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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 21/05/2015 / Marinha escolhe empresa chinesa para construir estação na Antártica

Marinha escolhe empresa chinesa para construir estação na Antártica ...




Empresa Ceiec ofereceu o menor preço pelo contrato: US$ 99,6 milhões. Licitação ficou suspensa por três meses; obra só deve ser entregue em 2018 ...



A Marinha do Brasil confirmou nesta quarta-feira (20) que a empresa chinesa Ceiec vai construir a nova estação científica Comandante Ferraz, na Antártica. O resultado do certame foi divulgado no site da instituição. De acordo com a Marinha, a proposta dos chineses foi a menor oferecida entre os três concorrentes (US$ 99,6 milhões, aproximadamente R$ 302,1 milhões). Em janeiro deste ano, a Marinha havia emitido parecer anunciando a escolha pela Ceiec. No entanto, a OY FCR Finland, da Finlândia, e o consórcio brasileiro-chileno Ferreira Guedes/Tecnofast apresentaram recursos judiciais contra a decisão, o que forçou a suspensão da licitação, em fevereiro. O processo foi retomado em abril. O novo complexo científico estava previsto para ser entregue em março de 2015, mas, devido a atrasos na licitação, a entrega da estação pode ocorrer só em 2018 ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Marinha escolhe empresa chinesa para construir estação na Antártica

Empresa Ceiec ofereceu o menor preço pelo contrato: US$ 99,6 milhões. Licitação ficou suspensa por três meses; obra só deve ser entregue em 2018.

Eduardo Carvalho Do G1, Em São Paulo

A Marinha do Brasil confirmou nesta quarta-feira (20) que a empresa chinesa Ceiec vai construir a nova estação científica Comandante Ferraz, na Antártica. O resultado do certame foi divulgado no site da instituição.
De acordo com a Marinha, a proposta dos chineses foi a menor oferecida entre os três concorrentes (US$ 99,6 milhões, aproximadamente R$ 302,1 milhões).
Em janeiro deste ano, a Marinha havia emitido parecer anunciando a escolha pela Ceiec. No entanto, a OY FCR Finland, da Finlândia, e o consórcio brasileiro-chileno Ferreira Guedes/Tecnofast apresentaram recursos judiciais contra a decisão, o que forçou a suspensão da licitação, em fevereiro. O processo foi retomado em abril.
O novo complexo científico estava previsto para ser entregue em março de 2015, mas, devido a atrasos na licitação, a entrega da estação pode ocorrer só em 2018.  
Entenda o caso
Esse é o segundo processo licitatório aberto pela Marinha para essa finalidade. O primeiro, iniciado no fim de 2013 e encerrado em fevereiro de 2014, terminou sem a apresentação de propostas. Na época, poderiam se credenciar apenas empresas nacionais ou estrangeiras que firmassem parceria com organizações brasileiras.
Após o fracasso, a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, a Secirm, abriu em julho do ano passado uma nova etapa, desta vez permitindo a participação de organizações com 100% de capital estrangeiro. Desta vez, a inauguração foi adiada para março de 2016.
Devido a pendências judiciais, a licitação atrasou e só foi retomada em abril passado.
Atraso no início da construção
A nova estação científica vai substituir a antiga base, destruída por um incêndio em 2012, que causou a morte de dois integrantes da Marinha.
A construção do complexo, prevista inicialmente para ser entregue em março deste ano, só deve iniciar após a assinatura do contrato, ainda sem prazo para acontecer. A Marinha informa que a construção tem prazo de execução de 540 dias corridos, período que pode ser estendido devido a "fatores supervenientes, como é o caso das peculiaridades do clima antártico". Por isso, a entrega da nova estação pode ocorrer apenas em meados de 2018.
Até que a obra termine, módulos provisórios instalados no local dão infraestrutura suficiente para receber 60 pessoas de uma só vez. Com isso, as viagens de cientistas brasileiros até o território antártico terão continuidade, assim como seus trabalhos de pesquisa em temas como mudança climática e biodiversidade.
O projeto executivo, escolhido em 2013 em um concurso promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, não deverá ser alterado. Segundo o documento, o edifício principal da nova estação terá uma área total de 4.500 m² e as unidades isoladas, como as torres de energia eólica e a área para helicópteros, somarão outros 500 m².
Serão 18 laboratórios internos, além de sete unidades isoladas para pesquisas de meteorologia, ozônio, da atmosfera. Sua capacidade será para abrigar 64 pessoas.

PORTAL R7


Suécia pede que América Latina elimine barreiras comerciais com a Europa


O ministro de Comércio, Indústria e Inovação da Suécia, Mikael Damberg, defendeu nesta quarta-feira em sua chegada à São Paulo a revogação das barreiras comerciais entre a América Latina e a Europa como ferramenta para melhorar as relações entre as duas regiões. "Tanto o Brasil como os outros países latino-americanos têm que trabalhar para superar as barreiras comerciais e dar um impulso maior aos negócios", afirmou Damberg em entrevista à Agência Efe, repetindo um argumento defendido também pela Comissão Europeia.
O ministro sueco iniciou hoje por São Paulo uma visita de três dias ao Brasil, à frente de uma delegação de empresas que buscam novos negócios em aeronáutica, mineração e silvicultura no país. Neste sentido, o ministro afirmou que "o governo brasileiro está se esforçando para sair desta situação (de estagnação) econômica" e confiou que a aproximação entre ambos os países "contribuirá para as negociações de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul", que remontam a 1999 e que, após anos congeladas, foram reativadas em 2010. Perguntado sobre uma possível interferência da China, principal parceiro comercial do Brasil, Damberg afirmou que o país asiático "está tratando com muitos países que negociam acordos de livre-comércio", por isso não vê como um problema: "eliminar barreiras é benéfico para qualquer país".
Atualmente um dos maiores negócios da Suécia no Brasil é o acordo para a venda de 36 caças de combate da empresa sueca Gripen-NG à Força Aérea Brasileira, que prevê a transferência de tecnologia e a produção de vários aviões no Brasil. Um contrato que, como assinalou Damberg, "já foi assinado, mas tem que passar pelo Congresso, portanto só estamos esperando os procedimentos brasileiros". Damberg participou hoje em São Paulo do seminário "Cooperação Industrial Brasil-Suécia", organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e amanhã viaja para Brasília, onde se reunirá com autoridades.

Viúva suspeita de planejar morte de tenente-coronel diz que foi agredida para confessar o crime

Polícia nega e diz que afirmações servem para desviar a atenção das provas

Do R7, Com Tv Record Brasília

 Advogados das duas irmãs acusadas de planejar a morte do tenente-coronel Sergio Murilo Cerqueira acusam a polícia de obter confissões de suas clientes de maneira irregular, sob intensa pressão e ameaças.
Julia Solange Oliveira, advogada da viúva do tenente-coronel, disse que sua cliente foi agredida por policiais na delegacia onde levou tapas na orelha. Ela também afirmou que Cristiana Osório Cerqueira chegou à DP fora de si, chorando muito e em choque pela morte do marido. Ela e o advogado da cunhada do militar assassinado, Rubens Memória, negam que as duas tenham relação com o crime.
Em nota, a Polícia Civil negou as agressões. Para a polícia, a alegação da defesa é somente uma forma de desviar a atenção diante das provas obtidas durante as investigações. As duas irmãs devem responder por homicídio qualificado.
— A versão dos advogados é desconexa das provas colhidas tendo em vista que Cristiana não confessou e Cláudia apenas em parte. Ainda, todos os depoimentos foram presenciados por oficiais superiores do Exército Brasileiro, diz a nota.
O tenente-coronel Cerqueira foi abordado junto com a mulher por quatro pessoas no estacionamento do prédio em que visitavam amigos na Asa Norte, em Brasília (DF) na noite de sexta-feira (15). Enquanto ela foi liberada pelos supostos sequestradores, ele foi colocado no banco de trás do veículo. Seu corpo foi encontrado numa mata numa área afastada de São Sebastião (DF) na madrugada do sábado (16).
Segundo as investigações, a mulher do militar, Cristiana Osório Cerqueira, pagou R$ 15 mil ao filho da ex-empregada para forjar o sequestro e executar o marido. Ela estaria inconformada com a separação e com a pensão de R$ 2 mil que receberia a partir do divórcio e por isso teria planejado o crime para ficar com a pensão do militar, de R$ 10 mil.
A polícia descobriu que o militar foi morto com um revólver que tinha sido dado a ele de presente pelo sogro.

Quatro golfistas representarão o Brasil no Pan 2015

Depois de 112 anos de ausência, esporte retornará aos Jogos Olímpicos no Rio 2016

A Confederação Brasileira de Golfe (CBG) anunciou na última quarta-feira (20) o nome dos atletas que representarão o Brasil nos Jogos Pan-Americanos, em Toronto, no Canadá. O País terá quatro representantes, que será disputado pela primeira vez na competição - o esporte retornará às Olimpíadas em 2016, após 112 anos de ausência.
Representarão o Brasil no masculino Adilson da Silva (RS), atual 284º colocado no ranking mundial profissional, e o amador André Tourinho (RJ), atual 49º colocado no ranking amador mundial. No feminino, conquistaram as vagas Luiza Altmann (SP), melhor brasileira no ranking mundial amador, em 393º lugar, e atual número 1 do Brasil, e Clara Teixeira (RJ), atual campeã brasileira amadora e 2ª do ranking brasileiro. As vagas foram definidas de acordo com os critérios definidos pela organização dos Jogos.
Participarão da disputa do golfe no Pan de Toronto 32 atletas no masculino e 32 no feminino. Estarão em disputa medalhas individuais e também por duplas. O torneio de 72 buracos, sendo 18 por dia, acontecerá de 16 a 19 de julho no Angus Glen Golf Club.
"Temos um time bastante forte e competitivo, que está muito animado para representar o Brasil na estreia do golfe nos Jogos Pan-Americanos", diz Paulo Cezar Pacheco, presidente da Confederação Brasileira de Golfe.
Adilson Silva, 43 anos, único golfista profissional da delegação, estaria classificado para o Rio 2016 se os jogos fossem hoje. Atualmente, ele vive na África do Sul e disputa torneios do Sunshine Tour (circuito profissional sul-africano), do Asian Tour (circuito asiático) e European Tour (circuito europeu). Tourinho, de 25 anos, é outro destaque da delegação: neste ano, foi bronze no Latino-americano Amador e prata no Sul-Americano Amador. É o golfista brasileiro melhor posicionado no ranking amador mundial na história, sendo o primeiro a ter chegado entre os 50 melhores do mundo. Ele faz parte da equipe de golfe da Marinha.
Luiza Altmann, de 17 anos, vive e treina nos EUA e é uma das grandes revelações do golfe nacional. É atualmente a segunda melhor juvenil sul-americana no ranking mundial, e pretende se profissionalizar em 2016. Clara Teixeira, de 21 anos, foi campeã brasileira amadora em 2014 e também já viveu e treinou nos EUA. Faz parte do time de golfe da Força Aérea Brasileira.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Acordos entre China e Brasil têm efeito prático em apenas 4 setores


Dimmi Amora/flávia Foreque

Os acordos assinados entre o Brasil e a China nesta semana têm efeitos práticos nas áreas de aviação, petróleo, mineração e agronegócio. 
Para os demais setores em que houve entendimento entre os países, os acordos ainda precisam percorrer um longo caminho para terem efeitos reais, principalmente o que abre linha de crédito de US$ 53 bilhões para obras de infraestrutura no Brasil.
Em 14 dos 35 acordos, o Brasil conseguiu assegurar recursos chineses para a compra de aviões da Embraer e navios da Vale. E também um compromisso mais firme dos asiáticos de abrir seus mercados para a carne brasileira.
Ainda foram abertas linhas de financiamento para a Petrobras e a Vale fazerem investimentos nos próximos anos que somam US$ 11 bilhões. Com esses acordos, a China garante suprimentos de matéria-prima –alimentos, minério e petróleo– que ela não consegue produzir.
Há um outro grupo de acordos que está mais para o campo das boas intenções. Os chineses estariam dispostos a emprestar US$ 53 bilhões para obras no país. Mas o que foi de fato assinado é um acordo sem valores em que os dois governos se comprometem a criar um comitê para avaliar prioridades em conjunto.
Nesse tipo de acordo, quem empresta exige condições que nem sempre são favoráveis, o que pode levar quem recebe a não pegar o dinheiro.
FERROVIA
Outro acordo pouco crível é o que trata dos primeiros passos para a construção de uma ferrovia ligando o Pacífico ao Atlântico passando por Brasil e Peru.
O que foi assinado é um acordo para que os países estudem, até maio de 2016, a viabilidade do projeto. Depois disso é que se poderá ter a real ideia de quanto custaria e se isso é viável.
Os dois acordos apontam para uma estratégia chinesa de levar seu antigo modelo de desenvolvimento, o investimento pesado em infraestrutura, para outros países.
DE TUDO UM POUCO
Convênios entre Brasil e China vão de incentivo ao badminton à cooperação em astronomia
Esporte
A China quer ajudar a desenvolver a prática de badminton e tênis de mesa no país do futebol. O convênio assinado com o Brasil prevê intercâmbio de atletas
Astronomia
Acordo de colaboração Científica entre o Observatório Nacional (ON) e o Observatório Astronômico de Xangai (SHAO)
Defesa
Ministério da Defesa fez acordo para troca de experiências nas áreas de telecomunicações entre outras
Energia nuclear
A Eletronuclear e as empresas chinesas do setor prometem colaborar entre si para desenvolvimento de tecnologias
Educação
Treinamento de bolsistas do Ciência Sem Fronteiras em tecnologia da informação
Bovespa
Acordo com a Bovespa para desenvolvimento do mercado de capitais
Telefonia
Quatro acordos entre empresas brasileiras e chinesas para a compra de equipamentos e transferência de tecnologia no setor foram assinados.
Energia
Acordo entre a Apex e a empresa BYD para desenvolvimento de painéis solares fotovoltaicos
Sipam
A Odebrecht e empresas chinesas firmaram acordo para um projeto de atualização do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia)
Clima
Declaração conjunta sobre mudanças climáticas dos dois países, sem compromissos práticos e metas 

  
AGÊNCIA CÂMARA


Ministro diz que projetos estratégicos da Defesa não podem sofrer cortes de verbas


O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados que os projetos estratégicos de sua pasta não podem sofrer cortes orçamentários com o contingenciamento que será anunciado nesta sexta-feira (22) pela presidente da República, Dilma Roussef.
O ministro compareceu à comissão como convidado, para explicar as atividades da pasta. Ele ouviu reclamações sobre o baixo salário pago aos militares das Forças Armadas, bem como dúvidas sobre o aumento dos investimentos para a Defesa.
Ele explicou, para uma sala repleta de militares, que o Orçamento da Defesa está previsto em R$ 78 bilhões, sendo que mais da metade é reservada para o custeio de pessoal.
São R$ 25 bilhões de despesas com o pessoal da ativa e R$ 27 bilhões para o pagamento de inativos e pensionistas. Cerca de R$ 22,1 bilhões são os recursos reservados para custeio e treinamento.
Programas
O ministro defende a necessidade de cortes orçamentários na sua pasta para manter os marcos macroeconômicos e retomar o crescimento do País. Mas reafirmou que os cortes não podem atingir projetos estratégicos.
"Por exemplo, você está fazendo um submarino. Isso é um programa de cinco, de 10, de 15 anos. Se eu parar e perder toda a mão de obra qualificada, como é que eu retomo isso? A retomada é muito difícil”, afirmou.
“Quando você tem um programa aéreo-espacial, como é que você vai parar a construção de um satélite? Então, esses projetos, eu tenho certeza de que a Presidência da República e os ministros têm consciência, eu não posso descontinuar, se não vou perder toda a inteligência construída", acrescentou.
Funcionários
O Ministério da Defesa tem 1.366 funcionários entre civis e militares. Nas Forças Armadas, são 342.738 ativos e 148.309 inativos. O deputado Cabo Daciolo (Sem partido-RJ), um dos que pediram a audiência pública, questionou o baixo salário dos militares. Ele explicou que os corpos de bombeiros, que são forças auxiliares, recebem vencimento maior.
"Me preocupa um deputado federal ganhar R$ 33 mil. E eu vou para um coronel, que seja R$ 11 ou R$ 12 mil, é muito pouco. E um soldado que entra pra instituição, hoje ele entra ganhando R$ 580, quando ele entra na atividade fim, pronto, ele ganha R$ 1.200”, exemplificou.
“Na força-auxiliar, que somos nós, bombeiros, o pior salário da nação hoje, no Rio de Janeiro, ele ganha R$ 2.200. A ponto de, em 2013, eu tive 249 oficiais pedindo demissão da função militar. Em 2013, eu tive mais de 250 militares pedindo demissão da defesa nacional por causa da remuneração salarial", ressaltou o parlamentar.
Evasões
Em resposta, Jaques Wagner afirmou que, nos últimos dez anos, houve 1.716 evasões na Marinha, 851 no Exército e 400 na Aeronáutica. Mas, mesmo assim, a carreira militar gera uma disputa média de 20 candidatos por vaga na Academia Militar das Agulhas Negras, e no alistamento militar também há concorrência.
Ele afirmou que, enquanto for ministro, vai brigar para aumentar o soldo. Apesar de reconhecer a baixa remuneração, ele lembrou que a evolução salarial de 2003 para cá foi acima da média do Poder Executivo e ficou acima de 141%. "Nós temos, ao longo dos últimos 12, 13 anos, um aumento, na média, 30% acima da inflação, então isso é recomposição salarial."
O ministro Jaques Wagner explicou que de 2003 para 2015 os investimentos do Ministério da Defesa aumentaram dez vezes. Se o custeio entrar na conta, o aumento nesse período foi de cinco vezes.
Segurança nas Olimpíadas
O ministro da Defesa também foi questionado sobre a segurança do País para as Olimpíadas de 2016 e afirmou que o governo está trocando informações estratégicas com outros órgãos de Defesa de outros países e que a operação das Olimpíadas vai envolver 37 mil militares. Serão destinados R$ 200 milhões para a preparação das Olimpíadas neste ano e, no ano que vem, outros R$ 106,8 milhões.

REVISTA ISTO É DINHEIRO


O Brasil decola para a guerra

A indústria nacional de defesa renasce diante do reaparelhamento das Forças Armadas e empresas como Embraer, Avibras e Helibras investem e conquistam clientes num mercado que movimenta US$ 1,5 trilhão por ano

Rodrigo Caetano

" O Brasil é um país pacífico.” A frase, estampada na primeira página do Livro Branco de Defesa, documento que reúne as estratégias das Forças Armadas brasileiras, é de uma verdade inconteste. Atualmente, 65 nações estão em pleno conflito bélico, em seus próprios territórios ou em terras estrangeiras. O Brasil não é uma delas. O País vive em harmonia com seus vizinhos e, desde a Segunda Guerra Mundial, terminada há exatos 70 anos, não envia tropas para combater além das nossas fronteiras – salvo em missões de paz, como no Haiti.
Isso não impede, no entanto, que a indústria nacional esteja presente, de forma efetiva, em diversas zonas de guerra. Ao contrário, o armamento made in Brazil tem conquistado cada vez mais espaço no trilionário mercado global de defesa, após importantes vitórias de empresas como Embraer, Avibras, Helibras, Imbel e Condor, entre outras. Pouca gente sabe, mas o avião EMB-314 Super Tucano, fabricado pela Embraer no município de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, possui mais de 30 mil horas de combate.
A aeronave destacou-se na famosa operação Fênix, conduzida pela força aérea da Colômbia, nas proximidades da fronteira com o Equador, que resultou na morte de Luis Edgar Devia Silva, codinome Raúl Reyes, o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em 2008. Nessa operação, o “pequeno notável” brasileiro combateu ao lado de jatos A37-Dragonfly, fabricados pela americana Cessna e operados pela CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos. O desempenho do Super Tucano chamou a atenção dos americanos. Tanto que, em 2013, a Embraer venceu uma licitação para fornecer aeronaves leves de reconhecimento para a maior potência militar do mundo.
As primeiras unidades foram entregues em setembro do ano passado e devem ser usadas em missões de combate e treinamento. “Não sei se há, na história, outro caso de um fabricante estrangeiro que vendeu aviões para a força aérea dos EUA”, afirma Jackson Schneider, presidente da Embraer Defesa e Segurança. “Em sua categoria, não existe nada mais moderno do que o Super Tucano.” Vender equipamentos militares aos americanos não é algo corriqueiro para indústria nenhuma no mundo. Os Estados Unidos possuem, de longe, o maior orçamento militar do planeta.
Para se ter uma ideia do tamanho da conta, o mercado global de armamentos movimenta, por ano, algo em torno de US$ 1,5 trilhão. As forças armadas comandadas pelo presidente Barack Obama respondem por metade disso, ou cerca de US$ 750 bilhões. “Se você somar os orçamentos das 10 maiores marinhas do mundo, por exemplo, dará mais ou menos o que gasta a marinha dos Estados Unidos”, afirma Sergio Jardim, diretor da Clarion Events, empresa americana de eventos responsável pela realização da Laad, feira internacional de defesa e segurança, que aconteceu em abril passado, no Rio de Janeiro.
Praticamente 100% desse dinheiro vai para a indústria local de defesa, formada por gigantes como Lockheed Martin, Boeing e Northrop Grummam. Entrar nesse seleto clube de fornecedores é um feito e tanto do Brasil e reforça o crescimento da unidade de defesa da Embraer. Na empresa, de São José dos Campos (SP), essa divisão já representa 20% das receitas. Segundo Schneider, o turboélice está causando furor entre os pilotos americanos. Em tempos de veículos aéreos não tripulados, ele traz de volta aos soldados a emoção do combate real.
O avanço dos armamentos brasileiros no exterior tem como pano de fundo os diversos projetos em curso para reequipar as Forças Armadas do País. Entre eles, estão o Prosub, que vai desenvolver o primeiro submarino nuclear; o Sisgaaz, sistema de monitoramento das águas territoriais; o Sisfron, de supervisão das fronteiras; a compra dos caças Gripen, da sueca Saab; e a renovação da frota de blindados do Exército. A expectativa é de alcançar investimentos públicos superiores a R$ 190 bilhões, até 2028. O ponto de partida para essa nova fase da indústria bélica foi a aprovação da Estratégia Nacional de Defesa, condensada no “livro branco”, em 2008.
“Os investimentos das Forças Armadas ressuscitaram a indústria nacional de defesa”, afirma Sami Hassuani, presidente da Avibras, fabricante de armamentos pesados. “Até porque, para exportar, é preciso, primeiro, vender para o governo. Ninguém compra uma arma que não é utilizada no país de origem do fornecedor.” A Avibras, de São José dos Campos (SP), vendeu recentemente duas baterias do seu sistema de lançamento de mísseis Astros, utilizado pelo Exército, para a Indonésia. O contrato, estimado em mais de R$ 500 milhões, compreende 36 veículos blindados com lançadores de foguetes, suprimentos, munições e softwares.
O negócio reinsere a Avibras no cenário de defesa internacional. Fundada em 1961, a fabricante fornecia armamentos para o Iraque, de Saddam Hussein, na década de 1980. Na época, o líder iraquiano, condenado à morte e enforcado em 2006, ainda vivia em paz com as grandes potências ocidentais. O fundador da companhia brasileira, João Verdi de Carvalho, falecido em 2008 em um acidente de helicóptero, era figura recorrente nos jantares promovidos pelo ditador. Nos anos 1990, Carvalho, assim como todo o Ocidente, mudou de lado e passou a armar o exército da Arábia Saudita e seus aliados, além de frequentar os luxuosos palácios da família real saudita.
A intrincada diplomacia criou um fato inusitado, mas não muito incomum no setor de armamentos. Na Guerra do Kuait, em 1991, o Astros foi utilizado pelos dois lados do conflito. “A indústria de defesa segue a diplomacia do País”, afirma Hassuani. “Sem o governo, não fazemos nada.” Na década de 1990, a infraestrutura das Forças Armadas foi praticamente sucateada. Tanques de guerra velhos, satélites obsoletos, aviões ultrapassados e até falta de munição fizeram parte do dia-a-dia dos militares, muito em função do ressentimento dos primeiros governos civis após 21 anos de ditadura militar (1964 -1985).
“Foi uma década perdida”, afirmou à DINHEIRO um coronel do Exército, que não quis ter seu nome revelado. A definição da estratégia de defesa era uma demanda antiga dos militares. O assunto começou a ser discutido no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o plano foi aprovado no seu segundo mandato. Em 2010, as premissas foram revistas e atualizadas, estabelecendo as bases para os investimentos. “A definição da estratégia de defesa, não só possibilitou o reaparelhamento das Forças Armadas, mas também deixou claro qual é o papel dos militares, que é defender o território brasileiro contra possíveis ameaças”, afirma o Almirante Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde).
“Somos um país pacífico, mas que sabe se defender.” A partir de 2010, o setor bélico deu um salto no Brasil. Existem, atualmente, mais de 400 empresas de defesa nacionais. A maioria é formada por pequenos negócios, focados no desenvolvimento de tecnologias complexas, que operam como satélites em torno dos grandes fornecedores. “Essa indústria tem uma característica muito impactante para a economia: a capacidade de desenvolver tecnologias específicas para o seu negócio, mas que transbordam para outros setores”, afirma Schneider, da Embraer.
“Hoje, a maior parte das grandes inovações tecnológicas do mundo vem da área militar.” Um belo exemplo de como funciona essa cadeia pode ser encontrado no desenvolvimento do KC-390, o avião cargueiro que está sendo desenvolvido pela fabricante de jatos, que já teve 28 unidades compradas pelo governo brasileiro e cuja aquisição vem sendo cogitada por outros países, entre eles Portugal. Além da Embraer, outras 50 fornecedores participam diretamente do projeto. “A nossa pregação da paz não nos faz descuidar da profissionalização e da atualização das nossas Forças Armadas”, afirmou, em discurso na Laad, o ministro da Defesa, Jaques Wagner.
“Por isso, dentro de cada uma das Forças, os projetos estratégicos compõem um quadro de investimentos em que a indústria de defesa transborda para a indústria nacional como um todo.” O atual cenário geopolítico global também está ajudando a indústria nacional de defesa. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, subsiste a ilusão de que os maiores conflitos armados entre as nações ficaram para trás. A Europa acaba de comemorar sete décadas de paz, no maior período da história sem o enfrentamento direto de potências como Alemanha, França, Inglaterra, Itália e Rússia – os conflitos que aconteceram nesse período foram localizados, como os na Bósnia e na Chechênia.
A questão é que essa aparente tranquilidade na relação entre os países contrasta com uma crescente atividade terrorista, diversos conflitos locais e embates entre governos, facções criminosas e grupos separatistas. Dados reunidos pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos e pelo Conselho para Relações Internacionais, entidades internacionais que realizam estudos sobre zonas de guerra, mostram que, hoje, existem 65 países envolvidos em combates, em seus próprios territórios ou não.
Quase a totalidade desses conflitos é caracterizada como “assimétricos”, jargão militar para designar zonas de guerra que opõem exércitos estabelecidos e grupos guerrilheiros ou terroristas – na verdade, só há um conflito em curso, atualmente, que pode ser caracterizado como uma guerra tradicional, entre Rússia e Ucrânia (leia mais na página 36). São os casos, por exemplo, das guerras contra o grupo extremista Estado Islâmico, na Síria e no Iraque, e seu aliado Boko Haram, na Somália. “Esse é o pior tipo de conflito, pois você não sabe quem é o inimigo”, afirma o almirante Pierantoni. Há, atualmente, mais de 600 grupos classificados como terroristas, separatistas ou guerrilheiros.
BONANÇA - Graças a esses conflitos, a indústria bélica vive um momento de bonança. “Havia uma expectativa, há alguns anos, de crescimento nos investimentos em defesa e segurança”, afirma Marwan Lahoud, diretor-geral para a área internacional da francesa Airbus, uma das maiores empresas de defesa do mundo. Segundo Lahoud, que também preside o Conselho das Indústrias de Defesa Francesa (CIDEF), o Brasil entrou no mapa estratégico do setor tanto pelas oportunidades de venda, quanto pela possibilidade de se fazer parcerias com a indústria nacional.
A Airbus controla, no País, a fabricante de helicópteros Helibras. Em 2008, Lula e o então presidente francês, Nicolas Sarkozy, assinaram um contrato para a compra de 50 helicópteros Super Cougar, ou EC-725, da Airbus, preparados para o transporte tático de tropas. A produção das aeronaves começou na França, mas vai prosseguir no Brasil, nas instalações da Helibras. As primeiras unidades foram entregues no ano passado. O valor do contrato é estimado em € 2 bilhões. Trata-se de um modelo de negócio idêntico ao adotado na compra, por cerca de US$ 5,4 bilhões, dos novos caças da Força Aérea Brasileira, do modelo Gripen, fabricados pela sueca Saab, cujas últimas unidades a serem entregues serão montadas pela Embraer, em São José dos Campos.
Além da renovação dos equipamentos, o Brasil terá acesso a conteúdos tecnológicos que vão ajudar a desenvolver a indústria nacional. A Helibras, no caso, é a única fabricante de helicópteros da América Latina. Ainda que tenha capital estrangeiro, é uma empresa nacional. Não são apenas as empresas de alta tecnologia que se aproveitam do atual cenário. A fabricante de armas leves e munições Imbel, empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa, já obtém metade de sua receita por meio de exportações. Nesse campo, concorre com a gaúcha Taurus, cujos revólveres têm grande aceitação nos Estados Unidos.
Há também um mercado crescente para equipamentos não letais, utilizados por forças policiais. Esse setor é puxado pelo grande número de revoltas populares que vêm acontecendo, nos últimos anos, insufladas, principalmente, pela velocidade das comunicações nas redes sociais. Em 2010, por exemplo, uma onda de manifestações deu origem ao movimento denominado Primavera Árabe, que resultou na queda de três chefes de Estado, Zine El Abidine Ben Ali, da Tunísia, Hosni Mubarak, do Egito, e Muammar al-Gaddafi, da Líbia. A agitação popular atingiu também a Argélia, o Bahrein, a Jordânia, o Iêmen, entre outros. Nesses conflitos, a indústria bélica brasileira também esteve presente.
A carioca Condor, fabricante de armas não letais, como bombas de gás lacrimogêneo e armas de choque, é uma das principais fornecedoras desse tipo de armamento no mundo. A empresa, que produz mais de 1 milhão de artefatos por ano, inclusive, esteve no centro de uma polêmica. Em 2012, ativistas pró-democracia no Bahrein denunciaram que uma de suas bombas, usadas pela polícia do país, foi responsável pela morte de um bebê. O Itamaraty chegou a anunciar que iria abrir uma investigação para averiguar possíveis violações das regras de exportação, mas arquivou o caso um ano depois, sem encontrar irregularidades.
Fotos das bombas com a inscrição “made in Brazil” correram as redes sociais. Polêmicas como essa fazem parte do cotidiano das empresas que atuam no setor de defesa. Não é raro crises diplomáticas interferirem nos negócios. A Avibras, por exemplo, sofreu momentos de tensão, recentemente, quando a presidente Dilma Rousseff mandou chamar de volta o embaixador do Brasil na Indonésia, após a execução do carioca Marco Archer Cardoso Moreira, condenado por tráfico de drogas.
O contrato dos indonésios com a fabricante brasileira chegou a ser utilizado como forma de pressionar a presidente a voltar atrás em sua decisão. Segundo Hassuani, no entanto, em nenhum momento a empresa recebeu ameaças de ter a venda cancelada. No final do ano passado, um conflito de agendas quase se transformou em uma crise diplomática. A confusão se deu depois que o vice-premiê russo, Dmitry Rogozin, que fazia uma visita oficial ao Brasil, tentou ser recebido pela Embraer, em São José dos Campos.
Na única data disponível para o russo, os executivos da Embraer com patente suficiente para recebê-lo estavam fora do País. Sem tempo hábil para fazer mudanças na agenda, a empresa cancelou o compromisso. Rogozin, um inimigo declarado dos Estados Unidos, disse ter achado estranha a atitude e chamou a Embraer de “empresa americana”. Os ânimos se acalmaram após uma calorosa recepção feita pelo vice-presidente Michel Temer, em Brasília. Os russos, assim como os americanos, são parceiros comerciais do País e, nos negócios da paz e da guerra, estão de olho no crescimento da indústria bélica brasileira.
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Ditadura nunca mais
O que as Forças Armadas pensam da proposta absurda de “Intervenção Militar Já”, defendida por alguns cidadãos nas manifestações de rua contra o governo Dilma? Ao que tudo indica, a ideia de golpe não encontra ressonância no alto escalão nem nas bases do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, que estão satisfeitas com a montanha de recursos despejada pelo governo nos últimos 12 anos em projetos e custeio dos militares e se contentam com o papel constitucional de defender o território brasileiro.
“Não compactuamos com opiniões extremistas e contrárias à manutenção do Estado democrático de direito”, afirmou o tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, comandante da Aeronáutica, à DINHEIRO. Em nota, o Exército disse que não opina sobre questões políticas e apenas acompanha o desenvolvimento da conjuntura nacional, com o objetivo de manter seus níveis operacionais. “O Exército Brasileiro é uma instituição nacional permanente e regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, sob autoridade do Presidente da República, que pauta suas ações na Constituição Federal”, diz o texto, enviado pelo centro de comunicação social da instituição .
Procurada, a Marinha não se manifestou. A presidente Dilma Rousseff, uma ex-guerrilheira de esquerda que foi torturada durante os anos de chumbo, hoje é a comandante em chefe dos militares e manteve os investimentos elevados dos tempos de Lula, apesar dos cortes do ajuste fiscal. Seu discurso é de paz. “O Exército de hoje tem a confiança dos brasileiros”, afirmou a presidente, durante as comemorações pelo dia do Exército, em abril. “Pronto a servir à nossa sociedade, com braço forte e mão amiga, e capaz de contribuir para missões de paz nos quatro cantos do mundo, o Exército Brasileiro executa com profissionalismo e seriedade, nos limites de suas funções constitucionais, sua missão precípua de defender a pátria.”
Os militares da ativa, que já não enxergam o “inimigo comunista” do passado, estão mais preocupados em cumprir suas missões do que participar de discussões ideológicas. “Todas as manifestações a favor de uma intervenção militar no País partem de civis ou de militares da reserva”, afirma o almirante Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde). “Ninguém nas Forças Armadas quer se meter com política.”
Colaborou: Denize Bacoccina
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Eu sou absolutamente a favor do desarmamento. Mas todo mundo junto, ao mesmo tempo” Jackson Schneider, presidente da Embraer Defesa e Segurança, conversou com a DINHEIRO sobre o renascimento da indústria, a relação com o governo e a ética no setor de defesa
A indústria nacional de defesa está renascendo?
Sim. Nosso setor está renascendo e com boas bases. Ele está estruturado, com projetos específicos, em cada uma das forças, e isso está sendo trabalhado como um projeto de longo prazo. Essa indústria tem uma característica muito impactante para a economia: a capacidade de desenvolver tecnologias específicas para o seu negócio, mas que “transbordam” para outros setores. A maior parte das grandes inovações tecnológicas do mundo, hoje, vem da área militar.
A Embraer afirmou, recentemente, que há atrasos no pagamento de alguns projetos militares. Como está a relação com o governo?
O governo tem sido um excepcional parceiro. O renascimento da indústria de defesa é fruto de uma política bem desenhada. Não seria justo fazer uma reclamação. Existe, sim, atualmente, uma conversa sobre orçamento. Mas tenho certeza de que os principais projetos estratégicos serão mantidos. E saúdo o trabalho do ministro da Defesa, Jaques Wagner, que tem sido um grande incentivador da indústria nacional.
Na indústria de defesa, é preciso escolher de que lado a empresa vai ficar?
O meu lado é o do governo brasileiro. Esse é o meu alinhamento incondicional. Depois, construo o processo de definição de produtos de acordo com a demanda.
Quando a Embraer faz uma venda, o sr. pensa no uso que será feito do avião? Afinal, estamos falando de equipamentos usados em combates.
Sou absolutamente a favor do desarmamento. Mas todo mundo junto, ao mesmo tempo. A Embraer tem uma regra: não faz armamentos que explodam. Independentemen­te disso, sabemos que nosso avião é uma plataforma para o uso desses artefatos. Gostaria que ninguém usasse armas. Só não acho justo deixar o Brasil sem essa indústria e sem a capacidade de ter soberania no processo de buscar soluções para seus problemas.

JORNAL ESTADO DE MINAS


Forças Armadas têm consciência que seu partido é a Constituição, diz Wagner


Brasília, 20 - O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou que existe um sentimento de "consciência" nas Forças Armadas em relação à defesa da Constituição, numa referência ao apelo de intervenção militar feito por alguns setores da sociedade. "Acho que há o sentimento de que o partido político das Forças Armadas é a Constituição brasileira", disse.
O ministro participa nesta quarta-feira, 20, de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, onde foi questionado sobre o tema. A afirmação do ministro foi uma resposta à presença de grupos isolados de manifestantes contra o governo defendendo "intervenção militar constitucional", como ocorreu no ato realizado em Brasília no dia 12 de abril. Os intervencionistas se revezaram no alto-falante de um carro de som, durante o ato, afirmando que o artigo 142 da Constituição de 1988 permitia a ação militar.
O artigo 142, contudo, define que as Forças Armadas deverão ser formadas por Marinha, Exército e Aeronáutica "sob a autoridade suprema do Presidente da República" e que o papel constitucional é a "defesa da Pátria e a garantia dos poderes constitucionais". O restante do artigo trata de temas administrativos das Forças Armadas e das regras que os militares devem obedecer - entre elas a proibição à filiação partidária enquanto estiverem na ativa. "Hoje há uma consciência absoluta de que as Forças são a reserva principal da Constituição. Sou seguro quanto a isso", afirmou Wagner.
Terrorismo
O ministro disse que não é especialista em terrorismo, mas avalia que talvez não seja o caso de o Brasil criar uma legislação sobre o tema. Segundo ele, o País precisa adotar tecnologias mais avançadas para acompanhar eventuais grupos terroristas que possam atuar no Brasil.
Wagner afirmou que medidas têm sido tomadas para evitar atos durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. "Nós não temos efetivamente essa tradição, mas estamos trocando informações com todos os bancos de informação especificamente sobre terrorismo, porque todo o mundo está olhando para cá", afirmou. "Posso garantir que todo o processo de credenciamento não será feito apenas pelos órgãos de organização civil e esportiva."

Drone espacial da Força Aérea dos EUA parte em nova missão


A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que enviou sua pequena nave espacial automática para um quarto voo experimental. Em seu último voo, o pequeno aparato X37-B (cerca de nove metros de comprimento, 4,5 m de envergadura) permaneceu 674 dias em órbita, retornando à Terra e aterrissando como um avião, de maneira completamente autônoma.
A Força Aérea nunca deu muitos detalhes sobre as missões da nave espacial, alimentando rumores sobre sua utilização presente e futura.
Especialistas especulam que, portanto, o drone pode estar sendo usado como um avião espião, com a perspectiva de transformá-lo no futuro em um "bombardeiro espacial" capaz de entrar no espaço e voltar a atacar em terra.
A Força Aérea sustenta que a atual missão tem por objetivo continuar sua proposta inicial, testar novos materiais para a Nasa e um novo sistema de propulsão no espaço - com base na ionização de um gás nobre, o xênon.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Wagner diz que Defesa gastará mais de R$ 400 milhões com a Olimpíada


Nivaldo Souza

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta quarta-feira que as Forças Armadas empregarão 37 mil militares durante os Jogos Olímpicos do Rio. Ele detalhou os investimentos do ministério na Olimpíada de 2016, que recebe neste ano R$ 200 milhões e, no ano que vem, mais R$ 106,8 milhões. Ele afirmou que o Brasil já gastou mais de R$ 100 milhões desde a escolha do Rio para sediar a Olimpíada.
O ministro participa nesta quarta-feira, de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, onde disse que o brasileiro ainda não entende o motivo de investimentos em defesa militar em tempos de paz. "O Brasil precisa entender por que gastamos com defesa", disse.
Ele destacou a importância das Forças Armadas para realizar obras em áreas isoladas nas quais a iniciativa privada não entra e para proteger as reservas naturais do País. "Pagamos o seguro do carro doidos para não bater o carro, mas para usar se for necessário. Nós gastamos com defesa doidos para não precisar usar", comparou.

Governo vai gastar R$ 406 milhões na segurança

Valor do investimento na área relacionado aos Jogos do Rio foi revelado pelo ministro da Defesa, Jacques Wagner

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse ontem que as Forças Armadas empregarão 37 mil militares durante os Jogos Olímpicos do Rio. Ele detalhou os investimentos do ministério na Olimpíada de 2016, que recebe neste ano R$ 200 milhões e, no ano que vem, mais R$ 106,8 milhões. Wagner afirmou que o Brasil já gastou mais de R$ 100 milhões desde a escolha do Rio para sediar a Olimpíada.
Na semana passada,autoridades do Rio de Janeiro definiram que as forças públicas serão responsáveis para garantir a segurança da maioria dos torcedores que irão aos Jogos. Inicialmente, isso seria atribuição do Comitê Rio-2016, mas o poder público assumiu parte significativa da missão e a estimativa é de que protejam cerca de 860 mil pessoas durante o evento. Ficou acertado que haverá agentes em 41% das instalações olímpicas.
Eles farão o controle dos locais de competição, centros de treinamento,além da Vila Olímpica e da Vila dos Árbitros. Os estádios que receberão jogos de futebol nas seis sedes não entram nesse pacote. Neles, a segurança será privada.
Embora o número de instalações a cargo do governo represente apenas 41% do total, a expectativa é que comporte 82% do contingente de serviço, isso
porque engloba os principais locais do evento.
Os demais 59% seguem sob responsabilidade do Rio-2016 e são compostos, por exemplo, pela sede da entidade, depósitos, entre outros locais, que terão segurança privada. Na ocasião do acordo,o secretário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, revelou também que de seis agentes de segurança pública do Rio foram a Boston, nos Estados Unidos, para trocar experiências sobre prevenção de atentados. Em 2013, a cidade foi alvo da ação de terroristas durante uma maratona.

JORNAL DIÁRIO DE PERNAMBUCO


Aeronáutica abre inscrições de concurso com 180 vagas para cadetes

As chances são apenas para homens com idade entre 14 e 19 anos (até o último dia do ano da matrícula no curso) e com nível fundamental de formação escolar

Começam ontem as inscrições do concurso com 180 vagas para cadetes do ar, abertas pelo Departamento de Ensino da Aeronáutica. As chances, porém, são apenas para homens, que tenham entre 14 e 19 anos de idade (até o último dia do ano da matrícula no curso), e com nível fundamental de formação escolar.
As inscrições podem ser feitas até 11 de junho, pelo site das Forças Aérea Brasileira (FAB). A taxa custa R$ 60.
As provas escritas serão aplicadas no dia 2 de agosto e vão abordar as disciplinas de português, matemática e inglês, além de redação. Os exames serão aplicados em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Barbacena/MG, Belém, Recife, Natal, Curitiba, Porto Alegre, Manaus, Boa Vista, Porto Velho e Pirassununga/SP. Haverá também testes físicos, psicológicos e de saúde.
O curso de formação vai começar em 2016 e será ministrado por três anos na cidade de Barbacena, em Minas Gerais. A disciplinas são correspondentes ao ensino médio escolar. O Aluno do CPCAR é militar da ativa com precedência hierárquica prevista no Estatuto dos Militares.
Segundo o edital de abertura, os alunos que concluírem o curso e passarem na inspeção de saúde, teste de avaliação do condicionamento físico e teste de aptidão para a pilotagem militar, poderão concorrer ao número de vagas previsto à matrícula no primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores da Academia da Força Aérea.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL REVISTA INFO


Problema em software teria causado queda de avião da Airbus na Espanha

Gabriel Garcia, da INFO

A Airbus divulgou nesta terça-feira (19) um alerta pedindo que o software de todas as aeronaves A400M sejam atualizados, após uma falha no sistema do avião ter causado um acidente fatal no começo do mês.
O alerta da fabricante francesa acontece dias após a queda de um recém-fabricado A400M, em um voo teste em Sevilha. No acidente, qual quatro militares da Força Aérea espanhola morreram e outros dois se feriram.
A aeronave deveria ter sido entregue para o governo da Turquia. As Forças Armadas do Reino Unido e da Alemanha, que também compraram o avião, desistiram de voar com a aeronave até que novos esclarecimentos sobre o caso sejam prestados. A França, porém, continua a usar o A400M.
Segundo uma reportagem da revista alemã Der Spiegel, um problema no software do avião causou uma pane nas unidades de controle de três das quatro turbinas o avião, fazendo com que elas parassem de funcionar imediatamente após a decolagem.
O ministério de Defesa da Espanha diz que está investigando o acidente, mas não divulgou detalhes sobre o caso. Os dados da caixa preta da aeronave também foram classificados como confidenciais pelo governo espanhol.
Após uma investigação interna sobre a segurança da A400M, a Airbus pediu que os donos da aeronave façam testes específicos das unidades de controle antes de cada voo, além de atualizar o software do avião. "É uma precaução que é parte de nossas atividades", diz a nota.
O Airbus A400M é considerado o maior projeto de defesa desenvolvido na Europa atualmente, custando 20 bilhões de euros (67 bilhões de reais). Ele foi desenvolvido pela OTAN para substituir os antigos cargueiros militares do continente.
Desde seu início, o projeto teve uma série de problemas. Questões técnicas com o reabastecimento, carregamento de cargas e outras operações causaram o atraso na entrega da aeronave. A Airbus vendeu 174 A400M, mas apenas 12 estão em funcionamento.

PORTAL CENÁRIO (MT)


FBI investiga pesquisador que diz ter acessado sistemas de voos nos EUA

Associated Press
Um pesquisador em segurança disse a agentes federais do FBI que, em várias ocasiões, conseguiu acessar ilegalmente sistemas de aeronaves em pleno voo através dos sistemas de entretenimento das aeronaves, e que em uma determinada vez foi capaz de fazer com que o avião se movesse a um lado. Suas delcarações estão sendo investigadas.
O pesquisador, Chris Roberts, foi interrogado ao chegar no aeroporto de Syracuse, em Nova York, no dia 15 de abril. Ele havia insinuado em sua conta no Twitter, durante um voo da United Airlines procedente de Chicago, que poderia fazer com que as máscaras de oxigênio caíssem ou poderia interferir nos sistemas de alerta da cabine de pilotos, segundo documentos que pedem uma ordem de revisão do laptop e outros dispositivos eletrônicos de Roberts.
Roberts é fundador da One World Labs, empresa que pesquisa riscos de segurança. Em fevereiro e março, ele se reuniu com agentes do FBI para falar sobre vulnerabilidades nos sistemas de entretenimento a bordo de certas aeronaves, destaca o documento com sua declaração jurada. Durante as reuniões, afirmou que comprometeu sistemas de 15 a 20 vezes entre 2011 e 2014, usando um cabo para conectar seu laptop a uma caixa eletrônica localizada atrás dos assentos dos passageiros, indica o documento.
“Ele declarou que desse modo ocasionou que um dos motores do avião aumentasse sua potência, provocando um movimento lateral da aeronave durante um desses voos”, afirma a declaração jurada.
A United joga dúvidas sobre suas declarações. "Estamos confiantes de que nossos sistemas de controle de voo não podem ser acessados pelas técnicas que ele descreveu", disse o porta-voz da United Airlines, Rahsaan Johnson, à agência Associated Press. Em comunicado, um representante da Boeing disse que os sistemas de entretenimento das companhias aéreas são isolados dos sistemas de navegação e de voo.
Por outro lado, especialistas em segurança e do governo dos Estados Unidos dizem que tais ameaças cibernéticas são reais, dado que as aeronaves estão cada vez mais conectadas à internet.
Roberts se recusou a fazer comentários nesta segunda-feira (18), quando foi contatado em seu escritório em Denver, Colorado. Em um comunicado emitido por seus advogados, disse que seu “único interesse é melhorar a segurança dos aviões”. “Dada a atual situação, me foi aconselhado a não falar mais”, diz o comunicado.
Um relatório da Controladoria do Congresso dos EUA disse no mês passado que algumas aeronaves comerciais podem estar vulneráveis a hackers através de suas redes sem fio a bordo.
“As aeronaves modernas estão cada vez mais conectadas à internet. Esta interconectividade pode proporcionar potencialmente acesso remoto não autorizado a sistemas eletrônicos de aviação nas aeronaves”, afirma o documento.

PORTAL BRASIL 247


Corte no orçamento "é essencial", diz Wagner

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, avalia que o corte de orçamento proposto pelo governo, cujo valor será entre R$ 70 e R$ 80 bilhões, é importante para que o País retome seu crescimento econômico; "Estamos em vias de receber o volume de contingenciamento que será feito pelo governo, o que é essencial para a gente retomar a linha de crescimento. Algum ajuste é preciso ser feito porque não podemos perder aquilo que conseguimos, que são os padrões macroeconômicos"
Bahia 247 - O ministro da Defesa, Jaques Wagner, avalia que o corte de orçamento proposto pelo governo para acontecer nesta semana, cujo valor será entre R$ 70 e R$ 80 bilhões, é importante para que o País retome seu crescimento econômico.
"Estamos em vias de receber o volume de contingenciamento que será feito pelo governo, o que é essencial para a gente retomar a linha de crescimento. Algum ajuste é preciso ser feito porque não podemos perder aquilo que conseguimos, que são os padrões macroeconômicos".
Wagner ressalta que a Defesa tem o sétimo maior orçamento da União, descontado os gastos com pessoal, e que os cortes no orçamento têm sido discutidos "em todas as reuniões" da cúpula do governo.
O ex-governador da Bahia participou hoje (20) de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, onde discute a revisão da política de defesa.
"O senso comum é de que não precisamos investir em defesa por não termos o condão imperialista", disse Jaques Wagner.

BLOG MONTEDO.COM


Militares tiveram aumento médio de 30 % acima da inflação, diz ministro

Os projetos estratégicos não serão interrompidos, assegura Wagner
Em entrevista nesta quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, informou que negociará até o ultimo momento com a Presidência da República melhores condições de contingenciamento do orçamento para a sua Pasta. Wagner explicou que as conversas envolvem também a equipe econômica (Ministérios da Fazenda e Planejamento) e a Casa Civil. O ministro argumentou que o objetivo é que não haja descontinuidade dos programas considerados estratégicos para as Forças Armadas.
Jaques Wagner esteve na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDEN) onde participou de audiência pública sobre as ações da pasta e das Forças Armadas. Durante quase quatro horas, Wagner falou sobre projetos estratégicos, importância militar para o país, salários e orçamento, entre outros temas. Ao deixar o plenário da comissão, o ministro conversou com os jornalistas.
“Os nossos projetos estratégicos não podem sofrer descontinuidade. Podem até sofrer, vamos dizer assim, uma velocidade um pouco menor por conta do que a gente está atravessando, e eu reconheço a necessidade do ajuste. Agora não podemos descontinuar nenhum programa desses que são estratégicos na Defesa, seja da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, porque para você colocar em pé um projeto desse demora, mas para você descontinuar e acabar com ele é rápido”, afirmou.
Por sua vez, o ministro Wagner reconheceu que essa situação não é exclusiva do Brasil. Ele lembrou que recentemente, em viagem oficial à França, conversou com o ministro da Defesa daquele país, Jean Jean-Yves Le Drian, quando recebeu o seguinte comentário do colega: “olha, os projetos nossos, são projetos de 10, 20 anos, então você faz uma decisão, às vezes muda o governo, tem outra compreensão ou você tem um momento de maior perda da economia, então você preserva e eventualmente, sem acelerar”, reproduziu.
Em seguida, o ministro Jaques Wagner emendou: “Então, é esse o trabalho que eu estou fazendo. Eu ainda não tenho conhecimento definitivo dos números. Isso deverá ser passado para cada ministro, entre hoje e amanhã, na sexta-feira (22) vem a público. Ai a partir daí é que nós vamos trabalhar. Mas eu ainda estou trabalhando defendendo o orçamento do Ministério da Defesa”.
A seguir trechos da entrevista do ministro Jaques Wagner:
Repórter – Quais são os projetos que não podem ser descontinuados?
Ministro – Os projetos estratégicos, por exemplo, você tá fazendo um submarino, esse é um programa de 5, 10, 15 anos. Se eu parar e perder toda a mão de obra qualificada, como é que eu retomo isso? A retomada é muito difícil. E quando você tem, por exemplo, um programa aeroespacial, como é que você para a construção de um satélite? Então, esses projetos, eu tenho certeza que a Presidência da República e os ministros responsáveis pelas finanças, têm consciência. Esses projetos não podem ser parados. É diferente de um projeto pontual. Você vai fazer uma, duas, três pontes. Você fez uma, não tem dinheiro para segunda, você não faz. Aquilo não é um projeto que está multiplicado. É um projeto único, de longo curso. Os projetos na área de defesa, a tomada de decisão, muitas vezes levam 6, 7, 8 anos, e a concretização, por exemplo, o projeto de submarino nosso vai até 2025. Então, um subprojeto desse, repito, se eu tenho uma dificuldade, eu posso ter uma repactuação nos contratados para fazer em uma velocidade menor, mas não posso descontinuar porque senão vou perder toda inteligência construída.
Repórter – Sucateamento das Forças Armadas, os baixos salários, como o senhor pretende resolver na sua gestão esses problemas?
Ministro
– Essa constatação não é de hoje. O fato é o seguinte. O Brasil é um país que não tem problemas no ponto de vista bélico, propriamente. Então, às vezes, não há uma consciência das pessoas que a 7ª, 8ª economia do mundo com esse patrimônio natural que nós temos no mar, na terra da Amazônia, que ela precise ter Forças Armadas bem qualificadas. Esse sentimento que é muito simplório para responder o que corresponde a 7ª economia do mundo, fez com que, ao longo do tempo, fosse deixando muita coisa sucatear. Mas eu posso garantir que hoje, disse isso aos parlamentares, estamos num processo de recuperação, seja de qualificação, seja da questão salarial que teve reajuste, inclusive acima de outros segmentos do executivo, seja na questão do equipamento. Se você perguntar para qualquer membro das Forças, seja Marinha, Exército ou Aeronáutica, nenhum deles vai dizer que está satisfeito. E não estão porque tem um horizonte de chegar mais longe, mas todos eles reconhecem que, ninguém sonhava em ter um submarino de propulsão nuclear, ninguém sonhava em ter um caça compartilhado de tecnologia sueca e brasileira. E eles são realidade. Então, o que eu digo é o seguinte, a dor do contingenciamento, pela necessidade de continuar crescendo, não vai impactar no sentindo de interromper isso. Nós estamos em um processo claro de reequipamento das Forças, mas eu insisto, talvez, se fossemos um país que vivêssemos em guerra, eu não precisava explicar para o público ou para Câmara que eu preciso de um orçamento maior. Mas como você é um país que não tem essas ameaças, às vezes as pessoas perguntam “ué, não é melhor investir em educação?”. Eu digo: quem tem o patrimônio que nós temos tem que ter o poder de dissuasão, senão a gente acaba perdendo a capacidade.
Repórter – E com relação aos baixos salários?
Ministro
– É isso que eu lhe disse. Eles estão sendo recompostos e eles sabem que estão sendo recompostos. Nós temos, ao longo dos últimos 13 anos, 12 anos, um aumento médio de 30% acima da inflação, então isso é recomposição salarial, mas é claro, eu digo sempre, a vida inteira e hoje eu vivo de salário. Salário de ministro e de operário que era. Nenhum salário é bom. O salário todo que a gente ganha, a gente quer ganhar melhor e eu acho que é legitimo essa demanda dos militares. Eu estou aqui para trabalhar por ela e pela qualificação deles e pelo reequipamento das Forças.
Repórter – E quanto a necessidade de atualização da Estratégia e Política Nacional de Defesa?
Ministro
– Isso é, eu diria, quase que uma coisa corriqueira. Desde que nós resolvemos criar o Ministério da Defesa, aderindo ao que há de mais moderno no conceito de defesa nacional, depois nós criamos os documentos básicos da Defesa, o Livro Branco, a Estratégia Nacional e a Política Nacional de Defesa. E já está previsto, que de 4 em 4 anos, essa revisão tem que ser feita. Estamos em curso dessa revisão, que eu chamei de atualização e a dinâmica da tecnologia é muito grande. Por isso, é sempre importante você está revisitando o cenário geopolítico e atualizando sua estratégia.

BLOG MONTEDO.COM


Tesourada! União corta 50% do orçamento da Defesa

União reduz pela metade gastos com Política Nacional de Defesa
Marina Dutra
O ajuste fiscal atingiu em cheio os repasses para a Política Nacional de Defesa (PND), programa coordenado pelo Ministério da Defesa que engloba as ações destinadas à defesa nacional. Até o fim de abril, apenas R$ 2,2 bilhões foram destinados às iniciativas da PND, valor que corresponde a 12% do orçamento autorizado para o programa durante todo o exercício – R$ 18 bilhões. A quantia repassada ao Ministério da Defesa para a gestão do PND é inferior em mais de 50% ao transferido para o órgão até o mês quatro de 2014. No exercício passado, R$ 4,7 bilhões já haviam sido aplicado nas iniciativas do programa. Voltada essencialmente para ameaças externas, a Política Nacional de Defesa estabelece objetivos e orientações para o preparo e o emprego dos setores militar e civil em todas as esferas do Poder, em prol da defesa nacional.
Questionado sobre a queda nas aplicações, o Ministério da Defesa não respondeu a solicitação do Contas Abertas. No entanto, o impacto do corte pode ser notado na execução orçamentária de várias ações.
O Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), por exemplo, recebeu até abril apenas 2% (R$ 32,4 milhões) do valor autorizado para a iniciativa no Orçamento – R$ 1,7 bilhão. O restante do recursos repassados ao SISCEAB (R$ 296,1 milhões) corresponde a quitação de despesas de exercícios passados (restos a pagar). O atraso nos pagamentos à iniciativa compromete a circulação segura do tráfego aéreo civil e militar no espaço aéreo brasileiro, pois a iniciativa tem como objetivo a ampliação da capacidade de defesa aérea, o controle do espaço e a segurança do voo. Outra iniciativa cujos repasses estão praticamente parados é a que prevê a implantação de estaleiro e base naval para construção e manutenção de submarinos convencionais e nucleares. Dos R$ 1,1 bilhão autorizados pela Lei Orçamentária para a ação, apenas 8% foram desembolsados até abril (R$ 89 milhões). O valor inclui os restos a pagar pagos. No ano passado, R$ 776,4 milhões já haviam sido aplicados na iniciativa no mesmo período.
As ações de aquisição e desenvolvimento do Cargueiro Tático de 10 a 20 toneladas, em sua versão de reabastecedor aéreo (Projeto KC-X), também foram prejudicadas pelos cortes. A iniciativa recebeu até abril R$ 114 milhões, valor que corresponde a 7% dos R$ 1,6 bilhão liberados para o projeto. No mesmo período do ano passado, R$ 260,5 milhões já haviam sido repassados. Na versão civil, o cargueiro destina-se ao atendimento da necessidade de transporte de carga das empresas aéreas comerciais nacionais e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) na reformulação da Rede Postal Noturna (RPN).
Os R$ 1 bilhão autorizados no Orçamento de 2015 para a aquisição de 36 aeronaves de caça com armamentos, simuladores de voo e outros serviços de integração de sistemas nem chegaram a ser empenhados (comprometidos para pagamento posterior). Os recursos têm como finalidade a manutenção da capacidade da Força Aérea Brasileira de realizar suas missões constitucionais de defesa do espaço aéreo nacional.
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Investimentos
Considerados apenas os investimentos, o Ministério da Defesa foi o mais afetado pelas retrações que atingiram 23 órgãos. A Pasta aplicou R$ 2,8 bilhões a menos no primeiro quadrimeste deste ano, em relação ao mesmo período de 2014. As aplicações passaram de R$ 4,4 bilhões para R$ 1,6 bilhão.
O órgão afirmou que o atraso na aprovação do orçamento teve impacto na redução dos investimentos, mas não respondeu se o corte atrapalhou o andamento das ações do Ministério.

GAZETA RUSSA


Ka-52 é ideal para a América Latina, garante fabricante

Helicóptero de ataque pode ser útil no combate ao tráfico de drogas e em operações contra as milícias.
Tatiana Russakova
O mais recente helicóptero de ataque da holding ‘Helicópteros da Rússia’, o Ka-52 Alligator, foi apresentado no Salão Internacional de Tecnologia para Defesa e Prevenção de Desastres Naturais (Sitdef), inaugurado na semana passada no Peru.
“O Ka-52 Alligator preenche todos os requisitos e características necessárias para usuários da América Latina. Serve perfeitamente para uso em terreno montanhoso e pode ser extremamente útil em operações contra as milícias e na luta contra o tráfico de drogas”, declarou a assessoria de imprensa da holding russa em nota oficial.
O modelo foi planejado para destruir tanques, equipamento militar blindado e não blindado, alvos aéreos de baixa velocidade e tropas inimigas na vanguarda da defesa e em profundidade tática, para fins de reconhecimento, de distribuição do alvo e indicação de alvos em helicópteros interativos e postos de comando das forças terrestres.
Além do Ka-52, os fabricantes russos apresentaram no Peru o helicóptero multiúso Ka-32A11BC, o promissor multifuncional Mi-171A2 e o maior helicóptero do mundo, o Mi-26.
O Ka-32A11BC é usado para combater incêndios naturais e provocados pelo homem, em trabalhos de construção e como transporte de cargas no Peru, na Colômbia, no Brasil e no Chile. Além disso, o modelo tem os melhores indicadores de capacidade de içamento de carga da sua classe e excelente manobrabilidade.
O Sitdef acontece anualmente desde 2007 em Lima, capital do Peru, e cada edição do evento atrai cerca de 40.000 visitantes de mais de 30 países.
Peru contra o crime
Em novembro do ano passado, a ‘Helicópteros da Rússia’ começou a abastecer o Ministério da Defesa do Peru com um novo lote de 24 helicópteros militares de transporte Mi-171SH, conforme contrato estabelecido com a Rosoboronexport.
Além dos helicópteros, os peruanos estão recebendo também tecnologia aeronáutica destinada a garantir a operabilidade dos veículos adquiridos, incluindo equipamento para o centro de manutenção e um simulador para treinamento de pilotos.
O Mi-171SH ajudará a manter contato com as províncias localizadas na Bacia Amazônica e nos Andes, além de ser útil em operações militares nos vales dos rios Apurímac, Ene e Mantaro para combate ao tráfico de droga, grupos terroristas e organizações envolvidas com mineração ilegal.



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