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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/11/2015 / Não há limite para preocupação com terrorismo em Olimpíada, diz ministro


Não há limite para preocupação com terrorismo em Olimpíada, diz ministro ...


No momento em que o Estado Islâmico realiza atentados contra países como França e Rússia, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, defendeu nesta segunda-feira (23) que o Brasil aceite a cooperação de órgãos de inteligência internacionais para reduzir os riscos de eventuais episódios de terrorismo na Olimpíada e na Paralímpiada de 2016 no Rio de Janeiro.

Em cerimônia de abertura do Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil, promovido em Brasília, o ministro afirmou que "não há limite" para a preocupação do governo brasileiro e disse que a cooperação internacional é "fundamental para tratar desse assunto".

O discurso do ministro contrapõe declaração da presidente Dilma Rousseff durante reunião do G20, na Turquia. A petista afirmou na ocasião, após os atentados em Paris, que o Brasil está "muito longe" do foco dos ataques recentes. Segundo ela, o terrorismo está hoje muito concentrado na Europa.

No domingo (22), o governo francês ofereceu à presidente Dilma Rousseff os serviços de inteligência e informação do país europeu para a Olimpíada e Paralímpiada de 2016.

"Os eventos recentes e outros mostram que todo cuidado é pouco e toda preparação é pouca. Países que têm já uma história de enfrentamento dessa questão foram alvo de ataques significativos. Nesse campo, não há limite para a nossa preocupação e para tomar todas as providencias ao alcance das autoridades brasileiras", disse.

Segundo o ministro, o Brasil deve ter a mesma preocupação sobre os riscos de um ataque terrorista que países com histórico de episódios de violência deste tipo.

Ele lembrou que, por envolver delegações maiores e com maior complexidade de posições políticas, os esforços do governo federal devem ser redobrados no evento esportivo do ano que vem em relação aos adotados na Copa do Mundo de 2014.

"É necessário que, diante de um evento com a magnitude das Olimpíadas do ano que vem e diante da responsabilidade pública do estado brasileiro, a sociedade brasileira discuta com profundidade como prevenir e combater de maneira incansável a prática do terrorismo. Prática que no Brasil tem poucos registros de acontecimentos, mas que evidentemente merece toda a atenção pela característica da globalização econômica e cultural atual", disse.

O ministro classificou os ataques terroristas em Paris, que deixaram 130 mortos, como trágicos e ressaltou que eles "chocaram todo o mundo". "Foi uma violência covarde e uma tentativa de instauração de um cenário de terror", criticou.

ABIN
No mesmo evento, o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Wilson Trezza, afirmou que não há no mundo nenhum país "100% preparado" para riscos de ataques terroristas. Ele considerou, contudo, que as avaliações de risco do órgão federal não mostram, por enquanto, o terrorismo como uma das principais ameaças para a Olimpíada no Rio de janeiro.

"É lógico que nós trabalhamos em busca do erro zero e, em relação ao terrorismo, como se tivéssemos uma ameça concreta. Nós sempre trabalhamos como se tivesse alguma coisa para acontecer", disse. "Não há país no mundo 100% preparado. Nós tivemos o exemplo dos Estados Unidos e agora na França. Mas acreditamos que, pelo trabalho que realizamos na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, temos todas as condições de dizer que estamos preparados", acrescentou.

Ele ressaltou que os órgãos de inteligência brasileiros não encontraram até agora nenhuma célula do Estado Islâmico no Brasil, mas lembrou que a Abin monitora alvos com potencial de terem vínculos com grupos terroristas e conta inclusive com cooperação de órgão internacionais na iniciativa de monitoramento.

"Um atentado terrorista não é necessariamente promovido e executado por estrangeiros, mas poderíamos em tese ter alguém dentro do país que tivesse envolvido em atividades desse tipo. Hoje em dia, fala-se muito no chamado "lobo solitário", o cidadão que atua sozinho", afirmou. "Nós temos alvos não necessariamente que estejam desenvolvendo atividades, mas, em uma ação preventiva, fazemos acompanhamento de pessoas que potencialmente poderiam ter algum tipo de vínculo (com grupos terroristas)", acrescentou.

O ministro disse ainda que algumas delegações internacionais, como as de países como Estados Unidos, França e Iraque, terão um reforço maior de segurança dos órgãos brasileiros durante os Jogos Olímpicos.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



JORNAL TRIBUNA DA BAHIA


Fogo agora atinge área de difícil acesso na Chapada

Agricultores responderão a processo por queimadas

Albenísio Fonseca

Dois grandes focos de incêndio ainda permanecem na região do Parque Nacional da Chapada Diamantina – um território do tamanho do estado da Paraíba - e em áreas de municípios do entorno. Há estimativas de que as chamas possam já ter consumido cerca de 12,6 hectares (ha). Desse total, cerca de 6 ha na região Norte do Parque e outros 6,6 ha em áreas fora da poligonal, de acordo com César Gonçalves, chefe substituto na Bahia. 
O fogo na região do Morro Branco, próximo ao povoado do Capão, segundo ele, “envolve uma área de difícil acesso, com terreno caracterizado pela presença de grandes pedras e fendas de até 10 metros de profundidade”. Agora, a estratégia, disse, é a de “evitar que as chamas se espalhem”, mas considerou ser “impossível apagar o fogo por completo”. 
A situação foi confirmada por Emanuel Dutra, representante do Inema na região. Dutra disse haver “necessidade de que o fogo consuma a vegetação e matérias orgânicas acumuladas nas fendas, restando apenas a alternativa de manter o controle para evitar que as chamas se expandam”. Segundo ele, “o fogo não será apagado da noite para o dia”. Disse que “ainda há resistência das chamas, também, em Barro Branco, a cerca de 10 km de Lençóis”.
Gonçalves considera “mais eficientes as ações dos aviões empregados para lançar água sobre os focos nas áreas altas, mas de pouca eficácia em locais como Morro Branco”. Ele destacou a importância dos helicópteros para o transporte de pessoal durante o dia, mas destacou que a ação das brigadas têm ocorrido mais à noite, por conta do forte calor durante o dia, quando ocorre a atuação dos bombeiros seja no ataque direto a chamas, seja no trabalho de rescaldo.
O chefe do Parque Nacional disse que o incêndio de grande proporções que ocorria entre Palmeiras e Lençóis já estaria controlado, mas sob monitoramento. Em Mucugê, o grande foco existente também estaria sob controle e monitoramento, mas vários pequenos focos ainda permanecem. Ele considerou os incêndios verificados em 2015 como os de maior sequência dos três últimos anos, mas que em períodos anteriores já ocorreram situações ainda mais complicadas. 
A proposta de criação de uma guarnição efetiva de bombeiros na região, segundo ele, não pode ser considerada como uma solução. Debelar os incêndios registrados anualmente na Chapada “não é uma ação simples”. Para Gonçalves, “não há uma fórmula específica e não bastará ter uma monitoria”, mas que será preciso “adotar o manejo integrado do fogo, com a remoção mecânica de áreas de vegetação e a construção de barreiras físicas que impeçam as chamas de se alastrar”. 
Dutra recordou que os incêndios começaram há 10 dias em dois pontos no entorno de Mucugezinho, ao lado da BR-242, e que se disseminaram à direita e à esquerda, embora o combate tenha começado no mesmo dia. Ele destacou, ainda, não haver ameaça do fogo atingir as cidades e que o comando de todas as intervenções de combate às chamas, promovidas pelo Governo do Estado, estão centralizadas em Lençóis.
Bombeiros deslocados de Brasília já estão na região
Para atuar no combate ao incêndio que atinge a região, 47 bombeiros de Brasília já se encontram na Chapada Diamantina. Eles chegaram na tarde do último sábado (21) e estão sob o comando do comandante geral do Corpo de Bombeiros da Bahia, coronel Francisco Telles. A ação, que já conta com bombeiros, brigadistas e voluntários baianos, teve também o reforço, na sexta-feira (20), de um novo helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), considerado um dos mais modernos do mundo. O helicóptero Caracal substitui o modelo Super Puma, que estava auxiliando no combate ao fogo e retornou à sede da instituição, no Rio de Janeiro. 
Segundo o secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, o fogo está sob controle, mas não foi debelado completamente. Na madrugada de sexta-feira (20), dois novos focos de incêndio, com indícios de serem propositais, foram debelados nas margens da BR-242. De acordo com Nota do ICMBio-Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que gerencia a área do Parque Nacional da Chapada, os focos que atingiam a região do Rio Mucugezinho já estão sob controle e a equipe de combate passou o final de semana realizando o trabalho de rescaldo. Outro incêndio dentro do Parque atinge a região do Vale do Capão e é o que mais passou a despertar preocupação por ficar em área de difícil acesso.
O terceiro foco de incêndio é no município de Mucugê. A equipe está trabalhando para que ele não invada a área do Parque. Na região há outros focos de incêndio em áreas bem distantes do Parque, onde o combate ao fogo não é responsabilidade do ICMBio, como o que atinge o município de Senhor do Bonfim, considerado de grande proporção.
O trabalho na Chapada Diamantina conta com mais de 200 participantes, entre militares da FAB, Exército, bombeiros, brigadistas voluntários capacitados pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema), técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), de prefeituras locais e brigada do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), além de sete carros-pipas disponibilizados pelos municípios para que o fogo seja controlado o mais rápido possível. 
O combate às chamas conta, ainda, com apoio das 25 brigadas voluntárias dos municípios de Lençóis (BRAL e BVL), Palmeiras (Vale do Capão, Barra e Tejuco), Mucugê (Barriguda), Piatã, Ibicoara (ACV-IB, Bicho do Mato e Radical Chapada), Barra da Estiva (Guerreiros) e Andaraí (CIFA), além de moradores das cidades da Chapada, a exemplo de Seabra, que se apresentam como voluntários.
Agricultores responderão a processo por queimadas 
A maior série de focos de incêndios dos últimos tempos da Chapada Diamantina deixou em alerta moradores e órgãos públicos da região. No sábado (21), a Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Ibicoara recebeu a denúncia de que dois agricultores teriam ateado fogo em uma área para plantio de café, prática agrícola comum para limpeza do terreno.
Os agricultores foram conduzidos para a delegacia daquele município. E, após serem ouvidos pelo delegado Alex Wendel, que alertou sobre o perigo da ação, foram liberados mas responderão a processo, pagarão multa e devem realizar ações socioambientais. O delegado recomenda que agricultores, caçadores e trilheiros precisam estar atentos ao risco do fogo, pois as consequências de perder o controle sobre uma chama são desastrosas. 
Área do Parque 
O Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) situa-se no centro do Estado da Bahia (BA) e foi criado pelo Decreto Federal N°. 91.655, de 17 de setembro de 1985, ocupando uma área de aproximadamente 152.400 ha. Seu objetivo, segundo o Decreto de Criação, é proteger amostras representativas da serra do Sincorá, uma das feições que compõem a chapada Diamantina que, por sua vez, faz parte da serra do Espinhaço. 
O Parque é uma área rica em nascentes, em uma região seca, e tem exuberante beleza cênica, tornando-o atraente para o turismo. Passados 22 anos de sua criação, o IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o órgão responsável por sua gestão. 
Conforme a legislação, um parque nacional “tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico”.


JORNAL O DIA


Esquema de segurança na Olimpíada será intensificado contra o terrorismo

Esquema de segurança na Olimpíada será intensificado contra o terrorismo Ministro diz que todo cuidado é pouco e que policiamento para os Jogos será maior do que o utilizado na Copa do Mundo

Nicolás Satriano

Sinal de alerta na Agência Brasileira de Inteligência. Após os atentados terroristas de Paris, a Abin intensificou o monitoramento de supostos simpatizantes do grupo jihadista Estado Islâmico, responsável pelos ataques na França. Nos moldes do que foi colocado em prática durante a Copa do Mundo, os técnicos da Abin dividiram as 64 delegações internacionais que participarão da Olimpíada do Rio numa escala de risco de sofrer atentados durante os Jogos. No topo da relação, figuram dez nações, em especial, os Estados Unidos.
A elaboração da escala levou em consideração o envolvimento de tropas militares desses países em conflitos no Oriente Médio. As medidas preventivas foram anunciadas ontem durante o Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorismo, em Brasília. No evento, o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, afirmou que o aparato de segurança da Olimpíada vai superar o da Copa do Mundo.

AGÊNCIA ESTADO


Turismo é uma fonte de crescimento no curto prazo, diz Levy

O ministro da Fazenda afirmou que o Brasil precisa saber utilizar melhor as suas vantagens competitivas; substituição de importações é outra possibilidade

Daniela Amorim, Idiana Tomazelli E Mariana Durão

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou hoje que o Brasil precisa saber utilizar melhor as suas vantagens competitivas para poder criar fontes de crescimento no curto prazo. "As duas mais óbvias são turismo e substituição de importações", apontou Levy, durante o seminário Reavaliação do Risco Brasil, promovido pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV).
 Segundo ele, o turismo pode ser um fator de crescimento do País num prazo relativamente curto. O ministro acrescentou ainda que já há muitos setores com procura por fornecedores locais e atividades em que o País já é competitivo, como a aviação. Para Levy, o Brasil já tem uma posição bastante forte na aviação e o acordo com a Suécia ainda pode trazer vantagens. 
 "Um setor que cresceu bastante foi o da energia eólica. Obviamente ele teve inserção da indústria mecânica e aeronáutica muito forte, que é uma indústria que está dentro da nossa fronteira de conhecimento. Então desenvolvê-la é bastante positivo", avaliou.
 O País deverá escolher setores em que tenha capacidade de competir. Para o desenvolvimento dessas diferentes áreas, será necessário capital humano. Mas o Brasil tem uma base muito favorável em relação à maior parte dos países, afirmou.
 "O próprio setor do petróleo no Brasil, se houver flexibilização de algumas regras, pode ser bastante competitivo, mesmo com o preço do petróleo em baixa", lembrou Levy.
 Condições políticas. Levy disse ainda que todos já entenderam a necessidade de fazer o ajuste na economia no curto prazo, e que falta agora criar as condições políticas para realizar as medidas propostas e entregar os resultados.
 "A gente só precisa de um pouco de ambição e, o que é finalmente fundamental, fazer certos acertos institucionais que permitam à economia funcionar com menos atrito e mais previsibilidade", defendeu.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Todo cuidado é pouco durante a Olimpíada, afirma Berzoini

Ministro-chefe da Secretaria diz que,apesar de o País não ser alvo do terrorismo, não há limites na preocupação

Tânia Monteiro, Júlia Lindner

O temor de novos atentados do Estado Islâmico no mundo e a preocupação de o Brasil se tornar alvo durante os Jogos Olímpicos, em meados do ano que vem, levou o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Wilson Trezza, a afirmar nesta segunda-feira que o governo “trabalha em busca do erro zero”, mas “não há País no mundo 100% preparado” para enfrentar o terrorismo.
Trezza falou durante Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil, aberto pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. Em sua fala, Berzoini disse que “não há limites para nossa preocupação (com ataques ao País) e para se tomar todas as providências”. Para ele, em se tratando de prevenção ao terrorismo, “toda preparação é pouca e todo cuidado é pouco”.
Os discursos de Berzoini e Trezza serviram para dar uma resposta a alguns segmentos da comunidade internacional que criticaram as declarações da presidente Dilma Rousseff, na Turquia, de que não havia “uma preocupação dos outros líderes em relação ao terrorismo no Brasil”. Os dois fizeram questão de destacar que o trabalho de cooperação e troca de informações entre os países é fundamental para o sucesso no combate ao terrorismo e o Brasil se preocupa, sim, com isso.
Em sua fala, o diretor-geral da Abin afirmou que “não há temor”, de atentados terroristas no Brasil durante os Jogos Olímpicos, mas há “um trabalho preventivo”. Após citar que a agência faz monitoramento no que chamou de “alvos” do terrorismo, seja em fronteiras ou entre refugiados, Trezza assegurou que “não há indício de célula do Estado Islâmico ou qualquer outro grupo de terror no País”.
Depois de listar os atentados terroristas dos últimos anos, Trezza reconheceu que “estamos em uma escala terrorista mundial”. De acordo com o diretor da agência, “neste momento, quase que a força total de trabalho da Abin está voltada para Olimpíada”, mas insistiu que é “fundamental trabalhamos com cooperação internacional”. Ele informou que, dos 206 países que estarão presentes aos jogos, pelo menos a metade terá seu pessoal atuando no Brasil no período das competições. Segundo Trezza, dez países são considerados alvos de alto risco: Canadá, EUA, Egito, França, Grã-Bretanha, Irã, Iraque, Israel, Rússia e Síria. O Brasil está entre os de menor risco, mas a presença destas delegações no País, elevam a atenção.
Em relação ao cuidado com a entrada de estrangeiros no Brasil, principalmente refugiados, o diretor-geral da Abin disse que há um sistema de monitoramento, mas ressaltou que a pessoa responsável pelo ato de terror não precisa ser estrangeiro e pode estar aqui no País. Trezza explicou ainda que, nas “avaliações de risco o terrorismo não é a principal ameaça” à Olimpíada. Na sua opinião, “crime comum é uma grande preocupação” e insistiu que os trabalhos de inteligência ajudarão no combate a esses crimes.

JORNAL O POVO (CE)


Terreno da Base será terminal de cargas

Área poderá ser destinada à movimentação de grandes cargas, como pescados e frigoríficos. Segundo o secretário do Turismo, até o dia 30, cessão de terreno será formalizada

A área pertencente à Base Aérea de Fortaleza será utilizada como unidade de cargas para a instalação do centro de conexões de voos (hub) da TAM. A informação foi confirmada ontem pelo Titular da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur-CE), Arialdo Pinho. Pelo projeto, a zona deverá ser incorporada ao aeroporto de Fortaleza e integrar o plano de concessão do Governo Federal. O POVO teve acesso ao relatório da consultoria Arup, elaborado sob demanda da TAM.
“Se o hub vier para Fortaleza, a área será um terminal de carga de grande porte. Terá carga frigorífica e de pescados”, adianta Arialdo. Segundo ele, a liberação da área militar deve ser formalizada até o dia 30, entre a Secretaria de Aviação Civil (SAC) e o Ministério da Defesa. O tamanho aproximado é de 92 hectares. O atual terminal de cargas será utilizado para remessas menores.
O secretário confirma que o espaço não seria destinado para uma segunda pista, como chegou a ser especulado. Em vez disso, a atual pista utilizada para aviação executiva seria aproveitada para o hub da TAM. “Caso a pista principal ficasse interditada em um acidente, usaríamos a auxiliar, mas não para voo contínuo. Serviria em caráter de emergência”. O relatório da Arup aponta que a pista atual do Aeroporto de Fortaleza é suficiente para atender a demanda até 2038, não sendo critério de escolha a construção de uma segunda estrutura.
Adiamento
O adiamento do resultado de escolha do Estado para o hub da TAM para 2016 é visto de maneira positiva pelo secretário do Turismo. A disputa se torna mais equilibrada com a entrada do Aeroporto de Fortaleza no plano de concessão do Governo Federal. “A disputa era desigual. Eles terão de analisar e negociar direto com o operador a parte de aluguéis, metro quadrado etc”, afirma ao mencionar que a TAM negocia com a Infraero (Recife) e a Inframérica, empresa responsável pelo Aeroporto de Natal.
Na parte que compete ao Ceará, Arialdo garante que os projetos que não estiverem previstos no edital de concessão, mas que sejam essenciais para a implantação do hub serão executados pelo Estado. “Pontos de obras e aumento de pista que não estiverem previstos no edital serão feitos pelo Governo do Estado. Isso será conhecido após a divulgação do documento”.
Saiba mais
Expansão
Para a expansão do aeroporto, a TAM requer 3 mil metros para a pista, além do aumento do terminal de passageiros de Fortaleza para 87 mil m², atualmente com 38.500 m². As posições de estacionamento para aeronaves saltariam de 21 para 28 em 2018. Outro item integrante para o recebimento do centro de conexão de voos é um sistema automático de bagagens que movimente até 4 mil malas por hora.

PORTAL R7


Projeto quer tornar gratuito o despacho de carrinho de bebê em aviões

Bebê conforto poderia ser enviados sem serem incluídos na franquia de bagagem

A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei que pode retirar da franquia de bagagem os carrinhos de bebê e os bebês conforto, tornando o despacho destes gratuitos em aviões.
O projeto, de autoria da deputada Flávia Morais (PDT-GO) quer garantir o direito aos passageiros acompanhados de crianças com idade inferior a dois anos e que não ocupe assento a não ter de pagar pelos equipamentos carregados. A medida seria incluída no Código Brasileiro de Aeronáutica.
O projeto já foi aprovado pela Comissão de Defesa do Consumidor, e tramita em caráter conclusivo, aguardando análise pelas comissões de Viação e Transportes, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
O relator do projeto na comissão, deputado Fabrício Oliveira (PSB-SC), defendeu a aprovação do projeto.
— Atualmente, inexiste disposição específica no Código Brasileiro de Aeronáutica e tampouco há norma expedida pela Agência Nacional de Aviação Civil sobre o tema.
A medida já era alvo de estudo pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) desde audiência pública ocorrida em 2013.
— A proposta deve ser reconhecida como direito formal da cidadã ou do cidadão acompanhado de criança de colo até a idade de dois anos, sem que seja onerado o custo de seu bilhete de viagem ou afetada a sua franquia de bagagem. Não se trata, portanto, de uma liberalidade das companhias de transporte aéreo de passageiros.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Não há limite para preocupação com terrorismo em Olimpíada, diz ministro


Gustavo Uribe De Brasília

No momento em que o Estado Islâmico realiza atentados contra países como França e Rússia, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, defendeu nesta segunda-feira (23) que o Brasil aceite a cooperação de órgãos de inteligência internacionais para reduzir os riscos de eventuais episódios de terrorismo na Olimpíada e na Paralímpiada de 2016 no Rio de Janeiro.
Em cerimônia de abertura do Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil, promovido em Brasília, o ministro afirmou que "não há limite" para a preocupação do governo brasileiro e disse que a cooperação internacional é "fundamental para tratar desse assunto".
O discurso do ministro contrapõe declaração da presidente Dilma Rousseff durante reunião do G20, na Turquia. A petista afirmou na ocasião, após os atentados em Paris, que o Brasil está "muito longe" do foco dos ataques recentes. Segundo ela, o terrorismo está hoje muito concentrado na Europa.
No domingo (22), o governo francês ofereceu à presidente Dilma Rousseff os serviços de inteligência e informação do país europeu para a Olimpíada e Paralímpiada de 2016.
"Os eventos recentes e outros mostram que todo cuidado é pouco e toda preparação é pouca. Países que têm já uma história de enfrentamento dessa questão foram alvo de ataques significativos. Nesse campo, não há limite para a nossa preocupação e para tomar todas as providencias ao alcance das autoridades brasileiras", disse.
Segundo o ministro, o Brasil deve ter a mesma preocupação sobre os riscos de um ataque terrorista que países com histórico de episódios de violência deste tipo.
Ele lembrou que, por envolver delegações maiores e com maior complexidade de posições políticas, os esforços do governo federal devem ser redobrados no evento esportivo do ano que vem em relação aos adotados na Copa do Mundo de 2014.
"É necessário que, diante de um evento com a magnitude das Olimpíadas do ano que vem e diante da responsabilidade pública do estado brasileiro, a sociedade brasileira discuta com profundidade como prevenir e combater de maneira incansável a prática do terrorismo. Prática que no Brasil tem poucos registros de acontecimentos, mas que evidentemente merece toda a atenção pela característica da globalização econômica e cultural atual", disse.
O ministro classificou os ataques terroristas em Paris, que deixaram 130 mortos, como trágicos e ressaltou que eles "chocaram todo o mundo". "Foi uma violência covarde e uma tentativa de instauração de um cenário de terror", criticou.
ABIN
No mesmo evento, o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Wilson Trezza, afirmou que não há no mundo nenhum país "100% preparado" para riscos de ataques terroristas. Ele considerou, contudo, que as avaliações de risco do órgão federal não mostram, por enquanto, o terrorismo como uma das principais ameaças para a Olimpíada no Rio de janeiro.
"É lógico que nós trabalhamos em busca do erro zero e, em relação ao terrorismo, como se tivéssemos uma ameça concreta. Nós sempre trabalhamos como se tivesse alguma coisa para acontecer", disse. "Não há país no mundo 100% preparado. Nós tivemos o exemplo dos Estados Unidos e agora na França. Mas acreditamos que, pelo trabalho que realizamos na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, temos todas as condições de dizer que estamos preparados", acrescentou.
Ele ressaltou que os órgãos de inteligência brasileiros não encontraram até agora nenhuma célula do Estado Islâmico no Brasil, mas lembrou que a Abin monitora alvos com potencial de terem vínculos com grupos terroristas e conta inclusive com cooperação de órgão internacionais na iniciativa de monitoramento.
"Um atentado terrorista não é necessariamente promovido e executado por estrangeiros, mas poderíamos em tese ter alguém dentro do país que tivesse envolvido em atividades desse tipo. Hoje em dia, fala-se muito no chamado "lobo solitário", o cidadão que atua sozinho", afirmou. "Nós temos alvos não necessariamente que estejam desenvolvendo atividades, mas, em uma ação preventiva, fazemos acompanhamento de pessoas que potencialmente poderiam ter algum tipo de vínculo (com grupos terroristas)", acrescentou.
O ministro disse ainda que algumas delegações internacionais, como as de países como Estados Unidos, França e Iraque, terão um reforço maior de segurança dos órgãos brasileiros durante os Jogos Olímpicos.

AGÊNCIA CÂMARA


Comissão vai discutir com ministro regularização de veículos aéreos não tripulados


A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional promove audiência pública nesta terça-feira (24) com o ministro chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys. Os parlamentares querem avaliar a regularização do Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) no Brasil.
Convidados
Também foram convidados para audiência pública o presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, Walter Bartels; o presidente da Empresa Estratégica de Defesa FT Sistemas S.A, Nei Salis Brasil Neto, e representante do Ministério da Defesa.
A reunião está prevista para as 14 horas, em plenário a definir.
O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que solicitou o debate, lembra que tramitam na Câmara quatro projetos que que preveem a regulamentação jurídica dos Vants e das Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), os popularmente chamados drones.
Certificação
Hauly assinala que um projeto de sua autoria estabelece um item para certificação da Anac permitindo que os produtores industriais do Brasil tenham suporte regulamentador capaz de fazer frente às necessidades internacionais.
O parlamentar considera que a Anac desrespeita o Código Brasileiro de Aeronáutica ao propor que Vants não precisem operar com seguro contra danos a pessoas ou bens na superfície. “Expõe, portanto, a sociedade frente aos riscos inerentes às operações aéreas de Aeronaves Remotamente Pilotadas.”
Hauly acrescenta que as “medidas irregulares propostas pela Anac" estão sendo feitas sob alegação de falta de estrutura para cumprir com sua própria função regulatória e fiscalizatória. “É importante considerar aqui que vários modelos de aeronaves já fabricadas e exportadas pelo Brasil, com pesos de 7 kg, 20kg, 80kg, podem operar a distâncias de até 100km, em altitudes que facilmente chegam a 15.000 pés. Não certificar estas aeronaves e não operá-las com seguro é um equívoco, uma vez que, claramente, elas oferecerão grande risco à aviação civil e a terceiros no solo.”
Para o deputado, a ANAC ainda contraria e ignora recentes recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que contempla a Convenção de Chicago, acordo internacional do qual o Brasil é signatário. “A OACI garante a harmonização da Aviação Civil, inclusive para aeronaves remotamente pilotadas, possibilitando a integração dos mercados, o comércio exterior, a exportação e a importação de produtos e serviços entre os países.”
Hauly lembra ainda que países líderes na aviação civil, como Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália preveem que os Vants projetados e fabricados em seus territórios devem ser certificados, respeitando a tradicional regulamentação internacional do setor. “Ao não certificar os vants, a ANAC também inviabiliza a participação da indústria aeroespacial brasileira de vants em acordos bilaterais que o Brasil mantém com países, tais como, Estados Unidos e Europa. Estes acordos preveem facilidades para aceitação de produtos aeronáuticos certificados entre os países, o que facilita o comércio.”


AGÊNCIA BRASIL


Chefe do parque suspeita de incêndio criminoso na Chapada Diamantina


Marieta Cazarré

Para analistas do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), os sucessivos incêndios que atingem a região desde o dia 26 de outubro são causados pela ação do homem. “Incêndios naturais são causados por tempestades de raios. Não é o caso. Sabemos que a causa é humana”, afirmou César Gonçalves, chefe substituto do PNCD.
Para Gonçalves, as motivações podem ser diversas, como colocar fogo para renovar pastagens ou para diminuir a vegetação e facilitar a caça.
Em toda a Chapada Diamantina – região que extrapola os limites do Parque Nacional -, mais de 240 homens estão trabalhando para controlar o fogo, que já consumiu aproximadamente entre 15 e 30 mil hectares, segundo a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), da Bahia. Os incêndios florestais sucessivos já afetaram os municípios de Lençóis, Palmeiras, Mucugê, Ibicoara, Jacobina, Jaborandi e Andaraí.
O Parque Nacional da Chapada Diamantina é uma área de preservação ambiental e turismo ecológico, que conta com uma área de 152.000 hectares. De acordo com Gonçalves, aproximadamente 10 mil hectares já foram queimados, o que equivale a 6,5% da área do Parque.
Ele disse, em entrevista à Agência Brasil, que a região normalmente tem temporadas de queimadas no período entre julho e novembro. No entanto, a intensidade dos incêndios está mais alta este ano, devido ao fenômeno do El Niño, “que é o mais forte registrado na história”, afirmou o chefe substituto do PNCD. O fenômeno, que tem causado forte seca na região nordeste, dificulta o combate ao fogo.
Reforços estão sendo enviados para ajudar na tarefa. Sábado passado (21), 47 bombeiros de Brasília chegaram ao local. Ontem (22), 40 homens da Defesa Nacional também se juntaram à força-tarefa, que conta com bombeiros militares, brigadistas voluntários, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente da Bahia, além da colaboração da Força Aérea Brasileira, do Exército e da Defesa Nacional.
A visitação no Parque Nacional, como um todo, não está interrompida. Apenas as trilhas Pai Inácio-Águas Claras; Pai Inácio-Barro Branco e Conceição dos Gatos-Águas Claras estão em áreas de incêndios.
Na semana passada, dia 16, o Ministério Público Federal (MPF) em Irecê, Bahia, instaurou procedimento para apurar as providências adotadas pelos órgãos competentes para combater os focos de incêndio. Foram oficiados a unidade do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) responsável pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, a Superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na Bahia e a Secretaria do Meio Ambiente no Estado da Bahia.
Entre as informações solicitadas estão a quantidade, localização e extensão de todos os focos de incêndios, principalmente os que se situam no interior e nas proximidades do Parque Nacional da Chapada Diamantina; as providências adotadas por cada órgão visando o combate ao incêndio; e os recursos materiais e humanos utilizados.
Neste momento, o Ministério Público aguarda o recebimento das informações para dar seguimento à investigação e adotar as medidas cabíveis.
O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi criado em 1985 e abrange os municípios de Andaraí, Ibicoara, Itaetê, Lençóis, Mucugê e Palmeiras.

Olimpíadas do Rio: Abin estará atenta aos chamados “lobos solitários"


Marcelo Brandão

A maior preocupação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, não são organizações terroristas, como o Estado Islâmico, por exemplo. As atenções dos órgãos de segurança e inteligência estarão voltadas, principalmente, para os chamados “lobos solitários”, pessoas que conhecem, pela internet, a ideologia de uma organização terrorista e agem em prol dela sem jamais ter tido contato com seus membros.
“Nós, no Brasil, temos uma distância física muito grande, controlamos muito bem essa movimentação em âmbito internacional e não temos células terroristas instaladas no nosso território. A nossa preocupação é exatamente com esse indivíduo que vive no nosso país e se radicalizou por intermédio da internet”, disse o diretor de Contraterrorismo da Abin, Luiz Sallaberry.
Segundo ele, os recentes atentados terroristas em Paris, no dia 13 de novembro, provocou um “alerta” nos serviços de inteligência para os Jogos de 2016. “A gente está vendo que está ocorrendo um recrudescimento dessas ações e isso gera um alerta adicional para nós. Não é nada que gere uma preocupação excessiva ou temor. Mas, certamente, um avanço nesse tipo de medida deve ocorrer no nosso dia a dia”, explicou.
Sallaberry ressaltou, no entanto, que os eixos de segurança pública e de defesa, que junto com a inteligência, compõem a segurança dos Jogos Olímpicos, não farão alterações em virtude do ocorrido em Paris. Os investimentos, segundo ele, já foram “maciços” em várias áreas e são adequados.
A Abin abriu hoje (23) o Seminário Internacional Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil, que reunirá durante toda a semana profissionais de segurança e inteligência dos Jogos de 2016. Em sua fala de abertura do evento, o diretor-geral da agência, Wilson Trezza, explicou que delegações de dez países são consideradas de “alta sensibilidade” a ações terroristas.
Trezza se referiu às delegações dos Estados Unidos, do Canadá, Egito, da França, Grã-Bretanha, do Irã, Iraque, de Israel, da Rússia e Síria. Outras delegações são vistas com menor preocupação, mas ainda merecem atenção, como a da Alemanha, Espanha e Jordânia.
Para os dois diretores da agência, o Brasil está pronto para receber os Jogos Olímpicos e oferecer a segurança adequada. “Temos um papel desafiador, mas nos consideramos à altura do desafio”, disse Trezza. Presente à abertura do seminário, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ricardo Berzoini, destacou a importância da cooperação internacional na prevenção de atentados terroristas.
“Precisamos trabalhar com muita cooperação internacional porque esse é um assunto que não se resume às fronteiras de cada país, como bem deixou claro os atentados em Paris e depois no Mali. A prevenção tem que ser internacional”, disse Berzoini. O ministrou mencionou o trabalho de segurança feito na Copa do Mundo de 2014 e acrescentou que as Olimpíadas contam com mais países e mais diversidade cultural e política.
“Evidentemente, as Olimpíadas têm muito mais países e com uma diversidade política e de relações internacionais muito mais complexa. Então, temos que redobrar os esforços, aproveitar o que foi feito na Copa e produzir iniciativas e resoluções que sejam capazes de melhorar o que já foi feito”.
O ministro também demonstrou cautela com o tema. Apesar de admitir não entender profundamente do assunto, disse que “todo cuidado é pouco” com atentados terroristas durante os jogos. “[O terrorismo] é um desafio para grandes potências, países que já têm experiência com esse tipo de evento. Portanto, temos que ter a mesma preocupação, saber que todo cuidado é pouco e que todos os preparativos têm que ser feitos com muita responsabilidade”, afirmou.



JORNAL DO BRASIL


Terrorismo: Brasil teme ameaça de "lobos solitários" em 2016

Diretor de contraterrorismo da Abin revela que Brasil vai trabalhar com inteligência de 110 países

Enquanto na Europa continua a caçada de envolvidos nos ataques terroristas de Paris, o nível de alerta subiu também do outro lado do Atlântico – no Brasil. A poucos meses dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI), o comitê organizador e o governo federal discutem nesta semana possíveis mudanças no plano de segurança do maior evento esportivo do planeta. Previsto para custar cerca de 930 milhões de reais, o gasto com os serviços de segurança deve aumentar.
Embora fontes do governo brasileiro descartem a presença de células terroristas no país, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vê em ações individuais, dos chamados lobos solitários, a principal ameaça aos Jogos. E, por isso, serviços de inteligência de 110 países devem enviar agentes à cidade para trabalhar em parceria com o serviço secreto brasileiro.
Em entrevista exclusiva à DW Brasil, o diretor de contraterrorismo da Abin, Luiz Alberto Sallaberry, garante que o país vem trabalhando discretamente com o apoio de serviços de inteligência estrangeiros para monitorar eventuais ameaças. Mas, admite: "Não existe risco zero quando o tema é segurança e, muito menos, quando o assunto é terrorismo."
DW Brasil: O que muda nos preparativos para os Jogos Olímpicos dado o cenário de crescente ameaça de terrorismo no Ocidente após os atentados em Paris?
Luiz Alberto Sallaberry: Não resta dúvida que estamos vivendo uma escalada de atentados terroristas no ano de 2015 e não apenas em países ocidentais. Houve os recentes ataques em Beirute, em Ancara e o caso do avião russo derrubado no Egito, sem nos esquecermos dos países africanos profundamente afetados por grupos extremistas, como Quênia, Tunísia, Líbia... O terrorismo é, hoje, a principal ameaça internacional, contra a qual nenhum país está imune. No caso do Brasil, a partir do momento em que passamos a sediar grandes eventos internacionais, esportivos, cúpulas de chefes de Estado e de organismos internacionais, e passamos a receber cidadãos dos mais diferentes países, nos tornamos palco de possíveis atentados contra interesses estrangeiros em nosso território. As Olimpíadas são o maior evento do planeta; receberemos atletas e representantes de mais de 200 países. Não existe risco zero quando o tema é segurança e, muito menos, quando o assunto é terrorismo, mas a Abin adquiriu muita experiência nos últimos anos, e seu departamento de contraterrorismo vem trabalhando noite e dia em prol da segurança dos Jogos Olímpicos. E isso desde os Jogos Panamericanos de 2007, quando montamos o primeiro Centro Integrado de Inteligência do país. Claro que, hoje, esse trabalho é conjunto com as unidades antiterror do Ministério da Justiça e da Defesa. A diferença, porém, é que a inteligência é o “negócio”, por excelência, da Abin, e a essência da inteligência é a prevenção. Trabalhamos para que um ataque não ocorra, porque, uma vez ocorrido, o trabalho passa a ser majoritariamente policial, de segurança e de Defesa.
Qual o nível de cooperação do Brasil com agências de contraterrorismo e inteligência de outros países? Vai haver reforço ou mudanças?
A Abin mantém cooperação com mais de 80 serviços de inteligência do mundo inteiro e, particularmente quando o tema é contraterrorismo, todos os países têm grande interesse em cooperar, justamente porque essa é uma ameaça genuinamente global. Para os Jogos Rio 2016, já temos confirmados mais de 110 países que querem integrar o Centro de Inteligência de Serviços Estrangeiros (Cise), cuja sede também ficará no Rio de Janeiro, funcionando juntamente com o Centro de Inteligência dos Jogos (CIJ), na Superintendência da Agência na cidade.
A imprensa brasileira chegou a especular que, no ano passado, fora decidido que 315 agentes da Abin viriam ao Rio para os Jogos. E esse número estaria sendo reavaliado agora. Quantas pessoas afinal estarão envolvidas no trabalho?
Com relação aos meios que estamos empregando na área de inteligência da Abin, ou especificamente na área de contraterrorismo, são também informações de inteligência. Ou seja, sigilosas, principalmente, em termos de efetivos empregados.
A questão dos chamados lobos solitários é uma grande preocupação no resto do mundo. O Brasil trabalha com essa hipótese? O que temos feito para monitorá-la?
Os lobos solitários continuam sendo a principal ameaça do terrorismo aos Jogos Olímpicos. Não existe área prioritária, a ameaça é difusa em qualquer parte do território brasileiro e fora dele. Estamos usando todos os meios disponíveis dentro do estamento jurídico nacional, utilizando nossos colaboradores, trabalhando com metodologias próprias em fontes abertas, além de contar com apoio de serviços estrangeiros e também com a cooperação com a polícia judiciária e o ministério da Defesa. Embora saibamos que não há 100% de garantia na área de segurança, o trabalho está sendo bem feito e esperamos ter sucesso. Finalmente, mesmo com as incertezas ainda envolvendo os ataques na França, se foram planejados pelo Estado Islâmico ou algum grupo interno se auto-organizou, isso não muda em nada o fato de que a maior ameaça ao Brasil continuam sendo os lobos solitários.
Que experiências da Copa e de outros grandes eventos vão ser aproveitadas nos Jogos Olímpicos?
Tudo o que foi feito na Copa do Mundo vai ser feito durante os Jogos Olímpicos, mas estamos agregando novas metodologias e processos de trabalho a partir deste ano e continuaremos aprimorando o trabalho em 2016, principalmente, graças ao contato com outros serviços de Inteligência estrangeiros. A principal experiência bem-sucedida que será replicada é a montagem de Centros de inteligência no Rio de Janeiro e nas cidades sede do futebol, coordenados pela Abin e compostos por órgãos integrantes e parceiros do Sistema Brasileiro de Inteligência.

PORTAL BRASIL


Conheça 12 ações do governo para enfrentar os impactos da tragédia de MG e ES

Ao contrário do que dizem alguns críticos, o governo federal já tomou diversas providências para minimizar os problemas decorrentes do rompimento da barragem da Samarco; confira

Por Portal Brasil

O rompimento da barragem do Fundão, mantida pela mineradora Samarco no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), levou o governo federal a implementar uma série de ações para reduzir o impacto da tragédia ambiental na vida das pessoas afetadas.
Embora a tragédia seja de inteira responsabilidade da mineradora, desde o dia da tragédia o governo tomou uma série de medidas para atender as pessoas atingidas e minimizar os danos ocorridos.
Já no dia 5 de novembro, dia do rompimento da barragem a presidenta Dilma Rousseff ligou para o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, colocando o governo federal à disposição para tudo o que o Estado precisasse em suas ações emergenciais.
No dia seguinte, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, junto com o secretario nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira Júnior, estiveram em Minas Gerais para acompanhar as ações de socorro.
Desde então, diversas ações foram desencadeadas pelo governo federal para minimizar os impactos do desastre. Saiba mais:
1. Atendimento emergencial
A primeira ação federal efetiva foi atuar no socorro e nas buscas por desaparecidos, com ações da Defesa Civil, do Exército e da FAB, que atuaram logo após o rompimento das barragens. Foram mobilizadas três viaturas do Exército, aeronaves de FAB e nove militares para o apoio às buscas, bem como três técnicos da Integração Nacional para auxiliar no levantamento das necessidades.
2. Bolsa família antecipado
As mais de 3,6 mil famílias de Mariana inscritas no Bolsa Família tiveram a liberação antecipada do recursos na última terça-feira (17). O saque normalmente é feito sob um calendário que leva em consideração o último algarismo do Número de Identificação Social (NIS) impresso no cartão Bolsa Família. Diante da tragédia, o governo facilitou a liberação dos recursos, para ajudar a população afetada. Em dezembro, o saque antecipado poderá ser realizado no dia 10.
3. FGTS liberado
A presidenta Dilma editou também um decreto que libera às vítimas do rompimento das barragens em Minas o saque de até R$ 6.220 do saldo acumulado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
4. Abastecimento de água
O Ministério da Integração Nacional articulou as instituições e órgãos estaduais e federais nas medidas para garantir água para consumo tanto em Mariana como em cidades próximas, ao longo do rio Doce, que receberam a lama com rejeitos lançada pelo rompimento da barragem.
Em Governador Valadares (MG), por exemplo, foi estabelecido um estoque de água mineral para distribuição, feita pelo Exército. Além disso, foi reativada uma estação de tratamento de água, que, associada a uma estação móvel levada até a região, garantiu a retomada do abastecimento regular.
Já no Espírito Santo foram implantados meios alternativos de abastecimento: poços artesianos, carros-pipa e instalação de caixas d´agua em local estratégico. Em Colatina (ES), a previsão é perfurar cinco poços para levar água à estação de tratamento local e foi criada uma alternativa para captação de água no Rio Pancas. Um canal do Rio Guandu foi desassoreado e limpo para garantir a captação e abastecimento da cidade de Baixo Guandu.
5. Samarco multada
O governo federal, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aplicou multas que totalizam mais de R$ 250 milhões contra a Samarco. O governo vem cobrando a atuação da empresa na contenção e na reparação dos danos causados pela tragédia.
6. Recuperação do Rio Doce
A presidenta Dilma Rousseff iniciou um diálogo com os governos mineiro e capixaba para definir um plano conjunto de recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. O tema também é tratado no âmbito do comitê de trabalho, coordenado pela Casa Civil, que o governo instituiu para avaliação das respostas ao desastre.
7. Monitoramento 24 horas do Rio Doce
Após acidente, o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) antecipou o início da operação 24 horas de monitoramento contínuo do Sistema de Alerta da Bacia do Rio Doce, que abrange diversos municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo.
8. R$ 9 milhões extras para órgão que fiscaliza mineração
O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) terá R$ 9 milhões adicionais ao seu orçamento para adoção de medidas emergenciais em Minas Gerais. Os recursos serão usados este ano e em 2016 para contratar técnicos e auditores para aumentar a fiscalização os empreendimentos minerários em Minas Gerais, incluindo a segurança das barragens de mineração, que também é feita pelo DNPM de forma complementar à dos órgãos ambientais responsáveis pelo licenciamento de sua construção. Em 06/11, dia seguinte ao acidente, o DNPM determinou a suspensão das atividades do empreendimento, por tempo indeterminado.
9. Recomposição de documentos
Equipes do Ministério do Trabalho e Previdência estão fazendo, em Mariana, a expedição de carteiras de trabalho das pessoas atingidas pelo rompimento da barragem.
10. Monitoramento da qualidade da água
O Serviço Geológico do Brasil e a Agência Nacional de Águas (ANA) fazem o monitoramento especial do Rio Doce para acompanhar a evolução da qualidade da água.
11. Força-tarefa para salvar animais ameaçados
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro de Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vêm fazendo ações de emergência para proteger a fauna da região afetada pela catástrofe, como a retirada de ovos de tartaruga de locais ameaçados na costa capixaba, bem como a captura e transporte de matrizes de peixes também ameaçados.
12. Liberação de máquinas do PAC a 86 municípios
O Ministério do Desenvolvimento Agrário autorizou o uso de máquinas e equipamentos doados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para auxiliar as ações de socorro, assistência às vítimas e reestabelecimento de serviços sociais. Essas máquinas foram doadas para municípios vizinhos a Mariana (MG). Cada um dos municípios recebeu do governo federal uma retroescavadeira, uma motoniveladora e um caminhão-caçamba. Com isso, 258 equipamentos poderão ser disponibilizados.

PORTAL TERRA


Capacidade antiterrorismo do Brasil depende de cooperação internacional


A menos de um ano dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, recentes ataques em Paris colocam Brasil em alerta. Colaboração com agentes estrangeiros e entre órgãos do país é fundamental para segurança, apontam analistas. 
Em Brasília, o discurso oficial é o de que a estratégia de segurança para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 está pronta e não muda, mas que haverá, sim, um novo "patamar de vigilância" após os atentados que abalaram Paris no último dia 13 de novembro.
O esquema de proteção durante os jogos promete ser o maior do país: 85 mil profissionais, sendo 47,5 mil da Força Nacional de Segurança e o restante do Ministério da Defesa, além da criação de um Centro Integrado de Enfrentamento ao Terrorismo (Ciet). O tema é pauta de um seminário internacional promovido pelo governo brasileiro nesta segunda-feira (23/11).
O sucesso da mobilização, porém, dependerá da cooperação com agentes estrangeiros e, sobretudo, da coordenação entre os diversos órgãos envolvidos, como Ministérios da Justiça e Defesa, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Forças Armadas e Polícias Federal e Militar, avaliam especialistas consultados pela DW Brasil.
Para Paulo Storani, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Bope) e professor da Universidade Cândido Mendes, o maior risco é que velhos problemas de segurança pública, como fronteiras vulneráveis e a falta de uma política conjunta facilitem a ação de terroristas.
"Falta-nos estrutura. Não temos sequer um cadastro nacional único, capaz de identificar bandidos com rapidez. As instituições estaduais e federais não se comunicam. Falta uma política conjunta, e as drogas e armas entrando aqui em profusão, por fronteiras vulneráveis, tanto marítimas quanto terrestres, agravam o problema", afirma o especialista. "Não há mais tempo hábil para criar uma nova estrutura. Isso teria de ter sido feito oito anos atrás, quando o Brasil se candidatou à cidade-sede dos Jogos. Esse seria o maior legado olímpico para o país."
Atraso na lei antiterrorismo
Storani também vê com preocupação a demora na aprovação da lei antiterrorismo pelo Congresso, sem a profundidade necessária para punir esse tipo de crime, e a falta de um protocolo geral de procedimentos a serem adotados em caso de emergência. Ele lembra que os Jogos Olímpicos são uma situação atípica. Embora o Brasil não seja um alvo específico, vai abrigar delegações de centenas de países – inclusive de muitos considerados alvos potenciais do terror, como Estados Unidos, Israel, Alemanha e França.
"Quando houve os atentados em Paris, imediatamente subiram o nível de alerta nos Estados Unidos, por exemplo, onde há um protocolo a ser seguido em caso de ameaça. Nós não temos essa experiência. Temos um esquema de segurança precário, sem nenhuma garantia e um silêncio muito grande do governo federal sobre o que, de fato, está sendo feito", considera.
"É um momento geopolítico difícil. Seria um vexame muito grande se algumas delegações decidissem não vir ao Rio por conta da nossa vulnerabilidade. Seria um grande atestado de incompetência", critica Storani.
A obtenção de informações de inteligência é uma área nebulosa e que certamente depende da cooperação com agentes estrangeiros, como os Estados Unidos. Segundo fontes diplomáticas ouvidas pela DW Brasil, desde 2011 o país tem cooperado – a pedido de autoridades brasileiras – em áreas como procedimentos de raios-X em aeroportos e entrada e saída de estádios. Oficiais brasileiros viajaram aos Estados Unidos para observar megaventos, como a Maratona de Boston e a final da liga de futebol americano, o Super Bowl.
Esse tipo de cooperação se estende também à Europa, aponta outro ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel, especialista em segurança e autor do livro que deu origem ao filme Tropa de Elite. "Em termos de unidades de polícia especiais, estamos bem treinados. Quando vimos os policiais franceses invadindo o [clube parisiense] Bataclan, podemos imaginar aquela operação aqui. Não tenho dúvidas de que estamos no mesmo nível dos europeus", afirma.
Pimentel destaca que o Brasil tem unidades bem treinadas, até mesmo na França, como o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT) e armamentos novos. Além disso, o país sediou grandes eventos internacionais, como a Copa, a Rio+20, a Eco-92, a visita do Papa. "Ganhamos experiência. Não acho que o risco-Brasil tenha aumentado depois de Paris", diz.
Segundo o especialista, o ponto mais nevrálgico de uma operação de tamanha magnitude é o controle e a análise de informações de Inteligência que vão chegar do mundo todo às vésperas dos Jogos Olímpicos. É preciso monitorar o controle de fronteiras, bancos de dados e eventuais células terroristas adormecidas em território brasileiro. E é fundamental não minimizar nenhum indício de problema, afirma Pimentel.
"Meu medo é que a Abin e a Polícia Federal classifiquem o risco-Brasil em função da pouca notoriedade que o país tem nos conflitos envolvendo o mundo islâmico. Se o terrorismo internacional busca visibilidade, não podemos esquecer que os Jogos Olímpicos são o maior evento do planeta, do qual vão participar cidadãos de todo o mundo. Num país como o nosso, onde há enorme facilidade de se obter armas e explosivos, isso pode formar um caldeirão", adverte.
Terrorismo organizado
Entretanto, o cientista político Hussein Ali Kalout, especialista em Oriente Médio da Universidade de Harvard, diz não acreditar na hipótese de terrorismo organizado, como no caso dos atentados recentes em Paris. Não há entre os muçulmanos brasileiros – em geral bem integrados ao país – indícios de radicalização ou envolvimento com grupos como Al Qaeda ou "Estado Islâmico" (EI).
Nem mesmo na comunidade de Foz do Iguaçu, que já abrigou suspeitos de lavagem de dinheiro para o grupo xiita libanês Hezbollah e de onde surgem, ocasionalmente, rumores de células terroristas em ação na Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
"Não é o modus operandi dos muçulmanos brasileiros. Lembro que se trata de uma comunidade majoritariamente xiita, enquanto Al Qaeda e "Estado Islâmico" são grupos sunitas. Diria que o risco é praticamente zero. Mesmo em termos de lavagem de dinheiro, qualquer participação do Brasil parece irreal", afirma Kalaout.
"O "Estado Islâmico" tem receitas mensais de 50 milhões de dólares só com a venda direta de petróleo. Eles não precisam de doações ou ajuda de comunidades remotas como a de Foz. O Brasil tem desenvolvido um trabalho muito sério e acompanhado de perto o desenvolvimento do cenário internacional. O risco existente é sempre o de um ato individual, que é algo muito difícil de monitorar", conclui.

OUTRAS MÍDIAS


CORREIO DO ESTADO (MS)


Militares fazem curso para uso de paraquedas em operações

Aeroporto de Corumbá foi escolhido porque apresenta melhores condições dos aeroportos do Brasil
DANIELLE VALENTIM
Desde o dia 20 de novembro, 30 militares participam em Corumbá da terceira fase do Curso Especial de Salto Livre organizado pela Marinha do Brasil, com apoio do 6º Distrito Naval, Infraero, Corpo de Bombeiros de Corumbá e Força Aérea Brasileira. A formação ocorre dentro do Aeroporto Internacional até dia 04 de dezembro. 
De acordo com site Diário Online, são 22 fuzileiros navais, 05 mergulhadores de combate, um policial militar do Rio de Janeiro e militares da Armada Paraguaia participando do curso, que só acontece uma vez ao ano. O objetivo é formar saltadores livres aptos a se infiltrar por paraquedas na condução de Operações Especiais.
Conforme o capitão-de-fragata Montenegro, do 6º Distrito Naval, para que o curso fosse possível, a aeronave C 105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira, veio do Esquadrão de Campo Grande para o Aeroporto Internacional de Corumbá, onde os militares estão realizando saltos em queda livre.
O helicóptero Super Cougar, da Marinha do Brasil, que pertence à Base Naval de São Pedro da Aldeia, também virá à cidade para cobrir uma parte do curso. Além disso, as aeronaves esquilo do Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, pertencentes ao 6º Distrito Naval, estão disponíveis para os treinamentos.
Ainda de acordo com Montenegro, Corumbá foi escolhida para realização do curso porque apresenta as melhores condições de todos os aeroportos analisados no Brasil. As condições climáticas e os ventos constantes facilitam o salto, além do apoio contínuo do Corpo de Bombeiros dentro do aeroporto e da Infraero. Os voos reduzidos das empresas comerciais e o local da aterragem dos alunos ser no próprio aeroporto também facilitaram a escolha pela cidade.
O curso tem auxílio de 85 militares que fazem a equipe de apoio, composta por dobradores de paraquedas, para permitir que os saltos não parem. Há instrutores do Rio de Janeiro, além do apoio logístico e os filmadores.
O capitão-tenente fuzileiro naval Teixeira, que serve no Rio de Janeiro e é o encarregado do curso neste ano, explicou que essa formação é feita em três fases, distribuídas em cinco semanas. A primeira corresponde às aulas teóricas e começou no dia 04 de novembro, no Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro. A abrangência dessas aulas se deu desde a saída da aeronave ao salto em queda livre, à navegação e até a aterragem. As aulas teóricas tiveram duração de duas semanas.
Na segunda fase do curso, que ocorreu em São Paulo e durou uma semana, os alunos usaram um túnel de vento, que é um simulador de queda livre, onde o militar se condicionou a fazer a posição correta de queda livre, com o objetivo de ganhar confiança para execução prática na última fase, que é a prática do salto em queda livre, que começou no dia 21, em Corumbá, e segue até dia 04 de dezembro, totalizando duas semanas de treino.

JORNAL DA CHAPADA (BA)


Aeronave da FAB já lançou 252 mil litros de água para combater incêndios na Chapada Diamantina

Em cinco dias de atuação, o avião C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) lançou 252 mil litros de água no combate aos focos de incêndio na Chapada Diamantina. Foram 21 decolagens e 12 horas e 45 minutos de voo. As regiões de emprego do MAFFS (Modular Airbone Fire Fighting System), capaz de lançar 12 mil litros em cada decolagem, compreenderam as localidades de Morro Branco, Barro Branco, Mucugê, Pai Inácio, Vale e Morrão. Enquanto isso, o helicóptero H-36 Caracal, que começou suas atividades na sexta-feira (20), já realizou diversas missões de traslado. Com capacidade para 11 toneladas, o helicóptero pode levar até 28 pessoas em cada decolagem.
“Temos transportado uma média de 60 pessoas por dia, entre brigadistas e bombeiros. Retiramos esse pessoal dos pontos de apoio e levamos até os focos de incêndio”, explica o Tenente Leonardo Faria, comandante do Caracal. “O esquadrão está acostumado a fazer esse tipo de operação em localidades de difícil acesso, como na Chapada, mas com altitude mais baixa. Estamos trabalhando em conjunto com o Corpo de Bombeiros e pilotos da aviação civil todos com o mesmo objetivo de acabar com o incêndio. É uma missão muito gratificante, além de um grande aprendizado”, complementa o oficial.

JORNAL O PROGRESSO (MT)


Confiança da sociedade

A Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas foi às ruas apurar o nível de confiança que o cidadão brasileiro deposita nas suas instituições e, mais uma vez, as Forças Armadas compostas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica, aparecem no topo da lista como instituição mais confiável, com o índice passando de 66% em 2014 para 68% neste ano. A Santa Igreja Católica segue na 2ª posição no ranking da confiança, estudo que mostra ainda que 59% dos entrevistados enxergam a Igreja Católica como uma instituição confiável, contra 56% que tinham essa percepção em 2014. É importante que a sociedade brasileira mantenha sua confiança na igreja, mas também é fundamental que este setor passe a participar mais efetivamente dos grandes debates nacionais, apresentando aos seus fieis não apenas uma indicação de comportamento, mas, sobretudo, de sugestões para os problemas que afligem à sociedade. O papel da Igreja deve ir muito além do religioso ou da chamada proteção às minorias, ou seja, pela importância que esse setor tem na vida das pessoas e, sobretudo, pela credibilidade que possui, faz-se necessário um debate mais apurado em questões que dizem respeito ao cotidiano de todo conjunto da sociedade.
Contudo, se a igreja tem crescido no conceito confiança, o mesmo não se pode dizer dos partidos políticos que aparecem como os piores avaliados no ranking elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, com o aval de apenas 6% da população brasileira, percentual muito abaixo do atribuído às Forças Armadas que têm índice de confiança de 68%, ou seja, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica estão anos luz na frente de PT, PSDB, PMDB, DEM, PR, PPS, PDT, PTB, PV, PSL, PSB, PMN, PTC e tantos outros “P” quando o assunto é confiança da população brasileira. Nem poderia ser diferente, já que os partidos políticos brasileiros foram transformados em verdadeiros balcões de negócios, onde os interesses de grupos sempre têm prioridade sobre os interesses da população. O baixo índice de confiança nos partidos políticos reforça a tese que o brasileiro continua vendo a política como algo fundamental para a melhoria de vida da sociedade, tanto que a aprovação da presidente Dilma Rousseff está em torno de 8%, numa clara afirmativa que os partidos políticos são dispensáveis.
Outra constatação preocupante: se os partidos estão em situação desconfortável no ranking da confiança, o mesmo ocorre com os órgãos da Justiça, que aparecem como confiáveis por apenas 29% dos entrevistados pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas. O Poder Judiciário aparece no mesmo patamar da polícia e fica a frente apenas do Congresso Nacional, que tem índice de confiança de 19% e dos partidos políticos. No Distrito Federal, a sociedade registra a maior confiança no Poder Judiciário, com 4,7 pontos, desbancando a liderança do Rio Grande do Sul que, desde o início da sondagem, em julho de 2009, ocupava o posto. No período, o Estado gaúcho recebeu um índice de confiança de 4,6 pontos. São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram o mesmo índice de confiança, 4,4 pontos, e os Estados da Bahia, Minas Gerais e Pernambuco são os que menos confiam no Judiciário: cada um teve 4,2 pontos no índice de confiança.
O estudo revela que a confiança no Judiciário cresce à medida que aumenta a renda e a escolaridade dos entrevistados, além de ser maior entre moradores do interior, se comparado entre os moradores da capital; e entre os homens, se comparado com as mulheres. A Fundação Getúlio Vargas também analisou a confiança do Judiciário segundo a cor de pele e constatou que quem se declara como negro, pardo ou indígena confia menos no Judiciário do que quem se declara branco ou amarelo. Ainda assim, o Judiciário de forma geral está melhor hoje do que no passado e tende a melhorar ainda mais no futuro, já que para 49% dos entrevistados, o Poder Judiciário melhorou nos últimos 5 anos e para 68% ele tende a melhorar nos próximos 5 anos. As outras instituições que completam o ranking da confiança do brasileiro ficaram com os seguintes resultados: as grandes empresas são confiáveis para 43%, seguidas pelas emissoras de TV, que aparecem com 33%. A imprensa escrita, como jornais e revistas, foi apontada como confiável por 43% dos entrevistados, volume muito superior aos 9% dos partidos políticos e 29% do Judiciário, mas muito aquém dos 68% das Forças Armadas.
O número
Apenas 6% da população brasileira disseram confiar nos partidos políticos, enquanto 68% disseram confiar nas Forças Armadas.

NOVO JORNAL (RN)


Latam diz que adiamento de anúncio do hub tem nada a ver com crise

Com prejuízo líquido superior a R$ 400 milhões no terceiro trimestre de 2015, adoção de medidas de contenção de gastos que envolvem redução da capacidade doméstica no Brasil e até devolução de aeronaves, a Latam anunciou no início de novembro que decidiu adiar para 2016 a definição sobre a sede do seu centro de conexões de voos (hub) no Nordeste. Segundo a companhia, porém, as dificuldades financeiras não têm qualquer relação com o adiamento. Especialistas ouvidos pelo NOVO contrapõem o argumento.  
Desde maio passado, quando a Latam anunciou a procura de uma sede para  instalação do seu centro de conexões, estimado recentemente em R$ 10 bilhões, o assunto se tornou a principal pauta política e econômica dos três estados concorrentes: Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco, que se comprometeram em atender várias demandas exigidas pela empresa. A companhia contratou consultorias técnica e econômica (já apresentadas) para avaliar a capacidade dos estados envolvidos. 
O prazo de anúncio da decisão, estipulado pela própria empresa, era dezembro deste ano. Entretanto, alegando necessidade de mais informações técnicas, a Latam deixou a divulgação do resultado para o primeiro semestre de 2016.   
O diretor do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean-Paul Prates, considera que a decisão tem mais relação com a situação econômica da América Latina e da própria companhia do que com a concorrência entre as cidades nordestinas para sediar  o investimento. 
Atuante nas áreas de energia e logística, o especialista avalia que a decisão pode ter sido tomada para dar uma resposta especialmente aos investidores internacionais. Tanto é, aponta, que o comunicado foi inicialmente para o mercado exterior. Apesar de o momento de crise ser propício para novas oportunidades, a situação causa preocupação de quem investe e arrisca dinheiro. 
“Como a Latam vai explicar para eles um investimento desse porte quando os números apontam um mercado desaquecido?”, questiona. “Na minha visão, a empresa resolveu esperar o primeiro semestre do próximo ano, que é quando todo mundo espera que a situação comece a se normalizar, para fazer esse anúncio”, argumenta.
Prates ainda pondera que a decisão de adiar o anúncio da escolha foi prejudicial especialmente para o Rio Grande do Norte – estado que, na sua concepção, está amplamente à frente dos concorrentes nos quesitos técnicos. “Não que o estado fique em desvantagem com isso. Mas eles poderiam ter anunciado a decisão e informado que esperariam mais um pouco para começar o investimento”, argumenta.
Mas isso não deixa de ser um prazo a mais para a companhia acompanhar a evolução dos estados nos investimentos em infraestrutura aeroportuária e no cumprimento dos compromissos firmados para atrair o hub. É o caso da conclusão dos acessos Norte e Sul ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante. 
DÓLAR E INVESTIMENTOS
Professor de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Carlos Alberto Medeiros leciona a disciplina de Logística e corrobora com a opinião de Jean-Paul Prates. Ele aponta pelo menos duas razões principais que influenciaram a empresa pelo adiamento do anúncio. A primeira seria o fator cambial. 
“A América Latina é o grande mercado da Latam. Aqui a empresa está recebendo em Real, mas o custeio dela com as aeronaves, por exemplo, é em Dólar. Ou seja, com a situação cambial atual, ela está numa situação mais difícil”, justifica.
Apesar disso, destaca ele, a companhia tem uma situação mais confortável que concorrentes como a Gol, que amargou prejuízo de R$ 1,027 bilhão no primeiro semestre do ano. 
Outra razão para o retardamento do investimento, de acordo com o professor, seria o interesse que o grupo detentor da British Airways e da Ibéria teria em uma fusão com a Latam. A informação passou a circular na imprensa especializada em aviação no início do mês. A Latam poderia estar esperando a concretização, ou pelo menos avanços nas negociações. As três empresas integram a aliança Oneworld.
Medeiros ainda afirma que a decisão quanto à sede do hub já foi tomada pela empresa. E ele acredita que Natal seja a escolhida, por razões técnicas. “Estamos 20 anos à frente dos outros candidatos. Eles se beneficiaram agora com um tempo a mais. Mas quem vai bancar para que os aeroportos tenham condições de receber um hub nesse momento?”, questiona.
COMPANHIA NEGA RELAÇÃO
A Latam nega que haja qualquer relação entre a decisão de adiamento do anúncio com os aspectos financeiros da companhia. “Os motivos para essa decisão são exclusivamente relativos à infraestrutura aeroportuária”, assegura em nota enviada ao NOVO. 
No documento, a empresa ainda ressalta que mantém o plano de investimento e continua os estudos para escolher a melhor a sede do primeiro hub da região Nordeste. “O Grupo Latam assegura que continuará avaliando todas as condições para a definição da capital que será a sede do hub Nordeste. Esta decisão poderá ocorrer ainda no primeiro semestre de 2016. A iniciativa do hub permanece no plano de investimentos do Grupo”, pontua. 
Em nota sobre o balanço financeiro do terceiro semestre, publicado no site da companhia na semana passada, a Latam afirmou: “Como resultado de um ambiente macroeconômico mais fraco na América do Sul e as desvalorizações significativas das moedas latino-americanas durante o período, especialmente a desvalorização de 55,5% do Real, as receitas totais do Grupo no terceiro trimestre de 2015 diminuíram  19,9% em comparação ao  terceiro trimestre de 2014”.


SITE EL MEXICANO


Personal de la SEMAR realiza ejercicio multinacional anfibio en UNITAS 2015

Isla Marambaia, Brasil.- Este fin de semana, en Playa Prainha de la Isla de Marambaia, Brasil, 134 elementos de una Compañía de Infantería de Marina de la Armada de México llevaron a cabo un Desembarco Anfibio en el escenario simulado del Ejercicio Multinacional "UNITAS ANFIBIO 2015".
El personal de Infantería de Marina realizó el Desembarco Anfibio en embarcaciones tipo Zodiac, Lanchón tipo LCU y vehículos anfibios, junto con un grupo de ocho elementos de sanidad naval, logrando con esto un intercambio de conocimientos y técnicas de entrenamiento de manera simultánea entre las siete naciones.
Durante el Ejercicio "UNITAS ANFIBIO 2015", el personal de las Fuerzas Navales de Brasil, Canadá, Chile, Colombia, Estados Unidos, Paraguay y Perú, trabajaron en la planeación y organización de las actividades con el fin de intercambiar experiencias y alcanzar la interoperabilidad.
Con estas acciones la Secretaría de Marina - Armada de México estrecha los lazos de amistad con los siete países que participan en el Ejercicio Multinacional, para fortalecer la cooperación y confianza mutua y la presencia de México como un actor con Responsabilidad Global.
Cabe destacar que en este ejercicio los elementos de la Armada de México adquieren las técnicas y conocimientos adecuados para auxiliar a la población civil en casos y zonas de emergencia o desastre, actuando por si o conjuntamente con las instituciones de los tres niveles de gobierno, ya que para esta Institución la seguridad de las familias mexicanas es lo más importante y por ellos el personal naval se capacita de manera multinacional en UNITAS 2015.

SITE EL HERALDO (MÉXICO)


Participa la Marina en simulacro de guerra

ImagemPersonal de Infantería de la Armada de México realizó un desembarco en la Isla de Marambaia, Brasil, en una acción simulada dentro del ejercicio multinacional “Unitas Anfibio 2015″.
Los ejercicios militares se realizan del 14 al 25 de noviembre en Río Grande del Sur y Río de Janeiro y por México participan un buque de guerra anfibia ARM “PAPALOAPAN” (A 411), un helicóptero MI-17 y 134 elementos de Infantería de Marina, así como la Patrulla Oceánica ARM “CALIFORNIA” (PO 162), un helicóptero Panther y 24 elementos de Infantería de Marina.
UNITAS es la operación multinacional más antigua el mundo y su objetivo principal es el de aumentar la interoperabilidad entre las Marinas de las Américas. Participan las armadas de Brasil, Camerún, Chile, Ecuador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, Perú, República Dominicana, Senegal y México.

PORTAL DEFESANET


Controladores da FAB fazem intercâmbio com US Navy

"É uma Base Aérea e um CINDACTA (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) junto". É assim que o Sargento Ismael Trindade, da Força Aérea Brasileira (FAB), descreve o porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) USS George Washington. Ao lado do Suboficial Rossi Nogueira, ele embarcou no navio no último dia 12 e até a próxima segunda-feira (dia 23/11) irá trabalhar lado a lado com os militares norte-americanos durante o exercício UNITAS.
Os dois são controladores de tráfego aéreo e estão a bordo para ajudar na coordenação das missões de treinamento realizadas entre os caças da FAB e da US Navy. Ambos foram selecionados pelo nível de inglês e também pela experiência na condução dos combates além do alcance visual, conhecidos pela sigla inglesa (BVR - Beyond Visual Range). "A integração é, sem dúvida, o maior aprendizado nesses dias", resume o Sargento Ismael.
Segundo o Suboficial Rossi, os dois brasileiros se adaptaram bem à operação. "Não temos nada a dever em termos de combate BVR. Na parte de controle, as táticas e as técnicas são praticamente as mesmas", explica. Para ele, um fator positivo do intercâmbio é a intensidade: por dia, são cerca de 75 decolagens diárias, tanto para exercícios com a FAB, quanto para a parte aeronaval do exercício UNITAS, ao lado da Marinha do Brasil e de outros países.
Cidade flutuante
Se o trabalho tem corrido bem, a vida dos dois brasileiros não foi fácil nos primeiros dias. "São mais de 20 andares. É muito fácil se perder!", diz o Sargento Ismael. Já o Suboficial Rossi tem um elogio: "A comida é espetacular ".
Os dois brasileiros se integraram a uma tripulação de cinco mil pessoas, duas mil somente para conduzir as operações aéreas. O USS George Washington leva um grupo aéreo composto por aproximadamente 40 caças F-18E/F Super Hornet, EA-18G Growler e F-18C/D Hornet, além de aviões-radar E-2 Hawkeye, aeronaves de transporte C-2 Greyhound e helicópteros HH-60 e SH-60 Sea Hawk.
Com peso máximo de deslocamento de 97 mil toneladas, o USS George Washington tem 332 metros de comprimento e 76 metros de largura máxima.  O sistema de propulsão é formado por quatro hélices, com 6,70 metros de diâmetro e peso 30 toneladas cada. O porta-aviões tira sua propulsão de dois reatores nucleares e leva também um máximo de 3,5 milhões de galões de combustível de aviação a bordo, a ser utilizado por uma frota de até 80 aeronaves.
Em atividade desde 1992, o USS George Washington estava no Japão até maio desde ano, quando começou sua rota com destino a costa atlântica dos Estados Unidos, onde irá passar por uma revisão geral e reabastecimento de combustível nuclear. No caminho, realiza exercícios com nações amigas, como a UNITAS.
Desvendando o USS George Washington, o porta-aviões norte-americano
Você deve estar acompanhando que a Força Aérea Brasileira e a US Navy (a Marinha dos Estados Unidos) estão em pleno treinamento de combate aéreo, o Exercício UNITAS, que acontece até o próximo dia 22.
Pois bem, a operação acontece durante a passagem pela costa brasileira do porta-aviões norte-americano USS George Washington, que está em deslocamento do Sul para o Sudeste do Brasil, contornado o continente Sul-Americano durante viagem do Japão até a costa leste dos Estados Unidos.
Como isso não acontece todo dia, o Tenente Jornalista Humberto - na cobertura do Exercício - veio hoje por aqui para nos contar como é a experiência de conhecer o porta-aviões. E, acredite, é uma experiência para a vida inteira! Olha só, duvido que você não fique aqui curtindo até o último parágrafo... Aperte os cintos, porque a viagem é instável e emocionante.
Quando alguém te diz isso com um imenso sorriso nos lábios, é certeza de que a coisa vai ser tensa. E foi. Estou falando de decolar de um porta-aviões, algo que vivi poucas horas atrás e vim aqui no blog compartilhar com vocês.
Mesmo que o porta-aviões seja ENORME, a pista simplesmente não é grande o bastante para a decolagem. Então existe um equipamento cujo nome explica a função: catapulta. Vamos de 0 a 300 km/h em apenas três segundos. Desculpa aí os fãs da Fórmula 1, mas ser catapultado é muito mais radical.
É tão radical que esses camaradas fazem graça. São mecânicos do VRC-30, os "Providers", equipados com o avião de transporte C-2 Greyhond, capaz de levar até 26 passageiros (a maioria, assustados) direto para uma pista de pouso que flutua (e balança ao sabor das ondas).
Não é um voo de primeira classe. Você usa um capacete apertado, um cinto de segurança apertado e uma viseira que aperta os óculos (para quem usa). A cadeira não reclina: cadeira não, você vai sentado num verdadeiro forte de metal. Pra complicar mais um pouquinho, todas as "poltronas" são voltadas para trás do avião, e não tem janelinha: a única coisa que resta fazer é sentir cada movimento e tentar adivinhar o que vai acontecer, além de, claro, ouvir as indicações dos nossos amigos.
A dica para a decolagem é a repetição de três gritos: "Here we go! Here we go! Here we go!". Mas não é dito assim, com tanta disciplina. É algo do tipo "Here we go, u-huuuu!!". Parece torcida de futebol. Aí o motor acelera, o avião se treme todo sem sair do lugar e, de repente, você está completamente imobilizado pela força que te joga contra o cinto de segurança.
Dizem que pousar e decolar a bordo de porta-aviões é um "acidente controlado". Claro que não é: mas a posição é a mesma. Sabe aquelas "posições de impacto" que vemos nas instruções de segurança dos aviões comerciais? Pois é exatamente assim que a gente fica no pouso e na decolagem de um C-2 a bordo.
A única coisa que dava uma certa confiança aos passageiros, a maioria brasileiros, fotógrafos civis e militares, era o fato de que algumas horas antes havíamos feito o pouso a bordo. A emoção é parecida. O grito muda: "Landing! Landing! Landing!" (com as mãos girando para cima, como quando a torcida tira a camisa nos estádios). E você não é jogado contra o cinto, e sim contra a cadeira.
Desculpa, leitor, se eu não tenho fotos dos momentos exatos da decolagem e do pouso, mas não pode fazer foto. Nada contra as câmeras: é porque ninguém iria conseguir segurar qualquer coisa em meio a uma aceleração tão grande. Talvez o Hulk conseguisse.
Aliás, deixa eu apresentar direito. Esse é o CVN-73 George Washington. "CV" é a sigla da Marinha dos Estados Unidos para "porta-aviões" e o N revela ser de propulsão nuclear. Sim: mais que um navio, esse colosso de 332 metros de comprimento (o Titanic tinha 269) e 60 mil toneladas só de estrutura de aço tem como fonte de energia dois reatores nucleares.
O George Washington até leva 3,5 milhões de galões de combustível, mas é para suprir a frota de 80 aeronaves a bordo (calma, vamos já falar dos aviões!). A força para mover as quatro hélices de 6,70 metros e mais de 30 toneladas, cada uma, vem dos dois reatores, que também mantêm em funcionamento uma verdadeira cidade flutuante, com 5 mil membros da tripulação, cerca de 2 mil só para pilotar e cuidar das aeronaves.
Não é por acaso que a nossa Marinha do Brasil investe tanto no seu projeto de submarino a propulsão nuclear. No George Washington, a força vinda do urânio permite deslocar um peso máximo de 97 mil toneladas a até 55 km/h. Pode parecer pouco, mas em um dia eles conseguem se deslocar por mais de 800 km. E só precisa reabastecer de 20 em 20 anos.
O problema é que não dá para fazer isso em qualquer porto. Aí o George Washington, que em maio estava lá no Japão, precisa ir até a Virgínia, na costa atlântica dos Estados Unidos, para reabastecer. Como o porta-aviões é grande demais para o Canal do Panamá, e já sabe: o caminho que resta é dar uma volta inteirinha no continente americano.
É durante essa rota que, neste ano, o exercício internacional UNITAS acontece com a participação do George Washington e, principalmente, de suas aeronaves.
Desde manhã cedo até o fim da tarde, as quatro catapultas são intensamente usadas por cerca de 40 caças F-18. A principal missão deles é realizar o combate aéreo simulado contra os F-5 da Força Aérea Brasileira, uma história que você conhece bem acompanhando o site da FAB - e pode começar conferindo o vídeo aí embaixo. Também há exercícios com as marinhas do Brasil, Chile, Peru, México e Reino Unido.
Nessa missão, eles têm a bordo os C-2 Greyhound, os aviões-radar E-2 Hawkeye e os helicópteros HH-60 e SH-60 Sea Hawk, a versão naval do nosso H-60 Black Hawk, usados aqui para missões como combate a submarinos e navios. E os caças? Bem, a bordo do George Washington encontramos os F-18 Super Hornet.
Há os F-18E, para um piloto, e F-18F, para dois. Além das missões de combate aéreo, ataque e reconhecimento, os F-18 também cumprem uma missão interessante: reabastecimento em voo. Na falta de um avião de grande porte, como o KC-130 Hércules, os F-18 podem, eles mesmos, reabastecerem seus companheiros. Para isso decolam com um tanque de combustível extra com uma pequena hélice na frente, que serve para bombear o líquido pela mangueira retrátil. Observei que depois de alguns F-18 decolaram para os combates, mais um seguiu nessa configuração de avião-tanque só para apoiar seus companheiros.
A bordo também é possível encontrar o EF-18G "Growler", uma versão do caça especializada em guerra eletrônica. Por fim, a ala aérea é completada pelos F-18C (um piloto) e F-18D (dois pilotos), ambos da geração anterior, chamada de Hornet. Os F-18C/D estão em operação nos Estados Unidos desde 1987, e os F-18E/F desde 1999. Para quem está a bordo do George Washington, não faz muita diferença: quando qualquer um deles decola, o piso treme e o ronco das turbinas é alto (mesmo para quem usa o protetor auricular).
Falando em operações aéreas, uma coisa que chama a atenção a bordo é o "balé muito bem coordenado" (como disse um militar deles) das equipes de convés. Eles vestem várias cores, de acordo com a função: amarelo movimenta aeronaves, vermelho cuida do armamento, roxo reabastece, branco cuida da segurança... É realmente bem interessante ver como todos sabem exatamente o que fazem, e também a preocupação de todos com a segurança. Cada linha no convés é considerada um muro: não pode passar de jeito nenhum! Se você colocar só a ponta de um pé onde não deveria, em segundos se materializa alguém do teu lado para apontar a falta.
Mesmo com essas roupas pesadas, cheias de proteção, a gente consegue perceber uma coisa bem interessante: a presença de mulheres. Simplesmente não há função a bordo que não possa ser feita por mulheres. Tem mulher no comando de aeronaves? Tem. Tem mulher instalando armamento? Tem. Cuidando do combustível? Também.
Aliás, o comandante do porta-aviões é o Captain Timothy Kuehhas. Mas a participação da Marinha dos Estados Unidos na UNITAS vai além do George Washington em si. Ele manda no navio, mas acima dele, hierarquicamente, está a Almirante Lisa Franchetti. Os quatro navios dos Estados Unidos na UNITAS, além das aeronaves, estão sob responsabilidade dela.
Natural do estado de Nova Iorque, a Almirante se formou em jornalismo e ingressou nas Forças Armadas inicialmente como militar da reserva. Daí foi selecionada para a chamada "comunidade de guerra de superfície" e fez uma longa carreira, incluindo o comando do destróier USS Ross. A bordo do George Washington, participou das operações de guerra no Afeganistão.
Conversei com a Almirante Lisa Franchetti. Ela elogiou muito o trabalho dos brasileiros e disse que a UNITAS é uma imensa oportunidade para trocar conhecimentos. Disse ainda ser fundamental a participação da Força Aérea Brasileira nesse exercício, além de se mostrar bem feliz com a ideia de poder desembarcar no Brasil.
Brasil, aliás, muito bem representado no George Washington. Em meio a tantos sotaques de todas as partes dos Estados Unidos, ouvimos a voz cantada do Rio Grande do Norte. É Amanda da Silva (sobrenome mais brasileiro, impossível!), uma potiguar de 20 anos de idade, 14 deles em sua nova nação. Também conhecemos por lá o Lucimar dos Santos (100% brasileiro!), um paulista corinthiano, de 36 anos que, aos cinco, mudou de país.
A aproximadamente 200 quilômetros do litoral norte do Rio Grande do Sul, o porta-aviões nuclear George Washington trazia ainda uma mostra da amizade com o Brasil. Em meio às decolagens e pousos dos caças, no mastro do navio, tremulava uma linda bandeira. As cores dela? Verde, amarelo, azul e branco.

SITE LA PRENSA DE MONCLOVA (MÉXICO)


Realiza Armada desembarco anfibio en Brasil

Como parte del Ejercicio Multinacional “UNITAS ANFIBIO 2015”, 134 elementos de una Compañía de Infantería de Marina de la Armada de México realizaron este fin de semana un desembarco anfibio en el escenario simulado.
La Secretaría de Marina-Armada de México informó que la operación se realizó en la playa Prainha, de la Isla de Marambaia, en Brasil, en donde desde la semana pasada se realiza en ejercicio multinacional con las armas del país anfitrión, Canadá, Chile, Colombia, Estados Unidos, Paraguay y Perú.
La dependencia detalló que la operación de desembarco se realizó en embarcaciones tipo Zodiac, Lanchón tipo LCU y vehículos anfibios, junto con un grupo de ocho elementos de sanidad naval.
Las armadas de los países participantes trabajaron en la planeación y organización de las actividades con el fin de intercambiar experiencias y alcanzar la interoperabilidad.
“Logrando con esto un intercambio de conocimientos y técnicas de entrenamiento de manera simultánea entre las siete naciones”, indicó la Semar en un comunicado.
Las prácticas les permiten, de explicó, actuar entre sí o conjuntamente con las instituciones de los tres niveles de gobierno, por lo que el personal naval se capacita de manera multinacional para una mejor atención a la población.

SITE MANCHETE ONLINE (RJ)


Aeroportos do Rio funcionam por instrumentos devido ao mau tempo

Devido ao tempo instável que atinge o município do Rio as manobras de pousos e decolagens do Aeroporto Santos Dumont, Centro, são realizadas por instrumentos na manhã desta segunda-feira (23). No total, três partidas e duas chegadas foram canceladas. O Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, Zona Norte, também opera nas mesmas condições.
Já as Linhas 1 e 2 do MetrôRio e todos os ramais dos trens da SuperVia funcionam nos intervalos previstos. De acordo com a CCR Barcas, a movimentação é intensa nas estações. No entanto, sem registro de atrasos.
A operação do Teleférico do Alemão foi retomada às 8h devido ao temporal. O serviço ficou impactado por cerca de duas horas.



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