NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 23/05/2016 / Espiões e acrobacias aéreas

Espiões e acrobacias aéreas ...
Jaime Spitzcovsky ...
Em roteiros  contaminados por thrillers empoeirados da Guerra Fria, aviões militares  norte-americanos, russos e chineses andaram, nas últimas semanas, se  estranhando, ao fazer arriscadas acrobacias aéreas pautadas por lógica  geopolítica e ao alimentar microcrises diplomáticas, com potencial para  desencadear turbulências planetárias.
Os episódios escancaram as  dificuldades da Casa Branca para lidar com a China e a Rússia em busca  de mais assertividade no cenário global.
O capítulo derradeiro da saga aérea  ocorreu na última terça (17). Segundo a versão dos EUA, dois caças  chineses teriam chegado a apenas cerca de 15 metros de um avião  norte-americano de reconhecimento que riscava espaço aéreo  internacional, nas proximidades do litoral sul chinês.
Pequim rebateu a versão do Pentágono,  classificou a ação de seus pilotos como "correta e profissional" e  exigiu o fim das incursões aéreas de Washington naquela região costeira,  ponto nevrálgico de disputa entre o governo chinês e países vizinhos.
No mês passado, entreveros alados  chacoalharam o mar Báltico. Um caça russo se aproximou de uma aeronave  dos EUA em "missão de rotina e em espaço aéreo internacional", nas  palavras de Washington, fazendo manobras provocativas e a uma distância  de meros 30 metros. Moscou admitiu a estocada, mas acusou o "intruso" de  não se identificar.
A tensão engrossou ainda mais o caldo do  mar Báltico, pois dias antes o Pentágono havia acusado aviões russos de  simularem um ataque a uma embarcação norte-americana, com rasantes  desafiadores.
Tempos são outros, mas enfileirar  fricções aéreas remete a um dos episódios mais célebres da Guerra Fria,  quando, em 1960, o Kremlin abateu um avião-espião norte-americano em  pleno sobrevoo do território soviético e capturou o piloto Francis Gary  Powers, devolvido numa troca de prisioneiros dois anos depois. Com  atuação magistral de Tom Hanks, o recente filme "Ponte de Espiões"  retratou o drama.
Os enfrentamentos atuais não seguem  mais a lógica da bipolaridade de décadas passadas, mas se apoiam no  redesenho da correlação de forças entre os três gigantes. Moscou, por  exemplo, usa as pontadas aéreas como demonstração de força ao que o  Kremlin entende ser o avanço da hegemonia militar norte-americana rumo  às suas fronteiras.
Na quinta (19), a Otan, aliança liderada  pelos EUA, formalizou convite para adesão de Montenegro, ex-integrante  da Iugoslávia. Dos 28 atuais integrantes do bloco militar, 12 são da  Europa Oriental, onde a sombra do Kremlin pairou pesadamente nos anos  plúmbeos da Guerra Fria.
A Rússia entende o movimento  norte-americano como ameaçador, do ponto de vista geopolítico e militar.  Para a Casa Branca, trata-se de consolidar hegemonia e influência em  paragens da Europa Oriental.
Na Ásia, outro embate, pois a China  rejeita as iniciativas norte-americanas desenhadas para conter o aumento  do peso político e militar de Pequim no continente. Enquanto isso,  pilotos tiram finas entre seus aviões em áreas de alta temperatura  política, onde uma manobra mal calculada pode gerar uma crise  diplomática de grande monta.
 Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Saab presenta el Gripen E
José Mª Navarro García
Ha  tenido lugar la presentación internacional del nuevo avión de combate  Gripen E de la empresa sueca Saab, al que su fabricante se refiere como  The Smart Fighter (el caza inteligente). Los vuelos de pruebas con el  primero de los aviones comenzarán este verano y precederán a las  entregas de los aviones que han encargado Suecia (60 aviones) y Brasil  (36 unidades) cuyas entregas comenzarán en 2019.
El avión se basa en el conocido JAS 39C  del fabricante sueco, pero ha visto puesto al día todo su repertorio de  sistemas electrónicos. Con ellos pretende aumentar sus prestaciones y  reducir sus costes operativos. Durante la ceremonia de presentación que  tuvo lugar en Estocolmo, el CEO del grupo Saab Håkan Buskhe afirmó que  consideran que hay un mercado potencial para este avión de entre 400 y  450 aviones. Entre los potenciales compradores según la empresa se  encuentran Bélgica, Bulgaria, Colombia, Filandria, india y Eslovaquia.
El  Gripen E (la versión biplaza recibe la denominación F), es un avión de  combate multirol, totalmente interoperable con las fuerzas de la OTAN y  diseñado en torno al concepto de Guerra en Red (Network Centric Warfare o  NCW). Su elevada capacidad de supervivencia se deben a sus sistemas de  armas aire-aire que van desde el Meteor, al AMRAAM, Iris-T o Aim-9 según  las preferencias de cada cliente o las armas aire-superficie de  precisión de última generación además de la capacidad para volar en modo  supercrucero (a velocidad del sonido sin emplear el postquemador).
La conciencia situacional del piloto se  basa en la adopción de un moderno radar de apertura sintética del tipo  AESA y de un sensor electroóptico pasivo, además de sistemas de  presentación de datos en el casco del piloto, aviónica de última  generación y una cabina de último diseño. Cuenta con un sistema de  comunicaciones data-link dural, comunicaciones por satélite y  transmisión de vídeo en tiempo real.
El Gripen E podrá detectar objetivos de  pequeña sección radar (Radar Cross Section o RCS) y presentará al piloto  información fusionada de los diferentes sensores. Destacan el citado  radar y el sensor electroóptico pasivo, ambos desarrollados por  Selex-ES, concretamente se trata del radar Raven ES-05 de barrido  electrónico (Active Electronically Scanned Array Radar o AESA), el  primer radar montado sobre un afuste rotatorio que proporciona un margen  de 100 grados en el morro del avión. El sistema electroóptico pasivo es  el Skyward-G también de Selex-ES, un sistema IRST (Infrared Search and  Track) derivado de la experiencia de la empresa en el Pirate del  Eurofighter Typhoon. Puede detectar objetivos de pequeño tamaño en modo  pasivo, sin emplear el radar del avión y permite emplear misiles  aire-aire más allá del alcance visual (Beyond Visual Range o BVR).
Selex-ES también aporta el sistema de  identificación amigo-enemigo (Identification Friend-or-Foe o IFF). Los  datos de estas tres fuentes así como los del sistema de guerra  electrónica se presentan fusionados al piloto de tal manera que  incrementan su conciencia situacional, datos que además pueden ser  intercambiados entre aeronaves en vuelo gracias a los data-links.
Avião Solar Impulse 2 completa nova etapa de volta ao mundo
Aeronave pousou no Aeroporto Internacional de Dayton, Ohio. Essa é a última etapa de viagem destinada a quebrar recorde.
Afp
O  avião Solar Impulse 2 aterrissou em Dayton, Ohio, na última etapa de  uma viagem destinada a quebrar o recorde de trajeto ao redor do mundo  sem consumo de combustível, após decolar de Tulsa, Oklahoma, neste  sábado (21).
O avião ainda fará pelo menos uma parada  nos Estados Unidos, em Nova York, antes de atravessar o Oceano Atlântico  para a Europa ou nordeste da África.
Movido a energia solar, o avião, pilotado  pelo empresário suíço Andre Borschberg, pousou no Aeroporto  Internacional de Dayton, após 16 horas e 34 minutos de voo, com o  propósito de promover o uso de energia limpa, segundo um vídeo exibido  ao vivo.
A parada em Dayton é particularmente  simbólica, por ser a cidade dos irmãos Orville e Wilbur Wright,  pioneiros americanos que realizaram o primeiro voo em um avião  motorizado e tripulado.
As asas do Solar Impulse 2 são mais  amplas do que as de um Boeing 747 e estão equipadas com 17.000 células  solares para carregar as baterias.
Após quase três anos em obras, aeroporto é reinaugurado no RS
Aeroporto de Santo Ângelo foi reaberto neste domingo (22). Obra, que deveria durar 120 dias, levou três anos para ser concluída
G1 Rs
A pista de  pousos e decolagens do Aeroporto Sepé Tiaraju, em Santo Ângelo, na  Região das Missões do Rio Grande do Sul, foi reaberta neste domingo  (22). Conforme a Secretaria Nacional de Aviação Civil, esta é a primeira  obra a ser entregue por meio do convênio do programa federal de auxílio  a aeroportos.
Com a conclusão do projeto, orçado em R$  5,13 milhões, o local passará a receber voos regulares que farão ligação  do nordeste gaúcho com outros 12 destinos. A verba disponibilizada pelo  programa foi utilizada para construção da nova pista, reforma do pátio  de aeronaves, instalação da cerca operacional e nova sinalização  horizontal.
O aeroporto, por enquanto, foi  reaberto para voos particulares e para o aeroclube local. Voos  comerciais só devem começar a operar a partir de 1° de setembro.
Com um prazo inicial de 120 dias para as  obras, o aeroporto ficou interditado por quase três anos. A empresa  responsável pela obra chegou a ser multada pela demora na entrega.
A partir de setembro, devem ocorrer voos diários até Porto Alegre em uma aeronave com capacidade para 70 passageiros.
Sobre a nova pista
Com 30 metros de largura e extensão de 1.615 metros, a nova pista do Aeroporto Sepé Tiaraju está apta a receber aeronaves que compõem a frota das principais empresas brasileiras de aviação, em especial os aviões de maior porte, tais como o B-737-300, B-737-400 e A-320.
Com 30 metros de largura e extensão de 1.615 metros, a nova pista do Aeroporto Sepé Tiaraju está apta a receber aeronaves que compõem a frota das principais empresas brasileiras de aviação, em especial os aviões de maior porte, tais como o B-737-300, B-737-400 e A-320.
O reforço do atual pavimento teve por  base a perspectiva de realização de 1.220 decolagens anuais, valor  típico de aeroportos regionais brasileiros de características similares  as do aeroporto de Santo Ângelo e que operam com aeronaves de grande  porte. Esse movimento anual de aeronaves coloca o aeroporto na Categoria  V: "Pista de Aviação Regular de Médio Porte de Baixa Densidade".
Maduro diz que a Venezuela está preparada para invasão ou golpe
No último dia de exercícios militares, líder afirma que pediu uma estratégia de combate à "guerra não convencional"
CARACAS - O  presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou neste domingo, 22,  que o país está preparado em caso de uma possível invasão ou tentativa  de golpe. “Creio que estamos mais preparados do que jamais estivemos”,  disse no Estado de Vargas, no último dos dois dias de exercícios  militares. Maduro ainda declarou que o governo está preparado contra  “processos internos de comoção e desestabilização”.
O presidente venezuelano também  pediu ao ministro da Defesa, Vladimir Padrino, a adoção de uma  estratégia de combate à “guerra não convencional” da qual diz que tem  sido vítima. Ele destacou que a “guerra econômica” promovida pela  oposição é uma tentativa de criar uma “confrontação interna”, mas não  tem sido bem sucedida porque o governo “protege o povo”. Maduro  disse que os EUA sonham em dividir as Forças Armadas “chavistas” da  Venezuela, mas afirmou que seu governo conta com o apoio dos militares.  As declarações foram feitas dias após Maduro decretar estado de exceção e  emergência econômica que daria ao governo poder suficiente para fazer  frente a um suposto golpe.
Em entrevista publicada no sábado pelo  jornal espanhol El País, o líder opositor Henrique Capriles disse que  solução para a crise da Venezuela é uma eleição, mas Maduro “prefere um  golpe de Estado à realização de um referendo revogatório”. Ele  acrescentou que a oposição não quer um golpe, mas advertiu que as  medidas inconstitucionais adotadas por Maduro podem levar a um levante  militar. Capriles declarou que caso a situação saia do controle, as  Forças Armadas vão preferir dizer a Maduro que saia do caminho em vez de  matar o povo.
Maduro e a oposição estão em rota de  colisão em razão da proposta de referendo para pôr fim a seu mandato. As  autoridades dizem que a votação não ocorrerá este ano, mas a oposição  defende que o presidente impopular deve sair para evitar que a recessão  econômica se agrave ainda mais.
Alguns opositores acreditam que certos  setores militares poderiam pressionar o ex-motorista de ônibus e  ex-sindicalista a permitir a votação. A cúpula das Forças Armadas, no  entanto, elogia o líder morto Hugo Chávez, assim como Maduro, que não  possui formação militar.
Segundo levantamento recente, quase 70%  dos venezuelanos querem que Maduro deixe a presidência neste ano, desejo  intensificado pela deterioração das condições de vida, que atingiu  níveis assustadores. A economia venezuelana vive a pior recessão em todo  o mundo. Em toda a Venezuela, pequenas manifestações vêm ocorrendo  diariamente. Nas redes sociais, proliferam vídeos que mostram pessoas  saqueando supermercados e brigando entre si. Com a criminalidade fora de  controle, o linchamento de pequenos infratores está se tornando mais  comum.
Violência no Maranhão faz governador pedir ajuda da Força de Segurança Nacional
Ações violentas foram praticadas por facções criminosas como forma de reação à dura repressão aos detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas
Diego Emir
SÃO LUÍS - Uma  onda de violência tomou conta da região metropolitana da capital  maranhense nos últimos dias. Desde quinta-feira, 19, ocorreram 14  ataques a ônibus, destes, seis terminaram com veículos completamente  incendiados. As ações violentas foram praticadas por facções criminosas  como forma de reação à dura repressão aos detentos que está ocorrendo no  Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Em meio à situação de caos na  Segurança Pública, o governador Flávio Dino (PCdoB) solicitou ao  Ministério da Justiça o envio da Força Nacional, que começa a atuar no  Estado na segunda-feira, 23.
De acordo com o delegado-geral de Polícia  Civil do Maranhão, Lawrence Melo Pereira, 128 homens da Força Nacional  vão ajudar no combate à violência. Desde o início dos ataques, houve  reforço do policiamento na zona rural da região metropolitana, nos  pontos finais dos ônibus, nos terminais de integração e nos bairros onde  houve ocorrências.
Nos últimos anos, a Força Nacional também  foi convocada pela ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) para ajudar no  combate à violência e no controle dos detentos de Pedrinhas.
Mais uma vez, os ataques foram comandados  de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas por líderes de facções  criminosas. O suposto autor das ordens dos últimos atentados, Eliakim  Machado, o "Sadrak", é um dos líderes do Bonde dos 40, uma das  quadrilhas mais perigosas em atuação no Maranhão.
Em uma interceptação telefônica feita  pela Secretaria de Segurança, Eliakim ordena: "Boa noite, meus irmãos da  família 40! Tá dado aí um salve geral aí pra tá agarrando os ônibus, de  preferência no ponto final, pois não tem ninguém dentro, tá tocando  fogo nos ônibus. Mas é pra pegar fogo todinho mesmo os ônibus. Forma de  protesto contra a opressão que estamos sofrendo no sistema  penitenciário".
A opressão citada pelo detento se refere à  repressão que a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária  impôs aos prisioneiros após a morte do auxiliar de agente penitenciário  Gilvan Cordeiro, executado na capital maranhense por membros de facções  criminosas.
Para tentar acalmar a população e passar  um clima de tranquilidade, Flávio Dino acompanhou pessoalmente as  operações de policiamento ostensivo na noite de sábado, 21. "A polícia  está presente para garantir a ordem pública", afirmou o governador.
Desde que passou a adotar o policiamento  ostensivo, as forças de segurança do Maranhão identificaram e prenderam  38 suspeitos, sendo 21 autuados pelos ataques aos ônibus e outros  crimes.
O secretário de Segurança, Jefferson  Portela, classificou os atentados como "atos covardes" e disse que "a  força do crime não vai predominar no Maranhão, e todos os autores e  mentores dos crimes vão ser identificados".
Ainda de acordo com dados da Secretaria  de Segurança Pública, a partir do governo Flávio Dino, com novas  estratégias e apoio dos serviços de inteligência, a polícia alcançou  grandes traficantes, desarticulou quadrilhas locais e interestaduais,  ocasionando, segundo cálculos do delegado-geral Lawrence Melo, um  prejuízo de R$ 5 milhões ao narcotráfico. Em uma única ação, foram  apreendidos R$ 500 mil reais em entorpecentes provenientes do Mato  Grosso do Sul.
Espiões e acrobacias aéreas
Jaime Spitzcovsky
Em roteiros  contaminados por thrillers empoeirados da Guerra Fria, aviões militares  norte-americanos, russos e chineses andaram, nas últimas semanas, se  estranhando, ao fazer arriscadas acrobacias aéreas pautadas por lógica  geopolítica e ao alimentar microcrises diplomáticas, com potencial para  desencadear turbulências planetárias.
Os episódios escancaram as  dificuldades da Casa Branca para lidar com a China e a Rússia em busca  de mais assertividade no cenário global.
O capítulo derradeiro da saga aérea  ocorreu na última terça (17). Segundo a versão dos EUA, dois caças  chineses teriam chegado a apenas cerca de 15 metros de um avião  norte-americano de reconhecimento que riscava espaço aéreo  internacional, nas proximidades do litoral sul chinês.
Pequim rebateu a versão do Pentágono,  classificou a ação de seus pilotos como "correta e profissional" e  exigiu o fim das incursões aéreas de Washington naquela região costeira,  ponto nevrálgico de disputa entre o governo chinês e países vizinhos.
No mês passado, entreveros alados  chacoalharam o mar Báltico. Um caça russo se aproximou de uma aeronave  dos EUA em "missão de rotina e em espaço aéreo internacional", nas  palavras de Washington, fazendo manobras provocativas e a uma distância  de meros 30 metros. Moscou admitiu a estocada, mas acusou o "intruso" de  não se identificar.
A tensão engrossou ainda mais o caldo do  mar Báltico, pois dias antes o Pentágono havia acusado aviões russos de  simularem um ataque a uma embarcação norte-americana, com rasantes  desafiadores.
Tempos são outros, mas enfileirar  fricções aéreas remete a um dos episódios mais célebres da Guerra Fria,  quando, em 1960, o Kremlin abateu um avião-espião norte-americano em  pleno sobrevoo do território soviético e capturou o piloto Francis Gary  Powers, devolvido numa troca de prisioneiros dois anos depois. Com  atuação magistral de Tom Hanks, o recente filme "Ponte de Espiões"  retratou o drama.
Os enfrentamentos atuais não seguem  mais a lógica da bipolaridade de décadas passadas, mas se apoiam no  redesenho da correlação de forças entre os três gigantes. Moscou, por  exemplo, usa as pontadas aéreas como demonstração de força ao que o  Kremlin entende ser o avanço da hegemonia militar norte-americana rumo  às suas fronteiras.
Na quinta (19), a Otan, aliança liderada  pelos EUA, formalizou convite para adesão de Montenegro, ex-integrante  da Iugoslávia. Dos 28 atuais integrantes do bloco militar, 12 são da  Europa Oriental, onde a sombra do Kremlin pairou pesadamente nos anos  plúmbeos da Guerra Fria.
A Rússia entende o movimento  norte-americano como ameaçador, do ponto de vista geopolítico e militar.  Para a Casa Branca, trata-se de consolidar hegemonia e influência em  paragens da Europa Oriental.
Na Ásia, outro embate, pois a China  rejeita as iniciativas norte-americanas desenhadas para conter o aumento  do peso político e militar de Pequim no continente. Enquanto isso,  pilotos tiram finas entre seus aviões em áreas de alta temperatura  política, onde uma manobra mal calculada pode gerar uma crise  diplomática de grande monta.
Nova equipe econômica trabalha na reforma da Previdência
Avalia-se propor a idade mínima de 65 anos para homens e 63 para mulheres
Agência Estado
A nova equipe  econômica trabalha em uma reforma da Previdência que, se aprovada, vai  alterar substancialmente a maneira como funciona hoje. Mais de uma  dezena de pontos estão em análise. Se as propostas vingarem, vão mudar a  forma de concessão e o prazo para aposentadorias e pensões, tanto  urbanas quanto rurais, na iniciativa privada e no setor público. E não  apenas dos futuros trabalhadores, mas também para quem já está no  mercado. A idade mínima para a aposentadoria de trabalhadores da ativa  está no pacote, embora o próprio governo tema que ela não avance nas  negociações políticas.
Essa é, na verdade, a proposta mais  ambiciosa. Avalia-se propor 65 anos para homens e 63 para mulheres.  Seria uma mudança de paradigma: as regras atuais abrem espaço para que  se aposente com praticamente 10 anos a menos. A alteração, porém, seria  feita com cuidado.
Existe a compreensão de que os  trabalhadores da ativa são muito diferentes entre si. Há os que estão  perto da aposentadoria e os que entraram no mercado ontem. Assim, a  regra de transição seria suave para quem está perto da aposentadoria e  mais dura para quem está longe.
Os especialistas acreditam que a adoção  da idade mínima para trabalhadores da ativa seria a melhor opção para  deter, o quanto antes, o crescimento vertiginoso do gasto  previdenciário, que está perto de R$ 700 bilhões. Mas sondagens com  parlamentares identificaram que a medida é polêmica e pode emperrar a  reforma inteira, que ainda não é politicamente palatável. Líderes dos  principais partidos não se comprometeram a dar apoio antes de conhecer,  em detalhe, as propostas.
Como plano B à idade mínima, estuda-se  adotar um sistema de pontuação. Para facilitar o entendimento e a  implantação, esse sistema seria baseado na já existente regra 85/95  (cuja soma de tempo de contribuição e de idade dá 85 para mulheres e 95  para homens). Os valores iniciais, porém, seriam superiores aos atuais:  90/100, no mínimo.
Foco
O novo secretário de Previdência, Marcelo  Caetano, um dos maiores pesquisadores do tema, tem intimidade com a  discussão. Ele já vinha organizando propostas para uma reforma há mais  de um ano e sabe que mexer nas regras de aposentadoria de trabalhadores  da ativa é o capítulo mais explosivo. Por isso, vai estudar todas as  possibilidades, segundo o jornal "O Estado de S. Paulo" apurou.
O economista Fábio Giambiagi, que viu  muitas reformas naufragarem, está otimista: “Parece que chegou o  momento”, diz. Mas tem duas preocupações. A primeira é política. “Se  algum ponto tiver oposição, melhor tirar”, diz. A segunda preocupação é  técnica: “Entendo que o governo deve ser ágil, mas montar uma reforma em  15 dias e levá-la à votação em 30, como foi anunciado, é correr o risco  de algo dar errado - não precisava essa sangria desatada.
São José é palco de simulação para os Jogos
Militares  do Exército, Marinha e Aeronáutica finalizaram na última sexta-feira do  exercício chamado de "Olimpex", realizado no Icea (Instituto de Controle  do Espaço Aéreo, em São José dos Campos.
Trata-se de treinamento  preparatório para as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro. Foram simulados  cenários para controle do espaço aéreo durante os jogos. De acordo com a  FAB (Força Aérea Brasileira), o objetivo é a evolução dos processos que  definem o nível de tomada de decisões.
"É muito importante essa interação entre  as forças nesse treinamento e principalmente entre as equipes envolvidas  no exercício", disse Thiago Ribeiro, capitão do Exército.
Os exercícios foram simulados a  partir de seis cenários criados virtualmente em 110 situações. Nelas, os  militares puderam praticar e definir as estratégias que devem ser  tomadas para garantir a defesa do espaço aéreo durante os eventos  esportivos. "Trabalhamos para que quem for assistir às competições  esteja ciente que os céus estão protegidos", disse o coronel aviador  Marcelo Alvim Agricola.
Embraer anuncia venda de 23 jatos executivos para a mexicana Across
Assis Moreira - De Genebra
A Embraer Aviação  Executiva vai anunciar hoje, em Genebra, um pedido de compra de 23  jatos pela companhia mexicana Across. O negócio sinaliza um novo modelo  de utilização mais acessível de aviação executiva, em meio à crise no  segmento.
O contrato tem valor estimado em US$ 260  milhões pela lista de preços atual, mas o potencial do negócio é  superior a US$ 500 milhões porque a intenção do cliente mexicano é  dobrar o pedido no curto prazo.
A aviação executiva sofre com o impacto  da crise econômica, globalmente. Os mercados da Europa, da China e do  Brasil sofreram contração. Analistas falam de um esgotamento do modelo  tradicional no segmento, pelo qual uma só pessoa compra um jato para seu  uso pessoal.
Agora, os fabricantes buscam maior  demanda por parte de clientes que preferem a propriedade compartilhada  do aparelho ou usar serviços de táxi aéreo. As companhias também  procuram compradores em novas regiões geográficas. É nesse cenário que  dois anúncios que a Embraer fará na Feira Europeia de Aviação Executiva  tem importância que vai além do valor dos contratos. A feira é conhecida  pela sigla inglesa Ebace e começa hoje em Genebra.
A Across, sediada em Toluca, principal  centro de aviação executiva do México, vai confirmar pedidos de oito  Legacy 500, oito Phenom 300 e sete Phenom 100E, para seus voos de  fretamento sob o conceito de "Aviación a tu medida". A empresa faz  também gerenciamento de aeronaves e serviços aeroportuários para jatos  executivos.
Em entrevista ao Valor, o presidente da  companhia, Pedro Corsi, diz que "parece claro que ter um jato, com seu  próprio piloto e usá-lo menos de 10 horas ao mês, é menos atrativo  hoje". Segundo ele, "usando as opções, como avião compartilhado ou  alugado, a economia é de 75% e o serviço é confiável".
O empresário reconhece o esgotamento do  modelo tradicional de um único proprietário, mas observa que continua a  ter gente comprando seu jato para uso exclusivo, com sua equipe de  pilotos. A própria Across vai vender aviões da Embraer nesse contexto,  como parceiro do fabricante brasileiro na comercialização de jatos  executivos. A Across já pediu para a Embraer antecipar a entrega de dois  aparelhos, de 2017 para este ano. O número de horas de voo da empresa  passou de 4,5 mil horas em 2011 para 6 mil horas em 2014. No ano  passado, chegou a 9 mil horas, e no primeiro trimestre deste ano cresceu  30% a mais que o projetado. Inicialmente, a empresa cobre as Américas,  mas tem planos de expansão para a Europa. A América do Norte tem sido  responsável por mais de 60% da demanda por jatos executivos, e essas  empresas estão buscando oportunidades de operação em outras regiões  também.
Corsi participará da Ebace juntamente com  a Avinode, o principal mercado on-line do mundo para compra e venda de  voos de fretamento.
O segundo novo cliente da Embraer que vai mostrar outra opção de negócios é a empresa suíça Sparfell & Partners.
A companhia tem experiência na área de  leasing de aviões comerciais, mas, agora, quer levar esse modelo para  aviação executiva. Assim, governos ou empresas não precisariam comprar  mais os próprios aviões. Em vez disso, poderiam contratar empresas que  oferecem o serviço completo, incluindo pilotos, seguro, manutenção e  outros custos envolvidos, dentro do novo conceito de leasing.A companhia  suíça começou com um Legacy da Embraer, e abre outro potencial de  utilização de aviação executiva.
Marco Tulio Pellegrini, presidente e  executivo-chefe da Embraer Aviação Executiva, destaca que os jatos da  companhia combinam com as opções que estão surgindo no mercado, com  baixo custo operacional, maior produtividade etc. No México, a frota  composta pelos jatos da família Phenom, Legacy e Lineage cresceu 35% no  ano passado.
Para 2016, a divisão de jatos executivos  da Embraer planeja entregar de 40 a 50 aeronaves grandes (famílias  Legacy e Lineage) e de 75 a 85 jatos leves (família Phenom). Isso  equivale a uma receita entre US$ 1,75 bilhão e US$ 1,9 bilhão.
No primeiro trimestre já foram entregues  12 jatos leves e 11 jatos grandes, em comparação com 10 jatos leves e  dois jatos grandes no mesmo período do ano passado.
Mulheres ganham chance na Aeronáutica
Desde 1949, as vagas para cadetes são destinadas apenas a homens. Com a mudança, novo edital oferece 20 vagas para candidatas na Epcar
A Escola  Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) é uma instituição de ensino da  Força Aérea Brasileira, com sede em Barbacena, Minas Gerais, que  funciona em regime de internato. Ela foi criada em 1949 e, desde então, o  ingresso era voltado apenas para homens. Este ano, além das 160  oportunidades para homens, foram abertas 20 vagas para a admissão de  mulheres. Para o coordenador do Curso Meta, Vanderlan Marcelo Viana,  trata-se de um fato histórico para a área militar, e os alunos têm muito  a ganhar com isso. "O enriquecimento cultural vai ser enorme porque os  participantes vão conviver com pesoas de todo tipo", explica.
Entre as vantagens da seleção, ele  lista acompanhamento médico, alimentação e uma bolsa em dinheiro  (atualmente, os aspirantes a cadetes ganham R$968). Viana, que também é  engenheiro do Instituto Militar de Engenharia (IME), salienta os valores  aprendidos durante a estadia na Epcar. "Eles praticam a lealdade, a  disciplina, a hierarquia, a cultuar os símbolos do país e a serem  patriotas", diz. Os selecionados ficarão no internato durante três anos,  em que cursarão formação equivale ao ensino médio regular.
Depois de se formarem, receberão  certificado de ensino médio e do curso preparatório de cadetes e podem  escolher trilhar uma carreira militar ou não. Os que optarem pela  segunda opção, poderão concorrer ao número de vagas previsto à matrícula  no primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores (CFOAV) da  Academia da Força Aérea (AFA).
Para participar, é preciso ter de 14 a 19  anos até 31 de dezembro de 2017. São cinco etapas: prova escrita,  eliminatória e classificatória, com 48 questões (das quais, 16 são  objetivas de múltipla escolha) sobre português, matemática, inglês, além  de redação; inspeção de saúde; exame de aptidão psicológica; teste de  avaliação de condicionamento física; e validação documental.
Dicas
O professor de português do curso Cidades  Valber Freitas garante que os candidatos devem se concentrar em estudar  sintaxe, concordância verbal e nominal, crase, regência, período  composto e simples. "Também costumam cair na prova o emprego das classes  gramaticiais, correlações verbais, conjução e interpretação de texto",  afirma. Já em matemática, o professor do curso Meta Guilherme Vilela  conta que os conteúdos de radicais duplos, polinômios, aritmética,  função quadrática e afins, geometria semelhantes e áreas de figuras são  bem recorrentes. "Para esse concurso, é necessária uma preparação  específica, pois a linguagem é bem técfnica e, para isso, deve haver uma  disciplina de estudo", alerta.
Yaron Segalovich é professor de inglês do  curso Seleção e comenta que, pelo fato de a língua inglesa só estar  presente na prova há dois anos, ela se enquadra no nível de dificuldade  abaixo do intermediário. "Quem tem noção do idioma acaba se dando bem",  diz. "O aluno tem que saber as noções básicas de gramática, tempos  verbais, números ordinais e cardinais e interpretação de texto", afirma.
Candidatos falam
"Sempre tive interesse na área militar e,  com o apoio da família, decidi participar do concurso. Estou  superconfiante, pois estou me preparando fazendo cursinho e estudo em  casa" - Débora Luiza Silva, 14 anos.
"Nunca quis seguir carreira militar, mas  depois pesquisei sobre e me interessei. Quero ser médica e, para ter uma  boa formação, decidi fazer o concurso" - Camila Perez, 14 anos.
"Pensei em ser várias coisas, menos  militar, apesar de a maioria da minha família seguir essa área. Com o  tempo, essa vontade foi crescendo em mim. Faço cursinho, exercícios e, a  qualquer momento, estou estudando" - Júlia Almeida, 14 anos.
"Há dois anos, tenho buscado o melhor  para mim por isso vim para Brasília estudar para a Epcar. Faço cursinho,  estudo com meus amigos e também pelo Skype com o meu tio" - Matheus  Henriques, 16 anos.
"Meu pai é militar, e sempre gostei dessa  área. Eu não tenho tempo livre, sempre estou estudando para conseguir  entrar na Epcar. Vai ser um grande orgulho para o meu pai se eu  conseguir" - Matheus Andrezzi, 17 anos.
O futuro dos Michelzinhos
Governo Temer vai apresentar, em 15 dias, as mudanças nas regras da Previdência para garantir que as próximas gerações recebam seus benefícios. Conheça as principais alternativas para reduzir o rombo bilionário e explosivo
Luís Artur Nogueira
Nas últimas  décadas, vários temas têm gerado polêmica no Brasil como a  descriminalização da maconha, a ampliação dos casos de aborto legal, a  autorização para o porte de armas, a legalização de bingos e cassinos,  os direitos de uniões homoafetivas, entre outros. Devido a questões  religiosas, políticas, ideológicas ou corporativas, os debates raramente  são profícuos e acabam contaminados por reações irracionais dos  diversos grupos de interesses. Há, no entanto, um assunto insuperável no  quesito tabu: a reforma da previdência.
Apesar da constatação elementar de que o  rombo bilionário é insustentável, o País conseguiu promover apenas duas  reformas parciais, uma no governo FHC e outra no governo Lula, que não  resolveram o problema. Toda vez em que o assunto vem à tona,  imediatamente surge no imaginário das pessoas a figura de um velhinho  carente que terá os seus direitos usurpados. Não é nada disso. Trata-se,  na verdade, de buscar alternativas para garantir o pagamento das  aposentadorias das próximas gerações. Ciente da gravidade, o presidente  Michel Temer está disposto a superar as pressões e promover uma reforma.
No início do ano passado, já com as  finanças públicas em frangalhos, a então presidente reeleita Dilma  Rousseff empunhou, ao menos nos discursos, essa bandeira. Na ocasião, o  ministro da Fazenda, Joaquim Levy, conseguiu apenas emplacar pequenos  ajustes nas regras das pensões, como a que reduz o período de  recebimento dos benefícios pelas jovens viúvas. Alterações mais  profundas não avançaram porque o PT, partido da presidente, sempre  boicotou o debate, como se fosse possível tapar o sol com a peneira.
O déficit do INSS vem crescendo  exponencialmente desde 2011, passando de R$ 35,5 bilhões para R$ 85,8  bilhões, no ano passado. O salto previsto pelos especialistas será ainda  maior até 2018, atingindo R$ 178 bilhões. Há vários fatores que ajudam a  explicar por que a conta não fecha. Fraudes, má gestão, privilégios  para uma minoria de servidores e queda na arrecadação são alguns deles.  Mas, no médio prazo, o mais importante é o envelhecimento da população  brasileira. Diante do aumento do número de idosos, as despesas da  Previdência Social vão saltar de R$ 500 bilhões por ano para incríveis  R$ 14 trilhões em 2060.
Como proporção do PIB, significa que as  despesas com aposentadorias, que hoje representam 7,4% de todos os bens e  serviços da economia, totalizarão 17,2% do PIB em pouco mais de 40  anos. Como o modelo de previdência brasileiro pressupõe que os  trabalhadores da ativa financiem os inativos, é fácil traçar um quadro  explosivo no futuro diante da queda de natalidade no País e do aumento  da expectativa de vida das pessoas. Não é à toa que diversos países  europeus, cujo envelhecimento populacional já é uma realidade, mudaram  recentemente suas regras para a aposentadoria, como Alemanha, Espanha e  Suécia.
Seja por convicções ideológicas ou por  espírito de corpo, as centrais sindicais sempre são contrárias a  qualquer alteração. O discurso de defesa dos direitos dos trabalhadores  é, em teoria, elogiável. No entanto, pouco importa para eles se o Estado  terá recursos para honrar esses direitos no futuro. É justamente esse  ponto que o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem enfatizado  nos seus discursos. Em primeiro lugar, nenhuma proposta ousará retirar  direitos adquiridos de quem já se aposentou. Além disso, todos os  especialistas defendem modelos de transição, que não penalizem quem está  muito próximo de “pendurar as chuteiras”.
A confusão, porém, está no fato de que  jovens trabalhadores, que acabaram de ser registrados, já se consideram  detentores de um benefício que, segundo eles, jamais poderia ser  rediscutido. Os primeiros dias do novo governo têm sido de intensos  debates. Na segunda-feira 16, Temer se reuniu, no Palácio do Planalto,  com os representantes de quatro das seis principais centrais sindicais. A  CUT e a CTB não participaram sob a alegação de que não reconhecem o  atual governo (em até seis meses, o Senado Federal definirá se aprova ou  não o afastamento definitivo da presidente Dilma).
Para superar os enormes obstáculos sobre a  reforma da previdência, o governo tem apostado na tática do “diálogo”.  Ao mesmo tempo em que não pode empurrar decisões goela abaixo da  sociedade, a equipe econômica tem pressa e pretende anunciar os detalhes  da reforma no dia 3 de junho. Há um consenso de que janela de  oportunidade política é curta.
IDADE MÍNIMA Um dos pontos  polêmicos em estudo é a adoção de uma idade mínima como regra geral,  algo comum nos principais países desenvolvidos. Hoje, no Brasil, 55% dos  trabalhadores já se aposentam pela idade mínima (60 anos para mulheres e  65 anos para homens), pois não conseguem atingir os 35 anos de  contribuição. Nesse caso, a aposentadoria é de um salário mínimo. Apenas  28% dos trabalhadores se aposentam por tempo de contribuição e, via de  regra, ganham mais do que um salário mínimo.
Para esses trabalhadores, é o fator  Previdenciário, mecanismo criado no governo FHC, que define o tamanho da  aposentadoria. Quanto mais cedo eles se aposentam, menor é o valor do  benefício. Além disso, 17% recebem aposentadoria por invalidez. Os  especialistas ouvidos pela DINHEIRO defendem a adoção de uma idade  mínima, que pode variar de 65 anos a 67 anos, para todos os homens e as  mulheres, incluindo os trabalhadores rurais, com uma contribuição mínima  de 20 anos. Atualmente a contribuição mínima é de 15 anos (leia matéria  aqui).
“A idade de 65 anos normalmente é a norma  para a qual estão caminhando a maioria dos países”, disse Henrique  Meirelles, na quarta-feira 18. “Aparentemente é a norma para o Brasil,  também.” No Japão, a idade mínima é de 65 anos; Na França e nos Estados  Unidos, de 67 anos; e no Reino Unido, de 68 anos. Cauteloso, o  presidente Temer ainda não bateu o martelo sobre o assunto. “Mais  importante do que a idade mínima é igualar as idades entre regimes e  gêneros, pois a atual diferença não faz nenhum sentido”, afirma Leonardo  Rolim Guimarães, consultor de orçamento da Câmara dos Deputados e  ex-secretário de Políticas de Previdência Social. “Se a mulher vive mais  do que o homem, por que ela se aposenta mais jovem?”
No ano passado, o governo Dilma criou um  sistema alternativo de pontos para calcular o valor do benefício, que  soma a idade com o tempo de contribuição. Atualmente, são 85 pontos para  mulheres e 95 pontos para homens, com elevação gradual até o fim de  2026, quando a pontuação chegará a 90 pontos para mulheres e 100 pontos  para homens. Quem atinge essa pontuação não sofre redução pelo Fator  Previdenciário. “O ideal é adotar 105 pontos para todos”, diz Guimarães.
Em todas as propostas, os especialistas  enfatizam a necessidade de uma regra de transição para quem está no  mercado de trabalho. Quanto mais rápida a transição, menor será o rombo  da previdência. “A minha proposta é não mudar a regra para quem está a  dois anos de se aposentar”, diz Paulo Tafner, pesquisador do Ipea e  professor da Universidade Candido Mendes. “Quem está a mais de dois anos  pagará um pedágio proporcional ao tempo que falta.” Os principais  pontos da reforma da previdência, como a idade mínima para todos os  trabalhadores, dependem de alterações constitucionais, com ampla maioria  de 3/5 dos votos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Há, no entanto, pequenos ajustes que  podem ser feitos através de Lei Ordinária, que demanda apenas a  aprovação da maioria simples dos parlamentares presentes na sessão. Uma  delas envolve as pensões das viúvas que, pela regra atual, recebem 100%  do benefício do marido morto. Seguindo o padrão internacional, Tafner  sugere o pagamento de 60% do benefício, com um adicional de 15% por  filho, no limite de 100%. “Em todo lugar do mundo leva-se em  consideração se o sobrevivente é sozinho ou tem filho”, diz o  especialista. Segundo a OCDE, o Brasil é o país que mais gasta com  pensões no mundo em proporção do PIB: 2,8%.
A equipe econômica tem tomado o cuidado  para esclarecer à sociedade a diferença entre “direito adquirido” e  “expectativa de direito”. Quem já está aposentado ou prestes a fazê-lo  tem um direito que não será alterado. Porém, quem está no mercado de  trabalho terá uma regra de transição, pagando uma espécie de pedágio.  “Existe um consenso que mais importante é que exista uma Previdência  Social que seja sustentável e autofinanciável, e que todos os  trabalhadores tenham a garantia de que a aposentadoria será paga e  cumprida, e que o Estado será solvente para cumprir suas obrigações”,  afirmou Meirelles, que trouxe para dentro do Ministério Fazenda a  Secretaria da Previdência, comandada por Marcelo Caetano, um dos maiores  especialistas na área (leia reportagem sobre a equipe econômica AQUI).
Na quarta-feira 18, o ministro-chefe da  Casa Civil, Eliseu Padilha, recebeu ministros e sindicalistas para a  primeira reunião do grupo de trabalho criado para formular propostas  concretas. Embora estejam dispostas a negociar, as centrais batem o pé  contra a adoção da idade mínima e afirmam que o melhor caminho é  aumentar a receita e não cortar despesas. Dentre as soluções propostas  para engordar o caixa do INSS estão a eliminação de desoneração  tributárias para empresas, a revisão de isenções de entidades  filantrópicas, a legalização de jogos de azar e o combate a sonegações.
“Se não tiver acordo entre governo, as  centrais e os empresários, cada um que tome a posição que quiser”,  afirmou o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), que preside a  Força Sindical. Na semana passada, a Confede-ração Nacional da  Indústria (CNI) e o Ibope divulgaram uma pesquisa em que 65% dos  brasileiros aprovam a adoção de uma idade mínima para aposentadoria e  72% defendem a equiparação de regras para todos. As centrais já deixaram  claro que aceitam mudanças apenas para os futuros trabalhadores.
Meirelles, por outro lado, ressaltou que a  conta não fecha se as novas regras não valerem para quem já está na  ativa. Apesar da disposição de diálogo de ambas as partes, a formulação  de uma proposta definitiva não será fácil. A única certeza até agora é a  de que o rombo projetado para as próximas décadas é insustentável. Se  nada for feito, a geração de Michelzinho, de 7 anos, filho do presidente  Temer, e outras gerações não terão nenhum benefício previdenciário  assegurado.
Virada olímpica
O governo Temer corre para tomar pé da organização e aparar arestas para a Olimpíada no Rio de Janeiro. A preocupação maior é com a segurança
Carlos Eduardo Valim
A menos de 80  dias da cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio 2016, há pouca margem  de manobra para mudanças radicais na organização do maior evento  esportivo do mundo. Mas, além de Dilma Rousseff ser substituída por  Michel Temer como chefe de Estado anfitrião da festa de abertura dos  Jogos, outros pontos importantes podem mudar. Nos primeiros dias da nova  equipe ministerial, algumas indicações já foram dadas. Na segunda-feira  16, Temer convocou todos os ministros envolvidos com o megaevento, para  tomar pé da situação.
As mais intensas modificações podem  acontecer no plano de segurança da Olimpíada, a julgar pelas  declarações de Raul Jungmann (PPS), ministro da Defesa. Ele criticou a  estratégia adotada pelo governo anterior. Segundo ele, a maior  preocupação “no curtíssimo prazo” era a questão de inteligência e da  infraestrutura da cidade. “Há um déficit de atenção do governo federal  até aqui, já que grande parte dos compromissos tem sido arcado pela  Prefeitura e pelo Estado do Rio, que está enfrentando graves  dificuldades financeiras”, disse. Quanto à infraestrutura, a preocupação  está nos transportes.
Mas dificuldades em energia e  comunicações também podem ser encontradas. O novo ministro do Esporte, o  carioca Leonardo Picciani, pretende examinar os contratos em andamento  na pasta e ampliar o controle, sem paralisar as obras. Entre os projetos  ligados ao ministério, estão o Laboratório Brasileiro de Controle de  Dopagem, realizado pela Galcon, e a construção e reformas dos Centros de  Treinamento, liderados pela OAS, a 99a maior empresa do País no ranking  AS MELHORES DA DINHEIRO 2015.
Mas as maiores dúvidas estão na área de  inteligência. “Houve uma retração nos órgãos de inteligência dos outros  países em relação a nós porque não havia atenção federal para este  setor”, disse Jungmann. O descuido, que impactaria na prevenção contra  ataques terroristas, seria simbolizado pela falta de recursos e pela  transferência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), agora  subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para a  Secretaria de Governo. O deslocamento foi revertido por Temer, que  pretende remodelar a agência. A Secretaria de Segurança Pública do Rio  de Janeiro quer o Exército nas ruas durante os Jogos.
O secretário José Mariano Beltrame  reivindica 15 mil soldados para garantir a segurança nas ruas. Com  razão. De janeiro a abril, os homicídios dispararam 15,8% ante 2015.  “Além disso, com os atentados na França e na Bélgica, o plano mudou  muito. Antes, havia a lógica da soberania nas estratégias de segurança,  mas o Brasil teve de abrir mão disso e começou a receber apoio  estrangeiro”, diz o especialista no assunto, Fernando Brancoli, da FGV .  “Não se sabe quem está vindo para cá, mas há representantes da  inteligência de Israel, França e EUA com presença na organização e  compartilhando informações.”
Terror no ar
Atentado é a hipótese mais provável da queda do avião da Egyptair. Se confirmado, reforça que a França continua a ser um dos alvos preferidos do estado islâmico
A França assistiu  na última semana, mais uma vez impotente, às imagens que infelizmente  estão se tornando rotina naquele país. Enquanto policiais acompanhados  de cães pastores aumentavam as buscas por elementos suspeitos no  aeroporto Charles de Gaulle, familiares choravam a perda de entes  queridos que partiram repentinamente. Diferentemente dos atentados que  mataram 130 pessoas em novembro passado, as vítimas agora não ficarão  prostradas nas boêmias calçadas de Paris. Dessa vez, 66 corpos caíram  nas águas do Mar Mediterrâneo, após uma possível ação com bomba derrubar  um avião que ia da França com destino ao Egito. Destroços da aeronave  foram achados pelas Forças Armadas egípcias perto do local da queda na  manhã de sexta-feira 20. Os militares encontraram também pedaços de  corpos, dois assentos e algumas malas. Como as evidências apontam para  um ato criminoso, seria o segundo ataque de grandes proporções em menos  de um ano a atingir o país, levando medo à população e levantando  suspeitas sobre a segurança local. “Pelas características, tem tudo para  ser um atentado”, diz o cientista político Christian Lohbauer, membro  do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional da Universidade de São  Paulo (USP). “Como outras organizações terroristas estão enfraquecidas, a  chance maior é que os responsáveis sejam de novo do Estado Islâmico.”
O Airbus A320 da EgyptAir passou por  várias cidades antes da queda, na madrugada da quarta-feira 18. No dia  anterior, ele veio de Asmara (Eritreia) ao Cairo. Horas antes do  acidente, foi e voltou de Túnis (Tunísia) à capital egípcia antes de  decolar rumo a Paris. Um eventual explosivo pode ter sido plantado em  qualquer uma dessas paradas. O voo fatídico começou às 23h09 (horário  local). Saía da França para o Cairo, onde deveria chegar pouco depois  das 3h da manhã. Porém, às 2h30, ainda sobre o mar e logo após entrar no  espaço aéreo do Egito, a aeronave começou a fazer movimentos inusuais:  uma curva de 90º para a esquerda e depois uma circunferência para a  direita, caindo de 37, a 15 e a 9 mil pés, de acordo com o ministro da  Defesa da Grécia, Panos Kammenos. Neste momento, desapareceu do radar  sem enviar mensagens de socorro, o que é incomum em casos de acidentes.  “Essas curvas antes da queda indicam que pode ter havido uma briga na  cabine”, afirmou Shailon Ian, presidente da consultoria Vinci  Aeronáutica. “Os movimentos são muito estranhos.”
A queda imediatamente acendeu alertas  vermelhos nos comandos dos principais países envolvidos, Egito (30  vítimas) e França (15). Os primeiros declararam que a hipótese mais  forte no momento é a de atentado. “Se você analisar a situação  adequadamente, a possibilidade de ataque terrorista é maior do que a de  falha técnica”, afirmou o ministro da Aviação, Sherif Fathi. O  presidente francês, François Hollande, por sua vez, disse que nenhuma  suspeita estava descartada – incluindo terrorismo. Na terça-feira 10, o  chefe da agência de inteligência interna francesa (DGSI), Patrick  Calvar, havia alertado: “Claramente a França é o país mais ameaçado e  nós sabemos que o Estado Islâmico está planejando novos ataques.” Não só  na França, mas também no Egito, houve um grave atentado há menos de um  ano. Em outubro, um jato russo desapareceu sobre solo nacional, matando  224 pessoas (leia quadro). Nos dois episódios, o responsável foi o  Estado Islâmico. Se a possibilidade de terrorismo for de fato  comprovada, será mais um duro golpe para os dois países, que de novo  foram incapazes de impedir a atuação do grupo dentro de suas fronteiras.
Para a França, a hipótese de atentado  significa que mesmo os milhões gastos desde novembro foram insuficientes  para proteger seus cidadãos. A comunidade islâmica radical no país é  uma das maiores da Europa e suspeita-se que o aparato possa ter sido  plantado justamente no Charles de Gaulle, apesar do forte controle de  segurança do aeroporto francês. A situação do Egito é ainda pior, pois o  turismo, uma de suas principais fontes de renda, será um dos principais  afetados. O setor emprega um em cada dez egípcios, e anda em baixa  devido aos recentes problemas de segurança locais. Lucros despencaram de  US$ 1,5 bilhão para 500 milhões nos primeiros meses do ano, e  visitantes caíram pela metade no mesmo período. Com a explosão do avião  russo, até rotas aéreas foram fechadas.
PORTAL BEM PARANÁ
Corrida Solidária atrai quase 3 mil atletas
O frio e a chuva não intimidaram os 2.800  mil atletas que participaram neste domingo (22) da primeira edição da  Corrida Solidária Provopar Estadual e BPTran. Eles correram percursos de  5 quilômetros e 10 quilômetros. Além de promover a prática esportiva, o  evento proporcionou integração da Polícia Militar com a comunidade e a  arrecadação de alimentos para instituições beneficentes.
“Essa corrida é mais que uma prova de  atletismo, é uma forma de arrecadarmos materiais para ajudar o povo  paranaense. O BPTran deu atenção também à doutrina de polícia  comunitária e aos cuidados com a saúde física”, disse o comandante do  BPTran, tenente-coronel Valterlei Mattos de Souza.
A parceira com a Provopar Estadual  resultou numa corrida de rua organizada que ganhou elogios dos  participantes. A soldado Hallyne Bergamini Silva foi a primeira colocada  geral feminino militar 10 quilômetros. “Foi uma corrida maravilhosa, a  equipe do BPTran está de parabéns pela organização”, disse. Viviane  Portela, que participou da prova de 5 quilômetros, destacou a qualidade  do trajeto, percorrido em terreno plano.
Na categoria masculina, Sérgio Rodrigues  da Silva, vencedor nos 10 quilômetros masculino, explicou que a chuva é  um fator considerado em treinos e em nada atrapalha o desempenho. “A  gente já está acostumado a treinar com chuva e frio. Curitiba tem essas  situações então vou para a prova preparado para qualquer tipo de  eventualidade”, disse.
Marcelo Roberto, primeiro lugar nos 5  quilômetros masculino, enalteceu a iniciativa do BPTran. “Foi muito bom  participar da corrida, a gente treina todo o dia para alcançar os  primeiros lugares”, afirmou.
“Só temos que agradecer aos nossos  parceiros, principalmente ao BPTran, que acreditou na nossa ideia, e  também a todos os patrocinadores e pessoas envolvidas na realização da  corrida”, disse a presidente da Provopar, Carlise Kwiatkowski.
“Foi uma organização rápida, em apenas  dois meses preparamos todo o evento e mesmo assim tivemos quase 3 mil  inscritos nessa primeira edição. Nossa expectativa é que os  participantes saiam satisfeitos e possamos fazer outras edições da  corrida”, falou o tenente Adriano Patrik Marmaczuk, que atuou na  organização do evento.
CLASSIFICAÇÃO - Na categoria geral  masculino 5 quilômetros, os cinco primeiros colocados foram Matheus  Felipe Borrasca, Laudemir Drawanz Ramson, Jonatas Vicente de Matos,  Leandro Rodrigues Vallejo, e Marcelo Roberto Micoaski. Na  categoria geral militar 10 quilômetros masculino os primeiros colocados  foram o militar da Aeronáutica Sérgio Rodrigues da Silva, o militar  Valdir da Silva Batista e o sargento da PM Wilian dos Santos Fernandes.
Na categoria geral feminino 5  quilômetros, Valkiria Dias Crispa, Cristiane Borrasca, Silvana Dantas da  Silveira, Dinora Vargas e Vivane Portela foram as cinco primeiras  colocadas. Na categoria geral militar feminino 10 quilômetros, a  vencedora foi a soldado Hallyne Bergamini Silva, seguida pela também  soldado Eliane dos Santos Fernandes e a soldado Suzana Luzia de  Oliveira.
Na categoria geral feminino 10  quilômetros, o primeiro lugar ficou com Dione Diagostini Chillemi, o  segundo lugar com Maria de Fátima de Souza e o terceiro lugar com  Valquíra Marques de Oliveira. Já na categoria 10 quilômetros masculino,  os três primeiros lugares ficaram com Alessandro de Souza, Joel Lenart e  Cristiano Ribeiro, respectivamente.
Também houve premiações para as equipes  com maior número de integrantes. Em primeiro lugar ficou a equipe BPTran  Buscapé/Runners, com 214 atletas, em segundo lugar a equipe CR Runners,  com 109 integrantes, em terceiro a equipe Bombeiros de Cristo, com 79  atletas e em quarto a equipe Park Fitness Paranista, com 74 atletas.
PORTAL DE OLHO NO TEMPO METEOROLOGIA (SP)
Tempestade com vento de 114,8 km/h atinge parte de Guarulhos, SP

Uma  célula de tempestade que se formou ao norte da Grande São Paulo na  noite deste domingo (22), na altura de Mairiporã, avançou rapidamente  para o município de Guarulhos levando chuva e vento forte, além de  grande incidência de raios.
Apesar de pequena, a célula de tempestade  atingiu a área do Aeroporto Internacional de São Paulo provocando  quedas de árvores e de postes. A concessionária isolou ruas devido às  quedas de fios de alta tensão, principalmente no bairro Jardim Cumbica. O  Corpo de Bombeiros confirmou que casas também foram destelhadas sem  informar a quantidade exata.
Devido ao horário de pousos e decolagens,  as operações foram suspensas momentaneamente até o deslocamento da  célula de tempestade do espaço aéreo, onde várias aeronaves realizaram  manobras por mais de 30 minutos.
Dados meteorológicos
Dados de Meteorological Aerodrome Report  (METAR) indicaram às 20 horas (Brasília), chuva forte com trovões e  rajada máxima de vento de 114,8 km/h.
A refletividade emitida pelo radar  meteorológico do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da  Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet) indicou valores  elevados justamente sobre a região do aeródromo.
PORTUGAL DIGITAL
Senado debate terça-feira aumento da participação estrangeira em companhias aéreas
A mudança do limite de participação estrangeira no capital com direito a voto das companhias aéreas brasileiras de 20% para 49% será analisada na terça-feira, 24 de maio.
Brasília - A comissão mista  encarregada de emitir parecer à Medida Provisória (MP) 714/2016 promove  na terça-feira (24) audiência pública para discutir a medida que prevê o  fim do Adicional de Tarifa Aeroportuária, a partir de 1º de janeiro de  2017, e o aumento da participação estrangeira no capital das companhias  aéreas brasileiras, de 20% para 49%. A reunião tem início marcado para  as 14h30 na sala 6 da ala Nilo Coelho.
Para o debate foram convidados  representantes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; da  Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); da  Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Comando da Aeronáutica.
O Adicional de Tarifa Aeroportuária é  cobrado dos passageiros, em tarifas embutidas nos bilhetes, e das  companhias aéreas sobre os procedimentos de pouso e permanência das  aeronaves. O valor se destina a financiar reformas e expansões de  aeroportos administrados pela Infraero). O adicional representa um  acréscimo de 35,9% no valor das tarifas.
A mudança do limite de participação  estrangeira no capital com direito a voto das companhias aéreas  brasileiras também é prevista na MP 714. O texto abre a possibilidade de  negociação de acordo de reciprocidade (entre o Brasil e outro país) que  permita a uma empresa estrangeira adquirir o controle do capital de uma  companhia aérea brasileira (acima de 50% das ações), desde que uma  empresa nacional também possa adquirir o controle de uma aérea em outro  país.
A comissão mista é presidida pelo senador Hélio José (PMDB-DF), e tem como relator o deputado Zé Geraldo (PT-PA).
PODER AÉREO
Embraer apresenta Legacy 500 no aeroporto de London City
Londres, Inglaterra, 20 de maio de 2016 –  A Embraer Aviação Executiva e Flexjet demonstraram hoje a capacidade de  aproximação íngreme do jato executivo Legacy 500 para operação no  aeroporto de London City (LCY), na capital da Inglaterra. A recente  aprovação da aeronave para essa operação seguiu uma extensa campanha de  testes em voo que incluiu decolagens e pouso em aproximação íngreme para  atender os estritos padrões técnicos e ambientais do aeroporto.
O Legacy 500 que desempenhou a  demonstração é a aeronave que celebra o milésimo jato executivo  produzido pela Embraer e recentemente entregue para a Flexjet. Este é o  quarto Legacy 500 a compor a frota da Flexjet e faz parte de um contrato  firme que inclui ainda o Legacy 450.
“O Legacy 500 já provou seu desempenho  excepcional e agora também conquista a autorização para voar a partir do  aeroporto de London City, podendo alcançar destinos tão distantes  quanto a Arábia Saudita ou Canadá,” disse Marco Tulio Pellegrini,  Presidente da Embraer Aviação Executiva. “Essa nova capacidade de  operação no coração financeiro de Londres, um dos mais movimentados  centros de aviação executiva da Europa, oferecerá aos clientes uma  flexibilidade adicional no melhor jato da categoria. Parabenizo aqui a  Flexjet por ser o primeiro operador de Legacy 500 em London City.”
O aeroporto de London City tem funcionado  nos mais exigentes padrões de gerenciamento de ruídos de qualquer  aeroporto do Reino Unido desde a sua inauguração em 1987. Sua pista  curta, aproximação íngreme e ângulo de decolagem, além de controles  adicionais de operação, o diferencia de muitos outros aeroportos,  requerendo uma certificação especial para cada aeronave que voe para o  local.
“O aeroporto de London City, com o seu  fácil acesso ao distrito financeiro da cidade, é um importante destino  para os clientes da Flexjet que está fazendo crescer nossa oferta de  serviços internacionalmente”, disse o CEO da Flexjet, Michael Silvestro.  “O Legacy 500 é uma aeronave extraordinária com capacidade para missões  específicas, o que a faz ideal para o aeroporto de London City.”
“Nós da Flexjet estamos comprometidos em  assegurar que nossas aeronaves causem o mínimo impacto ambiental ou às  comunidades que servimos,” disse o Diretor Internacional da Flexjet, com  base em Londres, Raymond Jones. “O Legacy 500, com seu baixo nível de  emissões e alta capacidade para atender rigorosos limites de ruídos, é a  aeronave perfeita para servir London City.”
Sobre o Legacy 500
O Legacy 500 tem a melhor cabine de  passageiros da sua categoria, com 1,83m de altura, que é similar às de  algumas aeronaves na categoria super midsize. Oito poltronas podem ser  convertidas em quatro leitos para repouso completo em uma altitude  equivalente de cabine de 6.000 pés. O sistema de entretenimento a bordo  inclui vídeo de alta definição, som surround, várias opções de entrada  de áudio e vídeo, sistema de gerenciamento de cabine e três opções de  comunicação e transmissão de dados, permitindo inclusive acesso à  internet.
O Legacy 500 é o primeiro jato midsize  totalmente equipado com sistema de comandos de voo digital, baseado na  tecnologia fly-by-wire, com manche lateral de controle (sidestick) e a  suíte de aviônicos Rockwell Collins Pro Line Fusion em quatro telas  planas LCD de alta resolução, de 15 polegadas, completamente digital,  com planejamento gráfico de voo, além de opções como autobrakes, e o  E2VS (Embraer Enhanced Vision System), o qual combina o Head Up Display  (HUD) e o Enhanced Vision System (EVS).
O Legacy 500 é capaz de voar a 45.000 pés  (13.716 m) de altitude e é equipado com dois motores Honeywell  HTF7500E, os mais ecológicos de sua classe. Decolando de uma pista tão  curta quanto 4.084 pés (1.245 m), o Legacy 500 tem um alcance de 3.125  milhas náuticas (5.788 quilômetros), com quatro passageiros a bordo, nas  condições NBAA IFR.
CANALTECH (SP)
Airbus patenteia o que pode ser o helicóptero mais rápido do mundo
A Airbus pode ter nas mangas o projeto do que pode ser o helicóptero mais rápido do mundo.  Levando o nome de três desenvolvedores da Airbus Helicopter – Axel  Fink, Ambrosius Weiss e Andrew Winkworth -, uma patente protocolada  recentemente pela fabricante no US Patent and Trakemark Office descreve  uma atualização do revolucionário protótipo X3.
Lançado em 2010, o modelo  experimental X3 bateu o recorde de velocidade para um helicóptero sem  rotores laterais móveis, chegando a mais de 470 quilômetros por hora.  Igualmente, o novo conceito leva o ideal da Airbus Helicopters –  anteriormente conhecida como Eurocopter -, que propõe helicópteros  híbridos de alta velocidade e longo alcance, em iniciativa identificada  como H3.
Helicóptero composto
Nos papéis protocolados, a  fabricante descreve um “helicóptero composto”. O que garante essa  categoria são os dois motores com hélices propulsoras instalados nas  laterais da aeronave – em adição ao motor convencional central. O design  também elimina a necessidade de um motor de cauda.
Embora um helicóptero com propulsores  laterais não represente algo realmente novo – com diversas versões  produzidas durante as últimas décadas -, as configurações apresentadas  pela Airbus certamente fazem da atualização do X3 algo exclusivo. Com  a adição prevista de motores turbojet, o modelo pode facilmente fazer  frente a helicópteros com rotores móveis de alta performance, como o V22  Osprey, cuja arquitetura o transforma praticamente em um avião em  velocidade de voo.
Diferentemente do primeiro X3,  entretanto, o projeto atualizado traz as hélices laterais voltadas para  trás. De acordo com os documentos, isso reduz ruídos e vibrações,  conferindo ainda mais segurança aos passageiros.
Por fim, a nova patente bem que poderia  se referir também ao Low Impact Fast and Efficient Rotor-Craft  mencionado pela Airbus Helicopters em 2014. Afinal, o projeto também era  baseado no conceito original do X3. Resta, agora, esperar para ver se o  novo “X3 2.0” realmente chegará a ser produzido.
BLOG PLANO BRASIL
FAB PÉ DE POEIRA: BINFAE-CO forma novos atiradores de precisão.
Atirador pediu aval para abater suspeito na abertura da copa do mundo
Na  ultima quinta-feira, 19 de maio, militares da FAB, da polícia federal, e  da polícia militar do Mato Grosso, concluíram o Curso de Tiro Tático de  Precisão (CTTP) realizado no Batalhão de Infantaria da Aeronáutica  Especial de Canoas (BINFAE-CO) – Batalhão Cruzeiro do Sul.
Durante o curso os alunos receberam  diversas instruções, como emprego militar e policial do tiro tático de  precisão; organização; armamento e equipamento; munições e fundamentos  de balística; técnicas de campanha; técnicas básica e avançada de tiro  tático de precisão; situações especiais de tiro; fundamentos de tática  militar e policial; avaliação, complementação, atividade administrativa e  flexibilidade.
O objetivo é treinar militares para  o emprego de armas em alvos estáticos ou em movimento, além de  apresentar instruções sobre defesa de bases aéreas e de instalações da  Aeronáutica.
O atirador de precisão atua na segurança  de autoridades e em missões de infiltração para realizar disparos  precisos com auxílio de miras telescópicas. A formação desses atiradores  faz parte da preparação da Força Aérea para os jogos olímpicos RIO  2016.
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