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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 04/06/2015 / Brasil suspende plano de aviação que ajudaria a Embraer e a Azul



Brasil suspende plano de aviação que ajudaria a Embraer e a Azul ...



Projeto foi desenvolvido para voos regionais ...




(SÃO PAULO) – O Brasil está suspendendo um plano de subsidiar a aviação regional, conforme o governo busca inflar contas públicas, de acordo com um oficial da equipe econômica de Dilma Rousseff.

O projeto foi desenvolvido para encorajar as aéreas a voar a destinos com pouca oferta dentro do país, e foi visto como um estímulo à fabricante de jatos Embraer porque deveria subsidiar metade dos assentos em aviões com até 100 lugares. A Embraer é a maior vendedora de jatos regionais desse tipo.

O Fundo Nacional de Aviação, que também financiaria aeroportos regionais, está sendo usado para alcançar a meta de superávit de orçamento, antes do pagamento de juros, de 1,% ao ano sem a participação da Infraero.

O atraso no plano de aviação regional reflete esforços do governo em atingir uma meta que procura recuperar a confiança dos investidores e evitar um rebaixamento de crédito. A proposta de redução da Infraero é parte de um plano para atrair mais capital privado para acelerar a construção de vias de gargalo, ferrovias, portos e aeroportos, disse o oficial.

Azul e Tam

Dilma disse que o governo revelará um plano de concessões para infraestrutura no dia 9 de junho.

Uma das maiores beneficiárias do programa regional de aviação é a Azul SA, criada pelo fundador do grupo JetBlue David Neeleman.

A Azul é a empresa que realiza mais voos regionais em jatos da Embraer. Tam, Gol e Avianca disseram que procuram comprar jatos da Embraer que funcionariam melhor com os limites de assentos que se enquadram nos requisitos para subsídios nessas rotas regionais.

A Azul e a Embraer não quiseram comentar.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


FAB confirma morte de ocupantes de helicóptero desaparecido no AM

Resgate de corpos foi concluído na tarde desta quarta-feira (3). Helicóptero desapareceu na sexta-feira, em uma área de floresta.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, no início da noite desta quarta-feira (3), que nenhuma das pessoas que estavam no helicóptero desaparecido desde a sexta-feira (29), em uma área de floresta no interior do Amazonas, sobreviveu. 
O trabalho de resgate terminou no fim da tarde desta quarta-feira. Os corpos foram encaminhados ao Hospital de Guarnição de Tabatinga, onde devem ser identificados.
De acordo com informações da FAB, o trabalho de resgate dos corpos foi realizado por meio de rapel, pois a aeronave enviada ao local não conseguiu pousar na área.
O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos (Seripa-7) deve investigar as causas do acidente.
Um piloto e quatro passageiros embarcaram no helicóptero que prestava serviços à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e à Casa de Saúde Indígena (Casai). A aeronave desapareceu durante voo entre os municípios de Atalaia do Norte e Tabatinga, respectivamente a 1.130 e 1.108 km de Manaus.
De acordo com informações da Defesa Civil de Atalaia do Norte, a aeronave desapareceu do espaço aéreo por volta das 18h30 (22h30 em Brasília) de sexta-feira, quando estava prestes a pousar em Tabatinga.
A FAB informou que avistou indícios do helicóptero a aproximadamente 40 km a sudoeste de Tabatinga, perto do horário do pôr-do-sol, na noite de terça-feira (2). No entanto, a confirmação de que se tratava da aeronave ocorreu somente na manhã desta quarta, depois que um helicóptero H-60 Black Hawk da FAB desembarcou equipes de resgate no local.
As buscas duraram cinco dias. Além dos 40 homens do Exército, a operação contou com profissionais do Corpo de Bombeiros do Amazonas, da Polícia Militar, Força Aérea e Defesa Civil.
Empresa

A empresa Moreto Táxi Aéreo LTDA, responsável pelo helicóptero, Modelo AS 355, prefixo PR-ADA, afirma que o "helicóptero se encontrava em plenas condições de voo e estava com todas as revisões atualizadas".
Por meio de nota, a empresa informa ainda que é "solidária aos familiares e está prestando total assistência e oferecendo todo suporte e informações necessárias".


Quadrilha que tentou roubar avião em MT e matou PF receberia R$ 281 mil

Agente Mário Mattos morreu durante abordagem a quadrilha em Sinop (MT). Quadrilha seria especializada em roubo de aviões para vender na Bolívia.

Kelly Martins

A quadrilha presa após tentar roubar um avião, em um aeródromo, no dia 16 de maio, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, e que resultou na morte do agente federal Mário de Almeida Mattos, de 33 anos, já teria praticado outros roubos na região. Um dos integrantes do grupo revelou que receberia o valor de R$ 281 mil pela aeronave e que ela seria entregue para um traficante, na Bolívia, onde outra quadrilha atua na intermediação de compra e venda, na fronteira. Os fatos são investigados pela Polícia Federal no inquérito aberto para apurar o crime.
Traficantes do país vizinho também teriam comprado um avião Cessna, roubado no dia 15 de abril, segundo o delegado Gabriel Costa, do hangar de um aeroclube em Sinop, pelo valor de R$ 190 mil. “Foi a mesma quadrilha que atuou nos dois crimes e estamos apurando ligações de outros praticados no município de cidades vizinhas. Os envolvidos são os mesmos, o piloto também. Um dos líderes do esquema confessou que a quadrilha é contratada por traficantes, que "trabalham" para compradores na Bolívia”, relatou ao G1, o delegado federal.
Ele disse ainda que a Polícia Federal já teria pistas do suspeito que comprou os aviões. Costa explica que o inquérito investiga os dois casos e que a polícia busca identificar outros envolvidos. Além disso, destacou que a quadrilha presa após o tiroteio no aeródromo, em maio, teria mais integrantes. O inquérito deverá ser finalizado até esta sexta-feira (5), conforme o delegado.
Morte
Cinco integrantes da quadrilha que se envolveu no tiroteio com os policiais federais, dentro de aeródromo na zona rural do município, foram presos pela polícia dois dias depois do assassinato do agente. Um dos disparos acertou o tórax de Mário de Almeida Mattos, durante a operação. No dia 21 de maio, um homem de 40 anos, tido como 6º integrante do grupo de assaltantes foi morto em confronto com policiais. De acordo com a Polícia Federal, o suspeito era tido como o líder da quadrilha e ao ser abordado, reagiu e foi baleado. Ele estava com a prisão decretada pela Justiça Federal desde o dia da tentativa de roubo ao avião.
A PF de Sinop chegou a oferecer recompensa de R$ 2 mil por qualquer informação que levasse aos assaltantes. Por volta da 0h30 do dia 16, os policiais viram um veículo suspeito e uma "movimentação estranha" em um dos aeroclubes e, durante a abordagem, o policial foi atingido. Mário Mattos foi levado ao Hospital Regional da cidade, mas morreu cerca de uma hora depois de ter dado entrada na unidade hospitalar.

Especialistas contestam laudo da FAB sobre queda de helicóptero em SP

Aeronave que levava Thomaz Alckmin teria componentes desconectados. Engenheiro aeronáutico diz que sem conexão é impossível decolar.

Especialistas em engenharia aeronáutica reagiram com estranheza à versão divulgada nesta terça-feira (2) pela Força Aérea Brasileira (FAB) sobre o acidente com o helicóptero PP-LLS, que caiu em abril em Carapicuíba, na Grande São Paulo, matando cinco pessoas, entre elas Thomas Alckmin, filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
De acordo com a FAB, os "controles flexíveis" e as "alavancas", dois dos componentes apontados como "fundamentais" para o controle da aeronave durante o voo, estavam desconectados antes da decolagem. do helicóptero PP-LLS.
Fernando Martini Catalano, professor de Engenharia Aeronáutica da USP, diz que acha estranho a afirmação de que as peças estavam desconectadas antes do vôo. "Se são vitais para o voo o helicóptero estaria desgovernado desde sua decolagem, que foi um pouco radical, mas mostrou que ainda havia controle e veio a cair minutos mais tarde", afirma.
"Outra questão é como se sabe que as peças estavam desconectadas antes do vôo e não se desconectaram durante o vôo por má fixação anterior? Se a investigação não foi concluída esses tipos de afirmações não deveriam ser anunciadas."
As peças conhecidas como "ball type" e "bell cranck" servem para transmissão de movimento de vários sistemas da aeronaves por exemplo acionar o rotor de cauda para movimento de guinada ou o rotor principal para subir descer ou movimentos laterias. Também podem ser usadas para o controle do motor. Normalmente se localizam internamente à fuselagem do helicóptero e são acessíveis para manutenção, segundo o professor.
"Ser forem as peças de controle do rotor de calda, o piloto não conseguiria evitar a rotação do helicóptero pois o controle de guinada não funcionaria, Se for uma peça do controle de movimento do rotor principal, as manobras de subida e descida e movimentos laterias seriam seriamente comprometidas", diz Catalano. Ele disse ainda que é muito raro estarem desconectadas sem que o piloto perceba no cheque antes do voo, dependendo da peça não é possível realizar uma decolagem.
Ricardo Chilelli, piloto particular, engenheiro aeronáutico e sócio proprietário de uma empresa de segurança no voo nos Estados Unidos, também estranhou o documento. “O que está sendo dito nesta nota é absurdo. Com essa peça solta, nenhum piloto sai do chão”, disse. “Na hora o piloto detecta, ela não responde aos seus comandos. Não tem controle da aeronave com isso solto.”
Rodrigo Duarte, piloto e conselheiro da Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros. “Imagine um carro saindo com a barra de direção solta. O que a nota diz é mais ou menos isso: que o helicóptero acionou já com essa cadeia de comandos desconectada e, estranhamente, ele saiu para o voo”, afirmou ao Jornal Nacional. “Ele voou por alguns minutos, ele chamou a torre de controle do Helicentro para pouso e só depois que veio a cair. Então não faz sentido que essa cadeia de comandos estivesse solta já antes da decolagem.”
Cinco mortos

No dia 2 de abril, o helicóptero caiu em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Além do caçula de Alckmin, morreram o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, de 42, Erick Martinho, de 36, e Leandro Souza, de 34.
Por meio de nota, a FAB informou que os "controles flexíveis" e as "alavancas", dois dos componentes apontados como "fundamentais" para o controle da aeronave durante o voo, estavam desconectados antes da decolagem.
Embora o texto da nota informe que os dispositivos estavam desconectados "antes da decolagem", a FAB esclareceu, em resposta a consulta do G1, que permaneceram desconectados durante o voo. A nota não informa o motivo da desconexão.

A Helibras diz que só vai se manifestar quando as investigações estiverem concluídas.
A Helipark, empresa responsável pela manutenção da aeronave, disse em nota que "causa estranheza que, mesmo antes da conclusão das investigações, a FAB faça afirmações sobre o acidente, o que não é comum nesse tipo de investigação sempre pautada pela cautela", e que "a FAB diz que os controles flexíveis e alavancas são fundamentais para controlar a aeronave em voo. Portanto, como afirmar que o helicóptero decolou e voou mesmo com esses componentes desconectados?"

 Destroços

O exame dos destroços do acidente aponta que os danos nos demais componentes da aeronave foram consequências, e não causas, da queda, informou a FAB.
Além disso, o órgão declarou que as evidências, até o momento, apontam que o comandante pilotou o helicóptero em todas as fases do voo.
O voo do dia do acidente foi o primeiro daquele helicóptero após quase dois meses de intervenções previstas de manutenção, conforme a FAB. O órgão comunicou que a comissão que investiga o acidente estuda os documentos do helicóptero e os serviços realizados pelas empresas de manutenção.

A nota da FAB informa que, "pelo fato de a investigação estar em andamento, ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente".
Além disso, de acordo com a FAB, os acidentes aeronáuticos não ocorrem por uma causa isolada, mas por uma série de fatores contribuintes encadeados.


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FAB aponta as peças desconectadas de helicóptero que caiu em SP

Ilustração aponta para conexão que liga controle ao rotor principal. Aeronave caiu em abril matando cinco pessoas, incluindo filho de Alckmin.

A Força Aérea Brasileira divulgou na tarde desta quarta-feira (3) uma nota complementar ao informe divulgado na terça a respeito das investigações sobre o acidente com o helicóptero PP-LLS, que caiu em abril em Carapicuíba, na Grande São Paulo, matando cinco pessoas, entre elas Thomas Alckmin, filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
A nota traz um desenho que mostra os dois componentes que estariam desconectados antes da decolagem da aeronave. Eles estariam no lado direito da aeronave e seriam responsáveis por ligar os comandos ao rotor principal, onde fica a hélice. No informa anterior, a FAB informava que entre outras coisas, que os "controles flexíveis" e as "alavancas" não estavam contectados na hora do voo. Leia a íntegra da nota:
Em complemento à nota oficial divulgada no dia 2 de junho de 2015, a respeito do acidente com a aeronave prefixo PP-LLS, este Centro acrescenta:
1. O sistema de comando de voo do helicóptero acidentado é composto por diversos componentes, dentre eles três conexões com funcionamentos independentes e fundamentais para o controle da aeronave.
2. Uma conexão localiza-se no lado direito-inferior da aeronave e as outras duas no lado esquerdo-inferior. Cada conexão é formada por controles flexíveis (ball type:12, 29 e 28) e suas respectivas alavancas (bellcrank:11,13; 30,27; 31,26).
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4. Foi identificado que algumas dessas peças (11 e 12), no lado direito-inferior da aeronave, estavam desconectadas antes da decolagem. Essa desconexão diz respeito ao posicionamento incorreto do arranjo mecânico, em desconformidade com os manuais do fabricante, fato que ensejou o desprendimento em algum momento do vôo.
5. Por fim, cabe ratificar que na atual fase da investigação ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente.
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JORNAL DA CÂMARA


Congressistas pedem a modernização das Forças


Foi lançada ontem, na Câmara, a Frente Parlamentar Mista da Defesa Nacional, com a presença do ministro da Defesa, Jaques Wagner. Segundo o coordenador do grupo, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o objetivo é conseguir apoio para o desenvolvimento da Estratégia Nacional de Defesa, criada em 2008. Esse documento reforça a necessidade de modernizar as Forças Armadas e afirma que a defesa é inseparável do desenvolvimento.

Entre outros pontos, a estratégia determina prioridade à região amazônica, aumenta a presença das Forças Armadas nas fronteiras e prepara Exército, Aeronáutica e Marinha para desempenharem operações de paz. Zarattini ressaltou que a frente terá papel relevante na garantia de recursos para a implementação dessas medidas, ainda mais em um ano marcado por ajuste fiscal.

Projetos - O parlamentar citou os principais projetos a serem desenvolvidos em cada uma das Forças Armadas. “Em relação à defesa do espaço aéreo, as prioridades são o KC-390, um avião cargueiro sob responsabilidade da Embraer, e a construção dos caças em que fizemos parceria com a Suécia”, informou. Na área naval, o destaque, de acordo com Zarattini, é o submarino de propulsão nuclear, que já está em processo de construção. E, quanto ao Exército, a ocupação das fronteiras na região amazônica é a necessidade mais urgente.

Por sua vez, Jaques Wagner disse que uma das prioridades do Ministério da Defesa é a aprovação de uma emenda à MP 674/15 que garante mais recursos para o setor.

A frente é formada por 210 deputados e seis senadores.

JORNAL DO BRASIL


Boate Kiss: Justiça Militar condena dois bombeiros e absolve seis


A Justiça Militar condenou dois bombeiros e absolveu seis no caso do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em janeiro de 2013. A tragédia deixou 242 mortos.
O tenente-coronel da reserva Moisés Fuchs e o capitão Alex da Rocha Camilo foram condenados a um ano de prisão por inserção de declaração falsa (assinatura e emissão do 2º alvará da Kiss). Fuchs foi condenado ainda por prevaricação, mas a pena foi suspensa e ele terá de cumprir medidas. Os advogados dos condenados disseram que irão recorrer.
Já o tenente-coronel da reserva Daniel da Silva Adriano, que comandava a Seção de Prevenção a Incêndio (SPI), foi absolvido por falsidade ideológica.
Os juízes também absolveram todos os bombeiros julgados nesta quarta por inobservância da lei, regulamento ou instrução: Gilson Martins Dias, Marcos Vinícius Lopes Bastide, Vagner Guimarães Coelho, Renan Severo Berleze e Sérgio Roberto Oliveira de Andrades. Eles eram responsáveis por vistorias.
Na esfera criminal, ainda estão em andamento os processos contra oito réus, sendo quatro por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e tentativa de homicídio, e os outros quatro por falso testemunho e fraude processual.
Entre as pessoas que respondem por homicídio doloso, estão os sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr (Kiko) e Mauro Hoffmann, além de dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o funcionário Luciano Bonilha Leão. Os quatro chegaram a ser presos nos dias seguintes ao incêndio, mas a Justiça concedeu liberdade provisória a eles em maio de 2013.

JORNAL O DIA


ACIDENTE COM DRONE


A operação civil de drones não é permitida no Brasil, o que pode causar acidentes como o ocorrido com o cantor espanhol Enrique Iglesias, ferido na mão por não conseguir segurar o aparelho usado no show. A regulamentação para filmagens de eventos está em fase de elaboração, embora já seja avaliado caso a caso.
SUJEITO A AÇÃO PENAL
Para sobrevoar sob a cabeça das pessoas durante eventos, as chamadas de RPAs - aeronaves não tripuladas com outros dispositivos (como câmeras) precisam de autorização da FAB e Anac. E de acordo com as duas instituições, qualquer acidente ainda estará sujeito a ações de responsabilidade civil e penal.
PORTAL GLOBO.COM


Aeronáutica divulga segunda nota sobre a queda de helicóptero em SP

Nota desta quarta-feira (3) acrescenta detalhes a uma informação controversa que tinha sido fornecida na terça-feira (2).

A Aeronáutica divulgou nesta quarta-feira (3) uma segunda nota sobre a queda do helicóptero em que morreram cinco pessoas, em São Paulo, no mês de abril. Entre elas, um filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
A nota desta quarta-feira acrescenta detalhes a uma informação controversa que tinha sido fornecida na terça-feira (2). A nota de terça afirmava que componentes fundamentais para o piloto controlar o helicóptero estavam desconectados, antes da decolagem. Pilotos ouvidos pelo Jornal Nacional estranharam a informação, e disseram que uma situação como essa não permitiria nem que o helicóptero saísse do chão.
Na nota desta quarta-feira (3), a Aeronáutica volta a afirmar que algumas peças estavam desconectadas antes da decolagem. Mas vai além. E esclarece: “essa desconexão diz respeito ao posicionamento incorreto do arranjo mecânico, em desconformidade com os manuais do fabricante. Fato que ensejou o desprendimento em algum momento do voo.”
JORNAL CORREIO DO POVO


Descartados problemas nos motores na queda de helicóptero que matou Fernandão

Cenipa divulgou relatório que atestou funcionamento mecânico e do sistema hidráulico da aeronave

O helicóptero que caiu em Aruanã (GO) e provocou a morte do ídolo colorado Fernandão e outras quatro pessoas não sofreu problemas nos motores ou falhas nos sistemas hidráulicos. A constatação está em relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Conforme o órgão da Aeronáutica, a investigação sobre o acidente de 7 de junho de 2014 está em sua fase final, mas ainda não é possível tirar conclusões sobre a causa da queda da aeronave. O Cenipa receberá avaliações do Bureau d´Enquêtes et d´Analyses, da França, para definir um relatório final com os fatores contribuintes e recomendações de segurança futuras.
"Após testes e análises, os investigadores constataram que os motores estavam funcionando e descartaram também problemas com os sistemas de comando de voo e hidráulico", frisou nota do Cenipa.
Na madrugada de 7 de junho, a aeronave caiu a 315 quilômetros de Goiânia. Além de Fernandão, morreram Edmilson de Souza Leme, ex-vereador de Palmeiras de Goiás; Antônio de Pádua, ex-funcionário da Fazenda do jogador do Inter; Lindomar Mendes Vieira, e o piloto.
No próximo domingo, antes de a bola rolar contra o Coritiba, uma missa será celebrada em memória a Fernandão junto à estátua do ex-camisa 9, próximo ao portão 7 do Beira-Rio, às 9h. Além da missa, um mosaico será montado pela torcida colorada. Os ingressos também serão especiais para lembrar o atacante.

OUTRAS MÍDIAS


D24 AM - DIARIO DO AMAZONAS (AM)


Corpos de vítimas de acidente de helicóptero são resgatados no interior do AM

Cinco corpos foram retirados de rapel do local pela equipe de resgate do helicóptero H-60 Black Hawk
Manaus - Os corpos das cinco vítimas do acidente com o helicóptero da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) foram localizados pela Força Aérea Brasileira (FAB), na tarde desta quarta-feira (3), na região da cidade de Tabatinga, distante 1.108 km de Manaus. Os cinco corpos foram resgatados de rapel do local pela equipe de resgate do helicóptero H-60 Black Hawk.
Segundo a FAB, os corpos do piloto e das quatro vítimas foram levados para o Hospital de Guarnição de Tabatinga, onde serão identificados. Uma equipe do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VII) já trabalha na investigação que vai apurar os fatores contribuintes do acidente.
Entenda o caso
O helicóptero desapareceu, por volta das 17h da última sexta-feira (29), no quilômetro 14 da BR-307, próximo à cidade de Atalaia do Norte, distante 1.130 km de Manaus. A aeronave tinha cinco pessoas à bordo, incluindo duas indígenas grávidas.
De acordo com informações da assessoria da Prefeitura de Atalaia do Norte, destroços do helicóptero e corpos das vítimas foram encontrados nas mediações dos igarapés Curupira e São João, que estava dentro do perímetro de 100 quilômetros de onde havia sido informada a última coordenada do helicóptero e onde se concentravam as buscas.
Conforme a Polícia Militar de Atalaia do Norte , 14 policiais do município foram encaminhados, com uma embarcação, para a área, que é de difícil acesso e localizada a três horas do município. Ainda conforme a PM do município, uma equipe técnica da polícia civil deve realizar a perícia no local.

PORTAL DEFESA.COM (MS)


H-225M: Força Aérea Brasileira entra em novo patamar

De Campo Grande – MSImagem
Dentro do programa H-XBR que prevê a entrega de 50 unidades do helicóptero de transporte médio Caracal para as três forças armadas do Brasil, foi apresentado pela primeira vez ao público em abril último, na LAAD 2015, a versão especializada destinada a Força Aérea Brasileira (FAB) do H-225M, nova denominação do fabricante Helibrás para o EC-725. Helibrás é a fabricante nacional e fornecedora da aeronave bem como a principal beneficiária do programa H-XBR com recebimento de transferência de tecnologia, faz parte do grupo Airbus Helicopters(ex Eurocopter).
O H-225M que na FAB tem a designação H-36, estava em exposição no pátio externo, próximo ao estande da Helibrás, no Riocentro, Rio de Janeiro capital. A versão especializada que será entregue até o final do ano a FAB apresentou componentes exclusivos, sendo um inédito dentro da Força, o probe de reabastecimento aéreo para helicópteros, o que transformará a FAB na única operadora de helicóptero com capacidade para realizar reabastecimento em voo (REVO) na América Latina. Serão oito aeronaves da versão especializadas a serem entregues a FAB: Quatro unidades para o 2º/10º GAv, Esquadrão Pelicano que será o maior operador; Duas unidades para o 1º/8º GAv , Esquadrão Falcão e duas unidades para o 3º/8º GAv, Esquadrão Puma.
A aeronave conta ainda com blindagem para a tripulação e sistemas principais, é armada com duas metralhadoras laterais calibre 7,62mm que ficam na janela lateral em ambos lados da cabine, utiliza os mesmos motores(2) Makila 2A1 com 2.415 shp de potência da versão básica. Apesar de não estar presente na aeronave em exposição, o H-225M receberá o Supressor de Radiação Infravermelho(Jet Dilution Device) dispositivo instalado na saída de gases do motor com o objetivo de diminuir a assinatura térmica, unidades do Exército e Marinha do Brasil também receberão.
Com peso vazio situado a na faixa de 5.715 Kg para a versão básica, a especializada ficou um pouco mais pesada devido aos novos componentes embarcados. Tem sua cabine preparada para operação de Óculos de Visão Noturna (OVN) com Glass cockpit (monitores digitais com múltiplas funções ), sua comunicação é protegida por criptografia. Dentre as missões previstas para o H-36 está o C-SAR (Combat-Search and Rescue), busca e resgate em combate. Sendo uma das operações mais crítica na atualidade, objetiva o regaste de tripulações abatidas ou que tenham se acidentado em território hostil durante um conflito, para isso o H-225M está trazendo uma suíte de sensores e sistema de autoproteção capaz de enfrentar as mais modernas ameaças no cenário atual. O Caracal será o segundo modelo de helicóptero na FAB a operar com sistemas de auto proteção, a primeira experiência foi com o AH-2 Sabre, um helicóptero de ataque e transporte, de fabricação russa. No entanto, os sistemas embarcados no H-36 são mais atualizados.
Principais caracteristicas do H-225M especializado da FAB
O probe de REVO localiza-se instalado à direita e abaixo da aeronave. Medindo quatro metros e meio de comprimento, pode chegar a sete metros quando utilizada a “lança”, tubo encapsulado internamente que possui em sua extremidade frontal uma “sonda”. A sonda controla a passagem de combustível em pleno voo quando engatada a uma “cesta”, uma armação flexivel de metal e lona em forma de mini-paraquedas com abertura no centro e tubo conector, fica instalada no final da mangueira do reabastecedor, mantém a mangueira suspensa e estabilizada durante o voo. Para a operação de REVO, o probe tem sua lança estendida para frente, isso é necessário para permitir uma operação mais segura do helicóptero durante a execução da manobra de reabastecimento por causa de seu rotor principal girando próximo e acima da mangueira do reabastecedor, o que exige grande perícia da tripulação. Para receber o probe, o H-225M passou por preparação, com instalação de componentes interno e externo como mangueiras, fiação elétrica e suporte de fixação do dispositivo. O probe foi fornecido à Helibras pela Airbus Helicopter, através da empresa Quinson, tem seu peso situado abaixo de 150 Kg
Segundo a Helibrás, os ensaios de REVO do H-225M já foram realizados, estando em curso o processo de certificação da aeronave pelo IFI (Instituto de Fomento e Coordenação Industrial ) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos – SP, órgão da Aeronáutica responsável pela certificação de aeronaves e equipamentos aeronáuticos civis e militares para uso no Brasil. O Instituto emitirá o Certificado Suplementar de Tipo(CST). Prevista para o segundo semestre de 2015, a campanha operacional e a realização de REVO no Brasil utilizará o reabastecedor KC-130M da FAB, que está passando por uma atualização na cesta de reabastecimento, a troca é necessária para o uso em velocidade mais baixas, o H-225M é capaz de ser reabastecido com a velocidade entre 200 a 240 Km/h, inferior à utilizada pelos aviões de caça por exemplo. A altitude de operação pode variar entre 150 e 3.500 metros. Essa campanha contará com tripulações da Airbus Helicopters, Helibrás e da FAB.
Logo a frente da aeronave, abaixo do domo do radar, em uma estação dedicada, localiza-se o FLIR. Trata-se de uma torre estabilizada em formato esférico com seis aberturas protegidas por lentes, abriga em seu interior câmeras e sensores para varias aplicações de imagens, sendo capaz de produzir com alta qualidade vídeos óticos e no espectro infravermelho com o objeto alvo a grande distância, de dia ou noite e sob qualquer tempo. Opera com cobertura de 360º, elevação de +30º/-120º, temperatura -40ºC/55ºC. As principais característica da torre são: Imageador térmico com zoom de setenta e uma vezes (ampliação no espectro infravermelho); Resolução de 640×480; Estabilização em cinco eixos da torre; Spotter scope com filtro de penetração em cerração (operação em mal tempo, neblina ou fumaça); Laser ranger finder para fornecer com precisão a distância até o alvo; Laser pointer que permite iluminar alvos no solo que se tornam visíveis à tropa munida de óculos de visão noturna (com alcance até 25Km); Geo Point Package(GPP) com Inertial Measurement Unit (IMU) para reduzir a carga de trabalho e mostrar a latitude e longitude; Integração facilitada aos sistemas nativos existente na aeronave. Fornecido pela FLIR SYSTEM, o modelo empregado é o STAR SAFIRE III, seu peso está situado em 44 Kg. O H-225M é o segundo modelo de helicóptero na FAB a empregar operacionalmente o FLIR, sendo o primeiro o AH-2 Sabre com sua torre GOES-342.
Sistema IDAS/CIDAS SAAB
O Integrated Defensive Aids Suite (IDAS) ou Suite Integrada de Equipamentos Auxiliares de Defesa da sueca SAAB, é responsável pela autoproteção periférica do H-225M e visa aumentar sua capacidade de sobrevivência nos cenários de conflitos modernos, composto de sensores que trabalham alertando com antecedência às tripulações sobre ameaças de radares, emissão laser e mísseis hostis. Dentre as plataformas que já utilizam o sistema estão o AgustaWestland A129, Super Lynx-300 A; Boeing CH-47 Chinook; Denel Rooivalk; NH Industries NH90; Lockheed Martin C-130B, H e L100 e Su-30MKM. Abaixo a descrição do sistema IDAS empregado no H-225M.
MAW-300 (Missile Aproach Warning)
Alerta de aproximação de Míssil, trabalha o espectro UV (Ultra Violeta), através de filtro especiais com capacidade de “aquisição” de fótons (comprimento de onda) a longa distância. Usando o que o fabricante chama de “rede de classificador neural”, trabalha com o posicionamento da plataforma no espaço com relação ao seu deslocamento em voo, utilizando-se dos dados de INS/GPS nativos da aeronave, permite, uma vez detectado uma ameaça, seu descarte quando for um alarme falso, ou quando válida, classifica o seu grau de risco, projetando, por probabilidade, a trajetória futura do míssil, podendo acionar medidas defensivas com Flare/Chaff direcionando à ameaça. Cada sensor que tem um campo de atuação em 110º, possui seu próprio processador, utiliza sinal digital com arquitetura hierárquica de processamento de dados, distribuídos para garantir uma otimização das informações em tempo real. Os dados de cada sensor, que pode detectar e processar múltiplos alvos potenciais, são transferidos para uma central digital (controlador MAW) no EWC (Electronic Warfare Controller). São utilizados quatros sensores instalados em cada quadrante do helicóptero, provendo cobertura em 360º, sendo dois a frente e acima da janela do piloto/copiloto e dois atrás, na extremidade da carenagem do trem de pouso principal em estação conjugada tripla com mais dois sensores(LWS-310/RWS-300).
LWS-310 (Laser Warning System)
Sistema de Alerta Laser, tem a funcionalidade usando quatro sensores ligados ao EWC (Electronic Warfare Controller), hardware responsável pela processamento dos dados captados pelos sensores. O sensor LWS-310 é um cubo com a frente em forma de arco contendo oito mini-janelas multidirecionadas com grande abertura angular e capaz de ler comprimento de onda de 0,5-1,7 μm(microns), apresentando alta sensibilidade a lasers diversos. Pode classificar ameaças como telêmetros a laser, designadores e lasers usados ​​para orientação de mísseis com um sistema embarcado que possua biblioteca dos dados. Assim como o MAW-300, o LWS-310 está instalado nos quadrantes do H-225M, sendo na parte traseira na estação tripla, na dianteira está em estação dupla conjugada com o sensor RWS-300 nas laterais próximo a junção do domo radar.
RWS-300 (Radar Warning System)
Sistema de Alerta Radar, é composto pelo sensor RWS-300, trata-se da antena SAM(Spiral Antenna Module), uma antena em forma espiral coberta por uma capa cilíndrica, é capaz de recepcionar variadas emissões eletro-magnéticas simultaneamente com intervalo situado entre 0.7-40 GHz(pulso radar) e 0.7-18 GHz(contra medidas) de frequência. Tem o mesmo princípio de funcionamento do sistema MAW utilizando-se do EWC (Electronic Warfare Controller) pode acionar os sistemas defensivos do helicóptero em caso de detecção de ameaças.
Dispensador de Contra-medidas, dispositivo em forma de shelter(caixa) que fica instalado em cada lado do cone de cauda do helicóptero. Em uma gaveta interna fica abrigado as cargas pirotécnicas de ejeção do CHAFF e FLARE, acionadas eletronicamente. O CHAFF tem a função de tentar confundir o sistema radar de direção de tiro que compõem as baterias anti-aéreas terrestres ou de guiamento embarcado nos mísseis que estejam engajando o helicóptero. Quando detectada uma ameaça radar crítica(míssil vindo em direção), são ejetadas cargas do shelter que explodem no ar lançando até milhares de lâminas ultra finas formando uma nuvem, composta de metais ou material especial com propriedades para melhor refletir as ondas de radar, podem simular alvos falsos para um sistema de aquisição, com grande chances de desviar o míssil que se oriente por radar em direção a aeronave. O FLARE tem como função atrair e desviar misseis com guiamento por calor (IR). Constituído de material a base de fósforo branco (WP), quando ejetada de sua cápsula e devido as suas propriedades químicas, entra em alta combustão em contato com o oxigênio, produzindo calor intenso, o calor produzido pode confundir o seeker do míssil IR em perseguição fazendo o desviar, em manobra evasiva, são lançadas várias cargas simultaneamente para aumentar as chances de êxito. O BOP-L pode ser (re)abastecido facilmente com a troca da gaveta, apresenta baixo peso, pode ter o lançamento em sequência pré-programada, BIT(check solo) além de ter a possibilidade de carregar até 32 cargas.
APU(Auxiliary Power Unit) – Unidade de força auxiliar, uma pequena turbina localizada na traseira direita da carenagem do rotor principal um pouco atrás do escape do motor. Modelo é o Saphir 20/095 da Microturbo (Safran), com 30KW de potência, pode fornecer energia a aeronave quando não for possível o auxílio de fonte externa. Este componente é presente na versão básica.
Guincho Hidráulico/Elétrico de Içamento Lateral – Também presente na versão básica, está localizado a direita da aeronave acima da porta principal, é constituído de duas unidades de içamento, um guincho acionado hidraulicamente e outro com acionamento elétrico. Essa redundância é para o caso de falha em momento crítico na operação de resgate de pessoal no solo ou água, aumentando ainda mais a segurança. Tem a capacidade de erguer até 272 Kg.
Guincho Hidráulico de Carga Externa – Outro item da versão básica, localizado abaixo do piso, na área central, na linha do eixo do rotor fica o guincho de carga externa, é capaz de transportar externamente até 4,750 kg, tem a forma de pinça que se abre e fecha hidraulicamente,
Flutuadores de Emergência – Dispositivo para pouso de emergência na água, compõem-se de balões que empregam material de confecção náutica (bote e afins) e são acondicionados nas extremidades do helicóptero, normalmente usados em números pares para proporcionar maior estabilidade na água. Em emergências, são inflados por meio de ampolas (garrafas de metais) que contêm nitrogênio ou outro gás inerte, evitando que o helicóptero afunde em contato com a água, proporcionando tempo suficiente para um abandono seguro da aeronave. O H-225M não foi projetado para flutuar na água. É a primeira vez que um helicóptero da FAB utiliza este tipo de dispositivo, instalado em número de quatro no helicóptero, sendo dois na frente e dois atrás, já se encontrava instalado nos H-225M da Marinha do Brasil por razões óbvias.

INFOMONEY - BLOOMBERG


Raymond Colitt E Carla Simões

 Brasil suspende plano de aviação que ajudaria a Embraer e a Azul - InfoMoney

Projeto foi desenvolvido para voos regionais
(SÃO PAULO) – O Brasil está suspendendo um plano de subsidiar a aviação regional, conforme o governo busca inflar contas públicas, de acordo com um oficial da equipe econômica de Dilma Rousseff.
O projeto foi desenvolvido para encorajar as aéreas a voar a destinos com pouca oferta dentro do país, e foi visto como um estímulo à fabricante de jatos Embraer porque deveria subsidiar metade dos assentos em aviões com até 100 lugares. A Embraer é a maior vendedora de jatos regionais desse tipo.
O Fundo Nacional de Aviação, que também financiaria aeroportos regionais, está sendo usado para alcançar a meta de superávit de orçamento, antes do pagamento de juros, de 1,% ao ano sem a participação da Infraero.
O atraso no plano de aviação regional reflete esforços do governo em atingir uma meta que procura recuperar a confiança dos investidores e evitar um rebaixamento de crédito. A proposta de redução da Infraero é parte de um plano para atrair mais capital privado para acelerar a construção de vias de gargalo, ferrovias, portos e aeroportos, disse o oficial.
Azul e Tam
Dilma disse que o governo revelará um plano de concessões para infraestrutura no dia 9 de junho.
Uma das maiores beneficiárias do programa regional de aviação é a Azul SA, criada pelo fundador do grupo JetBlue David Neeleman.
A Azul é a aviadora que realiza mais voos regionais em jatos da Embraer. Tam, Gol e Avianca disseram que procuram comprar jatos da Embraer que funcionariam melhor com os limites de assentos que se enquadram nos requisitos para subsídios nessas rotas regionais.
A Azul e a Embraer não quiseram comentar


SPUTNIK BRASIL


Brasil investe em segurança contra ataques hackers nas Olimpíadas de 2016

O Centro de Defesa Cibernética do Exército anunciou que o Brasil vai contar com 200 profissionais, entre militares e técnicos, responsáveis pela proteção cibernética durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. O especialista Jorge Duarte Pires Valério, em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, admite que a ajuda da Rússia será positiva nessa área.
O esquema de segurança cibernética tem como objetivo evitar o risco de invasão a sites públicos e privados durante as Olimpíadas, como o roubo de informações públicas e alteração de dados.
Para o especialista em sistemas de computação, engenheiro eletrônico e de sistemas e professor de Engenharia da UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Jorge Duarte Pires Valério, o esquema anunciado pelo Exército parece satisfatório, mas não existe segurança absoluta. “A proposta que eles estão apresentando é bem interessante, firmada em coisas realistas, palpáveis e possíveis, mas partindo-se da ideia de que segurança absoluta não existe. Considero satisfatório, sim, porque eles dão conta de tratar aquilo que dá para a gente antecipar, os ataques conhecidos, as possibilidades de ações de hackers que já são mais ou menos esperados.”
Para o Professor Jorge Valério, é comum que o meio militar esteja à frente desse tipo de esquema de segurança para grandes eventos, pois os militares sabem bem como enfrentar situações críticas e de guerra. “Eles têm uma maior facilidade em antecipar problemas, em se organizar, é a própria questão disciplinar. Nós hoje identificamos nas empresas que a segurança em geral, e em especial a segurança da informação, é uma questão cultural. Isso no sentido de que a empresa precisa planejar para obter segurança, e então o meio militar, nessa hora, toma a frente, porque tem a capacidade de seguir fielmente o que foi combinado. A questão disciplinar é muito importante, e nas empresas nem sempre isso acontece – levar a sério.”
A estratégia de segurança que vai ser usada nos Jogos Olímpicos de 2016 será a mesma realizada na Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Naquele evento, o esquema contou com 100 militares espalhados pelas 12 cidades-sede. Além de proteção, eles também monitoravam as redes sociais para prevenir protestos violentos.
Além do Exército, o trabalho de segurança cibernética vai contar com o apoio de outros três centros externos do Governo Federal que monitoram incidentes e contam com especialistas em tecnologia da informação, segurança e engenharia, além de técnicos do Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal (SRCC), da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Segundo Jorge Duarte Pires Valério, durante a Copa do Mundo não houve registros graves de incidentes na segurança cibernética do país. “Em termos cibernéticos, não houve nada mais preocupante. Tentativas sempre há, mas nenhuma foi bem-sucedida.”
O baixo grau de maturidade em segurança da informação de algumas páginas na internet facilita os crimes cibernéticos. Além disso, o ativismo hacker é um grande problema no país, segundo o Centro de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro.
Jorge Valério explica que o país tem ainda uma visão limitada sobre o assunto, e que as empresas não dão a devida importância às normas de segurança para impedir ataques virtuais. “Nós fazemos recomendações às empresas, mas as pessoas sempre acham que a falha sempre acontece no quintal dos outros. Precisamos planejar, mas temos ainda uma cultura relativamente fraca. Na grande maioria das empresas, é muito comum não se dar a devida atenção ao tema da segurança. Em geral, eu diria que isso é um problema mundial, mas nós, brasileiros, temos muita coisa ainda por fazer na internet. Nossa cultura deixa muito a desejar, e o Exército está certo em se preocupar.”
Diante da situação, o Centro de Defesa Cibernética do Exército pretende monitorar as redes públicas, além de disponibilizar um centro nacional de tratamento e segurança de computadores para auxiliar os gestores das organizações privadas que não são de responsabilidade governamental.
No entanto, o professor de Engenharia da UERJ não acredita que o Brasil passe por grandes problemas durante os Jogos Olímpicos, do tipo de ataques terroristas, espionagem ou casos extremos de guerra. O especialista pensa que, se houver algo, vai ser mais no nível de algum grupo querer aparecer, mas é sempre importante ficar atento. “Nunca se sabe qual a natureza e quais as intenções de determinados grupos, diante de um evento de grandes proporções como uma Olimpíada. Os riscos são grandes, temos que nos precaver de todas as maneiras possíveis. Temos que antecipar e acompanhar de perto as redes sociais, procurar saber o que as pessoas estão comunicando. São grandes preocupações, mas eu não imagino, no cenário brasileiro, uma guerra e nem nada próximo de terrorismo, e sim algo mais na linha de alguém ou algum grupo querer chamar a atenção sobre si.”
O especialista em sistemas de informação também acha válida uma possível cooperação internacional para garantir a segurança cibernética durante os Jogos. Como é o caso da Rússia, que em 2014 organizou os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno e agora oferece para os Jogos Olímpicos no Brasil o esquema de segurança usado nos eventos de Sochi. “Eu creio na eficácia da cooperação internacional. Por que vamos abrir mão da experiência anterior de alguém que combateu esse mesmo tipo de problema? Se está sendo proposto, porque não vou aceitar? É claro que existem negociações sobre essas condições, e a Rússia tem pela frente uma Copa do Mundo. Num cenário em que os russos também têm a ganhar porque têm eventos pela frente, acho que pode ser uma negociação favorável para todos nós.”



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