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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 20/05/2016 / FAB avalia ter toda sua frota formada por jatos suecos Gripen

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FAB avalia ter toda sua frota formada por jatos suecos Gripen ...


Por Assis Moreira - De Linkoping (Suécia) ...

A fabricante sueca Saab apresentou ontem o primeiro protótipo do jato de combate da nova geração Gripen E, três anos antes de entregar o primeiro dos 36 aparelhos encomendados pela Força Aérea Brasileira (FAB) por US$ 4,7 bilhões.

À margem da cerimônia de apresentação na fábrica de Linkoping, no sul da Suécia, o negócio não só foi reafirmado, como a intenção dos dois lados é aumentar a transação com mais jatos no futuro, quando a FAB tiver que substituir aparelhos que ainda utiliza.

Em entrevista ao Valor, o presidente executivo da Saab, Håkan Buskhe, foi indagado sobre uma declaração que fizera à imprensa especializada, de que o Brasil examinava a possibilidade de comprar mais dois lotes do Gripen E.

Buskhe confirmou que os dois lados discutiram o assunto, já na fase inicial da transação dos 36 já encomendados, sobre mais dois lotes de 36 aparelhos cada.

"Sempre temos discussões com os parceiros sobre os próximos passos, mas não há nada definido sobre quando pode ocorrer. (com o Brasil)", ressaltou. "Claro que discutimos isso, porque tem impacto na nossa estrutura, porém não tem nenhum compromisso do governo brasileiro. Mas vemos isso como uma opção."

Presente em Linkoping para a cerimônia, o Comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, afirmou que a aquisição de novos aparelhos não foi discutido formalmente com os suecos, "mas nosso plano sempre foi ter um avião único".

Explicou que a encomenda atual de 36 jatos Gripen E é para substituição dos aparelhos que já foram desativados. E que a FAB opera com outros 53 AMX A-1 e 49 F-5, alguns já bem usados.

"Certamente, quando desativarmos os AMX A-1 e F5, que alguns são aviões já bem usados, pretendemos substitui-los pelos Gripen", disse o comandante. Indagado sobre mais dois lotes de 36 jatos suecos, no futuro, o brigadeiro respondeu que o número depende dos estudos da FAB. Mas acredita que "o número (de outros Gripen) será expressivo".

O governo brasileiro passou mais de uma década escolhendo o avião de caça que queria para o século 21. O comandante da Aeronáutica destacou os equipamentos inovadores, com tecnologia de ponta, como divisor de águas da defesa brasileira. "A tecnologia do sistema Gripen permite harmonizar o nivel de desenvolvimento de seus componentes à simplicidade das operações, e viabilizar assim sua atuação no território brasileiro", disse.

Enquanto os dirigentes pensavam no futuro, a situação política no Brasil, com mudança de governo, os levou a serem indagados por jornalistas suecos e estrangeiros sobre eventual risco à encomenda atual da FAB, que é o maior contrato de exportação da fabricantes sueca.

"Não, estamos no prazo, com orçamento acertado e a cooperação com Embraer e o governo brasileiro está indo muito bem", retrucou Buskhe. O brigadeiro disse ao Valor que o contrato foi avalizado pelo governo brasileiro e não há motivo para modificações. O projeto é todo financiado por bancos suecos e o pagamento só começa depois da entrega da última aeronave, em 2024.

A Saab destaca que o pacote para o Brasil inclui a venda do sistema de armas completo, treinamento, peças de reposição, planejamento e manutenção dos aparelhos. São 28 aparelhos de um lugar e uma encomenda de oito aparelhos de dois lugares. O primeiro Gripen E, recheado de novas tecnologias, será entregue em 2019 para a Força Aérea Sueca, que encomendou 60 aparelhos. O segundo será para a FAB. Depois, parte dos aviões serão montados no Brasil.

Para Saab, é uma enorme oportunidade tambem de abrir mercados nos outros países da América Latina. A empresa sueca reconhece que o contrato com o Brasil assegura suas atividades por um bom tempo.

Acredita que a Aeronáutica da Suécia e do Brasil poderão progredir em paralelo.

Também promete a transferência de tecnologia de maneira efetiva. Atualmente, cerca de 60 funcionários da Embraer já se encontram na Suécia, além de equipes da FAB e de uma empresa fornecedora brasileira, participando do projeto.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



PORTAL G-1


Mulheres ingressam pela 1ª vez como cadete e podem se tornar general

A partir de agora, elas poderão podem chegar até o comando das tropas. Dos 28.900 inscritos no concurso da EsPCEx, 7.600 são mulheres.

Renata Victal, G1 Campinas E Região

A Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) em Campinas, SP, passou por obras e está pronta para receber suas primeiras alunas e, quem sabe, ser a primeira unidade do Exército Brasileiro a acolher uma mulher que poderá ir à linha de combate e, posteriormente, assumir o cargo de Comandante. O fato inédito, no entanto, só será possível em 2063, após uma longa carreira militar.
E isso porque, pela primeira vez na história, o Concurso de Admissão à EsPCEx abriu 40, de suas 440 vagas, para o sexo feminino. Segundo o comandante e diretor de ensino da unidade, o coronel Gustavo Henrique Dutra de Menezes, a procura das mulheres pela carreira militar tem sido grande. Nas duas primeiras semanas de inscrição, dos 28.900 interessados em fazer a prova, 7.600 são mulheres. E a expectativa na corporação pela chegada das moças é alta.
"Dentro das Forças Armadas, na linha bélica, o Exército é o último a integrar a mulher. Nossa expectativa é altíssima. Acredito que a chegada delas vai alavancar nosso nível disciplinar e estudantil. As mulheres são muito determinadas e destemidas. Elas vão puxar para cima nosso nível intelectual, como já acontece nas escolas militares. Sabemos que as primeiras colocadas nos colégios militares, normalmente, são mulheres. Espero receber, no dia 24 de janeiro, 40 moças extremamente preparadas", ressalta o comandante.
Longa trajetória
Depois de passar pelo difícil vestibular em setembro, que tem previsão de 150 candidatos por vaga, as mulheres enfrentarão outro desafio: a longa e grande peneira das forças armadas. Se tudo der certo, elas serão oficiais do exército em 2021 e, a partir daí precisarão chegar às patentes de 2º tenente, 1º tenente, capitã, major, tenente coronel, coronel, general de brigada, general de divisão, general de exército e, só depois, comandante do exército. Quem entrar para o exército no próximo ano, sendo mulher ou homem, só pode atingir o cargo de comandante de tropa em 2063.
"Hoje em dia uma turma só pode disputar uma promoção de generalato depois de 30 anos de formado. E, quando se torna general, é preciso estudar por mais 12 anos. E só o general de exército pode concorrer para ser um comandante do exército. Nossa carreira é um funil perfeito. Uma turma que forma 100 pessoas, vai promover de seis a sete generais de brigada, outros quatro como generais de divisao e apenas dois generais de exército. A mulher disputará de igual para igual e precisará passar por toda esta trajetória", explica o comandante.
As provas escrita, física e os desafios disciplinares da corporação não assustam Julie Passos de Lima, de 20 anos, estudante de Letras na PUC-Campinas e uma das interessadas em ingressar na escola de cadetes. A jovem não pensa duas vezes ao afirmar que espera chegar ao posto de Comandante.
"Meu sonho sempre foi fazer carreira no Exército e eu já estava cogitando entrar na Marinha só para ser militar. Mas, assim que soube da abertura de vagas para mulheres na EsPCEx, me inscrevi. Se entrar, não vou sair. Quero ser coronel e virar comandante do Exército", conta a jovem.
Sem maquiagem
Para realizar o sonho, Julie está disposta a abrir mão de outro grande prazer: a maquiagem. E, de acordo com as regras, ela só poderá usar um batom claro e colorir os cabelos apenas para cobrir os fios brancos e, mesmo assim, sempre de acordo com a cor natural dos cabelos. Nas unhas, nada de esmaltes escuros ou francesinha.
"Sou doida por maquiagem, mas estou preparada para abrir mão dos pincéis e de abdicar de algumas coisas em nome do meu sonho maior que é entrar para o Exército", garante Julie.
Outra que está decidida a deixar a vaidade de lado é Andrea Araki, de 20 anos, que pretende pilotar helicópteros pelo exército.
"Muita gente acha que ser militar é viver em uma zona de guerra, mas é uma profissão normal. Meu pai é Coronel aposentado e sempre tive o desejo de seguir a mesma carreira. Hoje meu sonho é pilotar os helicópteros do exército", deseja Andrea.
Para chegar logo às alturas, Andrea, que é auxiliar de enfermagem, está apostando pesado nas aulas em um curso preparatório, em aulas particulares de reforço e, claro, em corridas diárias dentro do condomínio onde mora. Em julho, ela conta que fará uma última loucura: pintar os cabelos de verde.
"Sempre fui muito vaidosa, adoro maquiagem, mas sei que vou ficar com a cara pelada. Por isso, estou abusando agora e vou fazer uma última loucura nas férias. Vou pintar os cabelos de verde porque será a última vez que poderei fazer isso", diz confiante.
A única vez em que fraquejou e repensou se deveria ou não prestar concurso para a escola de cadetes foi quando acreditou que teria de largar uma outra paixão, o violino.
"Pratico quatro vezes por semana e só fiquei tranquila quando soube que é possível tocar lá dentro, em locais reservados e em momentos de lazer", conta Andrea.
Obras de adequação
Para receber bem as mulheres, o prédio da Escola de Cadetes passou por reformas. Dentre as adequações, foi feita a adaptação de um pavilhão para o alojamento feminino, com vestiários, banheiros, sala de estudo e grêmio estudantil. Também será construída uma nova ala de saúde, pensando nas peculiaridades do atendimento feminino.
E os cuidados com as mulheres são visíveis. Os novos banheiros, por exemplo, ganharam boxes individuais e vidros jateados. Aliás, todas as janelas do alojamento feminino receberão cortinas. Tudo para dar mais privacidade e tornar o ambiente mais acolhedor.
As camas serão beliches e os armários também serão de ferro, iguais aos dos homens. Todo o mobiliário será instalados já na próxima semana. As salas de estudo também foram finalizadas, inclusive já possuem sinal de internet wireless. Na lavanderia, as jovens cadetes terão três máquinas de lavar e algumas tábuas de passar roupa.
"Tudo o que eles têm, elas terão. A diferença é que o alojamento feminino terá tudo novo. A isonomia será total", garante o comandante Dutra.
Preparo físico
Após um ano de curso na EsPCEx, as alunas aprovadas seguirão para a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde escolherão a área de especialização: o Quadro de Material Bélico ou o Serviço de Intendência. As exigências serão as mesmas para ambos os sexos, com ressalva de que os índices dos exercícios físicos serão adaptados para as mulheres já na escola de cadetes.
Para adequar os exercícios, o comandante Dutra conta com a ajuda de um time de especialistas do Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEX), do Rio de Janeiro. Juntos, e em parceria com a Aeronáutica e a Marinha, eles estão mapeando os exercícios físicos mais adequados às mulheres.
"Descobrimos que alguns exercícios causam mais lesões nos quadris e que outros são mais fáceis para as mulheres. Estamos nos adequando para não sermos injustos", Comandante Dutra
" Estamos verificando na prática alguns exercícios para adequarmos os índices físicos, sem prejudicar um ou outro. Tudo no Exército é mensurado e as mulheres serão avaliadas da mesma forma que os homens. Para nós, uma prova de cálculo 1 tem o mesmo peso do que uma prova de corrida. Por isso estamos revendo os índices físicos para as mulheres. A ideia é que não seja nem muito fácil ou muito difícil, mas sempre respeitando as diferenças físicas", explica o comandante Dutra.
Mulheres no Exército
Hoje, as mulheres podem ingressar voluntariamente no Exército como militar de carreira ou temporário, mas não podiam seguir no Quadro de Material Bélico ou no Serviço de Intendência. A mudança só se tornou possível graças à Lei nº 12.705, sancionada em 2012 pela presidente afastada Dilma Rousseff, permitindo que militares do sexo feminino atuem como combatentes do Exército Brasileiro em áreas antes restritas aos homens.
Com a mudança, o Exército Brasileiro passa a seguir os exemplos dos EUA, Israel e Inglaterra, que já possuem mulheres prontas para combate.
"O batalhão que comandei ano passado no Haiti, tinha 12 mulheres, mas elas eram médicas, enfermeiras, advogadas e psicólogas", conta o comandante Dutra..
Gravidez
De acordo com o edital do concurso para ingresso na escola de cadetes, em caso de gravidez, as alunas poderão trancar suas matrículas durante toda a gestação e no período da licença maternidade. No entanto, elas só poderão voltar a estudar no início do ano letivo, ou seja, em janeiro seguinte.
"Se, por um acaso, o período de licença maternidade acabar em junho, ela só poderá voltar a estudar em janeiro do ano seguinte", ressalta o comandante.
Concurso
Quem quiser pode se inscrever para a prova da EsPCEx até 28 de junho. Os interessados devem estar concluindo ou ter concluído o ensino médio, possuir entre 17 e 22 anos no ano da matrícula e estar em dia com o Serviço Militar e com a Justiça Eleitoral.
O período de instrução e formação do aluno na EsPCEx é de um ano em regime de internato. Dentre os benefícios, o aluno recebe auxílio fardamento, ajuda de custo mensal de R$ 969,54, alimentação, assistência médica e odontológica.
Após a conclusão da EsPCEx, o aluno tem acesso garantido na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende, Rio de Janeiro, onde cursa outros quatro anos, completando assim a formação superior militar e tornando-se Aspirante a Oficial, com vencimentos iniciais de R$ 5.622,00 e uma carreira pública no Exército Brasileiro.
No site da EsPCex estão disponíveis o Edital e o Manual do aluno. A taxa de inscrição é de R$ 90. A primeira fase do concurso ocorrerá nos dias 10 e 11 de setembro de 2016, em 43 locais, distribuídos em todo território nacional.

Egito diz que encontrou destroços do avião da EgyptAir

Após alarme falso na quinta-feira, Marinha também acha pertences de passageiros

As Forças Armadas egípcias anunciaram nesta sexta-feira que encontraram destroços do avião da EgyptAir que caiu na quinta-feira nas águas do Mediterrâneo, quando fazia rota de Paris ao Cairo. A Marinha também encontrou a 290 quilômetros ao norte de Alexandria alguns dos pertences dos passageiros e está varrendo a área em busca da caixa-preta do avião. Na tarde de quinta-feira, a companhia aérea havia feito o anúncio da descoberta, mas acabou desmentida por autoridades gregas e se retratou.
"Aviões e navios do Exército encontraram objetos pessoais e destroços do avião a 290 quilômetros ao norte da Alexandria. A busca continua, estamos tirando água de tudo o que encontramos", disse o Exército em um comunicado.
A busca pelo avião da EgyptAir se intensificou nesta sexta-feira, um dia depois do Airbus A320 ter desaparecido com 66 pessoas a bordo. O Egito liderou os esforços internacionais para encontrar destroços da aeronave em uma operação perto da da ilha grega de Karpathos, com apoio da França, Grécia, Turquia e Reino Unido. A marinha americana enviou uma aeronave P-3 Orion de vigilância marítima a partir de uma base na Sicília.
Na noite de quinta-feira, depois de anúncios contraditórios sobre a localização dos destroços do avião, o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, pediu que todo o aparelho de Estado envolvidos intensificassem as operações de busca.
A França anunciou que enviou nesta sexta-feira três investigadores e um assessor técnico da Airbus para o Cairo a fim de participar das investigações da busca.
O avião levava 56 passageiros e 10 membros da tripulação quando deixou o aeroporto Charles de Gaulle de Paris rumo ao Cairo na noite de quarta-feira. O Airbus A320 desapareceu no início da quinta-feira enquanto voava para o Cairo. O voo deveria durar cerca de três horas e meia.
Autoridades disseram que o avião provavelmente caiu no mar, mas a causa da queda ainda não está está esclarecida. O tempo estava bom no momento em que a aeronave caiu.
— O avião desviou e, em seguida, mergulhou antes de descer para o Mediterrâneo — disse o ministro da Defesa de Grécia, Panos Kammenos.

AINDA SEM CERTEZAS
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, afirmou nesta sexta-feira que não há a mínima indicação sobre as causas da queda do avião da EgyptAir, depois que as autoridades egípcias não terem descartado a hipótese de atentado.
— Estão sendo examinadas todas as hipóteses, mas não se privilegia nenhuma, porque não temos mais a mínima indicação sobre as causas — disse Ayrault ao canal France 2.
O ministro acrescentou que organizará no sábado uma reunião entre as famílias dos passageiros e representantes do Estado francês para dar o máximo de informação com toda a transparência.
Segundo o ministro da Aviação do Egito, Sherif Fathy, um ato terrorista é mais provável do que falha técnica. Destroços que poderiam ser do Airbus A320 foram encontrados perto da ilha grega de Creta, e a companhia e a chancelaria egípcia afirmaram ter achado pedaços da aeronave no mar. No entanto, voltaram atrás após a Grécia negar que as partes se tratassem de destroços compatíveis com os da companhia.
De acordo com a TV estatal da Grécia, pedaços de plástico foram achados no Sul do Mediterrâneo, além de dois coletes salva-vidas que pareciam ser de um avião.
— Se analisar a situação adequadamente a possibilidade de um ataque terrorista é maior do que a possibilidade de ter um (problema) técnico — disse Fathy a repórteres.
Um avião da EgyptAir decola do aeroporto Charles de Gaulle em Paris rumo ao Cairo, depois do desaparecimento do voo MS804 do radar - CHRISTIAN HARTMANN / REUTERS
Ao confirmar a queda, o presidente francês, François Hollande, insistiu que não se deve excluir nenhuma hipótese, incluindo terrorismo, e disse que a França está em contato com as autoridades gregas e egípcias para enviar aviões e navios para participar dos esforços de busca.
—Nós temos que ter certeza de que sabemos tudo sobre as causas do que aconteceu. Não está excluída nenhuma hipótese — afirmou o presidente.
Na mesma linha, o primeiro-ministro do Egito, Sherif Ismail, disse que é muito cedo para descartar qualquer motivação. Quando perguntado se poderia descartar uma ação terrorista por trás do incidente, ele respondeu:
— Não podemos excluir ou confirmar nada neste momento. Todas as operações de busca devem ser concluídas para que possamos saber a causa. As operações de busca estão em curso neste momento para localizar o avião na zona onde se acredita que teria perdido o contato — disse Ismail no aeroporto do Cairo.
MOVIMENTOS INEXPLICADOS
Em uma entrevista coletiva, o ministro da Defesa grego, Panos Kammenos, explicou que o Airbus mudou de rota abruptamente, fazendo primeiro um giro de 90º à esquerda e depois 360º à direita, e depois perdeu altitude.
O vice-presidente da companhia aérea, Ahmed Adel, confirmou à CNN durante a tarde que destroços achados mais cedo são da aeronave. A empresa não confirmou o local exato da descoberta (Adel estimou que fosse a cerca de 280 quilômetros da costa egípcia, perto da ilha grega de Cárpatos), mas afirmou que o avião não enviou sinal de alerta durante o voo.
Depois, num comunicado, a EgyptAir afirmou que o Ministério das Relações Exteriores do Egito também confirmou a descoberta dos destroços. As famílias foram informadas, disse a companhia.
O presidente do Comitê grego de Segurança, Athanassios Binos, disse à agência France Presse que os destroços encontrados na região próxima ao suposto local onde caiu o avião da Egyptair "até agora não são de um avião".
— Sobre a base de dados geográficos disponíveis, falamos dos mesmos desafios, até agora não estamos a par da descoberta de outros destroços.
A empresa posteriormente voltou atras na declaração, afirmando que Adel havia se equivocado ao dizer ter certeza da descoberta.
Há relatos de que um capitão teria visto uma bola de fogo no céu cerca de 130 milhas náuticas ao sul da ilha grega. Além disso, imagens supostamente gravadas no local do desaparecimento mostram possíveis destroços do avião da Egyptair na quinta-feira.

Após cinco dias em alto-mar, veleiro que saiu de Ubatuba é encontrado

Embarcação havia saído do litoral com destino a Montevidéu, no Uruguai. Tripulantes estavam há cinco dias sem contato com a família.

Um veleiro que estava sem contato com familiares há cinco dias foi encontrado pela Força Aérea Brasileira (FAB) nesta quinta-feira (19) em alto-mar no Rio Grande do Sul. Os três tripulantes são argentinos e haviam saído de Ubatuba no último dia 30 com destino a Montevidéu, no Uruguai. Os ocupantes passam bem.
Os familiares acionaram a Marinha por não ter conseguido contato com os tripulantes desde a última sexta-feira (13). A embarcação deveria ter ancorado no Uruguai nesta segunda (16). Para ajudar na localização, foi solicitado o apoio da Aeronáutica. O veleiro Don Alberto foi localizado por uma aeronove P-95 a 65 quilômetros da costa de Torres, no Rio Grande do Sul.
Os tripulantes relataram à FAB que a embarcação ficou à deriva por cinco dias, devido ao avanço de uma frente fria. Com isso, as velas foram baixadas até haver estabilidade no tempo para seguir viagem. Neste período, eles não ficaram sem alimentos e água.
Apesar de terem sido encontrados, os ocupantes optaram por continuar na embarcação até que o tempo melhore para seguir para Imbituba, no sul de Santa Catarina.

PORTAL BRASIL


Guia apresenta alterações do espaço aéreo durante os Jogos

Medidas anunciadas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo buscam manter a circulação aérea segura e rápida no período das competições

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) divulgou o Guia Prático de Consulta sobre as alterações do Espaço Aéreo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 nesta quinta-feira (19). Editado em português, inglês e espanhol, o guia apresenta, resumidamente, as características da circulação aérea no período das competições.
"O planejamento das operações que envolvem o evento tem como foco a manutenção de uma circulação aérea segura, rápida e ordenada, além das medidas necessárias para contribuir com a defesa do espaço aéreo brasileiro. Dentre as premissas de planejamento, destacam-se o aumento da demanda dos movimentos aéreos e as restrições impostas em algumas porções do espaço aéreo", afirma o Chefe do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), Coronel Luiz Roberto Barbosa Medeiros.
O DECEA fez investimentos em suas áreas administrativas, técnica e operacional, além de intercâmbios com países e Provedores de Serviço de Navegação Aérea (PSNA) que sediaram ou participaram de grandes eventos, como, por exemplo, Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica e África do Sul.
Seguem abaixo as principais características na circulação aérea durante o período:
Sala Master de Comando e Controle – Localizada nas dependências do CGNA, no Rio de Janeiro, a sala contará com a participação de diversos órgãos governamentais para coordenar as ações e compartilhar informações sobre a chegada, os deslocamentos e a partida de autoridades, delegações e espectadores. Cercada por videowalls, permitirá aos seus integrantes a visualização da situação das aeronaves evoluindo nos aeroportos (sistema de pistas, pátio e terminais), bem como no espaço aéreo, com o posicionamento das aeronaves e as respectivas informações de voo, disponibilizando aos profissionais informações em tempo real, permitindo melhores decisões e coordenações.
Controle de Tráfego Aéreo – Cerca de 1.900 controladores foram treinados por meio do Programa de Simulação de Movimentos Aéreos (PROSIMA), para lidar com a alta demanda e, principalmente, com as situações extremas, tais como ações terroristas, sequestros de aeronaves e identificação de aviões que se aproximarem dos locais de competições sem autorização prévia. Destaca-se que este treinamento, com foco nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos RIO 2016, pela primeira vez foi realizado em ambiente simulado integrado. Um marco na evolução do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).
Aeroportos – Os aeroportos de Salvador, Belo Horizonte, Manaus, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo serão monitorados e coordenados para que a capacidade de operações previstas não seja ultrapassada, mantendo-se a segurança e a eficiência da prestação dos serviços.
Restrições do Espaço Aéreo – Seguindo os critérios de segurança estabelecidos pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) e buscando a manutenção dos níveis dos serviços de tráfego aéreo prestados, foram criadas as seguintes áreas de exclusão, existentes em todas as cidades envolvidas no evento e localizadas no espaço aéreo inferior das Regiões de Informação de Voo (Flight Information Region - FIR) e dentro das Áreas de Controle Terminal (Terminal Control Area - TMA):
- Área Reservada (Branca) – São aplicadas regras específicas para a utilização do espaço aéreo, com a finalidade de possibilitar aos órgãos de controle a identificação de todos os movimentos aéreos evoluindo no interior da área e a manutenção dos níveis de segurança operacional.
- Área Restrita (Amarela) - Localizada dentro da Área Branca, tem a finalidade de limitar o acesso aos movimentos aéreos específicos que se enquadrem nos critérios estabelecidos pela autoridade de defesa aeroespacial.
- Área Proibida (Vermelha) - Localizada dentro da Área Amarela, sua finalidade é limitar o acesso somente às aeronaves envolvidas no evento, mediante estrita autorização da autoridade de defesa aeroespacial.
Outras informações podem ser acessadas na Circular de Informações Aeronáuticas AIC - N 07/16, de 11 de maio de 2016, na qual, além dos aeroportos monitorados e coordenados, bem como suas vocações, estão todas as alterações e/ou suspensões temporárias de legislações, normas e procedimentos no espaço aéreo brasileiro durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

AGÊNCIA SENADO


Comissão finaliza anteprojeto do novo Código Brasileiro de Aeronáutica


Depois de dez meses de trabalho, a comissão de especialistas designada para reformar o Código Brasileiro de Aeronáutica finalizou o anteprojeto da nova legislação. A proposta fixa regras sobre temas como atraso de voos, balonismo, ações em caso de acidentes aéreos e participação do capital externo. O Código Brasileiro de Aeronáutica que está em vigor é de 1986, mais antigo que a Constituição Federal, o Código de Defesa do Consumidor e a Lei de Licitações. Segundo o presidente da comissão, advogado Georges Moura Ferreira, a atualização é necessária também em razão dos avanços tecnológicos no setor.

JORNAL VALOR ECONÔMICO


FAB avalia ter toda sua frota formada por jatos suecos Gripen


Por Assis Moreira - De Linkoping (suécia)

A fabricante sueca Saab apresentou ontem o primeiro protótipo do jato de combate da nova geração Gripen E, três anos antes de entregar o primeiro dos 36 aparelhos encomendados pela Força Aérea Brasileira (FAB) por US$ 4,7 bilhões.

ImagemÀ margem da cerimônia de apresentação na fábrica de Linkoping, no sul da Suécia, o negócio não só foi reafirmado, como a intenção dos dois lados é aumentar a transação com mais jatos no futuro, quando a FAB tiver que substituir aparelhos que ainda utiliza.

Em entrevista ao Valor, o presidente executivo da Saab, Håkan Buskhe, foi indagado sobre uma declaração que fizera à imprensa especializada, de que o Brasil examinava a possibilidade de comprar mais dois lotes do Gripen E.

Buskhe confirmou que os dois lados discutiram o assunto, já na fase inicial da transação dos 36 já encomendados, sobre mais dois lotes de 36 aparelhos cada.

"Sempre temos discussões com os parceiros sobre os próximos passos, mas não há nada definido sobre quando pode ocorrer. (com o Brasil)", ressaltou. "Claro que discutimos isso, porque tem impacto na nossa estrutura, porém não tem nenhum compromisso do governo brasileiro. Mas vemos isso como uma opção."

Presente em Linkoping para a cerimônia, o Comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, afirmou que a aquisição de novos aparelhos não foi discutido formalmente com os suecos, "mas nosso plano sempre foi ter um avião único".

Explicou que a encomenda atual de 36 jatos Gripen E é para substituição dos aparelhos que já foram desativados. E que a FAB opera com outros 53 AMX A-1 e 49 F-5, alguns já bem usados.

"Certamente, quando desativarmos os AMX A-1 e F5, que alguns são aviões já bem usados, pretendemos substitui-los pelos Gripen", disse o comandante. Indagado sobre mais dois lotes de 36 jatos suecos, no futuro, o brigadeiro respondeu que o número depende dos estudos da FAB. Mas acredita que "o número (de outros Gripen) será expressivo".

O governo brasileiro passou mais de uma década escolhendo o avião de caça que queria para o século 21. O comandante da Aeronáutica destacou os equipamentos inovadores, com tecnologia de ponta, como divisor de águas da defesa brasileira. "A tecnologia do sistema Gripen permite harmonizar o nivel de desenvolvimento de seus componentes à simplicidade das operações, e viabilizar assim sua atuação no território brasileiro", disse.

Enquanto os dirigentes pensavam no futuro, a situação política no Brasil, com mudança de governo, os levou a serem indagados por jornalistas suecos e estrangeiros sobre eventual risco à encomenda atual da FAB, que é o maior contrato de exportação da fabricantes sueca.

"Não, estamos no prazo, com orçamento acertado e a cooperação com Embraer e o governo brasileiro está indo muito bem", retrucou Buskhe. O brigadeiro disse ao Valor que o contrato foi avalizado pelo governo brasileiro e não há motivo para modificações. O projeto é todo financiado por bancos suecos e o pagamento só começa depois da entrega da última aeronave, em 2024.

A Saab destaca que o pacote para o Brasil inclui a venda do sistema de armas completo, treinamento, peças de reposição, planejamento e manutenção dos aparelhos. São 28 aparelhos de um lugar e uma encomenda de oito aparelhos de dois lugares. O primeiro Gripen E, recheado de novas tecnologias, será entregue em 2019 para a Força Aérea Sueca, que encomendou 60 aparelhos. O segundo será para a FAB. Depois, parte dos aviões serão montados no Brasil.

Para Saab, é uma enorme oportunidade tambem de abrir mercados nos outros países da América Latina. A empresa sueca reconhece que o contrato com o Brasil assegura suas atividades por um bom tempo.

Acredita que a Aeronáutica da Suécia e do Brasil poderão progredir em paralelo.

Também promete a transferência de tecnologia de maneira efetiva. Atualmente, cerca de 60 funcionários da Embraer já se encontram na Suécia, além de equipes da FAB e de uma empresa fornecedora brasileira, participando do projeto.

Wallenberg alerta para excesso de capacidade global e segura aportes

No comando de um grupo de € 250 bi, empresário defende presença no Brasil

Por Assis Moreira - De Linkoping (suécia)

Marcus Wallenberg, líder da legendária família sueca que controla um império industrial com capitalização de mercado de € 250 bilhões (R$ 993 bilhões), assumiu a postura de esperar para ver o que acontece no Brasil e na economia global em geral.

ImagemAs companhias que controla ou tem participação importantes, atraves da Investor, vão do grupo de defesa Saab ao farmacêutico AstraZeneca, passando pelo produtor de bens de consumo Electrolux, de equipamentos de  telecomunicações Ericsson e a líder global de tecnologias em energia e automação ABB, todos com presença no Brasil.

Em entrevista ao Valor, Wallenberg, uma das vozes que pesam no capitalismo europeu, afirmou que "continua convencido" de que é bom estar no mercado brasileiro, quando examina a viabilidade de longo prazo do país. "Agora (o Brasil) está numa situação política que é questão interna do o país. Esperamos que essa situação política seja resolvida o mais rápido possivel", afirmou.

Indagado se, superada a crise política, as empresas sob sua influencia voltariam a pisar no acelerador do investimento no Brasil, Wallenberg foi prudente.

"Vivemos numa economia globalizada e todos vemos o que está acontecendo", disse referindo-se ao crescimento medíocre. "Um dos principais desafios para os empresários no momento é o excesso de capacidade em vários setores industriais [no mundo]. Para começar a investir precisamos ver se há realmente demanda, para não gerar mais oferta num mercado já com excesso." Ou seja, "temos que esperar que as coisas estejam mais seguras no lado economico. Estou falando globalmente, e não apenas do Brasil".

A posição do empresário sueco está em linha com estimativas de consultorias internacionais, apontando a existência de pelo menos US$ 6 trilhões na tesouraria das grandes companhias, globalmente, esperando melhores sinais sobre os rumos da economia global para decidir investir.

O Relatório Global sobre Investimentos, que a Agência das Nações para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) apresentará nas próximas semanas, confirmará que em 2015 o fluxo de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) cresceu 25%, alcançando US$ 1,7 trilhão, mas ainda é US$ 300 bilhões inferior ao montante de 2007, de antes da crise financeira global. O IED caiu em quase todos os grandes emergentes. Parte do aumento no fluxo global foi resultado de reestruturações financeiras e corporativas, mais do que novos investimentos produtivos.

Por outro lado, Marcus Wallenberg não esconde o entusiasmo com o contrato de venda de 36 jatos Gripen, da Saab, para o Brasil, valendo 39,3 bilhões de coroas suecas (US$ 4,7 bilhões).

"Estamos extremamente felizes com essa parceria da Saab e Embraer, da Suécia com o Brasil", afirmou, à margem da cerimônia de apresentação do protótipo do Gripen da nova geração que será utilizado pela Força Aérea Brasileira.

A expectativa do embaixador brasileiro na Suécia, Marcos Pinta Gama, é de que esse contrato alavanque o comércio bilateral. O Brasil exporta muitas commodities, desde café a minérios, num intercâmbio de US$ 1,5 bilhão que é mais favorável à Suécia.

Já na area de investimentos, o movimento em direção ao Brasil não parou. Mesmo no auge da desaceleração economica "algumas pequenas empresas suecas passaram a também fazer aquisições no Brasil, já que os ativos estão baratos". Duas grandes empresas populares da moda e moveis de design, H & M e Ikea, observam o Brasil mas o país não está na lista de prioridades delas, segundo o diplomata.

Há 250 empresas suecas instaladas no Brasil. E, na crise, várias estão reorientando suas estratégias, afirma o embaixador. Ele exemplifica com o caso da Electrolux, de produtos da linha branca. Com a queda muito grande do consumo interno, e também a depreciação do real, a empresa está transformando a operação no país como plataforma de exportação para o Oriente Médio e outros mercados.

Ele destaca que no setor automotivo a Volvo e a Scania perderam bastante com a retração do mercado no Brasil, mas considera possivel que também elas optem por exportar a partir do país.

Projeto do Gripen alavanca fabricante


Empresas brasileiras parceiras estratégicas do construtor sueco Saab para a produção do jato de combate de nova geração Gripen no Brasil preveem ganhos importantes com a cooperação tecnológica e com os planos suecos para ter o país como uma plataforma de exportação do aparelho.

A Saab projeta um mercado de 200 jatos de combate nos próximos dez anos na América Latina e espera obter uma fatia desse potencial de encomendas.

Metade da necessidade estimada é no Brasil, incluindo os 36 comprados pela FAB. A Colômbia planeja atualizar suas forças armadas com algo entre 15 e 25 caças, e o México pode abrir licitação para 12. O Chile, Argentina, Uruguai, Peru e Equador têm igualmente planos de substituição de jatos de combate por volta de 2020.

"Nossa ideia é ter linha de produção na Suécia e no Brasil, depende do que for mais conveniente (para atender o cliente)", disse ao Valor o diretor para o Brasil da Saab, Mikael Franzén.

A expectativa é de que a produção do Gripen no Brasil comece em fins de 2018. Para Bo Torestedt, diretor de vendas para América Latina, o contrato com a FAB terá efeito sobre os produtos da Saab no resto da região.

Saab conta com seis parceiros estratégicos no Brasil - Embraer, Atech, Ael Sistemas, Inbra, Akaer e Mectron Odebrecht, que vão atuar no projeto. No caso da Mectron, há expectativas sobre reestruturação ou venda da companhia, segundo especialistas no setor.

O contrato de compra de 36 jatos Gripen pelo Brasil, por US$ 4,7 bilhões, inclui um forte pacote de transferência de tecnologia por meio de 50 projetos. Diretores da fabricante sueca destacam os benefícios de transferência e cooperação tecnológica, deixando claro que isso ajuda a Saab a ganhar mais dinheiro também. Eles mencionam o projeto "Triple Helix" que tem com a Suécia, Suíça e agora Brasil, para tornar mais eficiente a cooperação entre universidades, indústria e governos.
Na fábrica da fabricante sueca, diretores repetem que as companhias caminham para ser cada vez mais "empresas de software" e complexidade será o campo de batalha na indústria aeronáutica. Nesse cenário, acreditam que Saab tem o melhor em termos de tecnologia e facilidade de uso de sistemas na indústria militar.

Desde outubro de 2015, depois de assinada formalmente a encomenda da FAB, 80 engenheiros brasileiros já chegaram ao centro de produção da Saab, em Linkoping, para participar do projeto. No total, a Saab prevê o treinamento de 350 engenheiros brasileiros que, por sua vez, vão preparar outros engenheiros no Brasil para a produção local do Gripen.

A Embraer vai receber 70% da transferência de tecnologia sueca. "Vamos desenvolver tecnologia, estruturação da montagem do avião no Brasil e a coordenação da cadeia de produção", diz Jackson Schneider, presidente de Embraer Defesa. O centro de desenvolvimento de engenharia estará operacional a partir de novembro em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. A Embraer vai desenvolver do zero com a Saab o aparelho biposto, o avião com dois assentos, que é parte da encomenda da FAB.

JORNAL EXTRA


Qatar vai levar dez jovens talentos brasileiros para treinar atletismo no país


Júlia Cople*

O Comitê Olímpico do Qatar (QOC) anunciou nesta quinta-feira duas iniciativas que devem estreitar os laços entre o país e o Brasil na cultura e no esporte. Sheikha Asma Al Thani, diretora de marketing do QOC veio ao Rio apresentar o projeto "Shine", que vai oferecer a dez jovens brasileiros a chance de treinar atletismo nas instalações qataris, e o planejamento da casa de cultura do Qatar durante as Olimpíadas de 2016.
— Queremos cultivar talentos e educar por meio dos valores do esporte. Além dos treinamentos com profissionais especializados do atletismo, no Complexo Aspire Academy, os jovens terão o apoio da ciência do esporte e da educação de escolas internacionais — explicou Sheika, já de olho também no Mundial de atletismo de 2019, com sede em Doha.
Os dez premiados serão escolhidos no Troféu Shine, no domingo (22/05), na Base Aérea da Aeronáutica, em Campo dos Afonsos, a partir das 8h30. Os cerca de 200 atletas inscritos gratuitamente tentarão ainda alcançar o índice olímpico - a expectativa é que dez consigam.
O secretário-geral do QOC, Thani Al Kuwari, acredita que a iniciativa "tranformará vidas e ajudará os jovens a se tornarem os próximos heróis olímpicos do Brasil". O projeto tem apoio da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro. Embaixador do "Shine", o ex-atleta e medalhista olímpico Arnaldo Oliveira também firmou uma parceria entre o QOC e seu projeto Futuro Olímpico, que hoje treina e educa cerca de 200 crianças brasileiras.
— O objetivo do projeto, a longo prazo, é levar esses jovens para as Olimpíadas, assim como eu tive a oportunidade de competir quatro vezes. Quero retribuir a ajuda que recebi quando comecei. É uma honra fazer parte dessa iniciativa — disse Arnaldo, que vai levar 16 jovens para o Troféu Shine.
O QOC anunciou também o espaço de promoção da cultura qatari durante os Jogos Olímpicos. Onde funcionava o museu da Casa Daros, em Botafogo, haverá uma casa de cultura do país. Nomeado "Bayt Qatar", vai apresentar a tradição e a cultura qatari e reverter a renda dos ingressos ao financimento do projeto Futuro Olímpico.
— Na verdade, faremos uma fusão entre os dois países na música, na gastronomia, no entretenimento. É para ser um espaço tanto de qataris quanto de estrangeiros interessados em conhecer — ressaltou Sheika.
O atletismo em perspectiva
Entre as crias de seu projeto, Arnaldo destacou Evelyn Carolina dos Santos, que corre em julho o Troféu Brasil para garantir uma vaga em uma das provas olímpicas de revezamento. Ainda assim, lamenta o momento vivido pelo atletismo brasileiro.
— O caso de doping da Ana Cláudia (Lemos, recordista brasileira dos 200m) é grave. Atinge a classe e enfraquece a equipe de revezamento 4x400 do Brasil, que era uma das poucas com chance de medalha nas Olimpíadas. Sem ela, fica mais díficil — afirmou o ex-atleta, que considera importante o acompanhamento de psicólogos no treinamento dos jovens.
Bronze em 1996, nos Jogos de Atlanta, Arnaldo ressalta a dificuldade de manter os jovens atletas motivados, já que muitos deles precisam se dividir entre o esporte e a ajuda à família.
— Muitos pais começam a cobrar dos adolescentes que trabalhem para ajudar em casa. Outros precisam cuidar dos irmãos mais novos. É difícil. Nós tentamos ajudá-los a conciliar, até porque assim preenchem o tempo com atividades boas para ele, principalmente os que vemos mais potencial. Damos vale transporte e ajuda de custo, mas também parte deles porque nem sempre é fácil — observou Arnaldo.
Dos frutos do projeto "Shine" estão três juniores classificados para o atletismo da Rio 2016. O mais celebrado é Mutaz Barshim, atual campeão mundial de salto em altura. Bronze em Londres 2012, Barshim chega ao Rio com o desafio de ganhar a primeira medalha de ouro olímpica para o Qatar, que tem apostado nos últimos anos na organização de megaeventos para se projetar como ator global.
Sheikha Asma Al Thani suavizou a polêmica de trabalho escravo nas obras da Copa do Mundo do Qatar, em 2022. Ela diz que o governo qatari já "trabalha em reformas do sistema de trabalho e segue os procedimentos internacionais para construir arenas de alto nível". Outra polêmica, a da naturalização de atletas para servir às equipes do país, não a preocupa:
— O mais importante é que, independentemente de onde os atletas vêm, eles inspirem a juventude a se engajar no esporte e na educação. Quanto mais fãs, mais atletas teremos.

OUTRAS MÍDIAS


AERO MAGAZINE (SP)


Avião da FAB colide com urubu em missão de lançamento de paraquedistas no Rio 

O choque em voo causou danos ao para-brisas da aeronave, mas ninguém se feriu
Por Oswaldo Gomes
ImagemUma aeronave da Força Aérea Brasileira colidiu com um urubu durante uma missão oficial na região de Campos dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Por volta das 15h00 de ontem (18/05), uma aeronave C95 colidiu com a ave de grande porte durante uma missão de lançamento de paraquedista.
A aeronave pertence ao 1º ETA – Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo, baseado em Belém (PA). A colisão com a ave danificou o para-brisa esquerdo da aeronave, mas, segundo informações confirmadas pela FAB, nenhum dos ocupantes sofreu ferimentos.
O pouso ocorreu com segurança e todos os ocupantes desembarcaram sem auxílio de equipe médica.O C95 equipa a frota da nossa Força Aérea há mais de 40 anos no transporte de carga e tropas.

Poder Aéreo


A estrela da semana foi o Gripen E, mas a Saab não se esqueceu do Gripen C

Empresa sueca ainda espera conquistar novos clientes para a versão atual do Gripen, nos próximos 5 a 8 anos
Nestes últimos dias, os holofotes estiveram na apresentação do Gripen E da Saab, cujas imagens e detalhes o Poder Aéreo mostrou (e continuará mostrando em próximas matérias) diretamente das instalações da empresa em Linköping, na Suécia.
O desenvolvimento do Gripen F (modelo biposto da nova geração – NG – da qual o Gripen E é o monoposto) também recebeu atenção e será abordado aqui em breve. Mas a geração atual do caça, as versões C e D (de um assento e dois assentos, respectivamente) não foi esquecida pela empresa, nem em suas declarações à imprensa, nem nas ações em curso que pudemos conferir pessoalmente.
O motivo é simples: segundo Lennart Sindhal, vice-presidente senior da Saab, a empresa ainda espera conseguir oportunidades de vendas das versões C e D do Gripen nos próximos 5 a 8 anos, e deverão servir por décadas após as possíveis compras, gerando necessidades de apoio, manutenção e, principalmente, de atualizações graduais. Nisso se incluem a integração de novas armas e capacidades para continuar atendendo às necessidades militares de seus operadores, pelas próximas décadas.
O mesmo vale para a atual frota, que opera tanto em esquadrões da própria Suécia quanto da República Tcheca, Hungria, África do Sul e Tailândia. Os tchecos, por exemplo, que vinham operando o caça principalmente nas funções ar-ar (prioridade face suas necessidades de substituir aeronaves de origem soviética e cumprir obrigações de defesa aérea no âmbito da OTAN), agora estão interessados em ampliar o leque, com modernos armamentos ar-solo. Sem falar nas necessidades suecas de dissuasão, integrando armas mais modernas como o míssil ar-ar Meteor, arma que o Gripen será o primeiro caça a empregar operacionalmente.
Por isso, no dia da apresentação do Gripen E, e do lado de fora do hangar onde os holofotes apontavam para o novo membro da família, um Gripen C empregado em campanhas de testes em voo e integração de novas capacidades e armamentos estava exposto. E, sob as suas estações de cargas externas, estavam as mesmas armas vistas no Gripen E: mísseis ar-ar Meteor e IRIS-T, bombas de pequeno diâmetro (SDB, consideradas cada vez mais importantes em vários cenários dos conflitos recentes, pela combinação de precisão, e menores possibilidades de danos colaterais), acompanhadas de pod designador de alvos Litening. Não eram apenas de itens de decoração ou fundo para as fotos dos convidados que chegavam à cerimônia – neste dia 19 pudemos ver a mesma aeronave, de indicativo 39-261, abrigada no hangar dos jatos Gripens utilizados nos testes em voo. Ou seja, são versões dos armamentos que estão voando em seguidas surtidas de ensaios e validação.
Imagem
Como fotos no hangar de aviões de testes não foram permitidas hoje, esta matéria segue com as imagens do dia anterior, com o 39-261 cercado de convidados em sua chegada para a apresentação do Gripen E (entre eles o comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, visto na foto acima), e um pouco menos procurado para fotos na saída após toda a atenção dispensada ao novo membro da família – o que foi bom para que parte das imagens desta matéria pudesse mostrar melhor o caça por inteiro e em detalhes.
A respeito dos armamentos, as vantagens da integração do Meteor (visto nas fotos acima nos pilones mais externos das asas) foram destacadas tanto no dia 18, por Sindhal, quanto na visita ao hangar das aeronaves de testes neste dia 19, pelo piloto de testes da Saab que nos acompanhou, Marcus Wandt. Para eles, o Meteor é um verdadeiro “game changer” (virador de jogo), por ampliar e muito as distâncias de engajamento nos combates BVR (além do alcance visual). Para integrá-lo, além da evolução do software do sistema de combate da aeronave para o novo padrão MS 20, o radar multimodo PS-05/A também passou por significativas mudanças – e tanto Sindhal quanto Wandt deram a entender em suas palavras e expressões faciais que estes aprimoramentos demandaram bastante tempo e trabalho.
Como resultado, desde o ano passado o radar chegou à sua quarta versão, ou Mk.4, após cerca de dois anos de desenvolvimento. Em relação ao Mk.3, versão que pode ser convertida para a nova com a troca de módulos de processamento e de receptor/amplificador (excitador), o alcance de detecção e acompanhamento foi praticamente dobrado e otimizado para detectar alvos de baixa assinatura radar. Essa era a mudança necessária para explorar o alcance maior do míssil Meteor. Perguntamos o quanto esse alcance de engajamento de alvos foi melhorado, para o caça, com o novo míssil – obviamente a informação é classificada e não foi liberada, mas Wandt deixou claro, em sua ênfase nas palavras “veeeeery much” (muuuuuito), que a diferença em relação aos mísseis AMRAAM hoje empregados é grande.
O piloto Wandt também destacou as vantagens de contar com o IRIS-T (visto nas imagens nos trilhos das pontas das asas), capaz de suportar grandes cargas G em suas manobras para atingir os alvos, em combinação com o sistema de mira montada no capacete – outro “game changer” para o piloto. Mas Wandt não considera que o dogfight (luta a curta distância empregando manobras de combate aéreo) esteja morto devido a esses novos mísseis e sistemas. Isso porque as contramedidas também evoluem, assim como as capacidades furtivas. E estas se combinam conferindo boas possibilidades de que os engajamentos acabem se apresentando em curtas distâncias, onde as manobras de combate aéreo e a manobrabilidade dos caças continuariam fazendo a diferença – somadas à capacidade de mirar o IRIS-T em ângulos extremos.
Será que essas combinações de fatos e possibilidades farão a diferença para novas vendas de Gripen C/D? O que se pode dizer é que a Saab continua trabalhando nessas potenciais vendas, e cada novo cliente significará novos compromissos de manutenção e upgrades dentro dos limites da plataforma C/D, que segundo a empresa pode receber muitos aprimoramentos com base nos sistemas de combate e aviônicos desenvolvidos para os novos E/F.
Continuaremos em próximas matérias a trazer informações divulgadas tanto por altos executivos, como Sindhal, quando pelos pilotos que exploram diariamente os limites dos envelopes de voo e das arenas de combate, como Wandt. Em breve, novos capítulos aqui no Poder Aéreo.

Campo Grande Notícias


Avião de treinamento da FAB realiza pouso de emergência no RJ após colidir com urubu

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) realizou na tarde desta quarta-feira (18/05), por volta das 15h05min (horário de Brasília), um pouso de emergência na Região de Campos dos Afonsos, no Rio de Janeiro, depois de colidir com uma ave. Apesar do susto e dos danos na aeronave, ninguém ficou ferido.
De acordo com informações do Centro de Comunicação Social da FAB, o incidente aconteceu durante um voo de treinamento, sendo que a aeronave estava transportando paraquedistas que iriam realizar saltos.
O piloto do avião sobrevoava a região, quando um urubu bateu no para-brisas da cabine que se estilhaçou. Os militares que estavam a bordo não se feriram, mas por precaução decidiram realizar uma aterrissagem de emergência.
Ainda de acordo com a FAB, a aeronave em questão é um modelo C95 (versão militar do BEM-110 Bandeirantes), e pertence ao 1º Esquadrão de Transporte Aéreo (ETA), localizado em Belém, capital do Estado do Pará. O impacto danificou o para-brisa esquerdo do avião, mas nenhum militar a bordo ficou ferido.
A aterrissagem de emergência ocorreu de forma segura, tendo todos os militares a bordo saído em segurança e sido examinados por uma equipe médica.
A FAB esclarece ainda que o avião modelo C95 tem por finalidade fazer o transporte de cargas e tropas, e está em operação há mais de 40 anos, sem ter sofrido qualquer tipo de acidente.

Correio da Bahia


Cartão de Ponto: carreira militar tem 661 vagas

A Marinha, o Exército e a Aeronáutica estão com quatro concursos abertos para um total de 661 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. As oportunidades são para diversas localidades.

O concurso público da Aeronáutica prevê 180 vagas no Curso Preparatório de Cadetes 2016. As inscrições vão até o dia 30 de maio pelo site: ingresso.afaepcar.aer.mil.br. As provas escritas e a redação serão aplicadas no dia 24 de julho.
O Exército está com dois concursos abertos – um para a Escola Preparatória de Cadetes (EsPCEx) e outro para Formação de Sargentos. São 400 vagas para a EsPCEx com inscrições até o dia 28 de junho pelo site www.espcex.ensino.eb.br. As provas serão aplicadas nos dias 10 e 11 de setembro. Já para Formação de Sargentos são 70 vagas para as áreas de combatente, logística-técnica e aviação, músicos e saúde. As inscrições devem ser feitas até o dia 4 de julho pelo site www.esa.ensino.eb.br. O exame será no dia 9 de outubro.

A Marinha, que encerrou o prazo de outros quatro concursos esta semana, ainda está com inscrições abertas para 11 vagas no Corpo de Saúde nas áreas de Enfermagem (4), Farmácia (3), Fonoaudiologia (2) e Nutrição (2). Inscrições pelo site www.ensino.mar.mil.br até o dia 13 de junho.



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