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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 20/06/2016 / Especialistas iniciam análise das caixas-pretas do avião da EgyptAir


Especialistas iniciam análise das caixas-pretas do avião da EgyptAir ...


Aeronave caiu no Mar Mediterrâneo em 19 de maio com 66 pessoas a bordo, incluindo 40 egípcios e 15 franceses, depois de desaparecer dos radares ...

Os especialistas iniciaram neste domingo (19), no Cairo, a análise das caixas-pretas do avião da companhia EgyptAir, que caiu no mar há um mês, com o objetivo de esclarecer as causas do acidente que deixou 66 mortos.

Os cartões de memória foram extraídos dos gravadores em uma operação que durou oito horas, o que antecipa um procedimento de análise que levará vários dias.

A equipe egípcia conta com o apoio de especialistas franceses e da companhia europeia Airbus, fabricante do A320 sinistrado. A segunda caixa-preta do avião da EgyptAir que caiu no Mediterrâneo em 19 de maio foi recuperada, mas foi encontrada muito fragmentada embora as equipes tenham consigo recuperar a parte mais importante, que contém a memória do aparelho.

O Airbus A320, que fazia a rota entre Paris e Cairo, caiu no mar em 19 de maio com 66 pessoas a bordo, incluindo 40 egípcios e 15 franceses, depois de desaparecer repentinamente dos radares por causas ainda desconhecidas.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




REVISTA ÉPOCA NEGÓCIOS


Ministério da Defesa negocia criação de duas novas estatais

Uma seria voltada para novas tecnologias aeroespaciais, inclusive satélites e radares, e a outra irá operacionalizar parte das atividades de controle do espaço aéreo

Ministério da Defesa negocia com a Casa Civil e com a área econômica a criação de duas novas empresas públicas que ficarão sob a alçada do Comando da Aeronáutica. Uma é a Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. (Alada), voltada para projetos e novas tecnologias do setor, inclusive satélites e radares. A outra, ainda sem nome, irá operacionalizar parte das atividades de controle do espaço aéreo.
Um dos objetivos das novas empresas é criar condições legais para que os recursos obtidos com as tarifas aeroportuárias entrem diretamente nos cofres da Aeronáutica, sem passar antes pelo Tesouro Nacional.
Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, a criação das duas empresas públicas é "parte de um eixo muito mais amplo para trabalhar fontes alternativas e novos modelos de financiamento". Ele lembra que é preciso "criatividade" para enfrentar dois fatores: o país convive com uma grave crise fiscal e não há recursos para investimento, mas a Aeronáutica opera com alta tecnologia, que tem uma dinâmica muito rápida e risco contínuo de obsoletismo.
O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, especifica que as duas novas empresas fazem parte do "Programa de Reestruturação Administrativa e Operacional da Aeronáutica", que tem como horizonte 2041, quando a FAB completa 100 anos. Ele disse que, "seguindo uma tendência internacional de otimização de recursos, com redução de custos e de efetivo", haverá enxugamento de estrutura e estímulo a empregos temporários, de até oito anos, concentrando o pessoal de carreira, militar e civil, nas atividades-fim, como infantaria, armamento e operador sonar.
Como exemplo, o comandante disse que as próprias bases da FAB ficarão mais enxutas, como as de Fortaleza, Recife e Florianópolis. Ele citou também o que já está ocorrendo com o Parque de Manutenção. Estão sendo fechadas as unidades de Belém, Recife e o Parque dos Afonsos, no Rio de Janeiro, deixando em atividade outras três, no Rio, em São Paulo e em Lagoa Santa (MG), mas reduzindo gastos com equipamentos próprios e fazendo parcerias com empresas da iniciativa privada, como a Embraer.
Hoje, a FAB tem um efetivo de aproximadamente 75 mil servidores da ativa, incluindo os civis, mas a intenção do Comando é reduzir o pessoal de carreira para dar vez a jovens formados nas mais diferentes áreas, como engenharia, psicologia, medicina, jornalismo, etc., que teriam um contrato de oito anos. Segundo o brigadeiro Rossato, isso reduziria os custos com pessoal em até 50%, pois os temporários não têm direito a movimentação entre Estados, residência ou aposentadoria. Em contrapartida, têm uma formação sólida e saem da FAB para o mercado com um bom currículo.
O objetivo da nova empresa é buscar "autossuficiência nacional em materiais aeronáuticos, espaciais e nos bélicos de emprego aeronáutico". A Alada poderá, por exemplo, desenvolver tecnologias de monitoramento do espaço aéreo por meio de rede de satélites; implementar projetos de sistemas, subsistemas e componentes de emprego aeroespacial, tudo isso relacionado à renovação da frota com o caça Grippen NG.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

PORTAL DEFENSA.COM (Espanha)


La Marina brasileña venderá numerosos inmuebles para obtener recursos económicos

Los recortes afectan duramente a los programas navales

Javier Bonlla

La Marina de Brasil está estudiando posibilidades de intercambio o venta de bienes raíces, especialmente en el Medio Oeste, Norte y Noreste del país, para aliviar el problema resultante del modesto presupuesto actual, ha asegurado el comandante en jefe de la Marina, almirante Eduardo Leal Ferreira Bacellar. "Hoy en día la Marina no tiene el mismo grado de preparación que debe o necesitan tener. Por el momento, somos vulnerables ", dijo Ferreira. Según el almirante, las amenazas a Brasil son muy difusas, pero existen y pueden aparecer. "Hace dos afios, nadie hablaba del Estado Islámico. Las sorpresas surgen cada afio, y la preparación de la defensa lleva una generación para realizarse. Nos llegar a tocar una crisis en cualquier momento, y la frontera de Brasil más vulnerable es el mar", afirmó.
Recordó que el 1096 de los que se transporta en todo el mundo por mar sale o llega a los puertos brasilefios "Nuestros barcos son viejos y son caros de mantener. - Es nuestra preocupación frente a las amenazas de nivel superior. Tenemos muchas necesidades en este momento". Además de la falta de fondos para renovar la flota, ya obsoleta, el Almirante citó el recorte de los recursos para el 2016 estimado en cerca de 2.000 mil millones de dólares, lo que obligó a la Armada a posponer varios proyectos. Uno de ellos es el Programa de Construcción de Submarinos de la Marina de Brasil (Prosub). El submarino de propulsión nuclear, cuya finalización estaba prevista para 2023 y que debería comenzar a operar en 2027. "El presupuesto del programa nuclear , que llegó a casi 140 millones de dólares, tuvo que ser cortado, y se redujo a 6o millones, y contenía varios compromisos que tuvimos que pagar. No fue una transición fácil. Tuvimos que reajustar los programas, con renegociación de los contratos y retrasarnos mucho".
La crisis también debería provocar en el Ejército una pronta suspensión de nuevos tramos del Sistema Integrado de Vigilancia Fronteriza (Sisfron), de forma indefinida. El almirante también citó a la Aviación Naval, donde casi todos los vectores- excepto algunos helicópteros- son viejos y muy usados. "Cada vez más, el número de aeronaves con las que podemos contar disminuye, y algunos tienen que ser suplantados en el corto plazo. Tenemos que afrontar este problema y encontrar los recursos necesarios ". Los recortes presupuestales en Defensa no son algo nuevo en los últimos mios en Brasil.
El Almirante aseguró que los recortes no afectarán a las operaciones navales durante los Juegos Olímpicos y Paralímpicos de Río de Janeiro, que se celebrarán en agosto y septiembre. "Militarmente, la operación es muy simple. Es un área restringida. El nivel de amenaza se considera relativamente bajo. Estamos listos para los Juegos Olímpicos". La Armada actuará en la zona de Copacabana, cubriendo la parte sur de Río de Janeiro con una fuerza de contingencia, y , en la zona marítima.

PORTAL G-1


Assaltantes roubam mais de 20 armas de loja em Coronel Freitas, SC

Proprietária mora do lado e foi rendida quando chegava em casa. Polícias de SC, RS e PR fazem buscas pelos suspeitos.

Do G1 Sc

 A Polícia Civil investiga um assalto a uma loja de armas em Coronel Freitas, no Oeste de Santa Catarina. Os criminosos levaram 23 armas na noite de sexta-feira (17), como mostrou o RBS Notícias deste sábado (18).
Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que um deles sai da loja carregando uma sacola. A dona do local, que não quis ser identificada, mora do lado e foi rendida quando chegava em casa.
"Quando eu cheguei em casa eu abri a porta para entrar na cozinha. E quando eu virei para a fechar a porta, o cara já estava atrás de mim. Daí na hora ele já disse "não grita, não fala, (…) é assalto, a senhora me entrega as armas do cofre e o dinheiro, só isso que nós queremos", conta a mulher.
Ela afirma que eram pelo menos dois assaltantes e que ficou amarrada enquanto eles pegavam as armas, entre elas espingardas e revólveres.
Segundo o delegado que investiga o caso, o crime é considerado gravíssimo, já que as armas podem ser usadas em futuros roubos e assaltos na região. A Polícia Civil está investigando o caso e polícias do Rio Grande do Sul e também do Paraná já foram acionada.
Para encontrar os suspeitos também foi intensificado o controle nas barreiras da Operação Ágata, do Exército, que começou nesta semana no Oeste catarinense. Até a tarde deste sábado, ninguém foi preso.

Sem dar trégua no RS, neblina afeta voos no aeroporto Salgado Filho

Na noite de domingo (19), operação voltou a ser por instrumentos. Pela manhã, aeroporto de Porto Alegre chegou a fechar totalmente.

Do G1 Rs

ImagemO número de voos afetados pela neblina no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, passava de 80 por volta das 21h deste domingo (19). No horário, a operação era por instrumentos para pousos, e normal para decolagens.
De acordo com a Infraero, até perto das 21h foram cancelados oito voos de chegada entre os 55 previstos, e 28 registravam atrasos. Já entre as partidas, outros oito voos foram cancelados, e 39 estavam atrasados entre os 64 previstos.

Ainda pela manhã, o aeroporto chegou a ficar totalmente fechado por volta das 8h15. Às 10h20, abriu para decolagens e, às 13h20, para pousos. A partir das 18h36 passou a operar por instrumentos para pousos, e decolagens ocorriam normalmente.

A neblina não prejudica somente o aeroporto, mas também as estradas do Rio Grande do Sul. O Comando Rodoviário da Brigada Militar pediu atenção dos motoristas para a baixa vizibilidade.

O jogo do Grêmio contra o Cruzeiro, na Arena, que fica na Zona Norte de Porto Alegre, foi realizado com presença de neblina do começo ao fim, sendo que a névoa ficou mais densa no segundo tempo. A partida terminou por volta das 21h.


EpcAr em Barbacena passa a receber meninas em curso de formação

Das 180 vagas, 20 serão para garotas entre 14 e 19 anos. As inscrições já foram encerradas; provas serão em julho.

Do G1 Zona Da Mata

Imagem A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EpcAr), em Barbacena, vai admitir, pela primeira vez, meninas em todos os anos do ensino médio em seu Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR), a partir de 2017. Das 180 vagas, 20 serão para meninas entre 14 e 19 anos. Mais de cinco mil meninas se inscreveram. 
Segundo o coronel Aviador da EpcAr, José Aguinaldo Moura, a instituição precisou se preparar tanto na infraestrutura quanto em recursos humanos para receber as novas alunas. “A escola é integral e os alunos moram em alojamentos. Vamos fazer uma ala especial para meninas e aumentar os banheiros. Também vamos precisar de oficiais femininos, principalmente na área de psicologia, para amparar essas meninas novas que saem de casa e vem para cá para uma atividade mais especifica”, explica o Coronel.
Os alunos fazem os três anos do ensino médio na EpcAr, transformando-se em cadetes, para ingressarem no Curso de Formação de Oficiais Aviadores da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga.
Meninas de Juiz de Fora procuram cursinhos para estudar para as provas. O conteúdo é o mesmo para os meninos que concorrem às vagas: português, matemática, redação e inglês. Já o teste físico para as meninas é diferenciado e um pouco mais fácil. As inscrições já foram encerradas e as provas serão em julho. As aprovadas ingressam na escola no ano que vem.

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Concessões precisam de repactuação, indica estudo


Daniel Rittner

Os contratos dos seis aeroportos concedidos à iniciativa privada na gestão da presidente afastada Dilma Rousseff terão que ser renegociados, aponta um estudo inédito da consultoria alemã Roland Berger. Conclusão desagradável do trabalho: as contas podiam até fechar em um cenário de expansão acelerada da economia, mas os planos de negócios das concessionárias sempre foram excessivamente otimistas e não sobrevivem mais à atual conjuntura de crise no setor aéreo.
Um exemplo da armadilha em que se meteram os consórcios vitoriosos naqueles leilões com ágios altíssimos (o governo também celebrou esses valores como evidência de sucesso): o pagamento anual da outorga fixa consome, em média, 75% do Ebtida nos três maiores aeroportos privados - Guarulhos, Brasília e Galeão. Ainda é preciso acrescentar gastos operacionais e investimentos em curso. Fica difícil equilibrar as despesas e receitas.
Em 2016, o movimento de passageiros terá queda de 9% e o volume de cargas encolherá 3%, conforme estimativas da Roland Berger. A demanda só se recupera mais significativamente em 2020, mas ainda ficará abaixo dos 217 milhões de viajantes domésticos e internacionais registrados no ano passado. Resultado: no fim desta década, segundo a consultoria, o movimento estará entre 20% e 25% inferior ao que indicavam os planos de negócios das concessionárias à época dos leilões. Isso dá uma ideia da frustração de receitas daqui para frente.
O desaquecimento da construção civil também compromete o planejamento que havia sido desenhado pelas empresas para levantar receitas alternativas. O desenvolvimento de empreendimentos imobiliários no entorno do aeroporto de Viracopos geraria um caixa adicional de R$ 8 bilhões ao longo de toda a concessão. Estavam previstos hotéis, shopping center, escritórios e centros logísticos. A crise no mercado imobiliário paralisou tudo.
"Achávamos desde o início que os planos de negócios eram pouco realistas", afirma o presidente da Roland Berger no Brasil, António Bernardo. Segundo ele, dificilmente haverá como escapar da repactuação dos termos contratuais e o mais recomendável é enfrentar rapidamente o problema. "As contas não vão fechar. Quanto mais isso demorar, pior será."
Os aeroportos de Guarulhos, Brasília, Viracopos, Galeão, Confins e Natal geraram um valor nominal de outorga fixa que chega a R$ 45,5 bilhões. Os desembolsos são feitos em parcelas anuais e ao longo de todo o período de vigência dos contratos. Os ágios sobre a outorga mínima definida pelo governo variaram de 66% a 673%.
Em maio, a operadora do Galeão - um consórcio formado pela Odebrecht Transport e pela Changi - deixou de pagar R$ 934 milhões referente à última parcela da outorga. Liderada pelo grupo CCR, a administradora de Confins fez seu pagamento em juízo.
O estudo da Roland Berger indica que as dificuldades nos aeroportos foram reforçadas pela configuração de ofertas comerciais inadequadas para o perfil dos passageiros. As operadoras obedeceram à lógica de shopping, promoveram competição excessiva entre varejistas de natureza similar e focaram seus esquemas de remuneração em aluguéis fixos, asfixiando os lojistas em períodos de baixa demanda.
António Bernardo recomenda ajustes nos planos de negócios das concessionárias. Em uma das frentes, convém adotar uma política tarifária mais agressiva para atrair mais voos de companhias, buscando transformar cada aeroporto em um pequeno "hub".
Paralelamente, de acordo com o executivo, as operadoras podem inovar mais na área comercial e adotar ferramentas de tecnologia que facilitam a vida dos consumidores, como vendas online para coleta rápida de produtos. E devem explorar logo empreendimentos imobiliários para aproveitar o tempo de concessão.
Bernardo acredita que essas mudanças de estratégia, além de uma decisão mais ágil da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro, recolocam o modelo de pé e têm o potencial de tornar as concessões de aeroportos novamente saudáveis.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Painel


Olho neles Integrantes do governo afirmam que o Planalto recebeu informações de serviços de inteligência sobre encontros recorrentes entre o ex-presidente Lula e Guilherme Boulos, do MTST, além da relação das reuniões com manifestações contra Temer.
Aqui não O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) diz que nenhum dos dois é monitorado e que desconhece a existência dos relatos. Em tempo: não é preciso serviço de inteligência para saber que os aliados Lula e Boulos se falam constantemente.

PORTAL BRASIL


Prazo para alistamento militar termina em 30 de junho

Forças Armadas Quem deixar de se alistar fica impedido de emitir documentos e assumir cargo públicos

O prazo para fazer o alistamento militar termina em 30 de junho. O cadastro foi aberto em janeiro e a expectativa do ministério da Defesa é de que, até o fim deste mês, pelo menos dois milhões de jovens se inscrevam no alistamento e serão alocados em uma das Forças Armadas: Aeronáutica, Marinha e Exército.
Quem deve se alistar
O alistamento é obrigatório para jovens do sexo masculino que completam dezoito anos em 2016. No caso das mulheres, o processo não é compulsório e elas podem ingressar nas Forças Armadas por meio de concursos públicos. Pessoas com deficiência física ou mental também precisam fazer o alistamento, conforme determina a Constituição. No entanto, serão dispensados de prestar serviço militar depois de se apresentarem na Seleção Geral.
Como se alistar
O alistamento pode ser feito presencialmente em uma Junta de Serviço Militar. Mas o processo também pode ser feito por meio da internet, no caso de moradores de nove estados: Amapá, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Santa Catarina e Sergipe. É necessário registrar o CPF e dados da certidão de nascimento.
Documentação
Para efetivar o alistamento presencial, é preciso levar certidão de nascimento ou documento de identidade. No caso de brasileiro naturalizado ou por opção, a prova de naturalização ou certidão do termo de opção; comprovante de residência e uma foto 3x4 (recente, de frente e sem retoques).
São aceitos como documento de identidade (todos dentro de sua validade): carteira de identidade, carteira de trabalho, carteira profissional, passaporte e carteira de identificação funcional.
Adiamento
À princípio, não é possível adiar a época de se alistar. No entanto, é possível requerer o adiamento da incorporação ao serviço militar para a próxima turma.
A exceção é para estudantes dos cursos de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária, que podem adiar o alistamento até o fim da graduação. Porém, continuam sujeitos à participar da seleção de Estágio de Adaptação e Serviço das Forças Armadas para formar oficiais temporários.
Fora do Prazo
Caso o jovem deixe de se alistar no prazo, fica sujeito ao pagamento de multa na Junta Militar para regularizar a situação. O valor da multa é R$ 1,38 a ser paga nas seguintes instituições: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal nos Correios.
Débito com o Serviço Militar
Quem não fizer o alistamento fica em débito com serviço militar, o que acarreta consequências. O jovem fica impedido de obter passaporte ou prorrogar sua validade. Também não consegue prestar exame ou matricular-se em qualquer estabelecimento de ensino. Outro problema é que não consegue obter carteira de trabalho e registro de diploma de profissões liberais. Além disso, também não pode se inscrever em concurso público ou exercer qualquer função ou cargo público.
Serviço Militar
Após o alistamento, os jovens recebem um comprovante de que fizeram o procedimento. Anexado a ele há a data em que devem retornar à Junta Militar para a Seleção Geral. Nessa fase, que deve ocorrer entre julho e outubro, os jovens devem se apresentar para concorrer à vaga na incorporação nas Forças Armadas. Ao fim dos testes psicológicos e físicos, os candidatos aptos são alocados nas vagas disponíveis.
Depois dessa etapa, os selecionados para o serviço militar ficam impedidos de assumir cargos públicos até o fim desse período. Entretanto, durante o serviço militar, o cabo ou soldado passa por cursos profissionalizantes para se qualificar para o mercado de trabalho.
Dispensa
Na hora da seleção, alguns dos candidatos são dispensados do serviço militar depois dos testes físicos e psicológicos. Quem for dispensado deve retornar à Junta de Serviço Militar em que se alistou para o Juramento à Bandeira, e para receber o Certificado de Dispensa de Incorporação (CDI) e assim regularizar sua situação.

PORTAL CAMPO GRANDE NEWS


Novo `capo´ da fronteira teria 32 anos e é aliado de antigo desafeto de Rafaat


Viviane Oliveira

Um brasileiro de 32 anos, que usa pelo menos três identidades e tem conexão com o PCC (Primeiro Comando da Capital) seria o novo "capo", ou chefe, do crime organizado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com a sul-mato-grossense Ponta Porã. Ele teria assumido o controle na região com a morte de Jorge Rafaat Toumani, 54 anos, em uma emboscada cinematográfica na noite de quarta-feira (15), em que uma metralhadora calibre .50, capaz de derrubar aviões, foi usada.
A passagem de comando para o PCC na fronteira é destaque na edição deste domingo (19) do jornal paraguaio ABC Color. Segundo a publicação, o novo chefe do tráfico no Paraguai é o brasileiro conhecido como “Gallant”, que tem conexão direta com o PCC em São Paulo.
O homem opera com três identidades: Oliver Giovanni da Silva, Elton da Silva Leonel e Ronaldo Rodrigo Benites. Gallant já foi preso diversas vezes com armas, munições e drogas. Ele, ainda segundo o jornal paraguaio, é aliado de Jarvis Chimenes Pavão, 48 anos, traficante concorrente de Rafaat.
Uma das principais linhas de investigação da polícia paraguaia para a execução de Rafaat seria uma desavença com Pavão, que está preso desde 2009 em Assunção e mesmo assim teria ordenado a ação. Fontes ouvidas pelo Campo Grande News confirmam as suspeitas de que a ordem para matar o "rei da fronteira" teria partido de seu maior concorrente, com apoio de facções criminosas brasileiras.
Uma das evidências é que o utilitário usado no ataque e onde foi instalada a metralhadora .50, arma de poder antiaéreo que perfurou a blindagem do Hummer de Rafaat, foi encontrada abandonada em uma obra que seria Jarvis Pavão.
Segundo as investigações que estão sendo feitas pela Polícia Nacional do Paraguai com o apoio de outras instituições de segurança, Jarvis Pavão teria contratado o CV (Comando Vermelho) para eliminar Rafaat.
De acordo com o que foi apurado, Jorge Rafaat mantinha o controle das atividades na fronteira e todas as organizações criminosas só podiam agir com a sua autorização. Quem descumpria as regras, era eliminado. A polícia paraguaia ainda não sabe ainda qual o motivo da desavença entre Rafaat e Pavão.
Ainda conforme o site ABC Color, a advogada de Jarvis Pavão, Laura Casuso, negou que ele tenha ligações com facções criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e afirmou que o cliente mantinha bom relacionamento com Jorge Rafaat.

PORTAL TERRA


Montanha atinge recorde e faz índice olímpico no lançamento do martelo

Pernambucano marcou 78,63m no Meeting de Celje, na Eslovênia. Atleta superou o próprio recorde de 76,12m

ImagemRecorde brasileiro, recorde sul-americano e índice para a Olimpíada do Rio 2016. Foram esses feitos que o pernambucano Wagner Domingos, o Montanha, conseguiu neste domingo no Meeting de Celje, na Eslovênia. Com a marca de 78,63 m no lançamento do martelo, ele superou o índice olímpico de 77 metros.
Com isso, o Brasil voltará a ter um representante nos Jogos, o que não acontecia desde que Carmine Di Giorgi disputou a prova em Los Angeles 1932. Montanha ainda quebrou seu próprio recorde, que era 76,12 m, estabelecido no último dia 15, em Zagreb, na Croácia. O atleta estabeleceu novo recorde sul-americano, já que o anterior era 76,42 m e pertencia desde 2006 ao argentino Juan Cerra. Contente com o resultado, Montanha agradeceu a todos que o apoiaram:
- Estou muito feliz pelo recorde e por garantir a participação na Olimpíada, principalmente porque os Jogos serão no Brasil . Mas, quero lembrar que a gente consegue esses feitos com a ajuda de muitas pessoas - disse Miontanha, por telefone, agradecendo também ao "clube (BM&FBovespa), a CBAt, a Caixa, o COB, o Ministério do Esporte, a Aeronáutica.
- Além da minha família, tem o presidente da CBAt (Toninho Fernandes), o Sergio Coutinho Nogueira (dirigente do clube), o Neilton Moura, o Pedro Atílio. E o Vladmir Kevo (treinador), que me apoia quando venho à Europa - acrescentou.
Por fim, Montanha falou sobre seu planejamento e sobre a preparação para a disputa dos Jogos Olímpicos:
- Agora volto ao Brasil no dia 26 e aí vou disputar o Troféu Brasil. Depois quero voltar para cá, para finalizar minha preparação para a Olimpíada - concluiu o atleta.

JORNAL DA CÂMARA


Plenário pode votar proposta que altera regras em fundos de pensão

MP 714/16, que aumenta o máximo de capital estrangeiro nas empresas aéreas, tranca a pauta

O projeto que cria novas regras para escolha e atuação de diretores-executivos e conselheiros de fundos de pensão é o destaque do Plenário para as sessões de hoje e amanhã. Devido às festas juninas no Nordeste, haverá  sessões somente nesses dois dias na Câmara, cuja pauta está trancada pela Medida Provisória 714/16, que aumenta de 20% para 49% o máximo de capital estrangeiro com direito a voto nas empresas aéreas nacionais.
Na quarta-feira (22), os deputados realizam Comissão Geral às 9h para debater as dez medidas de combate à corrupção previstas no Projeto de Lei 4850/16. O projeto, de autoria dos deputados Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP), Diego Garcia (PHS-PR), Fernando Francischini (SD-PR) e João Campos (PRB-GO), incorpora sugestões do Ministério Público Federal entregues com o apoio de mais de 2 milhões de eleitores.
Fundos de pensão - O Projeto de Lei Complementar 268/16, do Senado, aumenta as restrições para escolha dos diretores-executivos de fundos fechados de previdência. Esses diretores tomam as decisões sobre os investimentos para ampliar os recursos do fundo necessários ao pagamento dos benefícios para os participantes.Atualmente, para serem contratados, não podem ter sofrido condenação criminal transitada em julgdo. O texto acrescenta decisão de órgão judicial colegiado, seguindo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que considera passível de prisão o condenado em segunda instância, mesmo com possibilidade de recurso.
Uma das novidades do projeto é a criação da figura dos “conselheiros independentes” na estrutura dos conselhos deliberativo e fiscal. Sua escolha ocorrerá com processo seletivo e o profissional deverá ter notória especialização, definida pelo projeto como aquela que permita “inferir que o seu trabalho é o mais adequado à plena satisfação do processo seletivo”.
Aviação - A MP 714/16, que tranca os trabalhos das sessões ordinárias, permite ao investidor estrangeiro participar com até 49% do capital social com direito a voto nas empresas aéreas nacionais. A matéria conta com projeto de lei de conversão de autoria do deputado Zé Geraldo (PT-PA). Antes da edição da MP, em março deste ano, o máximo de capital votante dos estrangeiros era limitado a 20%. O texto permite ainda que uma companhia brasileira seja totalmente controlada por capital externo sehouver um acordo de reciprocidade com o país de origem do controlador. Com a reciprocidade, uma empresa brasileira também poderia controlar companhias de aviação daquele país com o qual tenha sido assinado acordo sobre serviços aéreos.
A direção da companhia também poderá ser exercida por estrangeiros, situação vedada anteriormente pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86). O governo argumenta que, dentre os possíveis benefícios do aumento desse limite de participação destacam-se o aumento da competição e a desconcentração do mercado doméstico; o aumento de rotas e cidades atendidas pelo transporte aéreo regular e a absorção de novas práticas gerenciais e tecnologias utilizadas em mercados desenvolvidos.
De acordo com o relatório, a tarifa de conexão, atualmente paga pelas companhias aéreas, e repassada ao preço das passagens, será marcada diretamente pelos passageiros. Ela é devida nos casos em que o passageiro precisa usar as instalações do aeroporto para mudar de aeronave ou quando são usados os serviços de despacho. O valor, atualmente variável de R$ 3,00 a R$ 7,00 por passageiro segundo a categoria do aeroporto, será cobrado à parte do bilhete diretamente do usuário.
Doping - Pendente de leitura do ofício de envio, a MP 718/16 também poderá trancar a pauta a partir de hoje. O texto altera normas tributárias e de controle de dopagem com foco na realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro. A proposta determina, por exemplo, a criação da Justiça Desportiva Antidopagem e estabelece competências da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). O projeto de lei de conversão é do deputado Celso Jacob (PMDB-RJ).

JORNAL O POVO (CE)


Novas regras para o ordenamento da Cidade

Os projetos da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), da Lei das Antenas e o de Ordenamento da Publicidade, todos de autoria da Prefeitura de Fortaleza, tramitam na Câmara Municipal

Irna Cavalcante

A dinâmica de crescimento de Fortaleza vai estar sob novas regras. Três importantes projetos – a atualização da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Luos); a chamada Lei das Antenas, que versa sobre a infraestrutura de telecomunicações; e a que disciplina a veiculação de propaganda em áreas públicas e particulares da cidade – já estão em tramitação na Câmara Municipal. Para entrarem em vigor, eles precisam ser votados pelos vereadores.
A atualização da Luos, entregue ao Legislativo em fevereiro, de um modo geral, regulamenta mecanismos previstos no Plano Diretor Participativo, de 2009. É o caso do mapeamento das 21 Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (Zedus), onde será estimulada a descentralização dos usos de comércio e serviços possibilitando que bairros onde a diversidade era restrita, tenham estes usos reconhecidos e estimulados. Na prática, áreas como o corredor gastronômico da Varjota ou o núcleo de saúde do Porangabuçu passam a ter regulamentação especial.
A exigência de vagas de estacionamento também foi reduzida em muitas atividades. Em alguns casos, passaram a ser dispensadas, como para restaurantes com até 500 m² de área construída; mercadinhos com até 250 m² de área; e casas populares.
Ocorreram também alterações no que se refere à altura máxima das edificações. Algumas em função da regulamentação das Zedus e das Zonas Especiais de Preservação do Património Paisagístico, Histórico, Cultural e Arqueológico (ZEPH), presentes no Centro, Parangaba, Alagadiço Novo/José de Alencar, Benfica, Porangabuçu e Praia de Iracema, mas também para compatibilizar com novos parâmetros para o espaço aéreo protegido de Fortaleza, que foram redefinidos em 2015 pela Aeronáutica.
A secretária de Urbanismo e Meio Ambiente, Águeda Muniz, explica que a nova Luos traz ainda a Cota de Habitação Social, que consiste na destinação de 10% da área de construção computável para fins de Habitação de Interesse Social, a ser executada pelo próprio empreendedor e destinada a famílias com renda de até seis salários mínimos. “O projeto de lei também será responsável por estimular ações como a implantação de fachadas verdes, a incorporação de faixas de recuo aos passeios e a uma maior integração entre as edificações e o espaço público”, diz Águeda.
SAIBA MAIS
Tramitação na Câmara Municipal
As propostas estão tramitando na Câmara de Vereadores sem regime de urgência.
No caso da Luos já foram realizadas audiências públicas para debater o tema, mas outras ainda devem vir, explicou o líder do governo na Câmara, o vereador Evaldo Lima (PCdoB). Os demais também devem seguir o mesmo rito.
São projetos que não estão com regime de urgência pela própria complexidade dos temas envolvidos. É muito importante que o debate nesta Casa seja feito de forma exaustiva, debatido em audiências públicas com a população, nas comissões técnicas, além da discussão em plenário”, diz Evaldo.
Segundo ele, ainda não há previsão de quando as pautas entrarão em votação no plenário.
Por se tratarem de leis complementares, os projetos de lei exigem aprovação por maioria qualificada, ou seja, pelo menos, 29 votos favoráveis.

REVISTA VEJA


SOBEDESCE


SOBE
COMÉRCIO DE ARMAS
O mercado registrou um recorde de vendas de 65 bilhões de dólares em 2015, 11% a mais que em 2014. Taiwan puxou a alta, seguido pela China

REVISTA ISTO É DINHEIRO


Pedalada turbinada

O Tribunal de Contas da União encontra, pelo segundo ano, irregularidades nas contas da presidente Dilma Rousseff. O valor dos crimes fiscais em 2015 pode superar R$ 260 bilhões, mais que o dobro do ano anterior

Márcio Kroehn

Após o Tribunal de Contas da União (TCU) identificar, pelo segundo ano, irregularidades cometidas pelo governo federal nas contas públicas, a presidente afastada Dilma Rousseff tem três opções a escolher para justificar seus erros: a sabedoria popular (“errar é humano, insistir no erro é burrice”), a frase do dramaturgo russo Anton Tchekhov (“errar é humano, mais humano ainda é atribuir o erro aos outros”) ou a definição do político americano Hubert Humphrey (“errar é humano, culpar outra pessoa é política”). Em parecer preliminar divulgado na semana passada, o ministro do TCU, José Múcio Monteiro, apontou 19 inconsistências na gestão fiscal em 2015. Outros cinco pontos foram questionados pelo Ministério Público Federal, totalizando 24 ilegalidades. O número é maior do que o encontrado pelo ministro Augusto Nardes, no ano passado, que listou 15 problemas, como a violação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a existência de distorções envolvendo R$ 106 bilhões na execução orçamentária do governo. Desse total, R$ 40 bilhões eram de pedaladas fiscais, ou seja, o atraso proposital do repasse de dinheiro para bancos públicos para melhorar artificialmente as contas federais. “Muitas das irregularidades já haviam sido apuradas nas contas de 2014”, afirmou Múcio. “A população vem fazendo sua parte, cortando despesas. Por outro lado, o governo não seguiu esse padrão.”
A reincidência dos crimes fiscais, antecipada pela revista ISTOÉ, em outubro de 2015, assusta. Ainda mais porque os valores envolvidos são muito superiores aos de 2014. A soma dos problemas no ano passado pode ter superado os R$ 260 bilhões. O TCU ainda considera os dados preliminares, pois a presidente Dilma tem até 15 de julho para apresentar sua defesa, o que pode revelar alguma inconsistência na apuração.
Mesmo assim, o relator do processo lista falhas graves, como a abertura de crédito extraordinário por meio de medidas provisórias sem os requisitos constitucionais, a manutenção do saldo de dívidas de R$ 28,3 bilhões da União com bancos públicos; a realização de novas operações de crédito de R$ 13,7 bilhões junto às instituições financeiras; a abertura de créditos suplementares de R$ 1,8 bilhão, por meio de decretos presidenciais, incompatíveis com a meta fiscal estabelecida na lei orçamentária anual, sem autorização do Legislativo; e insuficiência do contingenciamento de despesas, de R$ 58 bilhões. Há novas ilegalidades, como a retenção de R$ 3 bilhões do Fundo Nacional de Aviação Civil, pela Infraero, empresa estatal que acumula um endividamento elevado, e um aumento de capital de quase R$ 1 bilhão realizada pelo Banco da Amazônia. “A rejeição mostra a irresponsabilidade do governo com a transparência e com a gestão”, diz o economista Raul Velloso, especialista em contas públicas. “Esse é mais um elemento para minar a credibilidade da presidente Dilma no processo de impeachment.”
As pedaladas fiscais são o principal argumento para o impeachment de Dilma Rousseff. Se havia dúvidas sobre a validade dos crimes cometidos no primeiro mandato para a continuidade do processo de impedimento dela, o TCU apresenta evidências de que o governo continuou desrespeitando a LRF. As comparações com as gestões anteriores também são frágeis. Tanto o governo de Fernando Henrique Cardoso como o de Lula deram suas pedaladas (veja gráfico). Porém, o impacto delas na dívida pública era de 0,03% e de 0,11% do Produto Interno Bruto (PIB), respectivamente. Com Dilma, as pedaladas chegaram a 1% do PIB. Em 2002, o Tesouro devia R$ 950 milhões aos bancos públicos, dívida que chegou a quase R$ 60 bilhões no final de 2015. “O TCU reforçou e deu mais força ao impeachment”, diz Fabio Klein, economista da Tendências Consultoria. “A regra da pedalada, criada em 2012 por Nelson Barbosa, foi um ato administrativo oportunista, que consolidou as ideias da Nova Matriz Econômica.”
Caso o tribunal do TCU siga a recomendação do relator Múcio, após a apresentação da defesa de Dilma, será a primeira vez que um presidente da República receberá a recomendação de rejeição das contas por dois anos consecutivos. O malabarismo contábil será aprovado ou rejeitado pelo Congresso Nacional. As decisões no legislativo nunca são rápidas e devem acontecer entre setembro e outubro.

REVISTA ISTO É


Coluna Ricardo Boechat


Exército
Às armas!
Algo de muito grave deve estar prestes a acontecer em Brasília. O comando da 11ª Região Militar, com sede na Capital da República, acaba de promover tomada de preço para a compra de 95 mil garrafas e 78 mil latas de cerveja. Ainda nem beberam e já estão loucos.

O desastre da Eletrobrás

Considerada especialista no setor elétrico, Dilma deixou a Eletrobrás em estado pré-falimentar, resultado da corrupção e do aparelhamento

Ary Filgueira

É dramático o estado da Eletrobrás. Beira a insolvência. De quatro anos para cá, como resultado de uma nefasta combinação de ingerência política, falta de transparência e um quadro de corrupção sistêmica que se ombreia apenas ao da liquidada Petrobras, a estatal acumulou perdas de R$ 30,5 bilhões. A empresa poderia ter tido um destino bem diferente, se a presidente afastada Dilma Rousseff atuasse como manda o figurino – bastava ela cumprir o que dela se esperava. O desastre da Eletrobrás está para a gestão da petista assim como o insucesso de um filho está para o fracasso do pai. Com um extenso currículo na área energética, fama de ser uma “gerentona linha dura” e prestígio político com Lula, a petista poderia, quando assumiu o ministério de Minas e Energia, ter criado as condições necessárias para colocar a companhia no rumo do desenvolvimento sustentável, o que a livraria do hoje inevitável processo de vilipêndio e, consequentemente, da bancarrota em que hoje a estatal se encontra. Não o fez e, quando ascendeu à presidência da República , o quadro só se deteriorou.
Um dos símbolos da decadência da Eletrobras foi a corrupção na construção da Usina Angra III. Investigadores responsáveis pela aferição de provas, em Curitiba, prevêem para o fim deste mês a primeira sentença sobre desvios de recursos públicos. A investigação começou em julho do ano passado. Geridas pela Eletronuclear, as obras da usina foram alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal na 16ª fase da Lava Jato, batizada de Radioatividade. Estão sob investigação contratos com a Eletronuclear das mesmas empreiteiras envolvidas no esquema de lavagem e desvio de dinheiro da Petrobras.
As denúncias de corrupção em estatais subsidiárias da Eletrobras levaram ao afastamento de dois dos seus principais dirigentes no ano passado. Ligado a Dilma, Valter Cardeal se desligou da Diretoria de Geração da Eletrobras. Já Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro de Lula, Antônio Palocci, ocupava o cargo de diretor de Planejamento e Engenharia da Eletronorte. Ele foi suspenso após as investigações internas apontarem a sua participação em suspeitas de fraudes levantadas pela Lava Jato. Em março do ano passado, o executivo da Camargo Corrêa Dalton Avancini, em delação, disse que Adhemar “teria algum envolvimento com propinas”.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a situação da estatal de energia é “insustentável” e exigirá uma revisão do tamanho e do papel da empresa. Ele adiantou que o governo prepara um plano de vendas de ativos da companhia que deverá começar com empresas de distribuição e fatias minoritárias em usinas e linhas de energia.
Mas para que novos investidores direcionem seu capital social a uma das 15 empresas que compõem o grupo da Eletrobras é preciso estancar a sangria de recursos financeiros da estatal provocada por desvios ilícitos que visam o pagamento de propina a políticos feito basicamente por empresas parceiras de negócios com as estatais. O fator corrupção motivou a elaboração de um relatório (20-F) da Comissão de Valores (SEC) – Securities and Exchange Commission – que recomenda o desligamento em definitivo dos papeis da Eletrobras junto à Bolsa de Valores de Nova Iorque (Nyse) – o principal mercado de valores mobiliários do mundo. A negociação dos papéis da Eletrobras foi suspensa em 18 de maio da Nyse depois de a estatal comunicar na véspera que não entregaria às autoridades dos Estados Unidos o balanço auditado referente a 2014. A suspensão ocorreu porque a KPMG, empresa de auditoria responsável por aprovar o balanço financeiro da estatal brasileira antes de ele ser enviado, se recusou a assinar o documento uma vez que nele não há menção do dano causado à Eletrobras por irregularidades investigadas pela Lava Jato. É, realmente, um desastre. Com a palavra, a especialista Dilma.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


`Jogo de empurra´ entre polícias afeta controle do comércio de armas pelo Facebook

Federal e Civil, além do Exército, eximem-se de responsabilidade por investigar rede social; para especialistas, falta cooperação

Fabio Leite E Marco Antônio Carvalho

A Polícia Federal, a Polícia Civil de São Paulo e o Exército brasileiro se eximiram de responsabilidade pela investigação do comércio de armas de fogo pelo Facebook. O Exército apontou genericamente para “órgãos de segurança pública”, a PF disse que o assunto deveria ser tratado com a Civil, que respondeu que o monitoramento cabe aos agentes federais. Para especialistas, a situação demonstra a falta de integração para combater crimes nessa área.
A PF, a quem compete conceder registros de arma de fogo, emitir autorizações de posse e porte e fiscalizar as lojas físicas, declarou que a competência para apurar a suspeita de comércio ilegal é dos Estados. “A Polícia Federal atua em casos de tráfico internacional de armas de fogo e no caso de organizações criminosas interestaduais”, resumiu. O posicionamento foi ratificado pelo Ministério Público Federal em São Paulo. 
Questionada sobre o posicionamento da PF, a Secretaria da Segurança Pública listou atribuições federais sobre controle de armas e devolveu a responsabilidade. “A Divisão de Produtos Controlados e Registros Diversos esclarece ainda que não é informada pelo Exército ou pela Polícia Federal sobre quais estabelecimentos possuem autorização para a venda de armas”, declarou. “Tampouco possui competência para exercer a fiscalização desses estabelecimentos, que por lei é de responsabilidade do Exército brasileiro e da Polícia Federal”, acrescentou a pasta estadual, não comentando as denúncias específicas enviadas pela reportagem, com cópias das páginas na rede social.
Na outra ponta, o Exército se posicionou declarando que a sua fiscalização é feita “tão somente” no comércio legal de armas. “O comércio ilegal é crime e deve ser investigado pelos órgãos de segurança pública, que são competentes para tal”, complementou.
Controle. Diretor executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques disse enxergar competência da Polícia Civil em fiscalizações dessa natureza. “A venda ilícita de arma de fogo é um crime previsto pelo Estatuto do Desarmamento e seu combate deveria ser feito pela Polícia Civil dos Estados. À Polícia Federal cabe o monitoramento dos estabelecimentos comerciais”, disse.
Marques vê o aumento desse tipo de comércio online como um risco que deveria estar sendo levado em consideração pelas forças policiais. “Isso deveria ser um alerta tanto para a PF quanto para a Polícia Civil de que a fiscalização deve ser feita não somente nas lojas tradicionais”, disse. “As redes sociais são relativamente novas e agora mesmo pode ter alguma pessoa comprando uma arma pelo celular. A polícia precisa se modernizar.”
O vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, criticou o que chamou de “jogo de empurra”. “Isso mostra a desintegração. Essa situação torna mais clara a necessidade de criação de algum mecanismo que una as forças policiais com as Forças Armadas, talvez algum gabinete ou núcleo, para que o problema não fique sendo jogado de um lado para o outro.”
Para Lima, as características de negociações pelo Facebook podem indicar ilegalidade. “Com a falta de contato entre as polícias, muitas vezes as armas acabam caindo em um limbo em que não se consegue descobrir sua origem. A partir daí, as redes sociais acabam sendo um canal de venda mais fácil, já que são cada vez mais acessadas”, disse.
Segundo ele, a existência de grupos e páginas de negociação já representa um descontrole “extremamente grande” na fiscalização. “A discussão a ser feita agora é no sentido de fortalecer o monitoramento para prender quem está vendendo ilegalmente e dificultar as transferências.”
Apreensões. Em 2014, policiais do País apreenderam 118.379 armas de fogo em circulação ilegalmente. O dado é o mais recente de abrangência nacional e foi divulgado no 9º Anuário elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O relatório apontou ainda que a maioria (91%) dos equipamentos foi retirada de circulação por ação das polícias estaduais (Militar e Civil). Em dois Estados (Piauí e Rio Grande do Norte), a participação da Polícia Federal nas apreensões é tão ou mais significativa do que a dos demais agentes.
O relatório pede análise sobre a origem das armas. “É desejável que a melhor compreensão do perfil das armas apreendidas, por meio do rastreamento sistemático, fosse utilizada para o desenho das estratégias mais eficazes para retirada de armas ilegais de circulação.”

Armas são vendidas até por WhatsApp

Anúncios no Facebook prometem compra ‘sem burocracia’; para especialista em segurança, páginas contrariam Estatuto do Desarmamento

Fabio Leite E Marco Antônio Carvalho

“Você já pensou em comprar armas de fogo na internet, com total sigilo e recebê-las em casa?” O anúncio, feito há um mês em uma página pública no Facebook, revela como o comércio ilegal de armamentos acontece abertamente nas redes sociais, sem qualquer fiscalização. O Estado entrou em contato com o vendedor anônimo por meio de um número de WhatsApp divulgado na rede social. Em poucas mensagens trocadas em quatro horas, negociou a compra de dois revólveres calibre 357, de uso restrito, com cem munições, anunciados por R$ 2.640.
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O vendedor, que administra a página Venda de Armas e Acessórios, exigiu apenas um comprovante de residência e disse que entregaria as armas em domicílio em até quatro dias “via transportadora de confiança” após o depósito bancário. Questionado sobre a situação das armas, ele disse que ambas não têm registro. A reportagem não efetuou a compra.
Por lei, o comércio de armas pode ser feito apenas por fábricas e lojas especializadas cadastradas ou entre pessoas que têm posse ou porte de arma em dia e, mesmo assim, mediante autorização da Polícia Federal ou do Exército. O comércio ilegal de armas, assim como a exposição dos produtos, é crime com pena de até oito anos de prisão e multa. 
No Facebook, porém, as regras são desrespeitadas. Na última sexta-feira, a mesma página de venda de armas, cujo administrador diz morar no Jardim São José, na zona norte de São Paulo, oferecia revólveres e pistolas de calibres 22, 32, 38, 375, 380 e 9mm. Além do aplicativo de celular, as compras podem ser efetuadas por e-mail “sem burocracia”.
Somente no último mês, dez pessoas demonstraram interesse em comprar as armas vendidas por ele. A reportagem tentou contato com dois deles pelo Facebook, mas não obteve retorno. O autor da página também não respondeu à mensagem e e-mails enviados pelo Estado na sexta-feira.
“A observação que a gente faz é que o processo de transferência, venda ou doação pela internet deve seguir rito semelhante à aquisição em uma loja de armas, que inclui a apresentação de todos os documentos requeridos. O vendedor precisa pedir com antecedência à Polícia Federal a emissão de uma Declaração de Intenção de Venda. É a Polícia Federal que vai autorizar essa venda para que, depois, a arma seja repassada”, explica o diretor executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques.
Neste domingo, o Estado revelou que páginas e grupos fechados e secretos no Facebook anunciam e negociam a compra de armas, munições e acessórios controlados pelo Exército e pela PF. Questionados sobre a prática, a PF, a Polícia Civil de São Paulo e o Exército se eximiram de responsabilidade pela investigação do comércio de armas de fogo pelo Facebook.
Menos burocracia. A Império Armas, empresa que fica em Atibaia, no interior de São Paulo, e se descreve como especializada em assessoria em processos junto ao Exército e à PF, “com o objetivo de diminuir a burocracia dos órgãos responsáveis pela legalização de armas no Brasil”, também divulga armamento com preços em sua página no Facebook e nos grupos fechados, como uma carabina de calibre .40 e uma espingarda de calibre 12.
Procurada pela reportagem, uma funcionária que se identificou apenas como Gabrieli disse que a empresa não vende armas, apenas anuncia produtos de parceiros. Segundo ela, não há irregularidade na prática. “Não somos uma loja de armas. Nós vendemos assessoria documental. Geralmente, quando é uma coisa ilegal, o Facebook barra”, justifica.
Estímulo. Para Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), as páginas estimulam a compra de armas, na contramão do que prega o Estatuto do Desarmamento, de 2003. “Estudos mostram que quando as polícias fortalecem ações de apreensões de armas, os crimes, como homicídios, caem”, afirma.

Artigo: Pesquisa científica: luxo ou necessidade?


Jose Goldemberg

As discussões sobre a prioridade de investimentos em ciência e tecnologia estão na ordem do dia não só no Brasil, como em outros países do mundo. Por essa razão, a fusão do Ministério das Comunicações com o de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sob o comando de Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, provocou reações de cientistas e instituições que os representam, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Academia Brasileira de Ciências.
Parte dessas reações tem um caráter corporativo, e elas devem ser tratadas como tal. Há corporações em todos os setores da sociedade brasileira e todas elas disputam a atenção do governo federal, acesso a verbas e até privilégios. Por conseguinte, o que é preciso esclarecer, em primeiro lugar, é se investimentos em ciência e tecnologia em países em desenvolvimento como o Brasil são um luxo ou uma necessidade.
Nos países coloniais dos séculos 19 e 20, não fazia sentido investir em ciência a não ser por razões culturais, como se fez com salas de concertos e óperas. As necessidades locais eram atendidas importando produtos industrializados dos países da Europa, dos Estados Unidos e do Japão. As grandes empresas multinacionais foram os veículos que desempenharam esse papel.
À medida, porém, que as colônias começaram a crescer economicamente, depender apenas de importações deixou de ser viável por razões políticas, econômicas e técnicas.
Os movimentos de descolonização e libertação nacional se tornaram irreversíveis após a 2.ª Guerra Mundial (1939-1945), criando a necessidade de industrialização não só para gerar empregos.
Do ponto de vista técnico, havia a necessidade de adaptar as tecnologias às condições locais, o que envolvia muito mais que sua “tropicalização”. Para isso, foi indispensável criar uma elite local que entendesse a ciência e a tecnologia modernas - desenvolvidas nos países industrializados - e que pudesse escolher as melhores tecnologias adaptadas às condições locais.
Daí a necessidade de investimentos em educação, ciência e tecnologia, como fez a Coreia do Sul, que, partindo de uma base puramente agrícola e atrasada em 1950, se tornou um grande exportador de produtos industrializados.
O Brasil também fez progressos, apesar de não ter conseguido repetir o sucesso da Coreia do Sul. A industrialização do Brasil que ocorreu após a 2.ª Guerra Mundial trouxe para o País um parque industrial abrangente e moderno, que permitiu torná-lo competitivo em várias áreas, como, por exemplo, a de papel e celulose. Pesquisa científica e tecnologia locais permitiram também o desenvolvimento do etanol da cana-de-açúcar, cuja produtividade é excepcional por causa do clima local. Na área da saúde, grandes progressos foram feitos.
O que conta mesmo são os recursos destinados ao desenvolvimento científico e tecnológico, que envolvem grandes somas. É necessário investir uma fração significativa do Produto Interno Bruto (PIB). Nos países da União Europeia, aplica-se atualmente em média 1,84% do PIB, e a meta a atingir é de 3% do PIB.
Já a Coreia do Sul investe hoje mais de 4% do PIB (cerca de US$ 50 bilhões por ano). Logo abaixo vêm Israel e Japão. Os Estados Unidos investem menos (em torno de 2,5%), mas seu PIB é tão alto que essa fração corresponde a quase US$ 500 bilhões, o que explica sua liderança incontestável na área.
É por essa razão que o governo da França - que havia decidido reduzir seus investimentos em ciência e tecnologia, em razão da difícil situação econômica do país - desistiu desses cortes, reconhecendo que essa área é prioritária em comparação com outras, que podem ter seus investimentos adiados.
Sucede que o Brasil investe apenas em torno de 1,2% do seu PIB em desenvolvimento científico e tecnológico, US$ 19 bilhões por ano. É aproximadamente o mesmo que outros países emergentes, em alguns casos até mais, como Índia (0,8%), Indonésia (0,2%), México (0,4%) e Argentina (0,6%). Mas é muito pouco, se comparado ao que é investido nos países líderes no mundo, como Estados Unidos e os da Europa, e menos do que alguns nossos colegas do Brics, como China (1,9%) e Rússia (1,5%).
O apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico não é feito necessariamente por ministérios. Nos Estados Unidos, cujo estabelecimento científico-tecnológico é o mais robusto do mundo, não existe Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O apoio às atividades nesta área é feito pela Fundação Nacional de Ciências, pelo Departamento de Energia e outros (departamento é o nome dado aos ministérios naquele país), além de inúmeras fundações privadas. No Japão, é o Ministério da Indústria o principal financiador de atividades de ciência e tecnologia.
Não é, pois, a existência de um órgão burocrático exclusivo para a ciência e tecnologia, como o MCTI do governo federal, que garante apoio às atividades desta área. Mesmo no Brasil, essas atividades já foram exercidas adequadamente por uma Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia, no governo do presidente Collor, em 1990, a qual foi particularmente eficaz na abertura ao acesso de computadores e à área de informática em geral.
Aumentar os dispêndios no Brasil não é fácil, a não ser que o PIB cresça. O que não pode acontecer é interromper ou reduzir os recursos que se destinam à ciência e tecnologia, porque são investimentos que só dão resultados no longo prazo, como os investimentos em educação.
É por essa razão que eles precisam ser preservados mesmo em tempos de crise. Discutir se eles serão canalizados via um Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ou outro formato burocrático não é o problema central.
* É PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E PRESIDENTE DA FAPESP

JORNAL O DIA


Treino antiterrorista para a população

Ministério da Defesa vai orientar o cidadão comum a detectar e saber como agir em caso de suspeita de ataque

Wilson Aquino

Muito mais do que a tradicional "mãozinha", as autoridades responsáveis pela segurança da Olimpíada Rio 2016 vão querer a visão, o olfato e a audição da população. O Ministério da Defesa (MD) está preparando campanha educativa de prevenção ao terrorismo para convocar a sociedade a colaborar no combate à ameaça terrorista que vem a reboque dos Jogos. O objetivo é ensinar o cidadão comum a detectar e agir em casos de situaçães suspeitas. O lema da campanha é: "Se você acha que algo é suspeito, é porque é suspeito!". Em nota, o MD informou que esse é um esforço que faz parte do esquema de segurança dos Jogos.
Profissionais que atuarão no evento, como trabalhadores de redes hoteleiras, funcionários de empresas de ônibus e metrô, guardas municipais, integrantes da administração de pontos turísticos, motoristas de táxi, voluntários do Comitê Organizador Rio 2016 já receberam treinamento com a mesma finalidade. O objetivo é multiplicar a capacidade de reação dos órgãos de segurança. A data do lançamento da campanha não foi definida, mas deve acontecer ainda em junho. Apesar do pouco tempo que falta para o início dos Jogos, a campanha ainda está em processo de formatação. "Deverá consistir na distribuição de folderes, cartazes, cartilhas, além da disponibilizaçáo desse material para os mais diversos órgãos, tais como empresas de transporte urbano, bares, hotéis e outros locais onde haverá circulação de pessoas, devido à realização da Olimpíada", destaca o comunicado do ministério.
ImagemO material será disponibilizado às cidades sede do futebol (além do Rio, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Manaus) e deverá ser afixado em locais estratégicos.Também está prevista a campanha nas redes sociais, nos perfis dos Órgãos envolvidos.
A descoberta de um site em português do mais violento grupo terrorista do mundo, o Estado Islâmico, não modificou em nada a estratégia das forças de segurança. Na sexta-feira, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, disse que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) confirmou a existência desse site, mas que isso não é motivo de preocupação. Cerca de 38 mil militares das Forças Armadas foram preparados para atuar nos Jogos.
Desse total, 20 mil estarão no Rio de Janeiro. Apesar disso, ninguém deve se surpreender se, em meio ao gigantesco aparato de segurança. um cidadão comum atento salvar a pátria. 
Opiniões são divergentes

O material vai dar dicas também de como identificar pessoas suspeitas. Gente com roupas, bolsas e mochilas destoantes das circunstâncias e do clima consta na relação. Isso não significa, necessariamente, que todo barbudo usando turbante e túnica é um terrorista, até mesmo porque a Olimpíada vai atrair povos das mais diferentes culturas e costumes.
A iniciativa gerou críticas. "Nossas forças de segurança parece que buscaram conhecimento com os filmes de Hollywood". Avallou o delegado da Policia Federal aposentado Antonio Rayol. Para ele, a campanha alimenta paranoias e pode gerar aborrecimentos.
Campanha foi feita muito tarde

Especialista em terrorismo, o diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, Vinícius Domingos Cavalcanti, afirma que a campanha é necessária, contudo está começando muito tarde. Para ele, a conscientização da população civil para os perigos é extremamente importante. Até mesmo, porque no Brasil, a segurança fica mais focada nos locais de competição, trajeto e hospedagem das delegações, enquanto alvos civis não recebem a mesma atenção.  "Do ponto de vista do contraterrorismo, que são as medidas relativas às ocorrências, estamos capacitados. É no antiterrorismo que estamos vulneráveis", afirmou.

REVISTA ÉPOCA


A delação que abalou Brasília

Abalroado pelas revelações de Sérgio Machado, o presidente interino Michel Temer não consegue se desvencilhar da Operação Lava Jato e fazer seu governo decolar

Ana Clara Costa

>> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana:
No segundo semestre de 2012, quando se chateava menos com o caráter “decorativo” de sua figura no governo de Dilma Rousseff, o então vice-presidente Michel Temer foi uma ausência notada em Brasília. Apesar de dar expediente às terças, quartas e quintas-feiras no gabinete da Vice-Presidência da República, envolvia-se pouco nos assuntos que preocupavam o Palácio do Planalto. Quando Dilma convocava sua tropa de choque para almoços no Alvorada com o objetivo de discutir as pautas da vez – como o Código Florestal, a CPI de Carlinhos Cachoeira e a crise financeira –, Michel Temer não comparecia. Em alguns casos, nem era convidado; em outros, estava mais ocupado resolvendo pendências do partido que presidia, o PMDB. Tamanho era o descompasso entre a Presidência e a Vice, entre o PT e o PMDB, que os dois partidos marcharam com candidatos diferentes à prefeitura de São Paulo naquele ano. O PT estava firme em Fernando Haddad, apoiado por Lula, e Michel Temer apostava suas fichas em Gabriel Chalita.
O apoio de Temer a Chalita não se restringia a uma simples chancela partidária. Em parceria com Eduardo Cunha, à época um deputado evangélico bem relacionado, em ascensão hiperbólica no partido, Temer batalhou o apoio evangélico. Prometeu a Chalita que estaria em São Paulo todas as segundas-feiras para participar das reuniões do conselho político que assessorava sua candidatura. Na semana passada, uma delação premiada sugeriu que a dedicação de Temer pode ter sido realmente grande. Em seus depoimentos após o acordo de colaboração com a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República encarregada da Operação Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, um conviva antigo da cúpula do PMDB, afirmou que Michel Temer pediu a ele que conseguisse doações oficiais para a campanha de Chalita em São Paulo. O encontro, segundo Machado, se deu em uma sala reservada da Base Aérea em Brasília, em setembro de 2012. Machado afirma que todos do PMDB que faziam tais pedidos sabiam que o dinheiro viria das propinas pagas por empresas que mantinham contratos com a Transpetro. Machado afirma ter atendido ao pedido de Temer com uma doação oficial de R$ 1,5 milhão da empreiteira Queiroz Galvão ao Diretório Nacional do PMDB, a ser repassada à campanha de Chalita. Ao tomar consciência da delação, Temer reagiu com indignação. Em nota emitida na quarta-feira, dia 15, Temer disse que, a ser verdadeira a delação de Machado, ele, Temer, não mereceria estar na Presidência da República. Cabe agora a Machado provar o que denunciou – em relação a Temer e a vários outros políticos.
Em seus relatos, aceitos pelo Supremo Tribunal Federal, Machado acusa mais de 20 políticos de se beneficiar das propinas que arrecadou durante quase 12 anos no comando absoluto da Transpetro, o braço da Petrobras encarregado de contratos bilionários de transporte e armazenamento de combustíveis. Além de Temer, Machado contou ter entregado dinheiro, muito dinheiro, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, ao ex-presidente José Sarney, aos senadores Romero Jucá, Edison Lobão e Aécio Neves (PSDB), ao deputado Henrique Eduardo Alves, entre muitos outros. Machado afirma que, só para o PMDB, arrecadou cerca de R$ 100 milhões, pagos em espécie ou na forma de doações legais a campanhas. Alguns, como Renan, Jucá, Sarney e Lobão, recebiam, segundo Machado, uma espécie de mesada, ou um mensalão, como definiria o ex-deputado Roberto Jefferson – pelos valores, trata-se da acusação mais grave feita por Machado, apesar do impacto provocado pela acusação ao presidente interino Michel Temer.

O INIMIGO OCULTO

A dificuldade de rastrear atacantes solitários somada à. facilidade de acesso a armas preocupa os responsáveis pela segurança da Olimpíada no Rio de Janeiro

Hudson Corrêa, Filipe Coutinho E Talita Fernandes

Passava um pouco das 19 horas do domingo, dia 6 de dezembro, quando seis brasileiros tomaram de assalto uma base militar da Bolívia às margens do Rio Madeira, na fronteira com o Estado brasileiro de Rondônia. Os invasores renderam nove soldados bolivianos. Roubaram 11 fuzis AK-47, seis pistolas, uma escopeta, 22 carregadores, 700 cartuchos e celulares. Isolados naquele pedaço da Floresta Amazônica, alguns militares bolivianos chegaram a pensar que o Brasil declarava guerra ao país, disse um policial brasileiro. Durante as investigações, feitas em conjunto pelos dois países, a polícia de Rondônia captou telefonemas nos quais suspeitos falavam do roubo. Prendeu sete pessoas, que percorreram 300 quilômetros do local da invasão até Porto Velho, a capital do Estado. O arsenal foi escondido em um sítio na cidade. As investigações apontam que parte do armamento tinha como destino o Rio de Janeiro.
O ataque à instalação militar da Bolívia mostra a que ponto chegou a desordem na fronteira do Brasil com países vizinhos. Dessas regiões porosas, dominadas por criminosos, vem o arsenal que traficantes e milicianos ostentam nas favelas do Rio de Janeiro. O que já era um grave problema de segurança pública para a cidade ganhou, agora, contorno mais preocupante. O acesso fácil a armas de guerra ameaça a paz na Olimpíada. "A oferta de armamento ilegal pode facilitar que um eventual "lobo solitário" obtenha meios que favoreçam a realização de atentados", afirma a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), referindose à fauna de extremistas que agem sozinhos.
Desde o dia 13, a Abin participa de operações contra o tráfico de armas na fronteira. "O nível de risco de atentado no Brasil se elevou recentemente, em comparação com o histórico do país, devido à escalada da ameaça global e do crescimento de adesões de brasileiros a ideologias extremistas", afirma a Abin. Pessoas ligadas ao Estado Islâmico criaram um grupo para divulgar mensagens de extremistas traduzidas para o português. A Abin confirma que eles utilizam o Telegram, um aplicativo de celular. É mais uma preocupação com o recrutamento de jovens brasileiros. Militares, policiais federais e oficiais de inteligência envolvidos nos preparativos de segurança para os Jogos traçaram um perfil dos indivíduos que apresentam risco potencial de ataques terroristas: jovem, sem histórico de criminalidade e sem perspectivas de melhorar de vida no curto prazo. Também estão na mira recém convertidos ao islamismo, de discurso radical.
A recuperação do arsenal roubado na Bolívia fugiu à regra. Na maioria das vezes, as armas passam pela fronteira, dentro de carros, caminhões e aviões de pequeno porte, e chegam ao destino final. "É um problema prioritário a ser enfrentado. No dia 12 de maio, antes do meio dia já tínhamos apreendido três fuzis, todos de fabricação americana", disse o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, incansável crítico do governo federal pela omissão na fiscalização das fronteiras. Mas as falhas não são só federais. No Rio de Janeiro, traficantes de drogas e milicianos se armam até os dentes para combater quadrilhas rivais que tentam tomar deles o controle das favelas. Enquanto a pacificação dos morros ia bem, os bandidos aposentaram os fuzis porque, com as áreas bem policiadas, bandos rivais não arriscavam invasões. Nos últimos dois anos, abatida pela falta de investimento do governo estadual, a polícia pacificadora vem definhando nas favelas. Os criminosos voltaram a usar o armamento pesado.
Durante a Olimpíada, o Rio de Janeiro receberá 15 mil atletas de 206 países e mais de 500 mil turistas. Haverá provas de rua e competições em área aberta. Tudo isso torna a segurança mais complexa do que a montada para a Copa do Mundo de 2014. Como reforço, as autoridades decidiram que as Forças Armadas vão patrulhar as principais vias da cidade que cortam favelas dominadas por bandidos. Embora as autoridades brasileiras neguem ter encontrado evidências de uma ameaça, a hipótese de atos terroristas é levada em conta nos preparativos da segurança. Na segunda feira, dia 13, o Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo, do Ministério da Defesa, foi deslocado para o Rio de Janeiro. Está sendo planejada, ainda, uma campanha de conscientização alertando a população para sinais que podem colocar em risco a segurança pública, como objetos abandonados em locais públicos.
A circunstância exige vigilância acurada? Certamente. Porém, não há motivo para pânico. Não há indicativo consistente que extremistas estejam planejando algo semelhante para os Jogos do Rio de Janeiro. Todo cuidado é bem vindo, mas sem alarmismo.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Especialistas iniciam análise das caixas-pretas do avião da EgyptAir

Aeronave caiu no Mar Mediterrâneo em 19 de maio com 66 pessoas a bordo, incluindo 40 egípcios e 15 franceses, depois de desaparecer dos radares

France Presse

Os especialistas iniciaram neste domingo (19), no Cairo, a análise das caixas-pretas do avião da companhia EgyptAir, que caiu no mar há um mês, com o objetivo de esclarecer as causas do acidente que deixou 66 mortos.
Os cartões de memória foram extraídos dos gravadores em uma operação que durou oito horas, o que antecipa um procedimento de análise que levará vários dias.
A equipe egípcia conta com o apoio de especialistas franceses e da companhia europeia Airbus, fabricante do A320 sinistrado. A segunda caixa-preta do avião da EgyptAir que caiu no Mediterrâneo em 19 de maio foi recuperada, mas foi encontrada muito fragmentada embora as equipes tenham consigo recuperar a parte mais importante, que contém a memória do aparelho.
O Airbus A320, que fazia a rota entre Paris e Cairo, caiu no mar em 19 de maio com 66 pessoas a bordo, incluindo 40 egípcios e 15 franceses, depois de desaparecer repentinamente dos radares por causas ainda desconhecidas.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL DA AMAZÔNIA


Arena da Amazônia recebe Tocha Olímpica em Manaus

Onze paraquedistas pularam a mais de 9 mil pés e pararam perfeitamente sobre gramado do estádio
MANAUS - Hoje é o dia mais feliz da minha vida", disse Bruno Victor, um dos alunos estaduais escolhidos para ficar bem próximo a Tocha Olímpica. Ele estava animado pela oportunidade de ver o revezamento e a tocha de tão perto, neste domingo (19)."É um momento importante para Manaus". A primeira parada da tocha ocorreu na Arena da Amazônia, que vai sediar partidas dos Jogos Olímpicos.
ImagemAntes da chegada da tocha, mais de 6 mil pessoas aguardavam por sua chegada nos bancos do estádio. Uma das primeiras atrações foi o grupo de especial de Paraquedistas da Aeronáutica, "Os Cometas". Onze paraquedistas pularam a mais de 9 mil pés e pararam perfeitamente sobre gramado do estádio onde foram aplaudidos de pé. O subtenente Hilton Pereira pousou no gramado carregando a bandeira do Brasil e emocionou a plateia.
Para o Sargento Neto, este é um dos momentos mais importantes da carreira. "Participamos de várias competições, mas esse foi o teste mais importante. É um momento histórico e o fato de ser o primeiro pouso feito dentro de uma arena com certeza só engrandece esse dia".
Na chegada à Arena, a tocha foi conduzida pelo Professor Walmir Alencar, 74 anos, um dos precursores do Handbol na região e forte colaborador do esporte. O Secretário de Juventude, Esporte e Lazer do Estado, Fabrício Lima, falou da importância. "Oferecer a tocha a uma pessoa como o Walmir é lembrar da história dele com o Esporte do Amazonas. Essas Olimpiadas vão fincar a bandeira do esporte no coração dos amazonenses. Tenho certeza".
Presente na inauguração do antigo Estádio Vivaldo Lima, em 1970, Walmir teve a oportunidade de conduzir a chama na Arena da Amazônia.
A chama ainda vai percorrer as ruas do Centro de Manaus, Zona Leste e por fim parar no Complexo Turístico da Ponta Negra. Este momento histórico é acompanhado por várias ícones e representantes do Estado do Amazonas.
No centro do gramado da Arena da Amazônia estavam o Governador José Melo e o Vice-Governador Henrique Oliveira acompanhados de estudantes da rede estadual de ensino e dos representantes do Comitê Olímpico e do Exército. Walmir Alves foi até o encontro deles segurando a tocha olímpica e passou para as mãos do designer Glauber Rocha que continuou o revezamento em direção ao Centro.
A tocha passa hoje por Manaus e segue nos próximos dias para Iranduba e Presidente Figueiredo. O Portal Amazônia continua na cobertura do revezamento da tocha pela cidade.
O consagrado jornalista esportivo, Eduardo Monteiro de Paula também foi um dos condutores da chama em Manaus. Como um prêmio, Dudu, como é conhecido percorreu a Avenida Constantino Nery. Confira o que ele disse após a experiência.

DIÁRIO DE NOTÍCIAS (PT)


Estado investe 21 milhões em aviões militares novos

Participação de Portugal no desenvolvimento e fabrico da aeronave de transporte KC-390 atinge os 59,1 milhões de euros em 2017
Portugal vai investir este ano quase 17 milhões de euros no projeto de desenvolvimento e construção, em Évora, da aeronave militar de transporte KC-390, num total de 20,8 milhões de euros até 2017.
Este montante, que visa concluir o envolvimento português no projeto da empresa brasileira Embraer em cuja construção participam vários países (ver infografia), foi agora publicado em Diário da República e eleva o contributo financeiro de Lisboa para 59,1 milhões de euros. Este investimento iniciou-se em 2012 e previa um total de 57 milhões de euros até 2013.
A resolução do Conselho de Ministros coincide com a aprovação do processo de modernização dos Hércules C-130, aeronaves sujeitas há anos a fortes restrições de voo sobre a Europa por falta dos equipamentos exigidos pelas autoridades aeronáuticas. A sua compra esteve dependente da decisão sobre o novo avião de transporte estratégico (que ainda não foi formalizada) e esse investimento tem agora um teto de 29 milhões de euros, a concretizar até 2023.
As verbas afetas ao projeto do avião de transporte KC-390 "não constituem auxílios de Estado", disse o Ministério da Economia ao DN, pois é um projeto de investigação e desenvolvimento, não uma injeção de dinheiro numa empresa pública e que viole as regras da concorrência comunitária - como Bruxelas considerou ter havido nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
Parceria industrial
Agora, a exemplo do que ocorreu na década de 2000 com o projeto do avião militar europeu A400M, Portugal decidiu participar desde o início no projeto de construção do KC-390 pelas mais valias que daí decorriam para a economia nacional (investigação, desenvolvimento, novas tecnologias, retorno financeiro com a venda em larga escala dessa aeronave).
Lisboa, que desistiu do A400M com o então ministro da Defesa Paulo Portas, apostou depois no KC-390 para substituir os C-130 da Força Aérea. Para isso manifestou interesse em adquirir seis aparelhos - a exemplo da Argentina e do Chile - e apoiou a instalação em Évora de duas fábricas da Embraer (num investimento de 177 milhões de euros inaugurado em 2012).
Com o KC-390 - aparelho preparado para aterrar nos gelos da Antártida - a realizar esta semana testes de voo na base aérea de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), o que ocorre pela primeira vez fora das instalações do fabricante em São José dos Campos (São Paulo), a Força Aérea portuguesa tem vindo a acompanhar o evoluir do projeto que se prevê estar certificado pelas autoridades aeronáuticas civis no final de 2016 e, pelas militares, no segundo semestre de 2017.
"Não houve nada excecionalmente complexo", entre os pedidos feitos à Embraer, "que não tivesse sido feito com o avançar do projeto. Os requisitos reais têm vindo a ser testados e comprovados", revelou ao DN uma fonte do ramo, que criou no final de 2014 um grupo de trabalho para definir as exigências operacionais do sucessor do C-130 e acompanhar o desenvolvimento e comportamento do KC-390.
Descolar com um certo peso numa determinada distância com e sem mau tempo, numa pista não alcatroada ou com piso irregular é um dos exemplos de testes pedidos pela Força Aérea - que tem, no aeródromo açoriana de São Jorge, talvez a pista mais complicada para o sucessor do C-130 operar em território nacional (pelo comprimento da pista, iluminação ou condições meteorológicas).

PORTAL D24AM (AM)


Exército realiza ação social em Itacoatiara

A Aciso, que faz parte da Operação Ágata 11, contou com atendimentos médicos, serviços, palestras e de diversão para o público
Patrick Marques
Manaus – O Exército Brasileiro, em conjunto com a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira realizaram uma Ação Cívico Social (Aciso), neste sábado (18) e domingo (19), na praça da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no centro do município de Itacoatiara, distante 270 quilômetros de Manaus. A ação faz parte da Operação Ágata 11, de proteção contra crimes ambientais e ilícitos nas fronteiras da região amazônica e contou com atendimentos médicos, serviços, palestras e de diversão ao público. Cerca de 3.800 atendimentos foram registrados somente no primeiro dia.
A Aciso teve como intuito promover assistência e auxilio para a população de Itacoatiara. Durante a ação, foi disponibilizado atendimento odontológico, clínico, ginecológico, de mamografia, dermatológico, ortopédico e pediátrico, além de apresentações musicais, emissão de documentos, orientação jurídica, palestras educacionais e uma área de recreação para crianças.
O general Eduardo Dias da Costa Vilas Boas ressaltou que a ação aproxima as Forças Armadas da população. “Esse trabalho, visa prestar apoio à sociedade e isso é muito importante. A operação já vem sendo preparada aqui há muito tempo”, disse.
Para o major brigadeiro Waldeísio Ferreira Campos, da Força Aérea Brasileira, a FAB tem a característica de ter uma mobilidade mais rápida para os serviços, pela utilização de aeronaves. “As aeronaves são um meio de vida. Resgatamos pessoas em situações precárias e também transportamos os profissionais que darão o apoio. Mas as Forças Armadas estão agindo em conjunto em prol da cidadania dos brasileiros”.
Representando a Marinha do Brasil, esteve o comandante do 9º distrito naval, vice-almirante Luís Antônio Rodrigues Hecht. Segundo ele, 3 navios de assistência hospitalar da marinha estão disponíveis para a população durante a Operação Ágata. Os navios estão localizados nas calhas dos rios Negro, Amazonas e Solimões.
“Estamos em Itacoatiara desde a última terça-feira (14) e já realizamos mais de 460 atendimentos médicos e mais de 240 atendimentos odontológicos. Essa é uma estatística é muito boa e importante. Vamos continuar atendendo até o fim da operação”, disse o vice-almirante Hecht.
Quem gostou da Aciso foi a dona de casa Eliana da Silva, 54. Ela contou que levou o marido, que está doente e conseguiu uma vaga no ortopedista. “Foi muito bom, porque chegamos e ainda conseguimos arranjar uma ficha para o atendimento que ele precisava. Eles nos atenderam muito bem. Tomara que isso aconteça mais vezes”, comentou.​



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