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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 26/03/2015

Ministro conhece organizações militares da FAB no Norte ...




Jaques Wagner participou da solenidade de entrega dos helicópteros AH-2 Sabre e inauguração de destacamento da aeronáutica ...



O ministro da Defesa, Jaques Wagner, esteve nas cidades de Porto Velho (RO) e Eirunepé (AM) para conhecer o trabalho de algumas organizações militares da Força Aérea Brasileira (FAB) sediadas na região norte do País. Na Base Aérea de Porto Velho (BAPV), acompanhado do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, Jaques Wagner participou da cerimônia de entrega da frota completa das aeronaves AH-2 Sabre para a FAB ...



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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



PORTAL G-1


Ministro da Defesa visita Iperó para conhecer projeto de reator nuclear

"Alma" dos submarinos nucleares está no interior de SP, diz Jaques Wagner. Ministro conheceu a estrutura do Centro Experimental da Marinha.

Jomar Bellini Do G1 Sorocaba E Jundiaí

O ministro da Defesa Jaques Wagner visitou o Centro Experimental de Aramar nesta quarta-feira (25), em Iperó (SP). Esta foi a primeira visita do ministro na base do Programa Nuclear da Marinha na cidade, que abriga um centro de estudos e produção de um reator nuclear com enriquecimento de urânio.
Aramar faz parte do projeto para a produção de submarinos a propulsão nuclear nacionais. De acordo com o ministro, o país já domina o enriquecimento de urânio. Agora, em Iperó, são feitas pesquisas e estudos que vão permitir a produção de combustível nuclear em escala industrial no país. “As carcaças são produzidas em Itaguaí (RJ) em parceria com franceses, mas a "alma"do submarino, que é a propulsão nuclear, está aqui em Iperó. São dois projetos que se somam.”
Wagner faz visitas para conhecer pontos considerados importantes para a estratégia de defesa nacional do Governo Federal. Após uma palestra fechada com representantes do centro para detalhar os atuais projetos, ele conheceu a estrutura do local. “É uma luta com mais de 30 anos, motivo de orgulho para os brasileiros”, comentou o ministro ao afirmar que saiu “super empolgado” de Iperó.
O ministro da Defesa afirmou que, apesar de o Brasil não ser um país que recebe ameaças de guerra, é preciso estar preparado. “As pessoas não tem dimensão do que significa pensar na paz. Se você quer a paz, é preciso pensar na guerra. O foco é defesa, mas a preparação de mão de obra transborda para a indústria, que também será beneficiada com a produção nacional. Nós entramos em um clube restrito de pelo menos sete países que dominam todo o ciclo nuclear”, declarou.
Aramar
O diretor de Aramar, o contra-almirante Andre Luis Ferreira Marques, explicou que a cidade de Iperó foi escolhida pela proximidade com os polos industriais de São Paulo e Sorocaba, além da existência de uma linha de energia direta com a usina de Itaipu (necessária para a segurança do reator nuclear), o que também leva em conta questões de segurança e proteção ambiental.
De acordo com Marques, R$ 3,5 bilhões já foram investidos no centro de pesquisa desde a sua criação – há 30 anos – nos projetos de domínio do ciclo do combustível nuclear e construção do Laboratório de Geração Núcleoelétrica (Labgene). “Mais R$ 500 mil serão usados para terminar as atividades até 2017 e iniciar o funcionamento do Labgene em 2018”, ressalta.
Além do centro de pesquisa, Aramar também possui programas para a produção de energia, como a criação de carros elétricos. “Também vamos construir um reator multipropósito para a produção de radiofarmacos, para o Ministério da Saúde”, concluiu Marques.
PORTAL BRASIL


Herói da 2ª Guerra relembra campanha do Brasil na Itália

Força Aérea Brasileira participou da guerra com as potências aliadas para lutar contra o nazifacismo

Especialista em aviões hoje com 92 anos, o Major João Rodrigues Filho ingressou na Escola de Especialistas aos 18 anos. Formou-se Terceiro Sargento com 19 e já no mês seguinte estava viajando para a campanha brasileira na Segunda Guerra Mundial. 
Mecânico do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1° GAVCA), ele e outros 120 especialistas foram fundamentais para a campanha de sucesso do Brasil ao lado dos aliados na Segunda Guerra Mundial.
A Força Aérea Brasileira participou da guerra com as potências aliadas para lutar contra o nazifacismo. O Primeiro Grupo de Aviação de Caça, subordinado ao 350° Fighter Group da Força Aérea Americana, levou 25 aeronaves de caça P-47 Thunderbolt para a Itália. Segundo o militar, o avião era uma "máquina".
“O P-47 era um avião fantástico. Era um avião extremamente forte. A aeronave decolava com duas bombas de 500 libras nas asas e uma embaixo do trem de pouso, além de oito metralhadoras com 500 tiros cada uma.”
Major João conta que o esquadrão atingia regularmente um feito operacional: mais de 90% de disponibilidade das aeronaves nos céus, ou seja, os especialistas sempre deixavam a grande maioria dos aviões em condições de voar. “A importância desses militares para a guerra foi manter os aviões disponíveis. Na aeronave de caça só quem voa é o piloto, então nós não voávamos, mas deixávamos o avião pronto para decolar”, afirmou.
O trabalho apresentou resultados. No último mês de guerra, um relatório do 350° Fighter Group demonstrou a importância do esquadrão brasileiro. No período de 6 a 29 de abril de 1945, os brasileiros realizaram 5% das missões feitas pelo comando aerotático dos aliados, mas foram responsáveis por um total de 15% de veículos e 28% de pontes destruídos, além de 36% dos depósitos de combustíveis e 85% dos depósitos de munição danificados.
De acordo com o major, os sargentos foram fundamentais para a guerra, especialmente os mecânicos, os especialistas em lanternagem e os especialistas em rádio. “Muitas vezes o avião chegava avariado. Nesses casos, o mecânico e o especialista em lanternagem tinham que fazer os reparos, colocar remendos na aeronave. Tinha avião que era cheio de marquinha de buraco”, lembra.
Paixão por aviões
Desde menino apaixonado por aviões, o Major João mantém uma coleção de pequenas aeronaves em casa. Ele é grato à Força Aérea por ter realizado seu sonho. “Eu tinha muito orgulho de ser o que eu era: Sargento Especialista da Força Aérea Brasileira e de ter servido na guerra”, conta.
Durante a época na Itália, os militares eram responsáveis por determinada aeronave e criavam uma relação especial com ela. “Eu tinha 54 quilos, era muito magro, mas tinha um avião. Para mim, isso possuía uma importância muito grande. A relação que nós tínhamos com a máquina era: eu, o avião e o piloto”, concluiu.

Ministro conhece organizações militares da FAB no Norte

Jaques Wagner participou da solenidade de entrega dos helicópteros AH-2 Sabre e inauguração de destacamento da aeronáutica

ImagemO ministro da Defesa, Jaques Wagner, esteve nas cidades de Porto Velho (RO) e Eirunepé (AM) para conhecer o trabalho de algumas organizações militares da Força Aérea Brasileira (FAB) sediadas na região norte do País.
Na Base Aérea de Porto Velho (BAPV), acompanhado do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, Jaques Wagner participou da cerimônia de entrega da frota completa das aeronaves AH-2 Sabre para a FAB.
Na ocasião o ministro pôde entrar em contato com um pouco do dia a dia do Esquadrão Poti (2º/8º Gav), especializado na operação dos helicópteros de ataque AH-2 Sabre. Ele recebeu explicações sobre a capacidade operacional da aeronave, empregada em missões de ataque, escolta, supressão de defesa aérea inimiga, varredura, apoio aéreo aproximado e defesa aérea. Ao final da visita, fez um sobrevoo de 30 minutos sobre a cidade a bordo do helicóptero.
“Evoluímos exatamente para oferecer aos profissionais da Aeronáutica, particularmente aos pilotos de asas rotativas, um equipamento moderno que possa nos ajudar a guarnecer o nosso território”, avaliou o ministro da defesa. “Nós concentramos essas aeronaves em Rondônia pelo valor estratégico que a Amazônia tem. O posicionamento do esquadrão aqui é um sinal de que a nossa preocupação hoje com os limites e a proteção das nossas fronteiras é muito grande”, destacou Jaques Wagner.
Na solenidade, o Comandante da Segunda Força Aérea (II FAE), Brigadeiro Carlos José Rodrigues de Alencastro, frisou o grande salto operacional da FAB e os novos rumos a serem seguidos com a chegada dos AH-2 Sabre. “O desafio é continuar o aperfeiçoamento da doutrina ao novo helicóptero, estudá-lo em profundidade, verificar seus reais limites e implementar medidas que maximizem a utilização e o emprego do armamento aéreo”, ressaltou o oficial-general.
Eirunepé
De Porto Velho Jaques Wagner se deslocou para Eirunepé, distante 1160 km de Manaus, capital do Amazonas. No município, de aproximadamente 30 mil habitantes, ele acompanhou os atendimentos dos profissionais de saúde da FAB em uma Ação Cívico-Social (ACISO).
A ação, realizada no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Eirunepé (DTCEA-EI), teve início na segunda-feira (23) e termina amanhã (26) com a expectativa de realizar 900 atendimentos em especialidades como ginecologia, dermatologia, clínica-geral, otorrinolaringologia e pediatria.
O ministro e o Comandante da Aeronáutica inauguraram ainda o Destacamento de Aeronáutica de Eirunepé, situado na região do Alto Juruá. A edificação de 3500 metros quadrados de área construída inclui um hangar com salas de manutenção, estoque, alojamentos, refeitórios e terá um papel fundamental para a FAB na região norte.
“A Força Aérea há muito tempo tem esse planejamento de distribuir bases em posições estratégicas na Amazônia. Esta aqui de Eirunepé é uma base que já está completa para receber unidades aéreas desdobradas em operações como a Ágata (destinada ao combate de ilícitos na região fronteiriça), por exemplo, com toda a infraestrutura necessária”, explicou o Tenente-Brigadeiro Rossato.

Nossa missão é lidar com o inesperado, afirma tenente da Marinha

Tenente ͍talo Felipe da Silva Serejo comanda efetivo de 30 oficiais e 82 praças que atuam na detecção e descontaminação de ameaças

ImagemO tenente fuzileiro naval Ítalo Felipe da Silva Serejo é o comandante da Companhia de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (DefNBQR) da Marinha. Ele está à frente de um efetivo de 30 oficiais e 82 praças que atuam na detecção e descontaminação de ameaças no País.
Serejo foi um dos instrutores da oficina prática de equipagem de proteção individual (EPI), ministrada aos participantes do Sexto Curso Básico de Assistência e Proteção em Resposta a Emergências Químicas para Estados Partes da América Latina e Caribe.
De acordo com ele, os profissionais de sua área tem o desafio de lidar com o inesperado. “Nós podemos atuar, por exemplo, com ataques terroristas ou no envolvimento de uma emergência. Precisamos manter a calma para atender as pessoas”, explicou o tenente.
Para trabalhar com segurança, quem tem a DefNBQR como rotina tem de estar preparado, inclusive com os aparatos específicos, para cada tipo de problema. Essa foi a lição que os integrantes do Sexto Curso aprenderam na tarde desta terça-feira (24), no Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro. “O mais importante é conseguir voltar para casa com a tropa sã e salva”, afirmou Serejo.
Vestir o traje de DBQRN
Para se ter uma ideia, são 14 passos para vestir um profissional de defesa nuclear, biológica, química e radiológica com roupa de proteção C – usada para detecção e descontaminação de ameaças mais fracas. Ao todo, o setor possui indumentária para quatro níveis, que vão do D ao A, de acordo com o grau de perigo. Mesmo em situações aparentemente simples, a preparação é fundamental para o sucesso da missão. “A roupa é a nossa proteção. Temos que fazer uma correta equipagem e desequipagem”, disse o comandante.
No exercício de ontem, o nível C foi caracterizado pela cor branca. Os passos são de equipagem e desequipagem são os seguintes:
- vestir uma espécie de saco plástico no pé e vedar com fita crepe na altura do tornozelo;
- vestir luva cirúrgica e vedar no punho;
- repetir a segunda etapa, colocando mais uma luva por cima;
- vestir o macacão descartável Tyvek;
- calçar a bota plástica (estilo galocha) e passar fita adesiva entre o material da roupa e o calçado; por luva nitrílica e vedar;
- vestir a máscara de respiração;
- subir o capuz;
- vedar os espaços entre o capuz e a máscara, de modo a não deixar nenhum pedaço de pele exposto;
- passar fita no zíper do macacão até as costas, passando pelo meio das pernas;
- colocar fita no lado direito do peito horizontalmente;
- fazer o mesmo nas costas; rosquear o filtro da máscara;
- e escrever o nome com o tipo e RH sanguíneo nas fitas horizontais.
Outros níveis foram mostrados em macacões amarelo e camuflado. Para vesti-los, as etapas eram praticamente as mesmas das anteriores. No caso da A, o macacão é azul e vem com tubo de oxigênio acoplado com capacidade para até 30 minutos de respiração. Esse mais alto grau de perigo pode também ser usado para detectar, por exemplo, focos do vírus ebola.
Missões e detecção
“Nossa companhia ficou de prontidão no caso de ser acionada para a descontaminação da aeronave que transportou um paciente com suspeita de ebola aqui no Brasil”, contou Serejo. O tenente relatou, ainda, que o órgão que comanda vem trabalhando na realização de adestramentos conjuntos e já atendeu a três chamados de alerta. Segundo ele, eram cartas com pó branco, que após análise foram consideradas alarme falso.
“Temos que estar adestrados, também, na área de detecção para manusear corretamente os equipamentos. São todos importados e de alto custo. Um deles está avaliado em R$ 200 mil. Possuímos, atualmente, na companhia, cerca de 60 detectores de vários tipos”, sentenciou.
Durante a parte da manhã da última terça-feira (24), o tenente-coronel Paulo Alexandre de Moraes Cabral, do Centro Tecnológico do Exército, falou acerca da importância de fazer vistoria nos equipamentos usados para detecção de ameaças. E completou: “Cada aparelho trabalha com uma tecnologia diferente. É bom usar, no mínimo, duas tecnologias para este fim”.
O oficial contou um caso que aconteceu na Copa do Mundo, em 2014. “A delegação russa estava no ônibus e quando fizemos a varredura acusou para presença de Sarin. Confirmamos com outros aparelhos e percebemos que, na verdade, era mistura de detergente utilizada como material de limpeza.”
Sarin é um composto líquido incolor e inodoro usado com fins de arma química devido à sua potência sob o sistema nervoso. O gás Sarin foi classificado como arma de destruição em massa. “Ao entrar em contato com o fabricante, eles mostraram que os espectros entre os dois produtos eram parecidos. Isso é exemplo de ‘tropicalização’ dos equipamentos”, disse o tenente-coronel Paulo. Agora, essa substância de limpeza específica já é detectada pelos aparelhos utilizados pela Força Terrestre.
Referência
A Marinha do Brasil possui importante centro médico para atendimento a rádio acidentados. O Hospital Marcílio Dias, localizado na cidade do Rio, é referência na América Latina no tratamento desse tipo de pacientes.
“O Exército que começou com a área de defesa nuclear, biológica, química e radiológica. Nós viemos depois. E agora, principalmente por causa da construção do submarino nuclear”, lembrou o tenente Serejo. A Força Naval prevê o desenvolvimento, no país, de quatro submarinos convencionais diesel-elétrico e um a propulsão nuclear.
O Sexto Curso acontece até sexta (27), em organizações da Marinha e do Exército, no Rio. É destinado a civis e militares das nações integrantes da Convenção para Proibição de Armas Químicas (CPAQ). O objetivo é preparar técnicos com elementos teóricos e práticos, a fim de identificar e prevenir riscos e ameaças provocadas por agentes químicos.
Participam da capacitação integrantes das Forças Armadas, policiais, bombeiros e civis do Brasil, Antigua e Barbuda, Argentina, Barbados, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.

JORNAL DO COMMERCIO (PE)


Aberta a inscrição para a Aeronáutica

As inscrições devem ser feitas de 25 de março a 21 de abril

Do Jc Online

Jovens de 18 a 24 anos, com formação em nível médio ou técnico, têm a partir desta quarta-feira a chance de ingressar na Aeronáutica. 
As inscrições estão abertas para os Exames de Admissão aos Estágios de Adaptação à Graduação de Sargentos, na Modalidade B (EAGS/ B) e Modalidade Especial B (EAGS/ ME-B), do ano de 2016. O curso e os estágios são ministrados pela Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP).
No total são 142 vagas, 82 exclusivas de um único edital, destinadas às especialidades de eletricidade, administração, pavimentação, topografia e obras, distribuídas entre as turmas 1 e 2. Já para o Exame de Admissão ao Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento, são 60 vagas para sistemas da informação, eletrônica e enfermagem.
O certame é composto de validação documental, teste de avaliação do condicionamento físico, prova prática de especialidade, exame de aptidão psicológica, inspeção de saúde e provas escritas de língua portuguesa e conhecimentos especializados. O EAGS-ME-B tem duração de um ano e o EAGS-B, dura cerca de 21 semanas.
As inscrições devem ser feitas de 25 de março a 21 de abril pelos sites www.fab.mil.br ou www.eear.aer.mil.br. A taxa é de R$ 60.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


PSB terá de pagar indenização ligada a acidente com Campos


De São Paulo

A Justiça de Santos (SP) decidiu que o PSB terá de pagar R$ 10 mil mensais ao dono de uma academia destruída após a queda do jato que transportava o então candidato à Presidência pelo partido, Eduardo Campos, no ano passado. O partido pode recorrer da decisão, que é provisória.
Desde o acidente, em 13 de agosto, o empresário Benedito Juarez Câmara não reabriu seu negócio, pois diz não ter recursos para reformar o prédio.
"Tive que demitir dez funcionários. Estou dando aulas e prescrevendo exercícios físicos para os alunos até na praia", diz Câmara, que é fisiologista.
A ação também pedia indenização da A.F. Andrade, que consta como proprietária do avião. Após o acidente, porém, dois empresários se apresentaram como donos do avião, que estaria em processo de venda.
Para a juíza Natália Monti, da 9ª Vara Cível de Santos, existe "absoluta obscuridade" sobre a propriedade do jato.
"No momento, somente se demonstra possível a antecipação da responsabilidade do réu PSB", escreveu.
A sigla disse que não iria se pronunciar até ser notificada.

PORTAL R7


Universitário vencedor de concurso internacional será 2º brasileiro a ir para o espaço

Pedro Nehme, 23 anos, é ex-estagiário da Nasa e tem viagem prevista para o final deste ano

Do R7

ImagemO estudante de engenharia elétrica Pedro Nehme, da UnB (Universidade de Brasília), está prestes a viajar para o espaço. Lá, ele vai conduzir um experimento criado por estudantes de escolas públicas, que será selecionado pela AEB (Agência Espacial Brasileira) por meio de uma chamada pública.
Ex-bolsista do CsF (Ciência sem Fronteiras) e ex-estagiário da agência espacial norte-americana Nasa, o brasiliense de 23 anos ganhou uma promoção mundial assim que voltou do intercâmbio. O prêmio é um voo suborbital, que está previsto para ocorrer no final do ano.
Nehme será o segundo brasileiro a ir para o espaço, sendo o primeiro civil. Em 2006, o militar da FAB (Força Aérea Brasileira) Marcos Pontes embarcou em um voo orbital para a Estação Espacial Internacional.
No caso de Nehme, o veículo espacial não entrará em órbita e a viagem terá duração total de uma hora. Serão entre cinco e seis minutos em microgravidade. “Estou ansioso para essa missão”, diz o estudante.
Washington e estágio na Nasa
Pelo Ciência sem Fronteiras, Nehme estudou na Catholic University of America em Washington, nos EUA, no ano de 2012. Três meses depois de sua chegada ao país norte-americano, foi selecionado junto com outros seis bolsistas do CsF para o estágio na Nasa, no Goddard Space Flight Center, onde permaneceu por nove meses. Lá, trabalhou na divisão de astrofísica, com balões de grande altitude – capazes de levar instrumentos de pesquisa para a estratosfera.
Foi exatamente esse conhecimento que ajudou Nehme a ganhar o concurso da empresa aérea que vai levá-lo ao espaço.

PORTAL BBC


Avião foi pulverizado e resgate pode levar uma semana, dizem autoridades


Daniela Fernandes De Paris Para A Bbc Brasil

As equipes que estiveram na região em que caiu o Airbus 320 da Germanwings na terça-feira disseram que os resgates estão sendo dificultados pelo fato de a aeronave ter se desintegrado em vários pedaços menores.
"Tudo foi pulverizado, não tem nada identificável. Não vemos nada, não podemos nem distinguir um avião", afirma o tenente Eric Sapet, do grupo de montanha dos bombeiros dos Alpes-Marítimos.
Segundo Sapet, há apenas alguns destroços de maior tamanho, entre eles o trem de pouso.
As complicadas operações de busca foram retomadas nesta quarta-feira. O avião caiu em uma área íngreme a 2.000 metros de altura nos Alpes franceses, com acesso muito difícil.
Tudo isso deve dificultar a recuperação e identificação dos corpos - todas as 150 pessoas que estavam a bordo do voo 4U 9525, que ia de Barcelona para Dusseldorf, na Alemanha, morreram.
A polícia disse à agência de notícias AFP que as buscas devem durar pelo menos uma semana - e a operação para repatriar os corpos deve demorar ainda mais. Policiais militares e bombeiros especializados em montanhas foram levados ao local da queda de helicóptero e estão trabalhando para deixar a área mais segura para que médicos legistas e especialistas em acidentes aéreos possam iniciar seus trabalhos.
"A prioridade é garantir a segurança do local do acidente para que os investigadores possam vir em seguida", afirmou Pierre-Henry Brandet, porta-voz do Ministério do Interior.
Um "quartel-general" das operações foi montado no vilarejo de Seyne-les-Alpes, a 10 quilômetros do local da catástrofe.
Caixa-preta
Uma das caixas-pretas do Airbus A320 já chegou a Paris e, segundo o secretário francês dos Transportes, Alain Vidalies, deve começar a ser analisada na manhã desta quarta.
Policiais militares e bombeiros especializados em montanhas foram levados ao local da queda de helicóptero e estão trabalhando para deixar a área mais segura para que médicos legistas e especialistas em acidentes aéreos possam iniciar seus trabalhos.
"A prioridade é garantir a segurança do local do acidente para que os investigadores possam vir em seguida", afirmou Pierre-Henry Brandet, porta-voz do Ministério do Interior.
Um "quartel-general" das operações foi montado no vilarejo de Seyne-les-Alpes, a 10 quilômetros do local da catástrofe.
Caixa-preta
Uma das caixas-pretas do Airbus A320 já chegou a Paris e, segundo o secretário francês dos Transportes, Alain Vidalies, deve começar a ser analisada na manhã desta quarta.
A ministra dos Transportes, Ségolène Royal, disse que a hipótese de ação terrorista "não é a privilegiada atualmente".
"Há uma concentração de destroços em um espaço de cerca de 1,5 hectare. É um espaço importante porque o choque foi violento, mas isso mostra que o avião muito provavelmente não explodiu (em voo)", disse o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
Vítimas
Além dos 67 alemães a bordo, entre eles dois cantores da Ópera de Dusseldorf, 16 estudantes e dois professores que faziam parte de um programa de intercâmbio, havia também dois australianos (uma mãe e seu filho), segundo o ministério das Relações Exteriores da Austrália.
O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Philip Hammond, disse nesta quarta que havia três passageiros britânicos no avião.
Também estavam no voo passageiros da Turquia, Dinamarca, Holanda e Bélgica.
O presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, são aguardados no local do acidente no início desta tarde.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Bope detona arma de lançar granadas do Exército, apreendida em Ceilândia

Um suspeito, não identificado, carregava o artefato em uma sacola, que deixou cair quando fugia dos policiais

Um morteiro foi encontrado pela Polícia Militar nesta terça-feira (24/3), por volta da 18h, no Condomínio das Acácias, em Ceilândia. Durante um patrulhamento, os militares localizaram um homem em atitude suspeita. Ao perceber que seria abordado, ele saiu correndo. Em uma das mãos, ele segurava uma sacola e, na outra, uma arma.
O suspeito entrou em um matagal, quando deixou a sacola cair no chão. Dentro dela havia um morteiro, localizado pelos militares. Os policiais, então, acionaram equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). A equipe a analisou o artefato e percebeu tratar-se de uma arma do Exército Brasileiro. Em seguida, eles o detonaram no local. O suspeito está foragido.
AGÊNCIA BRASIL


Dilma reúne ministros para definir cortes no Orçamento na área de infraestrutura


Luana Lourenço

A presidenta Dilma Rousseff reuniu hoje (25) os ministros da área de infraestrutura para discutir cortes do setor no Orçamento e definir investimentos e as próximas rodadas de concessões.
Antes de anunciar os cortes no Orçamento deste ano, Dilma vai ouvir todos os ministros para identificar programas prioritários em cada pasta e, assim, evitar o contingenciamento de ações consideradas fundamentais pelo governo.
Participaram do encontro desta quarta-feira os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; das Cidades, Gilberto Kassab; da Integração Nacional, Gilberto Occhi; da Secretaria de Portos, Edinho Araújo; da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha; dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, além do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Segundo informações da Secretaria de Imprensa da Presidência, na reunião de hoje, os ministros mapearam os programas mais importantes de cada área e identificaram quais dependem de recursos do Orçamento e quais estão vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Também foram discutidos investimentos em obras de infraestrutura e logística até 2018 e os próximos editais de concessões do setor para a iniciativa privada.

Investigadores recuperam gravação da caixa-preta do avião da Germanwing


Giselle Garcia

Especialistas do Escritório de Investigações e Análises (BEA) da França, que analisam a caixa-preta do avião da companhia alemã Germanwings, anunciaram que, apesar dos danos no gravador de voz do cockpit, foi possível recuperar um arquivo de áudio. “Vamos trabalhar agora para tentar interpretar e entender os sons e vozes”, disse o diretor do BEA, Remy Jouty.
Ele não quis adiantar o conteúdo do arquivo. “Temos alguns minutos de gravação. Não podemos dizer quem está falando. Leva tempo para entender essas coisas. Ainda é cedo para tirar conclusões sobre o que aconteceu”. Não há previsão para que o resultado da análise seja divulgado.
A expectativa é que, a partir dos sons na cabine e das conversas entre os pilotos e o restante da tripulação, seja possível entender as causas do acidente aéreo, que, até agora, permanecem indeterminadas.
A aeronave, que decolou de Barcelona por volta das 10h (6h no Brasil) de ontem (24), em direção a Düsseldorf, na Alemanha, perdeu estabilidade quando voava a 11 mil metros de atitude sobre uma área remota dos Alpes franceses. A queda durou cerca de 10 minutos, considerada rápida por especialistas, mas não ocorreu uma queda livre.
De acordo com o diretor do BEA, as informações levantadas até agora são suficientes para sugerir que o avião não explodiu em pleno voo e não sofreu despressurização. “O avião colidiu com um lado da montanha em alta velocidade (700 quilômetros por hora) e com grande energia. Só então ele se desintegrou e se dispersou em pequenos pedaços”, informou Jouty.
Entre as hipóteses mais prováveis para explicar a catástrofe estão problemas técnicos, explosão do motor ou erro humano diante de uma situação de emergência. Possibilidades menos prováveis, como um ataque terrorista ou colisão com algum objeto ou animal, também são consideradas pelos investigadores.
A última comunicação do avião com o controle de tráfego aéreo ocorreu por volta das 10h30 (hora local), com um pedido de permissão para continuar a rota. Um minuto depois, o Airbus A320 começou a cair e não houve mais resposta dos pilotos às chamadas do centro de controle, que acompanhou a trajetória pelo radar até momentos antes da colisão.
Questionado sobre a descida “aparentemente controlada” da aeronave, Jouty reconheceu que o avião parecia ser controlado por pilotos ou pelo piloto automático. “Apesar de que é difícil imaginar que um piloto enviaria um avião para uma montanha”, observou.
As buscas continuam no local do acidente para tentar recuperar e identificar os corpos das 150 vítimas do desastre aéreo. De acordo com informações divulgadas nesta manhã por autoridades francesas, passageiros de 15 nacionalidades embarcaram no voo, a maioria espanhóis e alemães.

Exposição em Brasília faz homenagem a especialistas da Aeronáutica

Dia comemorativo Dezesseis painéis ilustram as diversas especificidades dos sargentos. Exposição fica disponível até o dia 10 de abril

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"É uma forma de reconhecer o nosso trabalho e empenho”, relata a Sargento Renata Lima, especialista em Serviços Administrativos (SAD), ao visitar a exposição comemorativa ao Dia do Especialista. Ao todo, 16 painéis ilustram as 28 especialidades da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR).
Renata é uma dos 550 especialistas que trabalham nas 15 organizações do prédio do Comando da Aeronáutica (COMAER), onde estão expostos painéis alusivos à data. O trabalho está no Espaço Cultural Santos Dumont, galeria que liga o prédio do Comando ao edifício anexo, em Brasília (DF).
Os detalhes de cada ramo que pode ser ocupado por um especialista podem ser vistos através de fotos e textos explicativos por quem passa pelo túnel. O público vai poder aprender um pouco mais sobre a carreira desses profissionais. A exposição fica disponível até o dia 10 de abril.

AGÊNCIA CÂMARA


Ministro diz que Brasil está perdendo a capacidade industrial e de inovação


Lara Haje

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, disse nesta quarta-feira (25) que o Brasil está perdendo a capacidade de inovar tecnologicamente, e, por isso, está perdendo também a capacidade industrial e a competitividade. “Estamos exportando mais produtos de baixa tecnologia e menos produtos de alta tecnologia”, acrescentou, em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados sobre os planos e as ações da pasta.
Aldo ressaltou que o Brasil conseguiu criar mais de 20 milhões de empregos nos últimos 10 anos, enquanto a Europa, por exemplo, perdeu 60 milhões de empregos. Porém, ele destaca que foram criados mais de 20 milhões de empregos de até 1,5 salários mínimos, enquanto foram extintos mais de 4 milhões de empregos de até 2 salários mínimos. “Perdemos empregos de alta e média tecnologia, e geramos empregos de baixa tecnologia, de salário menor”, afirmou.
De acordo com o ministro, países que inovam, apoiados em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, ocupam posições de destaque entre as nações, como acontece atualmente com os Estados Unidos. “Quando você investe em conhecimento, está maturando investimento em empregos, em indústria”, ressaltou.
Investimento
Conforme o ministro, a despeito das dificuldades no setor de inovação, a situação do Brasil na área de pesquisa está melhorando ao longo dos anos. Hoje, ressaltou, o País conta com sistema “razoavelmente sofisticado” e consolidado de institutos de pesquisa e universidades, além de pesquisadores com alta capacidade. “Os recursos para a pesquisa têm sido ampliados”, afirmou. “O País consegue ter uma indústria de ponta na área agroindustrial e aeronáutica”, completou.
Ele afirmou que o orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia também tem sido ampliado ao longo dos anos, não obstante os contingenciamentos recentes. O ministro destacou a criação, há pouco mais de um ano, da Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (Embrapii), uma instituição semelhante à Embrapa (agricultura), com o objetivo de impulsionar a inovação na indústria, principalmente nas pequenas empresas.
Ajuste fiscal
O deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) pediu ao ministro empenho para retirar o setor tecnologia da informação (TI) do Projeto de Lei 863/15, do Executivo, que reduz o benefício fiscal de desoneração da folha de pagamentos concedido a 56 segmentos econômicos. O projeto substitui a Medida Provisória (MP) 669/15, que foi devolvida pelo presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, no dia 3 de março.
“O setor de TI não pode ser excluído do esforço do País de voltar a crescer”, respondeu Aldo Rebelo. “Só poderemos retomar o crescimento se fizermos o ajuste, que é incontornável.”
Integração
Outros deputados cobraram do ministro ações para integrar o setor de pesquisa ao setor produtivo no Brasil, como o deputado Vitor Lippi (PSDB-SP). “O Brasil é um dos países que mais tem produção acadêmica e menos tem produção tecnológica”, afirmou. “Só 5% dos nossos pesquisadores estão no setor produtivo”, observou a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE).
Já o deputado Silas Câmara (PSD-AM) destacou a necessidade de se aproveitar o potencial de pesquisa existente na região amazônica, devido à biodiversidade do local, para produzir riqueza para a população. “Por enquanto, ainda não se consegue enxergar um resultado final em geração de riqueza e produção de renda para a população”, afirmou o parlamentar. “A busca de soluções para o desenvolvimento da Amazônia, protegendo o meio ambiente, é um desafio permanente para o Brasil”, disse Aldo Rebelo.
Burocracia
O deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) observou que um dos gargalhos para o desenvolvimento do setor de ciência e tecnologia são as regras para as licitações públicas. “Tecnologia não se compra por preço”, ressaltou.
O ministro explicou que mudanças nessas regras estão sendo estudadas. Ele lembrou que a Câmara dos Deputados ajudou a remover obstáculos burocráticos para a pesquisa e a inovação ao aprovar a Emenda Constitucional 85, que muda vários dispositivos constitucionais para melhorar a articulação entre o Estado e as instituições de pesquisa públicas e privadas.
Ele também elogiou a recente aprovação da urgência, pelo Plenário, para a análise do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PL 2177/11). Agora, o mérito da proposta precisa ser votado, antes da matéria seguir para o Senado.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Qual o risco de um atentado terrorista do ISIS no Brasil?


Gustavo Chacra

Existe risco de terrorismo no Brasil?
Claro que sim. Nenhum lugar do mundo está imune a um atentado. Mas a probabilidade de uma pessoa morrer em um ataque terrorista no território brasileiro hoje é próxima de zero. Afinal, nunca ocorreu uma ação destas no país e nem mesmo tentativas (falo do terrorismo atual, com a religião por atrás). Isso não significa que não irá ocorrer.
O risco de um homicídio não é bem maior do que de terrorismo?
É infinitamente mais provável que um brasileiro seja morto em um homicídio. Com 56 mil assassinatos ao ano, o Brasil apenas perde da Síria em mortes violentas se compararmos com os países do Oriente Médio. Um diplomata de uma nação desta região me disse estar complicado convencer outros diplomatas a irem viver em Brasília, São Paulo ou Rio, em consulados ou embaixadas, porque eles temem a violência no território brasileiro.
Por que não dá para descartar 100% o risco de um atentado?
Porque o ISIS, também conhecido como Grupo Estado Islâmico ou Daesh, está perdendo a guerra no Iraque e na Síria. Para buscar mostrar que não está enfraquecido, talvez tente atentados em outras partes do mundo.
O ISIS já fez ataques terroristas fora do Iraque e da Síria?
Devemos lembrar, no entanto, que o ISIS, ao contrário da Al Qaeda, não tem organização para ataques terroristas globais. Até hoje, cometeu apenas um fora do Iraque e da Síria – justamente o da Tunísia. Segundo analistas, com as derrotas que vem sofrendo nos campos de batalha, isso pode mudar.
Quem poderiam ser os terroristas brasileiros?
No Brasil, a tradicional comunidade muçulmana vinda do Líbano e também da Síria é super bem integrada e sem relação com o ISIS e a Al Qaeda. Quase impossível um muçulmano brasileiro com esta origem se envolver em terrorismo. Os muçulmanos brasileiros são médicos, engenheiros, professores, advogados, comerciantes, industriais e até surfistas e lutadores de jiu-jitsu. São exatamente iguais aos evangélicos, aos católicos, aos judeus e ateus. Torcem para o Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. Votaram no Aécio e na Dilma. Voam de TAM e de GOL. Comem arroz e feijão, e também macarrão, quibe e esfiha. Existe, porém, um número pequeno (minúsculo, possível de contar nos dedos) de convertidos ao islamismo que adotam discursos radicais e o ISIS, por meios das redes sociais, talvez tente coopta-los. Antes de perguntarem, lembro que o Hezbollah é xiita e um dos maiores inimigos do ISIS e da Al Qaeda no mundo.
Seria um ataque de lobo solitário?
Ainda que o ISIS consiga convencer algum pateta no Brasil a cometer um ataque terrorista, não veremos mega atentados como o 11 de Setembro, metrô de Londres, boate em Bali ou trens de Madrid. Mas podem ocorrer ações de lobos solitários, bem mais difíceis de serem impedidas, como vimos no mercado kosher de Paris depois na Dinamarca.
Devemos ter medo do atentado?
Resumindo, ninguém precisa deixar de dormir à noite com medo de um ataque terrorista no Brasil. Os EUA, um alvo infinitamente maior do que o Brasil para o terrorismo, desde o 11 de Setembro, foi alvo de apenas um atentado. Isso não significa que as autoridades brasileiras devam ignorar o risco. Devem, especialmente com a Olimpíada, ficar de olho em possíveis terroristas dentro do país ou que possam cruzar a fronteira.

Para Wagner, crise atual lembra mensalão

Entrevista. Jaques Wagner Próximo de Dilma, titular da Defesa recorre a 2005, quando escândalo atingiu gestão Lula, para dizer que dá para reverter quadro

Tânia Monteiro Brasília

Um dos mais próximos ministros da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, da Defesa, compara a atual crise política à vivida por Luiz Inácio Lula da Silva em 2005. “Eu já vivi momentos, não iguais, mas semelhantes, seja pessoalmente, seja no governo do ex-presidente Lula. Não sei se números (das pesquisas de aprovação do governo) eram iguais. Mas eram situações, ruins, difíceis e ele (Lula) ganhou a eleição (em 2006). Ela (Dilma) está terminando o 3.º mês de 48 (meses). O fato é que muita água ainda vai passar debaixo desta ponte”, disse Wagner, em viagem à Amazônia anteontem.
Sempre que conseguia sinal no telefone, o ministro da Defesa tentava se comunicar com Brasília, para acompanhar os desdobramentos de mais um dia de tensão em negociações com o Congresso, no qual o governo sofreu nova derrota referente às dívidas dos Estados.
Wagner inaugurou um destacamento da Aeronáutica em Eirunepé, a 1.100 quilômetros de Manaus, acompanhou o trabalho de ação social das Forças Armadas na região e voou de helicóptero em Porto Velho. Entre os compromissos, concedeu esta entrevista ao Estado:
Estado - Vivemos mesmo um “caos político” como diz a análise interna da Secretaria de Comunicação Social da Presidência?
Eu já vivi momentos, não iguais, mas semelhantes, seja pessoalmente, seja no governo do ex-presidente Lula. Não sei se números (das pesquisas) eram iguais. Mas eram situações, ruins, difíceis e ele (Lula) ganhou a eleição (em 2006). Ela (Dilma) está terminando o 3.º mês de 48 (meses de 2.º mandato). A pesquisa sempre é a fotografia da conjuntura (62% dos brasileiros consideram o governo Dilma ruim ou péssimo segundo o Datafolha). Portanto, tem de ter paciência, foco, perseverança porque, quando bate o desespero, aí vem o caos, aí não se consegue organizar para superar o momento. O fato é que muita água ainda vai passar debaixo desta ponte.
Estado - Mas só tem notícia ruim. .
A comunicação vai mal, mas não gosto de apontar um único culpado. Estamos juntando três elementos que levaram a este número das pesquisas: denúncias de corrupção, aperto fiscal e tensão na base, que estão sendo superadas. Mas eu acho que, com paciência, com diálogo com a sociedade e com o Congresso Nacional, com aprovação do ajuste, vamos ultrapassar isso. Então, têm muito chão para andar.
Estado - Com este quadro negativo o PT tem chances para 2018, mesmo com passeatas nas ruas? Volta com Lula de novo?
Aí é futurologia. Lula continua sendo o candidato mais forte que o PT tem, isso está em qualquer pesquisa que quiser ver. Faltam 3 anos e 9 meses para as eleições. Está muito longe para as eleições e campanha política de médio e longo prazo não funciona assim. Uma coisa é uma análise racional. Outra coisa é a eleição, que é um momento emocional para maioria da população.
Estado - E nas eleições municipais, que estão mais perto, o senhor teme que o PT seja rejeitado?
Depende do tempo de recuperação da gente. Se acontecer como eu estou prevendo que, no fim do ano vamos recuperar economia, quem tiver que ser punido já terá sido punido, a gente já terá melhorado a relação na base aliada no Congresso... Então, é só você lembrar de 2005 quando diziam que Lula estava fora e ele ganhou no segundo turno (foi reeleito no ano seguinte). Eu não sei enxergar tão longe. É o imponderável.
Estado - O senhor vai para a Casa Civil?
Esqueça.
Estado - Mas há pressões para o ministro Aloizio Mercadante sair.
Sem chance dele sair.
Estado - Querem que ele tenha menos poder e saia da articulação.
Ela (Dilma) quer separar a gestão da articulação. Mas isso não significa que o chefe da Casa Civil fique de fora da coordenação política porque ele é um coordenador. Articulação é ação de todos. Todo ministro é político e está sentado lá representando um partido da base. Não tem articulador político que opere sozinho. Todo mundo tem de ajudar nisso.
Estado - Como convencer o PT a apoiar o ajuste e trazê-los para votar com o governo?
Não acho que PT esteja resistindo. Ele tem dúvidas que estão sendo esclarecidas em reuniões sucessivas. O ajuste são medidas que visam contenção de gastos. O que mais sensibiliza o PT são medidas que não são ajuste fiscal, mas que corrigem desvios erros de programas sociais, como seguro desemprego.
Estado - Mas dá para ceder?
O local para debater isso é no Congresso. Não sei qual é a banda de folga. É evidente que o Executivo vai conversar. Não sei se dá para negociar. Quem define isso é a junta orçamentária, que eu não participo. Mas, é claro que, tudo que vai pro Congresso você tem de admitir que vai ter puxa daqui e estica dali. Mas a imagem que eu tenho é que a margem é muito estreita, pela necessidade de fazer o ajuste. Só que o protagonismo da discussão é do Parlamento. Não tem como fazer negociação antes.

Artigo: Defesa nacional


Mario Cesar Flores

Por que a indiferença pela defesa nacional? Faz sentido pensar as Forças Armadas apenas na (in)segurança pública, nas atividades subsidiárias que afetam o cotidiano (segurança da navegação aquaviária e aérea...) e na defesa civil em catástrofes? É hora de rever essa ideia: o mundo vive clima de instabilidade e violência e seria irresponsabilidade nos vermos imunes às suas vicissitudes. Preparado para o leitor não familiarizado com o tema, este artigo esboça uma ideia de defesa nacional assentada em premissa realista: a agenda brasileira, global na economia, em direitos humanos e meio ambiente, na defesa é principalmente regional - América do Sul e Atlântico Sul.
Comecemos com as hipóteses de emprego do poder militar. É improvável o confronto com grande(s) potência(s): não se vislumbram no futuro imaginável os cenários globais apocalípticos do século 20, de que o Brasil não seria poupado. E as sanções coercitivas vêm substituindo a ameaça militar por motivos negociáveis - mais citado, o meio ambiente.
A inexistência hoje de razões para conflito com país vizinho não é 100% segura no longo prazo histórico. Lembremo-nos de que nos anos 1970 o contencioso sobre Itaipu (o uso do potencial hidrelétrico do Rio Paraná) chegou à preocupação militar! A exploração de recursos naturais em áreas de fronteiras (e as temos extensas...) tende a criar problemas desse tipo e o salvacionismo autoritário comum na América do Sul é naturalmente tentado a recorrer à paranoia do inimigo externo para reforçar sua posição interna - acusação de que o Brasil não está livre.
Quanto às ameaças irregulares inerentes à época - guerrilha, terrorismo, narcotráfico, contrabando, pirataria, destruição de recursos naturais e ambiental -, a que a América do Sul é vulnerável e que nem sempre são reprimidas nos países nossos vizinhos, elas já exigem e continuarão a exigir repressão, em cooperação definida em acordos bilaterais, ou unilateral.
Na hierarquia das preocupações, a região do Prata perdeu a força do passado e a Amazônia, cuja permeabilidade a faz muito vulnerável à ameaças irregulares, merece agora mais cuidado.

Continuarão a ocorrer no mundo integrado do século 21 as intervenções promovidas ou legitimadas por organizações internacionais, em prol da ordem de interesse supranacional e por razões humanitárias em catástrofes naturais, conflitos territoriais, étnicos e religiosos, ou decorrentes de migração descontrolada, destruição ambiental e de recursos naturais. Em nível global, cabe ao Brasil ação coadjuvante (Batalhão Suez em Gaza há 50 anos) ou simbólica (pequeno contingente em Timor Leste nos 1990, uma fragata no Mediterrâneo Oriental agora). Mas na nossa região, estendida por motivos humanitários à América Central e ao Caribe (Haiti hoje), ela deve ser significativa: nossa omissão justifica o protagonismo de potência(s) externa(s) à região.
A atuação militar estende-se à ordem legal quando a ação policial é insatisfatória, ou permanente onde é indispensável ou a única viável - espaço aéreo, mar sob jurisdição brasileira e extensões fronteiriças. É inconveniente na rotina da segurança pública: compromete as Forças Armadas em questão interna além do razoável na democracia e deprecia a missão militar precípua.
Essas hipóteses de necessidade de emprego sugerem um poder militar que seja capaz de dissuadir aventuras insanas ou abortá-las se ocorrerem (seja estímulo convincente para soluções negociadas...), controlar nosso espaço aéreo, mar sob jurisdição brasileira, fronteira terrestre e regiões de frágil presença policial (a Amazônia), ter presença expressiva nas ações internacionais em nossa região e coadjuvante ou simbólica no mundo e contribuir para a ordem legal.
Vejamos um esboço superficial, útil ao leitor alheio a esse assunto.
Marinha - navios e submarinos para a defesa clássica e segurança geral no Atlântico Sul; unidades típicas de Guarda-Costa para controle do mar sob jurisdição brasileira e proteção de instalações marítimas; fuzileiros navais (com navios / helicópteros de transporte e apoio) para emprego em conflito clássico e antiguerrilha, participação em força internacional de intervenção e ações de segurança interna; e meios adequados ao controle da Amazônia e da bacia do Rio Paraguai.
Exército - unidades de elite (tradicionais e de operações especiais, hoje em evidência) para a defesa clássica e participação em força internacional de intervenção. Há que guarnecer as regiões fronteiriças conforme exigido por seus variados cenários geofísico, demográfico e socioeconômico. As demais unidades distribuídas no território nacional devem poder contribuir para (se preciso, exercer) o controle de ameaças irregulares e da ordem interna.
Força Aérea - um núcleo moderno de defesa aérea; capacidade de apoio a operações terrestres na defesa clássica e antiguerrilha; unidades de vigilância e controle do espaço aéreo e de patrulha aérea marítima; e condições de prover mobilidade a unidades terrestres.
Defesa nacional e desenvolvimento tecnológico estão associados. A defesa com soberania realça hoje o desenvolvimento do que atende à autonomia logística e do que é sujeito ao cerceamento estrangeiro - de que são exemplos em evidência os mísseis táticos e o lançador de satélites, "primo" do balístico, a vigilância e as comunicações envolvendo satélites, os drones e a propulsão nuclear para submarinos. A transferência de tecnologia deve condicionar a importação.
Pacifismo não é conformidade e o poder militar moderno não se improvisa, será tarde só pensar nele já na hora da necessidade. Este artigo terá atingido o seu propósito se o leitor apático ao tema passar a aceitar a defesa nacional competente e convincente, ainda que sem arroubos eufóricos incoerentes com nossas realidades político-estratégica e econômica, como alicerce do desenvolvimento em paz e tranquilidade.
*Mario Cesar Flores é almirante 

Dilma agora pede estudo sobre corte de ministérios

Pressionada por queda de popularidade e cobrada por aliados, presidente cogita fazer ‘gesto’ para mostrar mais austeridade

Tânia Monteiro / Rafael Moraes Moura Brasília

Cobrada publicamente pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que reduza o número de ministérios e “cortenaprópriacarne”, apresidente
Dilma Rousseff encomendou estudo à Casa Civil para que verifique a possibilidade de redução ou extinção depastas. Hoje,oprimeiro escalão do governo tem 39 cargos com status de ministro.
Entre os ministérios que poderão ser atingidos estão os da Pesca e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), além de secretarias com status de ministério, como Assuntos Estratégicos, Direitos Humanos, Mulheres e Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Todos esses órgãos foram criados ou passaram a ter ministros no comando durante o governo Luiz Inácio Lulada Silva, à exceção do GSI, órgão que substituiu a Casa Militar.  O governo está tratando do assunto com cuidado para evitar problemas com aliados e os segmentos sociais interessados nas pastas.
Na campanha eleitoral do ano passado, Dilma defendeu o atual número de ministérios dizendo que eles fortalecem demandas de minorias e não trazem despesas consideráveis ao governo.
Agora, a presidente avalia que a redução seria um gesto político que mostraria que o“ ajuste fiscal é para valer” e que o governo está disposto a dividir o ônus com a sociedade. Na terça-feira, o presidente do Senado chegou a dizer que,“ se aplaudimos o Mais Médicos, está na hora do Menos Ministérios”.
No início da gestão na Casa Civil da então ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR), o Palácio do Planalto já havia preparado um estudo de redução de ministérios, mas decidiu não levar a proposta adiante por temer a repercussão entre os movimentos sociais. Hoje, o problema continua existindo e a ideia é conversar com os setores envolvidos, mostrando que as políticas daquelas pastas não serão abandonadas.
Gesto. Na época, o Planalto não soube como apresentar a ideia aos aliados e prevaleceu a percepção de que secretarias como Direitos Humanos e Igualdade Racial tinham importância simbólica e a perda do status de ministério teria baixo impacto no que diz respeito à redução de custos. Mas, agora, a necessidade do gesto político estaria pesando mais que os números. Na época, não se conseguiu transformar uma proposta técnica” em uma “proposta política”, conforme um integrante do governo.
Na gestão de Gleisi na Casa Civil, cogitou-se incorporar a Secretaria de Assuntos Estratégicos ao Ministério do Planejamento, enquanto a Pesca retornaria ao Ministério da Agricultura.  As pastas de Cidades e Integração Nacional passariam a ser uma só.
Neste novo modelo de estudo, há quem defenda que a Secretaria de Comunicação (Secom) – desde ontem sem um titular permanente, diante da demissão do jornalista Thomas Traumann – perca o status de ministério.
Algumas das atuais secretarias poderiam ser incorporadas à Secretaria-Geral da Presidência, como a de Mulheres. A de Direitos Humanos poderia voltar a ser subordinada ao Ministério da Justiça, como ocorria antes, e a de Igualdade Racial poderia ser assumida tanto pelo Ministério do Desenvolvimento Social como por Desenvolvimento Agrário, pastas com as quais já há integração de programas.
O governo está sob bombardeio, em decorrência das manifestações de 15 de março e novas programações para o dia 12 de abril, que fizeram despencar a popularidade da presidente. O entendimento é que o corte de ministérios serviria para emitir um sinal de austeridade fiscal. Quando  o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deixou o Planalto, existiam 26 ministérios.
A Casa Civil diz oficialmente que não há demanda de Dilma sobre a redução do ministério. Em entrevista ontem à noite, o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, criticou a proposta de diminuir o o promeiro escalão.

Lava Jato investiga comprador de avião de acidente que matou Campos

Procuradoria quer saber se dono de aeronave sera agiota que emprestou dinheiro para campanha eleitoral

Ricardo Brandt

A Procuradoria-Geral da República determinou, em uma dos inquéritos da Operação Lava Jato, que a Policia Federal investigue as relações políticas e a suposta prática de agiotagem por parte de João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho - um dos três empresários de Pernambuco que compraram o jato Cessna, que em agosto de 2014 caiu e matou o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB).
A PGR suspeita que João Carlos Lyra seja o dono da Câmara & Vasconcelos, uma das empresas que pagaram pela aeronave, vendida por R$ 1,7 milhão.
Desde o ano passado, a PF investivaga se os três empresários de Pernambuco eram "laranjas" usados para ocultar a compra do jato - que foi testado por Campos, dias antes de sua aquisição.
O PSB e a família Campos negam irregularidades. No ano passado, Lyra divulgou nota afirmando que comprou o avião e locou para a campanha de Campos. Algumas empresas, entre elas a Câmara & Vasconcelos, teriam emprestado os valores da compra.
Descoberta. O nome da empresa já havia aparecido na Lava Jato no fim do ano passado, como beneficiária da lavanderia do doleira Alberto Yousself. Foi identificado depósito de R$ 100 mil em janeiro de 2011. O que não se sabia era que João Carlos Lyra seria dono da Câmara & Vasconcelos.
As suspeitas surgiram após Youssef afirmar, em delação premiada, em fevereiro, que o depósito para a Câmara & Vasconcelos referia-se a pagamento de dívida de campanha do senador Benedito de Lira (PP-AL), de 2010.
"Seria (a Câmara & Vasconcelos") uma empresa de Pernambuco. Eu sei que era para um agiota que ele (senador) estava devendo dinheiro que ele havia pego para terminar a campanha. Ele me falou que esse agiota era do Recife", contou Youssef.
Na petição em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou abertura de inquérito contra o senador e seu filho, o deputado Arthur lira (PP-AL), foi pedida a oitiva de Lyra  e o aprofundamento das investigações sobre a Câmara &  Vasconcelos. A PGR quer que o empresário "esclareça as transferências mencionadas e a relação com os parlamentares" e se aempresa era utilizada por ele "para atividades de agiotagem".
O senador nega recebimento de propina e irregularidades na campanha. João Carlos Lyra não foi encontrado.

JORNAL DO SENADO


Projeto determina que obra da União apresente planos de sustentabilidade


Obras e serviços de engenharia financiados com recursos da União deverão ter planos de sustentabilidade social e econômica. A obrigatoriedade foi aprovada ontem pela Comissão de Constituição e Justiça  (CCJ).
Pelo projeto (PLS 739/2011), a sustentabilidade econômica e social se refere não só à viabilidade da obra, mas também ao bom aproveitamento pela sociedade. Uma obra ou serviço só poderá ser considerado sustentável se também obtiver o licenciamento ambiental, quando for exigível.
Segundo o autor da proposta, Marcelo Crivella (PRB-RJ), o objetivo é evitar “elefantes brancos”, como, disse ele, a Cidade da Música, na cidade do Rio de Janeiro, que se mostrou economicamente inviável. Em voto favorável, Benedito de Lira (PP-AL) apresentou emenda para que as obras de segurança nacional sejam dispensadas de demonstrar sustentabilidade.
O projeto ainda será examinado pelas Comissões de Meio Ambiente (CMA) e de Assuntos Econômicos (CAE), onde receberá votação final.

Comissão aprova convite a três ministros


A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) aprovou  ontem audiências com os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga; dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues; e da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha. Os ministros vão esclarecer os planos e prioridades das pastas para 2015. O primeiro será Eduardo Braga, com reunião para o dia 8 de abril. Também serão ouvidos pela comissão os presidentes da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Eliseu Padilha deve tratar do plano de expansão e melhorias dos aeroportos regionais, como a solução para o novo aeroporto de Vitória, cuja inauguração havia sido prometida para 2008.
— É uma situação constrangedora. A licitação foi refeita, o contrato assinado e nem data para início das obras nós temos — afirmou Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Já o ministro dos Transportes deve esclarecer a situação nas rodovias brasileiras.
— As empreiteiras estão preocupadas com atrasos no pagamento dos serviços do ano passado — disse Blairo Maggi (PR-MT ).
O último requerimento aprovado foi do presidente da CI, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que pede a formação de uma comissão temporária externa com a Casa Civil sobre as agências reguladoras.


OUTRAS MÍDIAS


CAPITALNEWS (MS)


Mesmo com baixo índice, seminário alerta para prevenção a acidentes aéreos em MS 

Luana Rodrigues
Mato Grosso do Sul é um dos poucos estados do Brasil onde não há registros de um acidente aéreo em um voo regular. Em compensação, é o 9° colocado em um ranking com 28 estados, que mede o percentual de acidentes aéreos no Brasil, nos últimos 10 anos, conforme dados do Centro de Investigação e Prevenção a Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Nesta quarta-feira (25), um seminário, realizado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), discute a Segurança de Voo em Mato Grosso do Sul. Entre os assuntos abordados pelos palestrantes estão a Legislação e Ocorrências Aeronáuticas, Processo Decisório Aplicado na Aviação, Consciência Situacional na Atividade Aérea, Manutenção Aeronáutica, Acidentes e Seus Custos e discussões e debates sobre Segurança de Voo.
Conforme o Coronel aviador Madison Coelho de Almeida, o objetivo do evento é conscientizar as pessoas ligadas direta ou indiretamente a aviação sobre as principais causas de acidentes aéreos no Brasil e as formas de prevenção a esses acidentes. “O objetivo é aumentar o nível de consciência e atenção dos profissionais que participam de atividades aéreas, por meio da disseminação de doutrina e boas práticas de segurança de voo”, explicou.
Ainda segundo Almeida, em Mato Grosso do Sul o número de ocorrências de acidentes aéreos não chega a 5%, mesmo assim é importante que os cuidados e precauções relacionados a segurança nos voos sejam sempre respeitados. "É necessário que estejamos sempre participando desses eventos, acompanhando os casos de acidentes, para que eles sejam estudados e a partir dai seja criada uma doutrina de prevenção, em especial aqui em Mato Grosso do Sul", afirmou
Para o responsável técnico de uma empresa de manutenção de aviões, Ricardo Gomes, a participação no evento é mais um instrumento de prevenção a falhas, sejam elas mecânicas ou humanas. “Na aviação, pensar em prevenção é fundamental. Porque sem ela, a viação não existe. É como se você projetasse um carro sem direção, sem freios, sabendo que iria acontecer algo”, considera Gomes.
O seminário conta com a presença de pilotos, mecânicos, comissários de bordo, instrutores, controladores de tráfego aéreo, aeroportuários, aeropoliciais, alunos de aeroclubes e cursos profissionalizantes, e outras atividades relacionadas à aviação civil.

DEFESANET (RS)


ASA-V VANT para Fiscalizar Fazendas

Alunos da FEI desenvolvem o primeiro veículo aéreo não tripulado autônomo para fiscalizar fazendas. O ASA-V é pré-programado por celular, tablet e computador
Alunos de Engenharia Mecânica do Centro Universitário da FEI desenvolveram o projeto ASA-V, um VANT - Veículo Aéreo Não Tripulado capaz de monitorar fazendas de até 250 hectares em uma hora e captar imagens, dispensando o percurso a pé. Em comparação aos VANTs encontrados no mercado, que fazem esse mesmo trabalho, o ASA-V apresenta dois importantes diferenciais: pode voar de forma autônoma, ninguém precisa controlar, pois é pré-programado por celular, tablet ou computador; e tem um custo menor, está avaliado em cerca de R$ 60 mil (produzido com material nacional), enquanto produtos semelhantes ultrapassam 150 mil reais no mercado.
“Para possibilitar essa autonomia, foi instalado no ASA-V um sistema de piloto automático controlado por GPS, previamente programado por meio de notebook, tablet ou celular. Definida a missão, a aeronave realiza a decolagem, completa o percurso e faz o pouso sem a necessidade de intervenção”, explica Marcelo Macedo, integrante do grupo criador do projeto.
Alunos da FEI desenvolveram outros projetos para uso em áreas rurais. No interior, muitos proprietários enfrentam grandes problemas quando o gado rompe a cerca e acaba fugindo para estradas ou propriedades vizinhas, podendo até causar acidentes. Procurando minimizar esses transtornos, um grupo de estudantes de Engenharia Elétrica desenvolveu um sistema inovador de monitoramento de cercas, o iFarm, o único a identificar o local em que a cerca foi rompida.
Sensores instalados a cada 50 metros, nos postes de uma cerca, enviam informações constantes para um módulo central. Quando uma parte da cerca é rompida, o sistema detecta o local pelos sensores e instantaneamente envia ao proprietário um SMS, informando onde aconteceu o rompimento. “O envio do SMS permite ao proprietário agir rapidamente”, esclarece Felipe Ishak, membro do grupo. “O diferencial de nosso produto é que indica o ponto de rompimento da cerca, que muitas vezes é bem extensa”.

Extração da borracha

Outro projeto de estudantes de Engenharia Mecânica da FEI dedica-se para a instalação de um dispositivo desenvolvido para a extração da matéria-prima da borracha natural de maneira controlada. “O objetivo do grupo foi desenvolver um equipamento que auxilie no processo de extração da borracha, de maneira a proporcionar melhor controle dos parâmetros de corte, maior segurança para o operador, menos agressão à árvore, e que seja de fácil manuseio, resultando num aumento da produção”, conta Mariana Gouvêa, integrante do grupo.
Atualmente esse processo de extração é feito manualmente e é necessária a utilização de mão de obra treinada. Isso dá mais margem a erros causando grande prejuízo às seringueiras e também diminuição da produção.
Os alunos apresentaram esses projetos no InovaFEI e na MecPlena, em dezembro de 2014. As exposições ocorrem semestralmente e reúnem os trabalhos de conclusão de curso dos estudantes da FEI.

MSNOT͍CIAS (MS)


FAB comemora o Dia do Especialista de Aeronáutica

Em algumas Bases espalhadas pelo Brasil é comum encontrarmos a frase: “Voar é mais fácil que fazer voar”. E isso traduz bem o conceito do que é ser um Especialista de Aeronáutica. Mesmo que esse militar não tenha ligação direta com o voo, seu serviço certamente está ligado a atividade fim da Força Aérea que é colocar suas máquinas de guerra no ar. Nas mais de 25 especialidades diferentes, há praticamente um militar específico para cada uma das funções vitais a Aeronáutica e cada um é peça fundamental para que um avião decole no cumprimento sua missão.
Para homenagear esses militares foi escolhido o 25 de março como o Dia do Especialista de Aeronáutica. A data, que é celebrada em toda a Força Aérea, contou com uma Solenidade Militar na Base Aérea de Campo Grande, onde um grupamento formado pelos Especialistas da Organização Militar ficou em destaque. Também foram entregues Medalhas Militares Bartolomeu de Gusmão aos seguintes Especialistas que se destacaram no cumprimento de seu dever: Suboficial Márcio Henrique Teixeira, Suboficial Paulo Edson Ribeiro Campos, Primeiro Sargento Wellington Cesco Fernandes, Primeiro Sargento Luciano Elis Cesário, Segundo Sargento Newerton Antônio Monteiro, e Segundo Sargento Vinicius Mello Galo.
Atualmente existem na FAB mais de 24 mil militares na ativa, homens e mulheres, que se formaram pela Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP). A formação dos Especialistas dura de seis meses a dois anos.
Há militares que atuam como membros de esquadrões aéreos e tripulantes de aeronaves, a exemplo dos especialistas em armamento, fotointeligência e mecânica de aeronaves. O suporte às atividades aéreas envolve ainda as especialidades de equipamento de voo, estrutura e pintura, eletricidade e instrumentos, eletromecânica e bombeiro aeronáutico. O controle de tráfego aéreo é outro setor de destaque para os Especialistas. Também há profissionais em áreas, como meteorologia, cartografia e informações aeronáuticas. Já os militares de setores de apoio são os especialistas em obras, informática, administração, topografia, pavimentação, suprimentos, desenho, metalurgia, eletrônica, eletricidade, enfermagem, radiologia, laboratório e música.
Um especialista da FAB atua na sua especialidade e cumpre outras atividades, como a segurança de quartéis, marchas, uso de armamentos e liderança de grupamento de soldados. Há, ainda, os especialistas em guarda e segurança, voltados para esse tipo de missão. Algumas especialidades ainda podem atuar em equipes de busca e salvamento ou como paraquedistas.
Após a formatura na EEAR, os profissionais são promovidos a Terceiro-Sargento podendo, ao longo de 30 anos de carreira, passar a Segundo-Sargento, Primeiro-Sargento e Suboficial. Por meio de concurso interno, eles podem ingressar nos quadros de oficiais especialistas, alcançando o posto de coronel. Atualmente, são mais de 1,8 mil oficiais especialistas na FAB, sendo nove no posto mais alto.

DIÁRIO DA MANHà (GO)


General defende a democracia

Comandante de Operações Especiais, que será responsável pela segurança das Olimpíadas Rio 2016, é homenageado pela Alego e destaca importância do Legislativo
O general de divisão Júlio César de Arruda, comandante de Operações Especiais do Exército Brasileiro, fez um discurso que merece elogios. Homenageado com a Medalha do Mérito Anhanguera, da Assembleia Legislativa de Goiás, o militar fez uma elegia à democracia. "Ostentar esta medalha é uma honra e uma grande responsabilidade. Honra por estar sendo homenageado neste histórico Plenário Getulino Artiaga, onde são discutidas e elaborada as leis, e onde serão debatidas inciativas que vão trazer mais segurança, mais democacia e mais desenvolvimento para todo os goianos. É uma responsabilidade, pois quem a recebe deve seguir o exemplo de Pedro Ludovico Teixeira, um dos maiores líderes políticos goianos, homem de caráter e com perfil democrático”, frisa.
A honraria foi iniciativa dos deputados Major Araújo (PRP), Adriana Accorsi (PT) e do presidente da Assembleia, Helio Sousa (DEM). Na visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Goiânia, o general e a companhia que dirige foram os responsáveis pela segurança do evento.
Além de uma homenagem, o evento foi também de despedida. O general Júlio C. Arruda será responsável pela segurança dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. O Comando de Operações Especiais é o órgão responsável pela coordenação do eixo prevenção e combate ao terrorismo e defesa química, biológica, radiológica e nuclear nos grandes eventos (Copa 2014, Paraolimpíadas e Olimpíadas Rio 2016).
No seu discurso, a deputada estadual Adriana Accorsi agradeceu ao gemeral Arruda pelos serviços prestados a Goiás e desejou sorte na nova missão, que signifca muito para a imagem do Brasil no exterior. Sob o comando do general Arruda atuarão: Forças de Operações Especiais das Forças Armadas, das polícias estaduais civis e militares, da Polícia Federal e membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que farão a segurança de atletas e visitantes estrangeiros durante as Olimpíadas Rio 2016.
Em 2002, o Comando do Exército transferiu à Brigada de Operações Especiais do Rio para o centro do País e Goiânia foi a cidade escolhida, segundo o general Arruda, pela sua infraestrutura em rodoviais, ferrovias e aeroportos e também qualidade de vida. “As famílias de nossos militares gostam da acolhida e da qualidade de vida desta linda cidade. Eu, como mato-grossense, já sabia que seria prazerosa a convivência com os goianos. Viver deste jeito é bom demais da conta”, brinca.
A Brigada, localizada no Setor Santa Genoveva no antigo 42° Bimtz, é um comando estratégico, único com tropas especiais em toda América Latina. Seus militares atuam em missões no Brasil, na pacificação de favelas no Rio e no exterior, na estabilização de países como Haiti, Congo, entre outros.
Durante este período de 14 anos, o Comando de Operações Especiais recebeu acréscimo de oficiais, subtenentes e sargentos que se fixaram na Capital. Cerca de 350 recrutas são treinados todos os anos na unidade, que é a única do Cone Sul a contar com um túnel de vento para treinamento de paraquedistas. “Devolvemos à sociedade um soldado-cidadão, que cumpre o seu dever, sabe dos diretios, respeita o próximo em qualquer situação. Por tudo que os homens e mulheres que servem no Comando de Operações Especias fizeram nestes onze anos, creio que estamos retribuindo e dando a nossa contribuição a todos os goianos que nos receberam de braços abertos”, ressalta.
Finalizando, o general Arruda, enalteceu mais uma vez o papel do Legislativo goiano no desenvolvimento do Estado, agradeceu aos deputados Major Araújo, Adriana Accorsi e Helio de Sousa pela homenagem e pediu que “o Divino Pai Eterno sempre abençoe e proteja os goianos”.
Aqueles que vão às ruas pedir a volta da ditadura, sem saber que servem de massa de manobra para interesses escusos, antidemocráticos e golpistas, deveriam ouvir com atenção das palavras do general Arruda, um homem que desde os 15 anos de idade dedicou sua vida a serviço do Brasil e dos brasileiros, e que, aqui em terras goianas, o em missões no exterior, serviu à bandeira nacional com idealismo, professando sua fé na democracia e no respeito ao próximo.

GAZETA DA RÚSSIA


9 perguntas sobre os aviões russos que sobrevoam regiões fronteiriças

Tatiana Rusakova
Desde o final do ano passado, militares estrangeiros vêm mencionando o aumento dos voos da Aviação Estratégica russa de Longo Alcance sobre águas internacionais – em alguns casos, em áreas fronteiriças limítrofes dos paísem que compõe a Otan. Partindo das acusações de violações territoriais, a Gazeta Russa resolveu entender o significado e a função desses voos, bem como esclarecer quais os riscos para outros países das atividades de patrulha.
O que fazem os aviões russos perto das fronteiras de outros países?
Na linguagem militar, esta atividade denomina-se “patrulha de combate”. Na verdade, é apenas uma demonstração da capacidade e presença militar russa no espaço aéreo mundial. Durante esses exercícios, as tripulações aproveitam para praticar uma ampla variedade de missões de combate, incluindo, por exemplo, reabastecimento aéreo, inteligência eletrônica e ataques simulados, entre outras.
Por que a Aviação Estratégica está realizando patrulhas de combate?
O motivo principal é o treinamento das tripulações que carregam mísseis estratégicos, bem como para se exercitar a prontidão do equipamento, reforçando a capacidade de defesa do país.
Quais os aviões que participam das patrulhas?
Participam delas basicamente bombardeiros Tu-160, o maior bombardeiro estratégico do mundo, e Tu-95MS, o turboélice mais veloz do planeta. Em alguns casos, eles são acompanhados por aviões de reabastecimento aéreo Il-78 e caças interceptadores de longo alcance MiG-31.
Sobre quais territórios voam os bombardeiros estratégicos russos?
Os bombardeiros realizam patrulhas sobre águas neutras perto da Noruega, no mar de Barents, bem como nas águas do Oceano Atlântico, mar Negro e algumas regiões do Oceano Pacífico. De acordo com o Ministério da Defesa, todos os voos da Força Aérea são realizados em estrita conformidade com as normas internacionais sobre o uso do espaço aéreo em águas neutras, sem a violação das fronteiras de outros países.
Quais os armamentos carregados pelos bombardeiros em patrulha?
Segundo Petr Deinekin, ex-comandante da Aviação Estratégica durante a URSS, os aviões não carregam armas nucleares, mas podem ser equipados com mísseis de treinamento.
Durante as patrulhas, os bombardeiros voam com os equipamentos de identificação ligados?
O comandante da Força Aérea da Rússia, Viktor Bondarev, afirmou que os bombardeiros não são equipados com dispositivos de aeronaves civis para identificação segundo o sistema ICAO (conhecidos também como transponders). O motivo, segundo o comandante, relaciona-se com a não revelação da posição das aeronaves: com o transponder ligado, as aeronaves tornaríam-se imediatamente visíveis a qualquer radar.
A Rússia continuará a realizar as patrulhas mesmo depois das críticas dos países da Otan?
Em uma coletiva de imprensa no dia 1º de março, o ministro da Defesa russo Serguêi Choigu afirmou que o país não somente pretende continuar com os voos de patrulha, mas também tem intenção de expandir as áreas patrulhadas pela Aviação Estratégica de Longo Alcance. “Não temos a intenção de abandonar essa prática”, declarou o ministro.

JCNET.COM.BR (BAURU- SP)


Área de aterro público deve ser liberada em Bauru

Resposta positiva do pedido da Prefeitura de Bauru à Aeronática foi informada nessa terça (24) à secretária do Meio Ambiente, em reunião na Capital
Thiago Navarro
O primeiro passo para Bauru ter um novo aterro sanitário público foi conquistado nessa terça-feira (24), no final da tarde, quando o Comando Aéreo Regional (Comar) sinalizou com a aprovação da área que receberá o novo aterro sanitário do Município. O local, com cerca de 150 mil metros quadrados, fica ao lado do atual aterro, que já é considerado esgotado pela agência ambiental do Estado de São Paulo, a Cetesb.
A busca por um novo aterro sanitário se intensificou neste ano, com a saturação do aterro atual. No começo deste mês, a Cetesb concedeu 90 dias para o encerramento do local. Porém, antes de realizar um estudo e apresenta-lo ao órgão estadual, a prefeitura esperava pela resposta da Aeronáutica. O pedido foi feito há dois anos, pelo prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), e ficou no último mês tramitando pelo Seripa, setor administrativo da Aeronáutica, até voltar ao Comar, onde recebeu o parecer positivo.
Desde que assumiu a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Lázara Gomes Gazzetta foi acionada para auxiliar na resolução do impasse, uma vez que atuou diretamente na liberação do aterro sanitário de Pederneiras, no período em que ficou à frente da Secretaria de Meio Ambiente da cidade vizinha. Ontem, veio a boa notícia.
“Estive no Comar e a informação é que eles vão autorizar o uso do aterro. O que falta agora é o prefeito assinar um termo em que o Município se comprometerá a fazer ações mitigadoras para o controle de aves no novo aterro. Assinando isso na próxima semana, o Comar libera a área”, confirma a titular da Semma, que ontem recebeu a informação em viagem a São Paulo, quando conversou com o tenente Figueiredo, do IV Comar.
Primeiro passo
A liberação por parte da Aeronáutica é só a primeira etapa. Depois, a prefeitura e a Emdurb terão de fazer um estudo ambiental detalhado da área e apresentar o projeto à Cetesb, que vai analisar, antes de conceder a licença ambiental, caso tudo atenda à legislação ambiental.
“Primeiro precisávamos dessa autorização do Comando Aéreo, pois caso eles vetassem, não teria lógica desenvolver um estudo ambiental”, explica Lázara Gazzetta. A Aeronáutica mostrava restrições para a área, pois está a 12 quilômetros do Aeroporto Moussa Tobias. A distância mínima solicitada pelo Comar é de 9 quilômetros, ou seja, o novo aterro estará 3 quilômetros mais longe do que o exigido, porém com o compromisso do Município em fazer o controle de aves, como urubus, para que não interfiram na aviação. A área onde a prefeitura quer fazer o novo aterro pertence ao Instituto Penal Agrícola (IPA), e desde 2006 Bauru pede a transferência da área da Secretaria de Administração Penitenciária (do Estado) para o Município.
Não há previsão de quando a prefeitura conseguirá colocar o novo aterro em funcionamento, até porque ainda precisará contratar estudo ambiental específico detalhado, esperar a resposta da Cetesb, para aí sim começar a preparar a operação – o que pode demorar mais de um ano. O aterro terá vida útil de pelo menos 20 anos.
A escolha de um local ao lado do atual aterro para receber os resíduos sólidos já era apontada pelo prefeito Rodrigo Agostinho como a melhor opção, pois o entorno de um aterro sanitário se desvaloriza, e também é necessário atenção para não contaminar o solo e os mananciais. O local deverá atender às novas tecnologias de processamento de lixo orgânico, inclusive o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, reduzindo ao máximo o material aterrado. “Mesmo assim, uma quantidade vai ser aterrada, por isso a necessidade de um local”, cita. Hoje, Bauru produz 300 toneladas de lixo e a expectativa é que este número possa chegar a 80 toneladas caso sejam instaladas tecnologias de processamento.
Audiência na Câmara
A situação de esgotamento do atual aterro sanitário será discutida hoje, a partir das 17h, na Câmara Municipal. A audiência pública foi convocada pela Comissão de Meio Ambiente, Higiene, Saúde, Previdência e Direito e Proteção aos Animais do Legislativo bauruense.
Foram convocados o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), o presidente da Emdurb (gestora do aterro sanitário), Nico Mondelli, e o chefe de Gabinete, Arnaldo Ribeiro. Também estão convocados os secretários municipais Lázara Gazzetta (Meio Ambiente), Antonio Grillo Neto (Planejamento), Marcos Garcia (Finanças) e Maurício Porto (Jurídico).
A título de convite, a Comissão de Meio Ambiente chamou ainda representantes da Cetesb, OAB, Assenag, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Vigilância Sanitária, Cooperativa de Reciclados de Bauru (Cootramant) e Cooperativa Ecologicamente Correta de Materias Recicláveis de Bauru (Coopeco). A audiência será conduzida pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente, Paulo Eduardo de Souza (PSB). “A situação do aterro é bastante preocupante e a Câmara quer esclarecimentos por parte da prefeitura sobre a utilização do aterro atual e também o planejamento e médio e longo prazo”, diz Paulo Eduardo.
A Cetesb em Bauru emitiu seis notificações ao Executivo alertando sobre a necessidade de encerramento do local, entre 2011 e 2014. Há exatos 4 anos, em março de 2011, o prefeito havia assinado o Termo de Encerramento do Aterro, que previa o fim das atividades em 34 meses, prazo que expirou em janeiro de 2014. A prefeitura, porém, insiste que pode dar sobrevida ao local. Em paralelo, o Município vai abrir licitação para contratar, via ata de registro de preço, um aterro privado.
Outras ações
Lázara Gazzetta aponta ainda a necessidade de ampliação da coleta de lixo reciclável, que passará a ser gerenciado pela Semma, com a coleta sendo realizada pela Emdurb, como é hoje. “A intenção é ampliar para toda a área urbana, e melhorar onde já é feita a coleta, além de trabalhar diretamente com a melhoria das cooperativas”, frisa. Bauru coleta cerca de 12 toneladas de lixo reciclável por dia e quer aumentar para 30 toneladas diárias até o fim deste ano. “O trabalho de educação ambiental terá de ser permanente neste caso”, conclui Lázara.

DIÁRIO DIGITAL (MS)


MS registra apenas 5% dos acidentes aéreos no Brasil, diz Cenipa

Mesmo com baixo índice, seminário na Capital quer prevenir acidentes aéreos
Dayene Paz
Mato Grosso do Sul está na lista dos Estados com menos acidentes aéreos. De acordo com o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), apenas 5% dos acidentes acontecem no Estado, índice baixo, mas que merece atenção das autoridades. Como forma de prevenção, o Centro realiza um seminário na Capital para fomentar a discussão e elaboração de planos para prevenir acidentes aéreos.
O seminário é realizado pelo Cenipa em parceria com o Seripa - Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp-MS). O coronel da Seripa 4, com sede em São Paulo (SP), Madson Coelho de Almeida, disse que o Estado representa um número baixo de acidentes aéreos, apesar do aumento do tráfego nos últimos anos. “Mato Grosso do Sul 5%, número baixo com relação a outros Estados, da mesma forma, o Cenipa trabalha para prevenir que acidentes aconteçam para que esse número diminua”, disse durante o seminário. Ele complementa: “O seminário vale também para relembrar detalhes que são esquecidos ou ignorados”.
Acidentes - Um dos acidentes graves que ocorreram no Estado está o que matou o advogado Marco Túlio Murano, de 44 anos, e o piloto Gênese Pereira, no dia 6 de dezembro do ano passado. O caso ainda está em investigação pelo Cenipa. Eles estavam na aeronave Cesnna 206 e a queda aconteceu em Jaraguari. A Aeronave saiu do aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, e iria para uma fazenda em Aquidauana. Murano era advogado e concorreu ao cargo de presidente da OAB no ano de 2012, quando perdeu para o atual presidente da entidade Júlio Cesar Souza Rodrigues. Ele também era membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família. Em outubro de 2013, cinco pessoas da mesma família morreram em um acidente aéreo. O caso aconteceu na região de Nhecolândea, no Pantanal. O piloto seguia para fazenda Gertrudez. O avião era pilotado por Ricardo Jardim Almeida, 48 anos; os passageiros eram a esposa Fernanda Braga dos Santos, 35 anos; a filha Valentina de 1 ano; a babá Micheli Dias, 18 anos e o gerente da fazenda Rodinei Joca Monteiro, 50 anos.            


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