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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/06/2015 / Malaysia Airlines está em "falência técnica" e demitirá 6 mil

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Malaysia Airlines está em "falência técnica" e demitirá 6 mil ...


Empresa já vivia com perdas antes de dois acidentes em 2014. Rotas de longa distância pouco rentáveis devem ser eliminadas ...

Malaysia Airlines está "tecnicamente em falência", afirmou o novo presidente da companhia aérea, que anunciou o corte de 6.000 postos de trabalho na empresa, afetada por duas tragédias no ano passado.

"Tecnicamente, estamos falidos e a queda dos resultados começou muito antes dos trágicos acontecimentos de 2014", disse o alemão Christoph Mueller.

A Malaysia Airlines enviou nesta segunda-feira (1) uma carta de demissão aos quase 20.000 funcionários e 14.000 ofereceu um novo contrato, o que significa a demissão de 6.000.

Mueller já havia utilizado o método extremo na irlandesa Aer Lingus e na belga Sabena, o que lhe rendeu o apelido de "The Terminator" (referência ao filme Exterminador do Futuro) por seus cortes.

A empresa malaia espera que Mueller, de 52 anos, "reinvente" a companhia a partir de setembro, com uma nova imagem para a marca, que permita deixar para trás o estigma do ano de 2014.

Em março do ano passado, o voo MH370 desapareceu com 239 pessoas a bordo e nenhum vestígio do avião foi encontrado. Quatro meses depois, o voo MH17 explodiu, supostamente atingido por um míssil quando sobrevoava a Ucrânia. As 298 pessoas que estavam a bordo morreram na tragédia.

As duas catástrofes foram o estopim para que a empresa, que, segundo analistas, tinha uma administração ruim, entrasse no vermelho. Um fundo de investimento público a resgatou no ano passado, com novas regras de gestão.

Mueller afirmou que espera conter a "hemorragia" em 2015 e estabilizar a empresa em 2016, antes de retomar o crescimento no ano seguinte.

O executivo anunciou em um e-mail enviado aos funcionários nesta segunda-feira que é necessária uma grande mudança de rumo porque a companhia não pode permitir-se ter custos 20% superiores aos da concorrência.

Além das demissões, Mueller deve suprimir rotas de longa distância pouco rentáveis, mas o executivo afirmou que os planos não serão divulgados agora para não dar pistas aos concorrentes.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Mau tempo faz avião movido a energia solar pousar no Japão

Solar Impulse tinha decolado da china para etapa mais perigosa de viagem. Aeronave tenta dar a volta ao mundo em cinco meses.

O avião Solar Impulse 2, que iniciou no domingo (31) a viagem rumo ao Pacífico, terá que pousar em Nagoya, no Japão, em consequência do mau tempo previsto em sua trajetória até o Havaí, anunciaram os organizadores.
"As condições meteorológicas pioraram. Decidimos fazer um pouso intermediário em Nagoya", anunciaram no Twitter os organizadores da expedição.
A aeronave com painéis solares, pilotada pelo suíço André Borschberg, se viu obrigado nesta segunda-feira a interromper a viagem para o Pacífico e teve que realizar um voo de espera acima do Mar do Japão.
O pouso foi confirmado por Bertrand Piccard, o segundo piloto do avião, que se alterna com Borschberg no comando da aeronave.
"Vamos esperar condições melhores para seguir a viagem", disse Piccard.
O Solar Impulse 2 decolou no domingo às 2h40 (15h40 de Brasília, sábado) de Nankin (leste da China) para a etapa mais perigosa de sua volta ao mundo, na qual o suíço deveria pilotar de modo solitário por seis dias e seis noites.
O avião decolou em 9 de março em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) e até o momento fez escalas em Omã, Índia, Mianmar e China.
A aventura deve durar, a princípio, cinco meses, com 25 dias de voo efetivo, antes do retorno a Abu Dhabi.

Piloto que teve avião abatido no Peru já sofreu acidente aéreo, diz Anac

Piloto precisou fazer pouso de emergência em uma plantação, em 2014. Depois disso, ele teve a habilitação suspensa para pilotar no Brasil.

Adriana Justi E Samuel Nunes Do G1 Pr

ImagemO piloto paranaense que teve o avião derrubado durante um voo particular em Satipo, no Peru, Asteclínio da Silva Ramos Neto, já tinha sofrido um acidente envolvendo outra aeronave no Paraná. O acidente foi em Foz do Iguaçu, na região oeste, em maio de 2014, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Na ocasião, segundo a Anac, Asteclínio tinha saído de um aeroporto particular da cidade em um monomotor brasileiro de prefixo PT-SNI para transportar quatro paraquedistas que pretendiam fazer saltos na região. No retorno do voo, ele precisou fazer um pouso de emergência em uma plantação de milho após ter verificado falhas no motor. Ninguém ficou ferido.
Ainda de acordo com a Anac, desde a época desse acidente, Asteclínio teve a habilitação e o Certificado Médico Aeronáutico (CMA) suspensos e não renovou. Sem a renovação, ele não poderia fazer voos em terrirórios brasileiros.
Para exercer a função no exterior, ele precisaria de outra autorização das autoridades do país a ser sobrevoado. O G1 não conseguiu confirmar se o piloto paranaense tinha ou não essa autorização para fazer o voo no Peru.
A importância da renovação do CMA, informa a Anac, é assegurar, via laudo médico, que após o incidente/acidente o piloto continua possuindo todas as capacidades físicas e mentais para prosseguir na operação de aeronaves, visando a segurança das operações.
O paranaense teve o avião derrubado pelo exército peruano por suspeita de tráfico de drogas, de acordo com o advogado Rodrigo Faucz, que foi contratado pela família para cuidar do caso. O incidente ocorreu no dia 15 de abril.
Mãe acredita em engano "Eu acho que houve um grande engano. Meu filho é um piloto. Ele não fez nada de errado" afirmou Vera Lúcia de Moura, de 71 anos, antes de embarcar ao Peru no fim da manhã deste domingo (31). Vera é mãe de Asteclínio.
Vera estava bastante emocionada e chorou ao falar do filho, que ainda se recupera de um ferimento após ser atingido por um tiro. A bala está alojada no abdômen dele, segundo o advogado.
"Ele precisa de assistência médica. Ele precisa de assistência psicológica. Ele precisa retomar a vida dele. Lá não é o lugar dele", disse.
"Eu espero, se Deus quiser, que a gente resolva (...) Não tem prova contra ele. Meu filho é inocente. Não existe nada", afirmou Vera. "Que meu filho possa voltar com o nome limpo, honrado porque ele é um homem honrado, um homem digno. Ele é um homem de caráter, ele é uma pessoa idônea", defende.
Vera e o advogado devem voltar à capital paranaense na quinta-feira (4). Ela mora nos Estados Unidos, mas veio ao Brasil por causa da situação envolvendo o filho.
Entenda o caso
Com os disparos, o avião caiu em uma área de mata e, em seguida, foi revistado pelos atiradores. Ainda de acordo com o advogado, as equipes não constataram nenhum resquício de drogas e, em seguida, prenderam o piloto.
Um colombiano, que não teve o nome divulgado, era passageiro da aeronave e também ficou ferido e foi preso. O paranaense não conhecia o colombiano, segundo Faucz. O caso está sendo investigado pelas Forças Armadas do Peru.
"Nós não entendemos ainda o porquê de terem aberto fogo contra essa aeronave e de terem efetuado a prisão. Meu cliente nunca se envolveu com qualquer situação ilícita", relatou o advogado, que declarou ainda que Asteclínio concluiu o curso de piloto civil em 2013.
Asteclínio tinha ido até a Bolívia para verificar a possibilidade de cursar medicina. O homem que o contratou fez o pagamento adiantado do serviço, explica Faucz.
Rodrigo Faucz disse ainda que o piloto decolou com o colombiano de Santa Rosa, na Bolívia, em direção ao Peru. "O avião pousou em Satipo para pegar um terceiro passageiro, mas ele não estava no local. Foi então que os atiradores derrubaram a aeronave. Isso não deu nem dois minutos depois da decolagem", acrescenta Faucz.
O caso aconteceu no dia 15 de abril. O paranaense teve ferimentos no braço e no abdômen e ficou hospitalizado sob custódia da polícia peruana por três semanas. Ele recebeu alta no dia 14 de maio e foi transferido para um presídio de Satipo.
O governo peruano foi procurado para comentar a situação, mas as autoridades locais informaram apenas que estão tratando o caso diretamente com o Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores informou ao G1, em nota, que a Embaixada do Brasil, em Lima, foi informada pelas autoridades peruanas no dia 17 de abril sobre a prisão de Asteclínio por “estar pilotando aeronave que seria utilizada para transporte de quantidades consideráveis de drogas, destinadas ao mercado internacional”.
"No Peru, o nacional conta com defensor público designado para acompanhar o processo. O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Divisão de Assistência Consular e da Embaixada em Lima, segue prestando ao Sr. Asteclínio da Silva Ramos Neto toda a assistência cabível. No próximo dia 31, o advogado contratado pela família do senhor Asteclínio no Brasil deverá chegar a Lima com familiar do brasileiro, e receberão assistência do Consulado brasileiro durante a estada no Peru", diz outro trecho da nota.
Nesta segunda, está prevista uma reunião na Embaixada com o advogado da família.
Leia a íntegra da nota do Itamaraty
Informamos que em, no dia 17 de abril, a Embaixada do Brasil em Lima foi informada pelas autoridades peruanas sobre a prisão do nacional brasileiro Asteclínio da Silva Ramos Neto, por “estar pilotando aeronave que seria utilizada para transporte de quantidades consideráveis de drogas, destinadas ao mercado internacional”. A aeronave foi abatida pelas forças policiais peruanas naquele país. Na ocasião também foi detido nacional colombiano.
Na tarde deste mesmo dia, o mencionado brasileiro foi transferido para Lima, e internado no hospital público Hipólito Unanue, em razão de dois disparos recebidos no braço e no abdômen.
Em 20 de abril último, foi realizada visita ao nacional por funcionários dom Consulado do Brasil em Lima, verificando-se ser estável seu estado de saúde. Apresentava ferimentos provocados pelos tiros e estava recebendo alimentação por via intravenosa.
Em 21 de maio, o Sr. Asteclínio da Silva Ramos Neto recebeu alta hospitalar e foi transferido para presídio em Satipo, no Departamento de Junin.
No Peru, o nacional conta com defensor público designado para acompanhar o processo.
O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Divisão de Assistência Consular e da Embaixada em Lima, segue prestando ao Sr. Asteclínio da Silva Ramos Neto toda a assistência

Malaysia Airlines está em "falência técnica" e demitirá 6 mil

Empresa já vivia com perdas antes de dois acidentes em 2014. Rotas de longa distância pouco rentáveis devem ser eliminadas.

Da Afp


ImagemMalaysia Airlines está "tecnicamente em falência", afirmou o novo presidente da companhia aérea, que anunciou o corte de 6.000 postos de trabalho na empresa, afetada por duas tragédias no ano passado.
"Tecnicamente, estamos falidos e a queda dos resultados começou muito antes dos trágicos acontecimentos de 2014", disse o alemão Christoph Mueller.
A Malaysia Airlines enviou nesta segunda-feira (1) uma carta de demissão aos quase 20.000 funcionários e 14.000 ofereceu um novo contrato, o que significa a demissão de 6.000.
Mueller já havia utilizado o método extremo na irlandesa Aer Lingus e na belga Sabena, o que lhe rendeu o apelido de "The Terminator" (referência ao filme Exterminador do Futuro) por seus cortes.
A empresa malaia espera que Mueller, de 52 anos, "reinvente" a companhia a partir de setembro, com uma nova imagem para a marca, que permita deixar para trás o estigma do ano de 2014.
Em março do ano passado, o voo MH370 desapareceu com 239 pessoas a bordo e nenhum vestígio do avião foi encontrado. Quatro meses depois, o voo MH17 explodiu, supostamente atingido por um míssil quando sobrevoava a Ucrânia. As 298 pessoas que estavam a bordo morreram na tragédia.
As duas catástrofes foram o estopim para que a empresa, que, segundo analistas, tinha uma administração ruim, entrasse no vermelho. Um fundo de investimento público a resgatou no ano passado, com novas regras de gestão.
Mueller afirmou que espera conter a "hemorragia" em 2015 e estabilizar a empresa em 2016, antes de retomar o crescimento no ano seguinte.
O executivo anunciou em um e-mail enviado aos funcionários nesta segunda-feira que é necessária uma grande mudança de rumo porque a companhia não pode permitir-se ter custos 20% superiores aos da concorrência.
Além das demissões, Mueller deve suprimir rotas de longa distância pouco rentáveis, mas o executivo afirmou que os planos não serão divulgados agora para não dar pistas aos concorrentes.

Buscas por helicóptero sumido no AM já somam mais de 30 horas, diz FAB

Cinco pessoas estavam a bordo, entre elas havia duas indígenas. Exército, Defesa Civil e Bombeiros auxiliam operações, diz Força Aérea.

Eliena Monteiro Do G1 Am

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, nesta segunda-feira (1º), que as buscas pelo helicóptero desaparecido no Amazonas já duram mais de 30 horas de voo. As operações começaram na noite de sexta-feira (29), aproximadamente cinco horas após a aeronave sumir.
O Ministério da Saúde comunicou que o helicóptero tem entre os ocupantes indígenas de uma aldeia da cidade de Atalaia do Norte. Um piloto e quatro passageiros estavam na aeronave que presta serviços para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e à Casa de Saúde Indígena (Casai).
A aeronave fazia o trajeto entre as cidades de Atalaia do Norte e Tabatinga, ambas situadas no Amazonas. De acordo com a FAB, o helicóptero, modelo AS-355N, desapareceu desde as 18h de sexta (20h, no horário de Brasília), a cerca de 50 km de Tabatinga (AM).
Segundo a Força Aérea, o Salvaero Amazônico, coordenador da missão de buscas, recebeu a informação do desaparecimento do helicóptero às 23h06 de sexta (1h06, em Brasília). A partir do horário, as buscas tiveram início.
Nesta segunda-feira, a FAB informou ao G1 que equipes do Exército, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros da região de Tabatinga auxiliam nas buscas, feitas em uma área coberta até o momento de 861 km².
"Um C-130 Hercules (1º/1º GT), do Rio de Janeiro (RJ), e um H-60 Black Hawk (7º/8º GAV), de Manaus (AM), sobrevoam a região, partindo de Tabatinga", informou a instituição, em nota.
Segundo a FAB, nesta manhã, as buscas completaram 30 horas de voo. "Ao todo, 18 tripulantes da FAB estão engajados nas buscas", diz trecho da nota enviada à redação.
Entenda o caso
O helicóptero desapareceu no interior do Amazonas durante voo entre os municípios de Atalaia do Norte e Tabatinga, respectivamente a 1.130 e 1.108 km de Manaus, na sexta-feira (29). De acordo com informações da Defesa Civil de Atalaia do Norte, a aeronave desapareceu do espaço aéreo por volta das 18h30 (22h30 em Brasília).
Na sexta, a namorada do piloto Alexandre Félix informou ao G1 que falou com ele, por telefone, e depois perdeu contato. "Ele me ligou e disse que pousaria em 10 minutos. A gente está na espera, continuamos sem notícias. Ele nunca havia se envolvido em algo assim", disse a namorada, sem se identificar.
O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos (Seripa-7) disse ter recebido o comunicado sobre o desaparecimento às 20h30 (21h30 em Brasília).

Bombeiros enviam cães farejadores à área onde helicóptero sumiu no AM

Cinco pessoas estavam na aeronave, entre elas havia duas indígenas. Helicóptero sumiu na sexta (29) e buscas somam mais de 30 horas, diz FAB.

Diego Toledano Do G1 Am

O Corpo de Bombeiros enviou, no fim da manhã desta segunda-feira (1º), dois cães farejadores à área onde um helicóptero desapareceu no Amazonas. Os animais vão auxiliar nas buscas, que já somam mais de 30 horas de operação. A aeronave sumiu na sexta-feira (29).
O Ministério da Saúde comunicou que o helicóptero tem entre os ocupantes indígenas de uma aldeia da cidade de Atalaia do Norte. Um piloto e quatro passageiros estavam na aeronave que presta serviços para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e à Casa de Saúde Indígena (Casai).
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), equipes do Exército, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros da região de Tabatinga auxiliam nas buscas, feitas em uma área coberta até o momento de 861 km².
Na manhã desta segunda, o Corpo de Bombeiros em Manaus enviou uma equipe com dois labradores à cidade de Tabatinga. O cão Hope (esperança em inglês) tem três anos de idade e já participou de outras ações. O outro cão, Bêni (rio, em tupi-guarani), tem sete meses e cumprirá uma missão pela primeira vez.
"Treinamento leva mais de um ano, mas o Bêni passou por treino intenso desde muito cedo. Então, ele já está pronto", afirmou o soldado Sidney Lomas de Almeida que está entre os bombeiros enviados para a operação.
Segundo informações dos Bombeiros, os animais devem reforçar os trabalhos de buscas. Os dois cães têm 200 milhões de células olfativas, uma capacidade 40 vezes maior que a do ser humano.
Do município de Tabatinga, os bombeiros devem seguir com os animais para a área em que a aeronave desapareceu. "Estamos levando suprimentos para mais de dez dias. Missões como essa a gente nunca sabe quanto tempo pode levar", disse o soldado Lomas.
O comandante da Defesa Civil do Estado do Amazonas, Roberto Rocha, confirmou que entre os tripulantes da aeronave que desapareceu estão duas indígenas.
"Na hora do pouso, ele [helicóptero] sumiu. Ia pousar em Tabatinga, quando as coordenadas sumiram. Os tripulantes são duas grávidas, o comandante e agentes da Sesai. As famílias informaram que as indígenas estão grávidas, mas não disseram se estavam em trabalho de parto", informou à imprensa, durante coletiva realizada na manhã desta segunda no Aeroclube de Manaus.
Rocha também informou que a área onde o helicóptero sumiu é de difícil acesso. "É uma região inóspita. Vamos fazer um pente fino geral, porque, nas coordenadas, não encontramos nada até agora", destacou.
De acordo com informações da Defesa Civil, a aeronave que partiu de Manaus vai pousar em Tabatinga. Da cidade, a equipe pegará uma embarcação que com destino à área das buscas. O raio da área que será analisada chega a 8 km.

Alunos do ITA criam foguete para competição nos Estados Unidos

Grupo de estudantes de São José trabalha no desenvolvimento do projeto. Eles viajam neste mês para competição internacional de lançamento.

Daniel Corrá Do G1 Vale Do Paraíba E Região

ImagemFazer um foguete atingir três quilômetros de altura pode até parecer uma missão simples. O feito, porém, tem exigido esforço de estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que vão representar o Brasil em uma competição nos Estados Unidos. Além de elaborar a logística de lançamento, o próprio grupo trabalha na fabricação do veículo, que será lançado no próximo dia 24.
O desafio é fazer com que o foguete obtenha sucesso no lançamento, atingindo exatamente a altura proposta e carregando uma carga de 4,5 quilos. Após ser lançado, o equipamento ainda deve realizar aterrissagem de maneira adequada, no deserto da cidade de Green River.
A equipe, chamada Rocket Design, conta com 22 estudantes do 1º ao 5º ano de Engenharia Aeronáutica da instituição, que fica em São José dos Campos (SP). Parte do grupo viaja na segunda quinzena de junho para Green River, onde acontece a Intercollegiate Rocket Engineering Competition (Irec), que reúne estudantes de 40 universidades de países como EUA, Canadá e Turquia.
Para o aluno Marcio Fernando da Justa Sena, de 26 anos, o diferencial do grupo é justamente realizar a produção completa do equipamento. “Temos um foguete completamente feito por estudantes universitários. Não temos nada comprado comercialmente, como as equipes de fora”, afirma.
Segundo Sena, a produção acontece há quase seis meses e todos os custos foram financiados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “O ITA é pioneiro em Engenharia Aeroespacial no Brasil, tem sido um processo de muita competência. É gratificante poder levar o nome do país para fora, porque as pessoas acham que a gente não desenvolve esse tipo de tecnologia”, afirma o aluno.
Para desenvolver o projeto, os estudantes contam com o acompanhamento do professor da Divisão de Engenharia Eletrônica, Lester de Abreu Faria, e apoio acadêmico do instituto. “Grande parte das tarefas eles fazem sozinhos, com referências que nem sempre encontram de forma fácil nos livros”, explica Faria.
Experiência
Na avaliação de Faria, a experiência obtida para desenvolver um foguete real também pode auxiliar no preparo dos jovens para o mercado de trabalho. “Eles se dividem como se estivessem trabalhando na indústria aeroespacial. Um profissional com experiência, já tendo desenvolvido sistemas reais, já é um diferencial”, diz o professor.
Esta não é a primeira vez que o ITA participa da Irec. Em anos anteriores, inclusive, a equipe do instituto conquistou duas vezes o prêmio de melhor projeto, uma das categorias do torneio. “Neste ano estamos um pouco mais ousados e queremos a premiação máxima”, espera Lester
REVISTA CARTA CAPITAL


Embraer: sucesso, globalização e… ataque ao trabalho

A terceira maior empresa aeronáutica do mundo vista por dentro: demissões em massa, redução de salários, especulação financeira permanente. Mas também as lutas…

Por Arnaldo Mazzei Nogueira E Marco Antonio Gonsal

A Embraer é uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo. Inaugurada em 1969 como empresa estatal estratégica para a indústria da defesa e segurança nacional, símbolo do regime militar instaurado em 1964, a companhia expandiu suas atividades no segmento da aeronáutica e se tornou umas das principais empresas deste seletíssimo setor. No entanto, este voo não trafegou apenas por céus de brigadeiro.
A Embraer passou por diversas reestruturações, financeiras e produtivas, que trouxeram crescimento de produtividade, ainda que sob crescente insatisfação, principalmente dos empregados da produção.
Paradoxalmente, o quadragésimo quinto aniversário da empresa — o ano de 2014 — ficará marcado pela maior greve [1] realizada pelos trabalhadores da Embraer no período pós-privatização (1994). Foram cinco dias de portões fechados: em 9 de outubro e 5 a 8 novembro, com adesão de 10 mil empregados.
Em setembro, a mobilização já havia ocorrido na planta da avenida Faria Lima, em São José dos Campos (SP) e ocasionado atraso na produção. Em outubro, os trabalhadores cruzaram os braços por não concordarem com a proposta de reajuste salarial de 6,6%, o que representava um aumento real de 0,24%. Em novembro, a reivindicação dos trabalhadores foi contra a nova proposta de reajuste de 7,4%, enquanto empresas da região como Armco, Ericsson, Chuman, TI Automotive, Blue Tech, entre outras, acordaram reajustes que variaram entre 9% e 10%, à exceção da Panasonic, que acordou o reajuste de 8,5%.
“Um insulto aos trabalhadores da Embraer. Apenas até setembro de 2014, a empresa registrou lucro de R$ 554 milhões, o triplo do registrado no mesmo período do ano anterior”, ressalta Herbert Claros, mecânico ajustador da Embraer há nove anos e vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Para se ter uma ideia, pessoas que produzem aviões, supostamente uma “elite” da classe trabalhadora, têm o piso do salário fixado em R$ 1.336,00 (2015). A mão-de-obra representa 8% do total dos custos da empresa. A empresa paga três vezes menos aos seus empregados operacionais do que as suas principais concorrentes. Enquanto o salário-hora médio da produção da Boeing é de U$ 26,20, o da Airbus U$ 25,10 e o da Bombardier é de U$ 20,50, o da Embraer é de U$ 7,51 ou R$ 4.961 por mês (2015).
Em 2014, a empresa dividiu a título de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) R$ 16 milhões entre oito diretores (dois milhões pra cada). Enquanto isso, 17 mil trabalhadores dividiram R$ 35 milhões (R$ 912 + 12,4% sobre o salário). A diferença é tão brutal que é impossível não causar indignação. Sem contar que o assédio moral é uma política institucional da Embraer, que age com ameaças, perseguição e não respeita o direito de organização dos trabalhadores.
O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos Herbert Claros, também militante do PSTU, escolheu trabalhar na Embraer com o objetivo de revitalizar o movimento sindical após a privatização da empresa [2]. Entre 1989 e 94, 7.354 funcionários foram demitidos, dentre eles todos os membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e diretores sindicais. No dia 15 de abril de 2015, Herbert tomou posse no Conselho de Administração da Embraer, eleito com 4.070 votos.
Ações mais valiosas
A Embraer conta com mais de 19 mil empregados espalhados pelos quatro grandes continentes. Já produziu mais de cinco mil aeronaves, é a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo e suas ações estão frequentemente entre as melhor avaliadas no mercado financeiro. Trata-se de uma empresa global cuja definição envolve todas as características da empresa moderna da fase monopolista do capital: produção técnica com forte capacidade rentável sobre o trabalho, divisão administrativa em diversos níveis com efeitos na estrutura ocupacional, departamento mercadológico com capacidade de induzir a demanda, comando financeiro do processo e das decisões empresariais,além da gestão planejada com efeito de coordenação social.
A diferença entre elas é o aumento da complexidade destas unidades, muito mais articuladas e sensíveis ao mercado e à competitividade global. A empresa global de hoje refere-se à moderna corporação de alto valor agregado que atua em uma teia empresarial global diversa, heterogênea e flexível, dirigida por executivos profissionais que acima de tudo solucionam problemas de interesse dos acionistas.
As duas grandes reestruturações da Embraer ocorreram em 2006 e 2009. A primeira deu-se no âmbito financeiro, visando à valorização produtiva e acionária: a empresa pulverizou o capital e alterou seu nome – de Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. – para Embraer S.A.. Nesse ano, todas as ações passaram a ser ordinárias e, portanto, sem a figura do acionista controlador. A pulverização de capital diminuiu o custo de financiamento e aumentou a liquidez, somando-se novas tecnologias de ponta que intensificaram o trabalho.
A maior comprovação deste argumento veio em seguida, com a segunda grande reestruturação – agora, no âmbito produtivo. Sob a justificativa da crise global de 2008-09, a Embraer demitiu mais de 4 mil trabalhadores em fevereiro de 2009. As perdas da empresa referem-se a especulações no mercado financeiro e não a produtividade. Neste mesmo ano (2009), bateu recorde de produção, com 244 aeronaves entregues; e em 2010 produziu ainda mais, 281 (ver gráfico G.02, abaixo). Apenas com a introdução de novas tecnologias e com a intensificação do trabalho é possível a uma organização dar tais saltos de produtividade
Não obstante, alguns empregados foram readmitidos pela Embraer em 2011, com salários inferiores aos praticados anteriormente. Empregados com salários de R$ 3.620 em 2009 foram contratados por R$ 1.504, ou até mesmo por R$ 960, como relata um funcionário que anteriormente recebia R$ 3.200, fato constatado por Lívia de Cássia G. Moraes (2013), em sua brilhante tese sobre as reestruturações e a intensificação do trabalho na Embraer.
As reestruturações estão relacionadas diretamente com o processo de privatização da Embraer e com a adoção do modelo de gestão neoliberal voltado para garantir tanto o retorno do investimento aos acionistas quanto o posicionamento competitivo global. As demissões foram o resultado “natural” deste paradigma e significam profunda crise social. Toda a região é diretamente afetada (ver gráfico G.01, abaixo). Cada emprego perdido tem impacto multiplicador em termos sociais e econômicos, além da desestruturação da vida de cada indivíduo atingido. No momento em que a carreira como “estrada da vida” é interrompida, as consequências pessoais e sociais são graves, porque produzem a sensação de se estar à deriva, uma vez que o fracasso, a perda da autoestima são fatores que contribuem para a corrosão do caráter social.
Depois da privatização
Acreditar que a Embraer prosperou após a privatização significa desconhecer sua história. O primeiro jato bimotor, o avião de maior sucesso da história da empresa, foi o ERJ-145 (com capacidade para 50 passageiros). Em seguida, vieram sua “família”, os ERJ 135/145 (de 35 a 45 lugares), todos desenvolvidos pelos engenheiros da Embraer em 1989, quando a empresa ainda era estatal e com aexpertise adquirida nesse período. Esses produtos foram os responsáveis diretos pelo sucesso da empresa pós-privatização.
A Embraer foi entregue ao mercado em 1994 com praticamente todas as suas dívidas quitadas. Da dívida de 1,05 bilhões, o governou saneou U$ 700 milhões e vendeu a empresa por um valor aproximado de U$ 110 milhões. O Estado absorveu assim dívida que equivalia a sete vezes o tamanho da empresa. O valor da venda da empresa em 1994 representa apenas 1,8% do seu valor atual – de aproximadamente U$ 6 bilhões.
Após a reestruturação financeira em 2006, as ações da empresa desabaram: da maior alta desde a privatização, com o valor das ações (EMBR3) a U$ 24,00 em 30/04/2007, à sua maior baixa, em 27 de fevereiro de 2009, com valor das ações a U$ 6,59. Em dois anos, as ações perderam 72,54% de seu valor. No entanto, um mês após as demissões, as ações da empresa voltaram a subir e mantiveram uma tendência de alta (ver gráfico 03). Após a pulverização do capital, em 2006, o grupo Bozano e a PREVI (10%) venderam parte das suas ações da Embraer e o grupo norte-americano Oppenheimer se tornou o maior acionista, com 10% das ações, seguido da PREVI, agora com 7% (Embraer 2006; 2014).
É interessante notar os movimentos induzidos pelo mercado. No mesmo ano em que a Embraer retira do seu nome a palavra “Brasileira”, o fundo norte-americano Oppenheimer Funds, com sede em Nova York, torna-se o maior acionista da empresa. Apenas um cínico acreditaria na independência administrativa da Embraer ou de qualquer outra organização que se deixa levar pelos anseios do mercado. Não são os sócios brasileiros os que mais lucram com a Embraer, muito menos os seus trabalhadores. São os fundos de investimentos internacionais os que mais lucram.
Estes nunca enxergarão os trabalhadores de nenhuma empresa como pessoas, pois só os consideram como “recursos humanos”. Uma empresa subsidiada pelo povo brasileiro por toda a sua história, seja no período estatal ou privado – via subsídios, aportes, compras, dentre outros incentivos do governo federal, resume seus objetivos, hoje, em beneficiar uma pequena elite representada pelos fundos de investimentos nacionais e internacionais. Clara transferência de renda dos trabalhadores para os proprietários.
Uma ressalva importante refere-se aos resultados de 2008 (redução de 34,7% do lucro líquido – R$ 228 milhões) e às operações financeiras com derivativos. No balanço apresentado pela empresa, segundo o relatório de março de 2009, constam variações monetárias e cambiais líquidas com perdas de R$ 188,30 milhões de reais. No relatório de março de 2010, a perda foi de R$ 135,824 milhões (corrigida pelo relatório de março de 2011). Somando os dois anos, temos um total de R$ 324,654 milhões gastos com operações no mercado financeiro de alto risco. Em dez anos (2001-2010), a empresa registrou perdas médias de 194 milhões ao mês, totalizando quase R$ 2 bilhões de prejuízo (R$ 1,942 bilhões) em operações financeiras com derivativos – motivo este apresentado pelo Sindicato dos Trabalhadores como responsável direto pela demissão de mais de 4 mil empregados em 2009.
Em suma, a Embraer transformou milhões de trabalho produtivo, realizados por milhares de trabalhadores, em capital fictício – e por fim os destruiu.
Greves e sindicato
Após a privatização, foram raras as greves na Embraer. Houve uma paralisação de 2 horas em outubro de 1999 e no mês seguinte paralisação de 30 minutos, ambas por aumento salarial e redução da jornada para 36 horas semanais. Também em 2000, a linha de produção parou por 24 horas pelos mesmos motivos. Apenas em 22 de setembro de 2011 ocorreu a primeira paralisação de 24 horas no período pós-privatização. Primeira greve realizada na Embraer em 11 anos, este foi o sinal mais evidente da manifestação do conflito que se estabeleceu nos “corações e mentes” dos trabalhadores da empresa. Em 2013, também ocorreu outra greve, mas foi o ano de 2014 o mais conturbado sob o aspecto das relações de trabalho entre a Ermbraer e os seus empregados: foram cinco dias de paralisações, sendo quatro contínuos, um total de 120 horas, a maior greve pós-privatização realizada pelos trabalhadores da organização.
Quem representa os trabalhadores da matriz da Embraer é o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (SMSJC), ligado à CSP-CONLUTAS (Central Sindical e Popular – Coordenação Nacional de Lutas). A Conlutas surgiu em março de 2004, a partir de algumas correntes que, até então, integravam a CUT (Central Única dos Trabalhadores). O movimento por uma Tendência Socialista (MTS) está ligado ao Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e algumas correntes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), entre elas o Movimento de Esquerda Socialista (MES), o Movimento de Ação Sindical (MAS) e o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL).
Durante a greve de 6 de novembro de 2014, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, ressaltou a importância do trabalho do Sindicato na reconstrução da luta pela valorização do trabalhador na Embraer:
“Após a privatização os trabalhadores da empresa, que possuem uma importante história de resistência na repressão dos anos oitenta, sofreram um duro golpe. Depois das demissões, poucos foram os sindicalizados que permaneceram na empresa. As conquistas dos trabalhadores da Embraer são, em sua maioria, do período estatal. Desde então lutamos para mantê-las. Vejam o que estão tentando fazer com o nosso plano de saúde, resquício das lutas dos anos 1980 que os patrões tentam retirar. Esta greve demonstra a vontade de todos. Mesmo sob o olhar da chefia, a indignação superou o medo”.
O renascimento da luta, fruto da consciência do trabalhador, é fomentado pela arrogância e desprezo aos trabalhadores, principalmente os da produção. A terceira maior produtora de aviões do mundo, nascida há 46 anos no país de Santos Dumont, deveria dar exemplo na gestão das pessoas. Contudo, a maior greve pós-privatização simbolizou o dilema dos trabalhadores: o que deveria ser um privilégio, um sentido de vida e de pertencimento dos mais nobres do mercado de trabalho nacional, não se sustenta porque a Embraer, seja na fase estatal ou privada, jamais valorizou seus trabalhadores – responsáveis diretos pela produção das riquezas da empresa.
Qual o interesse de um país em sediar uma organização como a Embraer? Apenas pela arrecadação de impostos? A remuneração dos trabalhadores é pífia, o trabalho é realizado sob muita pressão e o emprego, instável. Os principais acionistas, aqueles que lucram com a empresa, são fundos bilionários internacionais e nacionais que só contribuem com a concentração de renda, global e nacional.
A Embraer não se configura como organização interessante para o país nem mesmo por sua possível relevância no contexto militar. Além de tudo, a reestruturação produtiva levou a empresa a realizar parcerias estratégicas de alto risco com redes de fornecedores globais – o que inviabiliza qualquer ilusão quanto a seus possíveis segredos militares.
JORNAL A CRÍTICA (AM)


Telefonema feito para namorada é a principal pista de sumiço de helicóptero no AM

A gravação obtida com exclusividade pela A Crítica revela que o piloto identificado como Alexandre Felix Souza “se entreteu” durante um telefonema para a sua namorada. O homem teria dito que estava a dez minutos do pouso

Eduardo Gomes

ImagemUm diálogo de um telefonema pode ser a pista para a provável causa do desaparecimento do helicóptero Esquilo prefixo PR ADA, que desapareceu na última sexta-feira passada (29) no município de Atalaia do Norte, distante a 1.325 quilômetros de Manaus, com o piloto e duas pacientes indígenas Luciana Guedes do Carmo e Marceleia Cruz dos Santos Marubo, ambas grávidas, mais a enfermeira Luzia Fernandes Pereira e a acompanhante Marcelânia Souza da Silva.
A gravação obtida com exclusividade pela A Crítica revela que o piloto identificado como Alexandre Felix Souza “se entreteu” durante um telefonema para a sua namorada. O homem teria dito que estava a dez minutos do pouso.
Informações preliminares apontam que o piloto ao se distrair durante a ligação tenha baixado demais a altitude e colidido com as copas das árvores, já que estaria voando a 150 metros de altitude do solo da região com pouca visibilidade devido ao início da noite na região.
O avião desapareceu exatamente às 18h17min de sexta-feira (29) conforme o site www.aerosmart.com.br, que fornece a rota exata da aeronave em operação.
Foi nessa hora que o helicóptero desapareceu do radar com o piloto e as quatro passageiras que encontravam na aeronave. Ainda conforme informações, um homem identificado como Elton, comenta para um homem identificado como Moisés, o seguinte: “Eles tão pensando lá que ele se “intreteu”. Já era noitinha já, se “interteu” com o telefone e pelo jeito parece que entrou foi voando”, disse pelo telefone.
Casado e natural de Pernambuco (PE), Alexandre Félix Souza divide opiniões quanto ao seu desempenho na região do Vale do Javari onde prestava serviço de transporte de profissionais em saúde e indígenas há quase dois anos pela Moreto Táxi Aéreo.
Ele pilotava a aeronave transportando as grávidas Marceleia Cruz dos Santos Marubo com quadro de hemorragia, Luciana Guedes do Carmo para ser submetida a um parto assistido, a enfermeira Luzia Fernandes Pereira e a acompanhante Marcelânia Souza da Silva. A aeronave tinha como destino o município de Tabatinga.
De um lado Alexandre era visto como um piloto ousado, imprudente e não seguir procedimentos de segurança quando em atividade de voo. “Ele muitas vezes voava no helicóptero transportando pesos acima da capacidade que é de 2,5 mil quilos”, afirmou um piloto que não teve o nome revelado.
Outra conduta do Alexandre taxada como negativa era o fato de voar sempre em baixa altitude, próximo a copa das árvores. Alguns militares da região tinham restrições quanto ao comportamento profissional do piloto.“Esse acidente era uma tragédia anunciada”, revelou um oficial que pediu o anonimato.
O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena do Vale do Javari, Herodoto Jecim de Sales, por sua vez defendeu o piloto. “Aqui no Distrito nunca ouvi falar mal dele. Pelo contrário, sempre falaram bem”, afirmou acrescentando que Alexandre Félix “é muito querido pelos índios das aldeias”.
Buscas
As buscas pela aeronave que saiu da aldeia Pentiaquinho, a 746 quilômetros da sede urbana de Atalaia do Norte, com destino a Tabatinga foi retomada na manhã desta segunda-feira (01), sem sucesso. Três equipes retornaram à floresta para realizar as buscas por terra e duas aeronaves, um Hércules C-130 e um helicóptero Black Hawk voltaram a fazer buscas via aérea.
Desde que foi montado o Centro de Operações montado pelo Comando de Fronteira do Solimões/8º. Batalhão de Infantaria de Selva na manhã de sábado para proceder a localização da aeronave já trabalhou buscas com dez coordenadas.
A maior dificuldade na operação de buscas e salvamento é quanto as dezenas de informações sobre a provável localização do helicóptero, obrigando o envio de mais equipes para a floresta.
Hoje pela manhã, uma equipe foi enviada para o km 12 da BR 307 (Benjamin Constant/Atalaia do Norte) diante da informação de uma moradora na qual a aeronave “teria caído em seu quintal”, há mais ou menos 3h30min de caminhada a partir da estrada. À tarde uma quarta equipe se deslocou para o Igarapé São João a partir do Rio Itacoaí, cujas buscas serão reiniciadas nesta terça-feira (2).
As informações de moradores obrigaram o tenente coronel Marcos Santana, comandante do Comando de Fronteira do Solimões/8º. Batalhão de Infantaria de Selva (CFSol/8º.BIS), a reativar três pontos de coordenadas sobre a possível localização da aeronave. Ao todo as equipes de buscas já trabalharam com 13 coordenadas.
As equipes compostas por homens do Exército, Defesa Civil de Atalaia do Norte, Benjamin Constant e Tabatinga, servidores da Sesai, Funai, Fundação de Vigilância em Saúde, Corpo de Bombeiro e voluntários, inclusive parentes das vítimas já percorreram quase 200 quilômetros quadrados na região de uma floresta densa, entrecortada por pequenos igarapés, com muitos igapós e chavascais.
Pela manhã antes de seguir para Tabatinga, o comandante Marcos Santana orientou que cada equipe vasculhasse áreas com a circunferência de cinco quilômetros na tentativa de encontrar a aeronave, tripulante e as passageiras.
PORTAL R7


Soldado morre em acidente de carro na Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio

Segundo a Aeronáutica, o veículo conduzido pelo militar colidiu com o portão da guarda

Um soldado da Aeronáutica morreu num acidente de carro na Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, no domingo (31). Segundo o Comando da Aeronáutica, o veículo conduzido pelo militar colidiu com o portão da guarda da Base Aérea. O soldado foi identificado como Jonathan de Deus Francisco, de 20 anos.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte do militar. De acordo com informações da delegacia de Santa Cruz (36ª DP), a perícia foi realizada no local e no carro. Os soldados que presenciaram o ocorrido foram ouvidos. Agentes buscam imagens de câmeras de segurança e testemunhas que possam esclarecer o caso.
A Aeronáutica informou que presta assistência e solidariedade aos familiares do militar e instaurou IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar as circunstâncias do acontecimento.

AGÊNCIA BRASIL


Defesa de brasileiro preso no Peru entrará com pedido de liberdade esta semana


Ana Cristina Campos - Repórter Da Agência Brasil

A defesa do piloto paranaense Asteclínio da Silva Ramos Neto, preso desde meados de abril no Peru após ter a aeronave abatida pelas forças policiais daquele país, deve entrar com pedido de liberdade do brasileiro esta semana. O advogado Rodrigo Faucz, contratado pela família do paranaense, está com a mãe do piloto, Vera Lúcia de Moura, em Lima, capital peruana, onde vão se reunir hoje (1º) com diplomatas na Embaixada do Brasil.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, no dia 17 de abril, a embaixada brasileira em Lima foi informada pelas autoridades peruanas sobre a prisão do brasileiro por “estar pilotando aeronave que seria utilizada para transporte de quantidades consideráveis de drogas, destinadas ao mercado internacional”.

“Junto com o defensor público designado para acompanhar o caso, vamos tentar que Asteclínio responda em liberdade. Nossa intenção é que ele possa responder ao processo no Brasil e pediremos apoio do governo brasileiro”, disse Faucz à Agência Brasil.

De acordo com o Itamaraty, na tarde do dia 17 de abril, o brasileiro foi transferido para Lima e internado no hospital público Hipólito Unanue, por ter sido baleado no braço e no abdômen. No dia 21 de maio, o piloto recebeu alta e foi levado para presídio em Satipo, no departamento de Junin.

“O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Divisão de Assistência Consular e da Embaixada em Lima, segue prestando ao senhor Asteclínio da Silva Ramos Neto toda a assistência cabível”, informou, em nota, o Itamaraty.

O advogado Rodrigo Faucz disse que vai pedir ajuda à embaixada brasileira para que ele e a mãe do piloto consigam visitá-lo no presídio. “Também vamos tentar reuniões com o juiz que decretou a prisão preventiva, com o promotor do caso e com as autoridades penitenciárias”, afirmou Faucz.

De acordo com o advogado, a acusação relacionada ao tráfico de drogas é infundada. “Não foram encontradas drogas no avião abatido”, disse Faucz.
AGÊNCIA CÂMARA


Frente Parlamentar da Defesa Nacional será lançada nesta terça


Deputados e senadores lançam nesta terça-feira (2) a Frente Parlamentar Mista da Defesa Nacional. O ministro da Defesa, Jaques Wagner, foi convidado para o ato, marcado para as 8 horas, no restaurante do 10º andar do anexo 4 da Câmara dos Deputados.

Com a participação de 211 parlamentares, a frente pretende apoiar as ações políticas, legislativas e orçamentárias necessárias para a implantação da Política Nacional de Defesa (PND), principal documento de planejamento da defesa do País. A PND foi aprovada pela Câmara em 2013.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) será o presidente da frente parlamentar.
PORTAL CAMPO GRANDE NEWS


"Pane seca" pode ser a causa de acidente com avião de Huck e Angélica


Antonio Marques

Imagem"Pane seca" é a principal hipótese para o acidente com o avião que transportava a família dos apresentadores Luciano Huck e Angélica na manhã do dia 24 de maio deste ano em Campo Grande. O piloto Osmar Frattini, 52 anos, que fez o pouso forçado em uma fazenda localizada a cerca de 30 quilômetros da Capital, foi considerado herói por ter evitado uma tragédia. 
Durante a semana, o Campo Grande News ouviu vários comandantes experientes e pesquisou as possíveis hipóteses que poderia ter terminado em tragédia, mas não passou de um grande susto, “um milagre” como declarou Angélica, graças à competência do piloto. A resposta de todos, “pane seca”.
O ponto inicial da reportagem foram os relatos do piloto Osmar Frattini e do co-piloto José Flávio Zanatta sobre os momentos anteriores a tocarem o solo e que obrigaram a eles realizarem os procedimentos recomendados para casos de “falha de motor em voo”, como é tipificado nas estatísticas de acidentes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). “Ele fez o que havia de ser feito nessas situações”, afirmou o comandante George Willian Cesar de Araripe Sucupira, 74 anos, presidente da APPA (Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves), entidade nacional representante da aviação geral junto aos órgãos gestores da Aviação Civil Brasileira.
O comandante George Sucupira, que é membro do Conselho Consultivo da Anac e tem mais de 50 anos dedicados à aviação, disse que os motores do avião EMB-820C são muito mais eficientes que os convencionais. “A probalidade de pane é de longe muito menor que os demais,” explicou. Mesma afirmação feita por outros profissionais. Um deles, com mais de 30 anos de experiência, que pediu para não ser identificado por atuar no Estado, disse que esse motor foi construído para não falhar. Para eles, só um motivo provocaria uma falha, “a falta de combustível” nas turbinas.

"Navajo” - Esse modelo de aeronave é considerado um das mais seguros do país entre os aviões executivos de pequeno porte, por ser bimotor e poder voar com apenas um motor. De origem norte-americana, construída pela empresa Piper Aircraft, o bimotor PI-31 “Navajo” começou a ser produzido no Brasil no início da década de 1970 pela Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.). Os primeiros foram entregues em 1975, já renomeado para EMB 820 “Navajo Chieftain”, que era uma versão mais moderna que o original. Foi apelidado, posteriormente, de “Navajão”.
Durante os 25 anos em que foi produzido no Brasil, a Embraer, em parceria com a empresa Neiva, entregou 2.326 unidades do modelo. Até hoje muito presente na aviação civil, o aparelho pode ser encontrado em bom estado à venda por cerca de US$ 750 mil.
Turbo-hélice - Em 1984, a Embraer lançou nova versão do Navajo, o EMB 821 “Carajá”. Esse modelo mantinha a mesma concepção de fuselagem do Navajo, mas com alteração importante, a substituição dos dois motores a pistão Lycoming de 350 HP cada, que usavam gasolina azul, por duas turbinas Pratt Whitney de 550 SHP movidas a querosene. Esta alteração visava conquistar os clientes de táxi aéreo. O novo bimotor turbo-hélice transportava até oito passageiros. Desta forma, a velocidade máxima do avião subiu para 407 km/h e a autonomia chegou a 1.666 km. Para sair do chão é preciso uma distância de decolagem de 701 metros; e no pouso 602 metros são suficientes. A produção do Carajá foi encerrada em 1992.
Muitos Navajos foram convertidos ao padrão “Carajá”, trocando os motores a pistão pelo par de turbo-hélices. Esses aviões mantiveram o código EMB 820C, mas abandonaram o nome “Navajo”. A aeronave que fez o pouso forçado no domingo passado em Campo Grande era uma desses aviões, tanto que ainda aparece no registro da ANAC como EMB 820C “Caraja”.
Seguro - Em 2014 a Anac registou 139 acidentes no Brasil, nenhum envolveu o modelo que transportava Luciano Huck, sua família e funcionárias. Em Mato Grosso do Sul foram seis acidentes. Em dois, ocorreram mortes. Um ocorrido no dia 12 de fevereiro, em Chapadão do Sul, em que o piloto Mariano Pedro Pereira Filho, de 24 anos, ao tirar o calço do avião escorregou e encostou na hélice se ferindo gravemente, morrendo depois no hospital.
O outro aconteceu em Campo Grande, no dia 6 de dezembro, que matou o advogado Marco Túlio Murano Garcia, 44 anos, e o piloto Genêse Pereira, 55 anos. Este acidente ainda sem causa esclarecida.
Do total de acidentes no ano passado, 110 ocorridos com aeronaves convencionais; 19 com helicópteros; 5 com aviões turbo-hélices; 4, com aeronaves a jato; e um com planador. O último registro da Anac envolvendo o modelo que fez pouso forçado na Capital é de 12 de março de 2013, no interior do estado do Pará, quando o piloto ao se aproximar da aerodrómo do município de Monte Dourado (PA) perdeu o controle da aeronave, da Fretax Taxi Aéreo, e se chocou com o solo. Além do piloto, nove passageiros morreram na queda.
Um dos pilotos explicou que os motores utilizados nesta aeronave são turbinas Pratt-Witney de 550 HP, e realmente são muito confiáveis, tendo vida útil dívida em ciclos de acionamento e horas de voo. “Em raríssimos casos falham, pois costumam queimar muito bem o combustível utilizado, mesmo em caso de contaminação, com água, sujeira, fungos”, reiterou. Para o comandante George Sucupira, com um motor apenas o avião chegaria até São Paulo, se tivesse combustível.
O comandante, que já trabalhou em Mato Grosso do Sul, lembrou que é preciso muita cautela para expor com precisão as causas de um evento como este. “Sempre quando ocorre um incidente ou acidente aeronáutico conclui-se que a causa refere-se a uma sucessão de pequenas falhas que resultaram no acidente ou incidente”, comentou. E que, por isso, os investigadores iniciam seus trabalhos recolhendo informações muito antes da data do voo final.
Sobre a possibilidade de a aeronave estar voando há mais de 30 anos, o comandante disse que não existe uma legislação específica que determine o tempo de serviço das aeronaves, desde que se respeite as manutenções preventivas e recomendadas pelo fabricante e Anac, porém, cada aeronave, possui uma caderneta de célula, que fica de posse da empresa proprietária, neste caso, a Mato Grosso do Sul Táxi Aéreo. Segundo ele, se nesta caderneta houver alguma menção sobre o tempo de serviço aí, sim, a dona do avião terá que respeitar o que o fabricante recomenda e determina. “Tudo vai depender da boa manutenção”, declarou.
Conforme os registros da Anac, o avião sob a matrícula PTENM, de propriedade da MS Táxi Aéreo, com capacidade para levar até nove passageiros, estava em situação regular. A data de validade do IAM (Inspeção Anual de Manutenção) venceria no próximo dia 12 de junho, e o CA (Certificado de Aeronavegabilidade) venceria 12 de junho de 2019, agora suspenso por conta da avaria causada pelo pouso forçado.
Manutenção - Um dos comandantes consultado pela reportagem, relatou que a ANAC faz vistorias nas oficinas periodicamente, porém, apenas os documentos são vistoriados e não o avião, o que pode torná-lo “uma bomba relógio” se houver “má fé” envolvendo a oficina. “Ela (oficina) pode facilmente ocultar um problema que possa estar ocorrendo em determinada aeronave e deixar de anotá-lo na caderneta, onde devem constar as informações da a vida útil dos motores, célula aviônica e hélices”, explicou.
Ele alerta que, se o piloto reportar um problema em qualquer sistema da aeronave e a oficina fizer reparo de uma peça ou componente, este serviço terá que ser registrado direto na caderneta do avião. Se o mecânico agir de má-fé ou por contenção de despesas, pode ocorrer que seja reparada uma peça que, necessariamente, deveria ser substituída. Isso apenas mascara problema. Mas para Anac estaria tudo bem, “porque ela só cumpre vistorias burocráticas”, analisando somente papel, o que não garante a segurança operacional.
No site da empresa MS Táxi Aéreo, a empresa destaca que as aeronaves são equipadas IFR (regras de voo por instrumentos) para sua maior segurança, sempre revisadas e operadas de acordo com as normas estabelecidas pela autoridade aeronáutica. Também é possível observar que a manutenção nos aviões é realizada pela empresa Hora (Hangar Ofina e Recupeção de Aviões), localizada no aeroporto Teruel, na Capital.
Agora, e se a oficina for do mesmo dono da empresa de taxi aéreo, como a Anac vai ter certeza que a manutenção das aeronaves seguem as normas estabelecidas e todas as anotações na caderneta são verdadeiras. Além da logomarca das duas empresas serem muito semelhantes, o Campo Grande News obteve informações em que o proprietário da MS Táxi Aéreo, Arlindo Dias Barbosa, também seria o representante legal da oficina Hora. Apesar de várias tentativas de falar com os donos da empresa de táxi aéreo, inclusive indo até a sede da mesma, a reportagem não obteve êxito nas solicitações de entrevista.
Investigação – Durante a semana, equipes de investigação da FAB, do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e da Embraer estiveram no local do acidente, a 30 quilômetros do aeroporto internacional de Campo Grande ( MS), para recolher peças do sistema de combustível da aeronave. Também foram coletadas amostras do combustível, do óleo do motor e dos filtros.
Os investigadores também estiveram na sede da empresa MS Táxi Aéreo, para recolher amostras do querosene usado para abastecer a aeronave. Segundo nota da Fab, as amostras recolhidas serão levadas para o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), localizado em São José dos Campos (SP).
Uma das linhas da investigação do Cenipa seria a possibilidade de adulteração ou contaminação do combustível, seguindo o relato do piloto Osmar Frattini, que a luz da bomba de combustível do motor esquerdo acendera indicando a falta do querosene e que a segunda bomba também não funcionou ao ser acionada, provocando o desligamento do motor.
O mesmo problema teria ocorrido minutos depois com o motor do lado direito que, conforme Frattini, que disse ter dado uma “rateada”, o que levou a aeronave perder altitude rapidamente se estabilizando por algum momento a 3 mil pés, o que o levou a declarar emergência à torre de controle de tráfego aéreo de Campo Grande.
Conforme o piloto, ele teve cerca de 5 minutos para definir o local para pousar, uma vez que não havia tempo para recorrer ao destino alternativo e nem ao aeroporto de Campo Grande. O co-piloto José Flávio chegou a declarar à imprensa que a causa visualmente foi “pane de bomba de combustível.” Mas em nenhum momento o piloto e o co-piloto, em suas declarações à imprensa, cogitaram a falta de querosene no avião.
Além da empresa MS Táxi Aéreo confirmar o abastecimento da aeronave, a Petrobras, por meio da BR Aviation, afirmou que abasteceu o avião modelo EMB 820 C - Caraja, prefixo PT¬EMN, no Aeroporto de Campo Grande, em 24 de maio de 2015, às 7h25. Segundo a Petrobras, as amostras do produto (JET A¬1) foram encaminhadas ao Cenipa e para testes complementares em laboratório especializado. Para afastar a hipótese de adulteração, a empresa disse que outras aeronaves foram abastecidas na mesma ocasião e não foi registrado qualquer “anomalia”.
Para o comandante George Sucupira, a hipótese de adulteração no combustível seria muito remota, considerando a eficiência das turbinas. E o piloto não teria condições de saber se o querosene presente nos tanques do avião era de boa qualidade. “A prova disso será feito na análise química em laboratório. Mas a hipótese mais provável diante das declarações dos pilotos é falta de combustível”, lembrou ele, acrescentando que se for mesmo pane seca, os investigadores já devem saber, uma vez que o avião ficou inteiro.
No limite - O presidente da APPA fez uma grave revelação sobre o fato de boa parte das empresas de táxi aéreo no país voarem no limite do combustível, desrespeitando as normas da Anac. Ele explicou que, seguindo a legislação, o piloto deve fazer o cálculo da quantidade de combustível antes de decolar, considerando a distância entre a origem e o destino (ida e volta), mais um destino alternativo para uma situação de emergência, e mais um tempo de 45 minutos de voo. “Porém, muitos voam no limite, geralmente”, ressaltou.
Os comandantes consultados pela reportagem foram unânimes em dizer que a hipótese mais provável foi a falta de combustível nos motores. Um deles apontou que a falta do produto poderia ocorrer por diversas causas, como o vazamento excessivo de combustível, falha real nas bombas de alimentação dos motores, falha no cálculo de abastecimento.
Essa última opção com forte evidência, considerando que o voo seria de duas etapas curtíssimas, por volta de 30 minutos cada. Assim, o peso de decolagem na fazenda Cayman, em Miranda, com seis adultos e três crianças e provavelmente muita bagagem. Esses fatores contribuíram para a escolha na quantidade de abastecimento, ou seja, optou-se por abastecer com combustível suficiente para cumprir as etapas mencionadas e mais um pouco de reserva.
Outra razão pela falta do combustível nos motores estaria o fato de a aeronave também ser antiga, e por isso ter ocorrido falha nos marcadores de combustível, que poderiam não estar 100% corretos, tudo são hipótese a serem levantadas pela investigação. Mas também disseram que é necessário aguardar o resultado das investigações do Cenipa para afirmar a causa do acidente.
Outro consenso dos comandantes é que “todo acidente não acontece no dia”. É provocado por uma série de falhas de procedimentos ao longo do tempo. Conforme um dos pilotos, os apresentadores globais Luciano Huck, Angélica e seus três filhos, as babás Marcileia Eunice Garcia, Francisca Clarice Canelo Mesquita; e dois tripulantes, o piloto Osmar Frattini e o co-piloto, José Flávio de Souza Zanatto, foram premiados por estarem no avião. Parece que o prêmio, como declarou Angélica, foi o "milagre da vida".
Em julho de 2012, no interior de Minas Gerais, aconteceu um acidente muito parecido com o ocorrido em Campo Grande. Porém, o piloto de 40 anos morreu carbonizado e as outras duas pessoas a bordo tiveram ferimentos leves e uma com queimaduras. O avião era do mesmo modelo EMB-820C Navajo, porém na versão com motores a pistão e com capacidade para 4 passageiros.
De propriedade de uma empresa do Rio de Janeiro, a Microsurvey Aéreogeofísica e Consultoria Científica, a aeronave, com dois pesquisadores e o piloto, sobrevoava a região de Espinosa fazendo um aerolevantamento da área e depois seguiria para o aeroporto de Guanambi-BA, quando os motores começaram a falhar.
Segundo um dos ocupantes, ao perceber a falha em um dos motores, o piloto tentou transferir combustível para o outro motor e continuar voando, porém ao perder a altitude forçou o pouso. Como a região era de matagal, o choque com solo foi forte e o avião teve mais avarías que a aeronave da Capital.
Com o impacto, o piloto desmaiou e ficou preso às ferragens. Os dois passageiros ainda tentaram retirá-lo, mas o avião pegou fogo e não conseguiram salvá-lo. Na Anac, o acidente está registrado como baixo nível de combustível “pane seca”. Até hoje o Cenipa não disponibilizou o relatório final da investigação.
OUTRAS MÍDIAS


CORREIO DO ESTADO (MS)


Exército, Defesa Civil e Bombeiros auxiliam nas buscas por helicóptero desaparecido

Aviões já haviam avistado aeronave, mas não pousaram em razão do horário
MARESSA MENDONÇA
Ao menos 18 tripulantes da Força Aérea Brasileira trabalham nas buscas ao helicóptero AS-355N, que desapareceu no Amazonas na última sexta-feira (29). A aeronave saiu de Atalaia do Norte (AM), com destino a Comunidade Indígena Pitiaquino, no mesmo estado. Dentre os cinco ocupantes, estava a enfermeira sul-mato-grossense Luiza Fernandes Pereira, de 48 anos.
Segundo informações da assessoria de imprensa da FAB, um C-130 Hercules (1º/1º GT), do Rio de Janeiro (RJ), e um H-60 Black Hawk (7º/8º GAV), de Manaus (AM), sobrevoam a região, partindo de Tabatinga (AM), em uma área de cobertura de 861 km². Equipes do Exército, da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros também auxiliam nas buscas.
Aviões de resgate já haviam avistado a aeronave no sábado (30), mas não conseguiram pousar em razão do horário.
O helicóptero desaparecido prestava serviços para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e Casa de Saúde Indígena (Casai). A aeronave desapareceu do espaço aéreo por volta das 18h30 (20h30 em Brasília) do dia 29.
Na ocasião, além do piloto, eram transportadas na aeronave a gestante Marcelina Cruz dos Santos e sua acompanhante Marcelina da Silva de Souza, assim como outra paciente identificada como Luciana Guedes do Carmo e a enfermeira sul-mato-grossense.

A TRIBUNA


ImagemPalmeiras poderá ser punido por drone em clássico contra Corinthians

Sanção pode ser enquadrada por risco à integridade ou violência
Aos 46 minutos de jogo, logo após Rafael Marques abrir o placar para o Palmeiras no clássico, um drone foi levantado e sobrevoou o gramado da Arena Corinthians. O objeto controlado por controle remoto, semelhante a um pequeno helicóptero, carregava uma camisa do Guaraní-PAR - clube que eliminou o Timão na Libertadores - com a inscrição "HaHaHa". A provocação pode custar caro ao Palmeiras. Usar drone para provocar um rival em campo não foi inédito - e nos outros dois casos houve punição.
Pelo drone ser uma criação nova, ainda não há legislação no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) para punir o uso do pequeno helicóptero em estádios de futebol. Porém a provocação pode ser enquadrada em outros artigos, como explica o advogado especialista em direito esportivo João Henrique Chiminazzo.
 "O procurador do STJD analisa as imagens e se ele entender que viola normas do CBJD, que trouxe risco aos torcedores e jogadores ou que instigou a violência, pode punir. São tantos artigos que depende da interpretação. A questão é denunciar qual clube? O Corinthians é responsável pela segurança do estádio, mas não tem autonomia pra verificar o que fazem fora de campo. Se o procurador for punir, acredito que optará pelo Palmeiras", analisa.
O caso mais famoso de um drone em campo foi na partida entre Boca Juniors e River Plate pela Libertadores 2015. Torcedores do Boca amarraram no pequeno helicóptero uma faixa branca com a letra "B" pintada em vermelho, referência ao rebaixamento do rival à segunda divisão em 2011. Quando o drone apareceu, a partida já estava suspensa por um torcedor do time da casa ter lançado gás de pimenta nos jogadores do River. A Conmebol puniu o Boca por ambas atitudes com a exclusão do clube na Libertadores, multa de 200 mil dólares, quatro partidas com portões fechados em torneios da entidade e quatro jogos sem torcedores do Boca como visitante. 
" Na Conmebol, não há legislação sobre drones, então usam outra infração para captular a punição. O drone foi considerado formalmente, mas como a Conmebol pune por uma tábua de penas, não se sabe a sanção que somente o drone sofreu. No exemplo do Boca não houve comprovação de ter sido lançado por um torcedor do clube - subentende-se que sim", mas não houve comprovação que foi dentro do estádio. Entra na questão da responsabilidade do jogo, esse foi o procedimento da Conmebol - diz Eduardo Carlezzo, advogado brasileiro contratado pelo Boca Juniors para defender o clube no processo sobre as ocorrências na partida contra o River Plate.
A primeira ocorrência de drone em estádios de futebol teve motivações políticas. Em outubro de 2014, Sérvia e Albânia jogavam pelas Eliminatórias da Eurocopa 2016. Aos 41 minutos do primeiro tempo, um drone com a bandeira albanesa invadiu o campo e o meia sérvio Mitrovic recolheu o objeto. O ato gerou confusão generalizada entre torcedores e jogadores. Por causa da interrupção da partida causada pelo drone, a Uefa puniu as duas federações com multa de 100 mil euros e determinou a vitória sérvia por 3 a 0.



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