reforma previdenciária que se aplique a todos: — É o que ele (Temer) diz, e esse seria meu desejo.
O estudo pedido pelo presidente interino ainda está em curso, e quando for finalizado será levado ao grupo de trabalho da reforma da Previdência, representado pelos ministérios da Fazenda, Planejamento, Trabalho, Desenvolvimento Social e Agrário, Casa Civil, além do Dieese — que está em nome das centrais sindicais.
Nos primeiros dias de governo interino, o Planalto anunciou que a reforma previdenciária seria enviada ao Congresso em um mês. Agora, o discurso é que deve ser aprovada até o fim do ano. Pauta sensível popularmente, deve ficar só para depois das eleições municipais de outubro.
Padilha havia anunciado a proposta de regime único no fim de semana por meio do Twitter. "O Presidente busca a igualdade na nova Previdência Social”, escreveu o ministro.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Chefe das Forças Armadas tenta tranquilizar população para o Rio-2016

Almirante Sobrinho nega mudança de protocolos de segurança

Tânia Monteiro

ImagemMais cauteloso do que os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes e da Defesa, Raul Jungmann, que classificaram os integrantes do grupo virtual chamado “Defensores da Sharia” como “amadores”, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante-de-esquadra Ademir Sobrinho, em entrevista ao Estado, disse que a prisão deles e os atentados terroristas que têm ocorrido no mundo, não determinam mudanças de protocolos para enfrentamento dos problemas porque houve toda preparação, com testes. Mas avisou que, com certeza, esses acontecimentos levam a um aprimoramento das regras, com intensificação da verificação dos procedimentos.
Qual a preocupação maior às vésperas da Olimpíada?
Todas. A ameaça terrorista pelo impacto, pelo pavor que causa porque mesmo que ela seja de pequena intensidade, causa um impacto muito grande. Uma coisa é um assaltante, um ladrão roubar uma pessoa. Outra coisa é uma pessoa, dita terrorista, ferir alguém. O impacto é totalmente diferente.
Há um erro em tratar estes presos como amadores, quando vemos que amadores estão praticando atos terroristas?
Temos de, ao mesmo tempo, mostrar à população que estamos preparados, preocupados, que estamos atentos a tudo isso, mas dizer que, apesar disso, este não era um grupo tão organizado que cause um impacto catastrófico. Precisamos achar equilíbrio entre os dois pontos. Nós temos visto o perfil deste pessoal, que tem um tipo de desequilíbrio.
Minimizar o amadorismo não é irresponsável? Os lobos solitários são a maior preocupação?
Todos os lobos solitários são perigosos. Agora, um grupo, altamente organizado, tem possibilidade de causar um dano muito maior. Então, não podemos, também, alarmar a população de um modo tal que ela não tenha confiança de sair na rua. Temos uma relação de fatores preocupantes que estão no plano estratégico de segurança integrada e as ações terroristas estão na relação. Temos de estar preparados para isso. Agora, há uma vigilância maior? Há, sem dúvida, por causa da imprevisibilidade.
A prisão do grupo “Defensores da Sharia” vai obrigar a revisar os protocolos de segurança?
Não, porque os órgãos de inteligência ligados ao enfrentamento do terrorismo já tinham conhecimento disso e estamos tentando nos preparar para qualquer tipo de ameaça ou qualquer método que sejam usados. Nós temos de estar preparados para tudo.
O que está faltando para que estejamos 100% preparados?
É difícil dizer que estamos seguros para tudo. O que fazemos é procurar verificar tudo o que acontece no mundo, o que houve em outros eventos, não só terrorismo e termos linhas de ação contra aquilo para nos prepararmos sempre o máximo. Mas, repito, existe uma imprevisibilidade muito grande, principalmente na área do terrorismo. Temos uma relação de dez ameaças que estão no plano estratégico de segurança integrada, inclusive o imponderável, como uma catástrofe, um acidente natural, e por isso temos de nos preparar para estas possibilidades.
A prisão destes rapazes e a expulsão do professor afastam totalmente o risco de atentados durante a Olimpíada, como disse o ministro da Justiça?
O ministro tem mais dados do que eu. Possivelmente, dentro daquilo que já foi verificado, diminui muito o risco. Mas, nem por isso, nós podemos deixar de nos preocupar. Nós temos de estar prontos, atentos, o tempo todo. É uma imprevisibilidade total.
A Lei de terror é ruim?
Lei é lei, tem de ser cumprida. Ela se tornou muito útil e foi um avanço. Pior se ela não existisse. Por mais crítica que se tenha feito a ela, já foi um grande avanço. Precisamos talvez discutir a necessidade de aperfeiçoamento. Uma das coisas que nos preocupa é a apologia ao terrorismo, que precisava ser melhor enquadrada porque evitaria as brincadeiras.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


EUA utilizarão passes diários para colocar agentes na Vila dos Atletas

Convidados pelo comitê olímpico do país, eles farão varredura e monitoramento

Camila Mattoso, Marcel Merguizo Paulo Roberto Conde

Maior potência olímpica do mundo, os Estados Unidos levarão seus próprios agentes de segurança para dentro da Vila dos Atletas no Rio.
Os norte-americanos vão utilizar alguns passes diários de acesso a convidados para colocar seus seguranças, desarmados, no complexo de condomínios que fica próximo ao Parque Olímpico da Barra, zona oeste do Rio.
Com a maior delegação destes Jogos Olímpicos –555 atletas–, os EUA têm direito a mais convites para entradas avulsas na vila do que outras delegações. Países pequenos podem ter cerca de cinco convites enquanto os maiores chegam até a superar 60.
Os comitês costumam utilizar esses passes diários para a entrada de familiares e patrocinadores, por exemplo.
O Brasil vai utilizá-los para a equipe multidisciplinar. Familiares e patrocinadores terão uma área para encontrar os atletas fora da vila, no Riocentro e em um shopping.
Já os norte-americanos, como aconteceu em outras edições olímpicas, usarão alguns passes para dar acesso a familiares e patrocinadores. Mas também reservam uma parte deles para levar seguranças à paisana ao local.
Eles devem conduzir pequenas varreduras e fazer monitoramento no local. O diretor da vila, Mario Cilenti, disse que "cada país pode fazer o que bem entender com seus passes diários".
O comitê olímpico dos EUA não respondeu às solicitações da Folha até a conclusão desta edição.
A proteção oficial dentro da vila é feita por agentes da Força de Segurança Nacional.
Os EUA não costumam colocar bandeiras nas janelas dos apartamentos da vila, como fazem outros países, por motivos de segurança.
A Folha, no entanto, teve acesso a documento no qual é possível localizar o prédio do time americano no condomínio Cidade do Samba, junto com Angola, Hungria, Itália e Polônia, por exemplo.
O Brasil, que foi o primeiro a escolher seu prédio na Vila, antes dos norte-americanos, está em condomínio ao lado (o Pedra da Gávea).
Nos prédios vizinhos ao Brasil estão Chile, Costa Rica, Espanha, Índia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Coreia do Norte, Venezuela e Vietnã.

Carioca tenta ignorar a presença das Forças Armadas


Um amigo, que costuma caminhar no aterro do Flamengo e (reconheço) é dado a exageros, se sentiu dentro da cena de abertura de "O Resgate do Soldado Ryan", aqueles intensos 27 minutos com que Steven Spielberg retratou o ataque dos aliados à praia de Omaha, Normandia, no dia 6 de junho de 1944. Na realidade, ao fundo estava o Pão de Açúcar. É a Rio-2016.
O exercício militar na semana passada envolveu mais de mil fuzileiros, que simularam um cerco ao Monumento dos Pracinhas. Em outro treinamento, uma barca Rio-Niterói, com terroristas do fictício país da Bugolávia, foi interceptada. (Bugolávia? Se fosse numa comédia dos Irmãos Marx, seria um ótimo nome.)
Às vésperas da abertura da Olimpíada, o carioca tenta manter a rotina, ignorando a presença das Forças Armadas, mais de 22 mil homens com fuzis, tanques nas ruas e caças nos céus. Há quem se sinta mais seguro. Mas é inegável o desconforto de andar num cenário lindo — dias feitos de azul — mas também de guerra, e saber que o perigo, invisível, pode estar logo ali na esquina.
Se o clima de paranoia, ampliado pelos atentados na Europa, não fosse suficientemente ruim, ainda temos de conviver com a autossabotagem: as péssimas instalações da Vila dos Atletas — sanitários entupidos, vazamento de pias, fiação exposta, tetos caídos, falta de luz — levaram a delegação da Austrália a procurar um hotel. Perfeito anfitrião, o prefeito Eduardo Paes fez uma piada boba, sobre recepcionistas cangurus.
Melhor deixar a brincadeira para quem é do ramo: a turma de boêmios que segue firme na campanha para fazer do Agnaldo, famoso garçom do Galeto Sat"s, em Copacabana, o acendedor da pira. Sábado (30) acontece o "tour da tocha", por 12 bares no bairro. No fim do trajeto Agnaldo acenderá a churrasqueira e servirá coraçõezinhos de galinha.

Temer veta ampliação de capital estrangeiro em empresas de aviação


Gustavo Uribe

O presidente interino, Michel Temer, sancionou nesta segunda-feira (25) medida provisória que trata de mudanças no setor de empresas aéreas brasileiras.
Como prometido pelo governo interino, o peemedebista vetou o aumento a ampliação em até 100% para a participação de capital estrangeiro nas companhias de aviação.
Dessa forma, continuará vigorando no país o limite de 20% para a participação estrangeira no setor. A iniciativa será publicada na edição desta terça-feira (26) do "Diário Oficial da União".
A iniciativa foi enviada pela presidente Dilma Rousseff com a possibilidade de ampliação do percentual de 20% para 49% no máximo a sua participação em empresas nacionais do setor.
O presidente interino, contudo, promoveu uma alteração, ampliando o limite para 100% sob o argumento de que a mudança ajudaria na recuperação da economia e na modernização do setor além de poder baratear as passagens aéreas.
Com a resistências das companhias aéreas e do Senado Federal, o peemedebista recuou e se comprometeu a vetar o trecho.
Agora, a participação estrangeira pode ser modificada a partir de um novo projeto de lei ou pode ser inserido na discussão do novo Código Brasileiro do Ar, em tramitação no Senado Federal.
O Senado Federal defende que haja uma reestruturação do setor antes de permitir a entrada de estrangeiros nos negócios.
A Latam Brasil apoiou a abertura do setor. Já a associação das companhias aéreas (Abear) defende o percentual de 49%, assim como Azul e Avianca. A Gol não se manifestou.

AGÊNCIA SENADO


Esportes aéreos e aviação experimental serão temas de audiência pública


A Comissão Especial do Código Brasileiro de Aeronáutica retoma os trabalhos no segundo semestre realizando audiência pública no dia 2 de agosto, às 9h, para tratar de aviação experimental e aerodesportos. São atividades que vêm se massificando no país, mas ainda carentes de sistema de controle e monitoramento. Normalmente, os debates ganham projeção apenas quando ocorrem acidentes que vitimam praticantes ou outras pessoas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi convidada a participar do debate, assim como o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), da Força Aérea Brasileira (FAB). Deve também participar o presidente da Associação Brasileira de Aviação Experimental (Abraex), Humberto Peixoto Silveira. Está ainda entre os convidados a presidente da Comissão do Aerodesporto Brasileiro (CAB), Marina Kalousdian.
Modalidades
Entre as modalidades de esportes aéreos, estão os voos em ultraleve, livre (asa delta e parapente), a vela e de planador. Estão ainda nessa categoria a acrobacia aérea com aeronaves e o paraquedismo, além do balonismo e o aeromodelismo.
Alguns desses esportes, especialmente os que não dependem de veículos motorizados, não possuem ainda regulamentação específica nem órgão oficial responsável pela habilitação e fiscalização das atividades, bem como dos equipamentos usados. De modo parcial, o controle é feito pelas entidades que organizam cada modalidade esportiva.
O tema foi abordado em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, em 2012, depois da morte de uma turista que caiu de um parapente em praia no Rio de Janeiro. Ela voava com o instrutor, num voo duplo regularmente oferecido ao público naquela cidade, sobretudo para visitantes.
A própria Anac confirmou então que esportes radicais, como voo livre, feitos com veículos não motorizados, ficam por conta e risco de quem decidir se aventurar. Os clubes de voo criam os seus próprios regulamentos.
Experimento tecnológico
As aeronaves experimentais, contudo, dependem de Registro Aeronáutico e de Certificado de Autorização de Voo, processos sob a responsabilidade da Anac. Na página do órgão na internet, um texto sobre o tema ressalta que toda aeronave “nasce experimental”, e que esse é o “caminho natural para o desenvolvimento de qualquer tecnologia”.
Ainda segundo o órgão, uma aeronave experimental, que geralmente se caracteriza por não ser submetida a uma longa campanha de testes exaustivos, “deve expor poucas pessoas ao risco e somente aquelas inerentes ao projeto”. Por isso, essas aeronaves são restringidas a voar sobre áreas pouco povoadas, ou em alguns casos específicos, a áreas completamente isoladas.

REVISTA ISTO É


Tamires do handebol: "Atleta militar pensa mais antes de tomar atitude"


Um atleta civil “deixa o calor falar por ele”, enquanto o militar “pensa um pouco mais ante de tomar uma atitude que possa prejudicar”, opina em entrevista à AFP Tamires Morena, pivô da seleção feminina de handebol e membro da Força Aérea Brasileira (FAB).
-Qual é a principal diferença entre um atleta militar e um civil?
“Não existe diferença. A única diferença é que um atleta militar, quando vai jogar no seu clube, não precisa ter todo o padrão militar. A gente sé precisa jogar conforme o clube exige. Quando a gente está no militarismo, a gente precisa estar a postos o tempo todo, no momento certo. Mas a gente não pode faltar respeito, tanto no clube quanto dentro do padrão militar. O militarismo é bem parecido com o handebol, dentro e fora do clube”.
-A disciplina militar ajuda no esporte?
A gente pensa umas três, quatro vezes antes de fazer alguma coisa. A atleta comum pensa umas duas vezes, deixa o calor falar por ele. O militar pensa um pouco mais ante de tomar uma atitude que pode prejudicar”.
-Qual é a vantagem da estrutura proporcionada pela FAB?
“Está sendo muito bom. Eu estou podendo fazer treinamento aqui na FAB. A estrutura, todo apoio que eles estão podendo me oferecer está sendo essencial para minha preparação para as Olimpíadas”.
-Como você define sua trajetória com a seleção?
O Brasil foi campeão mundial em 2013, mas quebrei a mão e não pude estar no Mundial. Mesmo assim, para mim, foi maravilhoso: todo atleta precisa passar por essas situações porque só me fortaleceu e graças a Deus eu hoje estou aqui podendo representar o Brasil nas Olimpíadas”.
-Como é ser treinada por um técnico dinamarquês (Morten Soubak)?
“Ele é bem brasileiro (risos). O Morten tem o nosso respeito, é bem importante. Ele é o nosso brigadeiro do ar. Ele exige muito, dá os gritos dele e a gente tem que andar na linha”.
-Qual é a meta do handebol feminino nessa Olimpíada?
“É o ouro, não tem conversa. É a medalha que falta para o handebol brasileiro”.
Declarações colhidas por Yann BERNAL

Exército olímpico: a tropa de elite do Time Brasil nos Jogos do Rio


A flecha traça uma parábola e acerta o alvo a 70 metros. Um gesto repetido dezenas de vezes por Bernardo Oliveira, um dos 143 militares brasileiros que lutarão por medalhas olímpicas em casa, no Rio Janeiro.
O sonho do pódio pode ser medido em flechadas: 350 por dia, seis vezes por semana, há cinco anos. Um total de 546.000 até a estreia no Sambódromo, marcada para o dia 6 de agosto, com a competição masculina por equipes.
Disciplina, respeito da hierarquia, força física e mental. Esses pontos de convergência entre valores militares e esportivos alimentam o sonho de glória olímpica dos integrantes do programa do exército brasileiro.
Atletas de alto rendimento por vocação e militares por questão de oportunidade, eles representam quase 30% dos 465 membros do Time Brasil.
O projeto foi criado em 2008, com âmbito de reforçar a delegação que disputou três anos depois os Jogos Militares, também realizados na Cidade Maravilhosa.
Mas o sucesso foi além dos quartéis. Atletas do exército foram responsáveis pela conquista de cinco das 17 medalhas conquistadas dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e 67 das 141 obtidas no Pan de Toronto, em 2015.
No Canadá, muitos se surpreenderam com uma cena curiosa: brasileiros batendo continência no pódio na hora do hino.
O almirante Paulo Zuccaro, diretor do programa, arrisca uma meta ainda mais ambiciosa para os Jogos do Rio: a ideia é dobrar o total de Londres, com dez dos 30 pódios almejados pelo Brasil para ficar entre as dez melhores nações do planeta.
“Desde o início, o programa via um enorme potencial para transformar o Brasil em potência olímpica”, garantiu Zucarro, em entrevista à AFP na base do Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília.
Exemplo da Rússia e da China
Seguindo o modelo que fez sucesso na Rússia ou na China, o programa de esporte de alto rendimento do exército conta com apenas 76 militares de carreira, com 594 atletas civis selecionados por meio de um concurso ou através dos resultados obtidos em competições.
Eles recebem uma formação acelerada e entram diretamente com patente de terceiro sargento.
Os beneficiados têm a disposição a gigantesca infraestrutura esportiva e médica das forças armadas e recebem salário mensal que não os impede de buscar patrocinadores privados, usar os próprios técnicos ou treinar fora dos cartéis.
Se obtiverem sucesso esportivo, os atletas podem permanecer nas forças armadas por até oito anos. Caso contrário, ou se o comportamento não for adequado ao ambiente militar, pode ficar fora do programa.
“O esporte imita o combate e os atletas são bons militares ou então se tornam bons militares, porque existem valores comuns, como a perseverança, a hierarquia, o espírito de equipe e o cumprimento das regras”, explicou Zuccaro.
Obsessão por medalhas
A pressão por resultados é mais uma motivação para Bernardo Oliveira, promessa de 23 anos que já conquistou o bronze por equipes no Pan de Toronto.
“Temos potencial para conquistar uma medalha”, garantiu o jovem arqueiro. “As forças armadas defendem o país e é o que estamos fazendo também. Levamos a bandeira e defendemos o nome do nosso país. Eu sinto que sou a pessoa certa, no lugar certo e no momento certo”, enfatizou.
Outro beneficiado é o pugilista Patrick Lourenço, também de 23 anos. Há dez, luta boxe, desde que entrou no ginásio do Instituto Todos em Luta, no Vidigal, comunidade da zona sul do Rio de Janeiro.
“Entrar no time militar, passar pela experiência de ser soldado, foi algo essencial. Aprendi muito sobre companheirismo, comprometimento com horários e outras coisas, não apenas como atleta”, revelou.
“Também aprendi a liderar ou socorrer alguém que precisa de ajuda. Já não sou apenas Patrick, sou o sargento Patrick”, ressaltou o pugilista, que luta na categoria mosca-ligeiro até 49 kg.
Liberado das tarefas dos 38.000 colegas militares que cuidarão da segurança do evento, Patrick lembra que passou muita dificuldade antes de contar com a estrutura militar.
“No Rio, eu não tinha ginásio para treinar. Nas forças armadas, posso usar equipamentos de qualquer cartel”, completou.
Zuccaro não tem dúvidas: “Existem especialistas que dizem que a pretensão do Brasil de se tornar uma potência olímpica vai depender a continuidade e da robustez desse programa”, sentenciou.

Governo define Palácio do Itamaraty para receber chefes de Estado no Rio-2016


A recepção que o governo brasileiro oferecerá aos 45 líderes de países que virão ao Rio para a abertura da Olimpíada, daqui a 10 dias, será mesmo no Palácio do Itamaraty, no centro, a despeito de sua vulnerabilidade – o prédio fica a 600 metros do Morro da Providência, dominado por traficantes de drogas, e é próximo a bocas de fumo e a pontos de consumo de crack – e do posicionamento contrário do ministro da Defesa, Raul Jungmann. A decisão foi do ministro das Relações Exteriores, José Serra, que visitou o palácio no último sábado.
A festa, um coquetel em pé para 1.500 pessoas, para o qual são esperados também 55 ministros de esportes, todos com direito a um acompanhante, terá curta duração: das 17 horas às 18 horas. Deverá custar em torno de R$ 500 mil, segundo informou Serra.
Finda a recepção, o grupo seguirá de ônibus para o estádio do Maracanã, para assistir à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. A previsão é que a festa comece às 20 horas e termine às 23h30. Estão confirmadas as presenças dos presidentes da França, François Hollande, de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e da Argentina, Mauricio Macri, entre outros.
Tombado, o prédio do Itamaraty fica na avenida Marechal Floriano, paralela à avenida Presidente Vargas, uma das principais vias do centro e ligação com a zona norte. A construção foi erguida por um rico comerciante, o conde de Itamaraty, em 1854. Em 1889, foi comprada pelo governo republicano para ser sua sede.
O palacete neoclássico de cor rosa clara tornou-se a casa do MRE em 1899 e ficou tão ligado a essa função que Itamaraty, que significa “pedra rosa” na língua indígena tupi, virou o segundo nome do ministério. Só em 1970 a pasta se mudou para Brasília. Hoje, o escritório no Rio abriga o Museu Histórico e Diplomático, arquivos e guarda de livros.
Os fundos do terreno, onde fica o prédio da Biblioteca do Itamaraty, aberta em 1930, dão para a Gamboa, região histórica e degradada, onde as lojas de comércio popular são ladeadas por pontos de venda de entorpecentes e locais usados por usuários de crack, que consomem a droga à luz do dia. Até na entrada principal há problemas. No início da tarde desta segunda-feira, junto à fachada, havia mendigos e camelôs.
A fachada envelhecida do palácio causa má impressão, mas por dentro os ambientes são ricamente decorados. Conforme revelou Serra, a festa será na sala de leitura da biblioteca e no imponente salão nobre. Ao ar livre, o jardim, delimitado por palmeiras imperiais, poderá ser usado pelo presidente em exercício, Michel Temer, para os cumprimentos aos líderes. Ele estará acompanhado da mulher, Marcela. A utilização do jardim vai depender do tempo. O espaço aéreo deverá ser fechado para evitar qualquer tipo de ameaça.
No último sábado, instado pela imprensa a falar sobre o esquema de segurança dos chefes de Estado e de governo, Serra admitiu que “a segurança aperta” em função dos recentes atentados terroristas pelo mundo, mas não entrou em detalhes.
A Providência é uma favela habitada por traficantes de drogas e que, a despeito da presença de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) há seis anos, ainda vive rotina de tiroteios, dos quais participam bandidos vinculados à facção criminosa Comando Vermelho (CV). O morro é considerado a primeira favela do Rio. Passou a ser ocupado depois da Guerra de Canudos (1896-1897), por ex-combatentes e ex-escravos.
Serão realizadas no Palácio do Itamaraty quatro recepções – a de abertura, a de encerramento da Olimpíada e duas para a Paralimpíada. A segurança será feita pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, responsável pela área de inteligência do governo, acionado pela presença do presidente em exercício; pela Polícia Federal, à qual cabe a guarda dos líderes estrangeiros; e pelo Comando Militar do Leste (CML), representação do Exército no Estado, que ocupa prédio vizinho ao Itamaraty.
O Palácio Duque de Caxias, prédio do Exército, inclusive, foi cogitado pelo ministro da Defesa para a realização das festas. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo na semana passada, ele disse: “Acho que existem outros locais que contribuem melhor para a segurança dos mandatários. Mas se houver determinação de realizar o encontro ali, vamos garantir todas as condições de segurança para que os chefes de Estado cheguem ao palácio, sejam recebidos e transitem sem qualquer problema”.
O Itamaraty fica a 4,9 quilômetros do Maracanã. Os ônibus com os líderes e ministros seguirão pela Presidente Vargas, em trajeto que deverá durar pouco menos de 15 minutos. Ao fim da cerimônia no estádio, o grupo deverá retornar ao Itamaraty, para de lá partir para os hotéis. O Exército já fez testes de segurança simulando estes deslocamentos, considerados satisfatórios.

PORTAL BBC


Ministro da Defesa diz que trabalha com EUA contra extremistas e reconhece falhas em fronteiras

Além do grupo de 12 presos na semana passada pela Polícia Federal por supostos "atos preparatórios" para ataques durante a Olimpíada, as Forças Armadas e órgãos de inteligência monitoram outros brasileiros que mostram "simpatia" ou fazem "apologia" a grupos extremistas, segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Ricardo Senra E Luis Kawaguti Enviados Da Bbc Brasil Ao Rio De Janeiro

Em entrevista exclusiva à BBC Brasil no salão de reuniões do Comando Militar do Leste (CML), no Rio de Janeiro, ele afirmou que essas pessoas ainda não teriam "cruzado a linha" entre a louvação e a preparação efetiva de ataques.
Caso isso ocorra, serão "capturados e terão que responder perante a lei com penas pesadas" - Jungmann foi um dos criadores da recente Lei Antiterrorismo.
O ministro reconheceu falhas tanto no monitoramento de fronteiras quanto no diálogo tardio sobre segurança com países vizinhos, mas afirmou que o governo trabalha "a quatro mãos" com os Estados Unidos - além de equipes de segurança de outros 105 países.
A dez dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, o ministro classifica o atraso na seleção dos responsáveis pelas revistas e aparelhos de raio-X na entrada dos Jogos como um "processo que apresenta falhas, sem a menor sombra de dúvida".
Leia a seguir os principais trechos da entrevista:
BBC Brasil - Apesar das prisões anunciadas pela Polícia Federal, agências internacionais de inteligência informam que há outros brasileiros mostrando simpatia por grupos como o autodenominado Estado Islâmico em redes sociais. As Forças Armadas acompanham essas pessoas?
Raul Jungmann - Nós, através dos serviços de inteligência, não só das Forças Armadas mas também da Abin [Agência Brasileira de Inteligência] e da PF, acompanhamos todos aqueles que manifestam simpatia por grupos jihadistas. Entretanto, manifestar simpatia não é crime. No momento em que qualquer indivíduo ou grupo cruze a linha vermelha entre a simpatia e atos preparatórios para um ato terrorista, ele está incorrendo em crime, segundo a lei antiterrorista do qual eu fui um dos relatores. A partir deste momento nós vamos agir, como agimos em relação a esse grupo [preso na semana passada]. O que posso lhe dizer, porque essas são informações de inteligência e a gente tem que resguardar a confidencialidade, é que não se verificou nenhum cruzamento de outros grupos dessa linha. Se qualquer um ousar dar esse passo decisivo, evidentemente terá o destino do grupo anterior. Por isso, a prisão desse grupo nesse momento é importante como fator de dissuasão, porque fica claro que temos um sistema de monitoramento desses indivíduos e porque as penas são muito duras.
BBC Brasil - Quantos grupos são monitorados?
Jungmann - Aí é informação de inteligência que não posso passar. No momento em que algum indivíduo ou grupo fizer a passagem para atos preparatórios, vocês vão saber. A exemplo do grupo anterior, eles vão ser procurados, capturados, e vão ter que responder perante a lei com penas pesadas. Ato preparatório implica em detenção de cinco a oito anos, mas com pode chegar a 21 anos. A Lei Antiterror do Brasil é uma das mais duras em termos penais dentro da nossa jurisprudência. Há várias agências trabalhando com o governo brasileiro: gente dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, de Israel e de países sul-americanos.
BBC Brasil - Muitas delas, especialmente de monitoramento de redes sociais, frisam que a principal ameaça vem de fora do país para dentro. Em grupos online onde se fala árabe e inglês haveria convocações para que "lobos solitários" venham para o Brasil para promover ataques. O governo tem ciência dessa ameaça?
Jungmann - Temos intensificado a parceria e o compartilhamento de dados com algo como cinco a seis dezenas de agências de inteligência e serviço secreto de países amigos. Teremos um centro internacional de inteligência no qual aproximadamente 106 países pediram credenciamento de seus representantes. Há quatro semanas recebi a embaixadora dos EUA no Brasil e ela nos disse duas coisas: em primeiro lugar que os serviços de inteligência do Brasil e dos EUA estavam trabalhando há quatro mãos e que a relação estava muito bem. Em segundo, que os EUA não tinham detectado nenhuma ameaça externa potencial que pudesse incidir sobre os Jogos. A gente tem tido essa informação de outros serviços e agências de países como Inglaterra, França, Israel, Turquia e Rússia. Eu posso lhe dizer que em qualquer avião ou navio que se dirija ao Brasil nós sabemos quem está lá dentro, podemos identificar. No que diz respeito às nossas fronteiras, somos o terceiro país em fronteiras no mundo. Temos 17 mil quilômetros de fronteiras secas, terrestres e 7,5 mil de fronteiras no mar. Nesta semana, o ministro (de Relações Exteriores) José Serra está tendo uma reunião com os países fronteiriços para procurar protocolos e pactos que visem exatamente coibir crimes transfronteiriços e a migração de agentes que possam realizar atos terroristas durante os jogos e as Paralimpíadas.
BBC Brasil - Não está muito em cima da hora para uma reunião como esta? Ela não deveria ter acontecido antes?
Jungmann - Veja, estamos em um governo de transição, que tem apenas quatro meses, quatro meses e meio. Efetivamente melhor seria se essa reunião tivesse acontecido anteriormente. Os governos anteriores tiveram uma posição diversa do atual. Havia um alinhamento muito mais político e ideológico do que de Estado. Acredito que isso volta a seu leito normal dentro do atual governo e o ministro Serra tem promovido isso. Mas, sem sombra de dúvida, melhor seria se tivéssemos tido mais tempo e preparo. Que seja feito o mais breve possível e que a gente possa ter resultados que possam ampliar a segurança nos Jogos, mas sobretudo para frente.
BBC Brasil: Em sua posse, o senhor reconheceu "graves dificuldades fiscais e orçamentárias" nas Forças Armadas brasileiras. Como a sociedade poderá ficar tranquila sobre o controle destas fronteiras, por onde passam armas, drogas e produtos contrabandeados?
Jungmann - No que diz respeito aos recursos da Olimpíada destinados a Defesa, nenhuma queixa. Não temos nenhum débito ou crédito a receber do Tesouro e do Planejamento. No que diz respeito a nossas fronteiras, sim, temos problemas. Estamos procurando ampliar neste momento os controles que nos dispomos, redobrar os esforços, e procurar compartilhar informações. Um dado interessante: o último dos supostos terroristas foi preso pela PM do Mato Grosso, numa região próxima à fronteira. De tal sorte que acredito que este esforço conjugado que estamos fazendo, se não elimina algumas das nossas debilidades, pelo menos as reduz de forma significativa. Além disso, aqui especificamente no Rio de Janeiro temos um sistema de segurança que, em termos de efetivo, inteligência e troca de informação, está realmente pronto para prevenir e se antecipar a qualquer tentativa ou ameaça que venha a tumultuar os Jogos.
BBC Brasil - Então as fronteiras são o principal risco de entrada de extremistas no país?
Jungmann - Não tenho informação de que haja em planejamento alguma ameaça terrorista aos Jogos. Sim, temos que melhorar as nossas fronteiras, mas não há nenhuma ameaça.
BBC Brasil - Os profissionais contratados para fazer revistas pessoais e checagem de bolsas e mochilas por raio-X durante os Jogos estão sendo contratados neste momento. Em Pequim, isso aconteceu com antecedência de 10 meses. Em Londres, um ano antes. Aqui, o processo se limitou a um curso online, dispensando-se experiência prévia com segurança. O senhor nota falhas neste procedimento?
Jungmann - É um processo que apresenta falhas, sem a menor sombra de dúvida. Agora temos que correr contra o tempo e encontrar alternativas. Temos recebido solicitações, e estamos estudando, de que as Forças Armadas contribuam neste processo. Esperamos nas próximas horas ou dias ter uma solução. O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o governo do Estado têm solicitado suporte para que nós coloquemos efetivos, se não para fazer todo o processo, para supervisionar. Não sei se com mais 300, 400 homens, que teriam que ser rapidamente treinados para isso. De fato, é um problema que aconteceu e nós estamos empenhados em resolver. Foi este o pedido e estamos correndo contra o tempo para corrigir esta falha.
BBC Brasil - Houve um atraso no governo anterior para a compra de caças aéreos de última geração. Nossa vigilância aérea atualmente é feita por modelos de caças que foram modernizados, mas que foram usados na Guerra do Vietnã. Como vê a monitoração do espaço aéreo?
Jungmann - A velocidade de resposta dos nossos caças F-5, que já têm evidentemente algum tempo de uso e foram modernizados pela Embraer, não difere muito de um Gripen ou de um F18 americano. Evidentemente que o F-18 e o Gripen têm um conjunto de equipamentos e plataformas muitíssimo mais avançados que um F-5. Não se trata de negar isso. Se tivéssemos que combater aeronaves de ponta, evidentemente há uma desigualdade que vai contra os nossos F-5. Mas em termos de velocidade e de capacidade de interceptação, não difere muito. Pode ter certeza disso.

OUTRAS MÍDIAS


Portal SEGS (SP)


Campo de Marte completa 96 anos de operações 

Lara Réquia
O Aeroporto Campo de Marte (SP), primeiro terminal aeroviário de São Paulo, completa, nesta terça-feira (26/7), 96 anos de operações. Localizado na Zona Norte da capital paulista, próximo ao Terminal Rodoviário Tietê, à Estação Carandiru do Metrô e à Marginal do Tietê, via de acesso às rodovias estaduais e interestaduais, o aeroporto abriga a maior frota de helicópteros do Brasil, com média de 6.372 pousos e decolagens por mês.
As atividades operacionais foram iniciadas em 1920, ano em que foi construída uma pista para pouso e decolagem e um hangar no local onde a Força Pública do Estado de São Paulo mantinha sua escola de aviação.
Com horário de funcionamento das 6h às 23h durante todos os dias, o aeroporto paulistano opera exclusivamente voos de aviação geral, executiva, táxi aéreo, além das escolas de pilotagem, como o Aeroclube de São Paulo, fundado em 8 de junho de 1931. Também estão hangarados no aeroporto o Serviço Aerotático das Polícias Civil e Militar.
O sítio aeroportuário conta com área aproximada de 2,1 milhões de m². Campo de Marte é um aeroporto compartilhado, o que significa que parte da área física, 1,13 milhão de m², está sob a administração do Comando da Aeronáutica, por meio do Parque de Materiais Aeronáuticos de São Paulo (PAMA-SP), do Núcleo do Hospital da Força Aérea de São Paulo (NUhFASP), do Centro de Logística da Aeronáutica (CELOG), da Subdiretoria de Abastecimento (SDAB) e da Prefeitura da Aeronáutica (PASP), instalados no local.
Sob a administração da Infraero desde 1979, está uma área total de cerca de 975 mil m², que conta com 23 hangares com salas de embarque próprias para a aviação executiva e 34 concessionários, além da pista de 1.600 metros, com recuo de 450 metros e um heliponto. O pátio de aeronaves possui 12.420 m², possibilitando 22 posições de estacionamento.
Embora o Aeroporto Campo de Marte não tenha linhas aéreas comerciais, ele é um dos maiores em movimento operacional no Brasil. Em 2015 foram realizadas 93.353 operações de pousos e decolagens, com uma média mensal de 7.780 movimentos. Mais da metade dessas operações foram realizadas por helicópteros.


Portal Bahia no Ar (BA)


Olimpíadas: Forças Armadas apresentam nesta terça-feira Plano Operacional de Defesa

Nesta terça-feira (26), será apresentado pelas Forças Armadas o Plano Operacional de Defesa para as partidas de futebol dos Jogos Olímpicos Rio 2016 realizadas em Salvador.
Também participarão da ação o Secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa; o Superintendente Estadual da Agência Brasileira de Inteligência na Bahia, Márcio Seltz; o Comandante Força Terrestre Componente do CDA Salvador, General-de-Brigada Antonio Eudes Lima da Silva; o Comandante da Base Aérea de Salvador, Coronel Aviador Marcelo Lobão Schiavo; e o Superintendente Regional da Polícia Federal na Bahia, Delegado Daniel Justo Madruga.
Até o inicio dos jogos, as Forças Armadas realizarão exercícios em vários locais de Salvador. Ainda nesta terça, estão previstas a simulação de retomada de ferryboat na Baía de Todos os Santos (às 10h30); e uma ação de Defesa Nuclear, Química, Biológica e Radiológica na Arena Fonte Nova, com participação de forças de Segurança Pública e da Defesa Civil (às 13h).

Diário de Notícias (Lisboa)


Polícia brasileira investiga segundo grupo de suspeitos de terrorismo

As autoridades tiveram conhecimento do grupo a partir das redes sociais onde os suspeitos faziam comentários de possíveis atentados durante os Jogos Olímpicos
A Polícia Federal brasileira está a investigar a existência de um segundo grupo de 15 supostos terroristas brasileiros que comentavam em redes sociais sobre a hipótese de cometer atentados durante os Jogos Olímpicos Rio2016.
Segundo a entidade policial, citada pelo diário Globo, as autoridades tiveram "conhecimento do grupo virtual a partir da deflagração da Operação "Hashtag", que na semana passada identificou 12 pessoas igualmente suspeitas de preparar atentados durante o maior evento desportivo do mundo.
"Um dos alvos de medida restritiva desta operação estava entre os participantes mais ativos do grupo. A partir dessas informações, a Polícia Federal passará a analisar o caso", acrescentou.
A polícia procura mais informações sobre o novo grupo no âmbito das investigações da Operação "Hashtag", mas não revelou quem é o militante do grupo Sharia ligado ao segundo grupo.
Uma reportagem da TV Globo avançou que o segundo grupo teria, pelo menos, 15 militantes e foi descoberto por um jornalista que diz ter-se infiltrado na organização há ano e meio.
"Irmãos, a nossa reunião de hoje em São Paulo foi boa, pudemos ter mais ideias. Será uma boa oportunidade de realizar o julgamento contra esses porcos", disse um dos militantes que se apresenta como Lobo, segundo a Globo.
Um outro, não identificado, insinuou que armas já foram compradas: "Vocês sabem onde encontro um fornecedor de armas pesadas? Temos um fornecedor confiável e que está do nosso lado. Do material adquirido, todos ainda permanecem sem raspagem e em boa qualidade."
A informação surge um dia depois da detenção, em Mato Grosso, do último suspeito de terrorismo alvo da Operação "Hashtag", que na quinta-feira determinou 12 mandados de prisão temporária, com duração de 30 dias, prorrogáveis uma vez por igual período.
A Procuradoria da República no Paraná informou na semana passada que alguns deles realizaram o batismo ao grupo "jihadista" Estado Islâmico, juramento de fidelidade exigido pela organização terrorista para o acolhimento de novos membros.
Apesar das intenções de ataques, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou o grupo de "amador".
Na quarta-feira, a especialista norte-americana em contra-terrorismo Rita Katz avisou que extremistas islâmicos publicaram no serviço de troca de mensagens "Telegram" recomendações de 17 técnicas para atentados terroristas durante os Jogos Olímpicos.
Os Jogos Olímpicos decorrem de 5 a 21 de agosto no Rio de Janeiro.



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