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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 08/12/2014

Saab e Embraer serão parceiras nas vendas mundiais do Gripen ...




A Embraer e a sueca Saab vão explorar conjuntamente as oportunidades de vendas globais do caça Gripen NG, que será produzido no Brasil para a Força Aérea Brasileira (FAB). O vice-presidente de parcerias industriais da divisão aeronáutica da Saab, Jan Germudsson, disse que a empresa estima um mercado potencial de três mil caças nos próximos 20 anos ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


'Voar era a aventura dele', diz sócio de vítima de acidente aéreo em MS

Sócio diz que advogado herdou do pai a paixão por aviões. Viagem foi decidida de última hora e seria de carro, diz amigo.

Graziela Rezende

Em um velório repleto de homenagens e coroas de flores, na manhã deste domingo (7), na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS), em Campo Grande, amigos e familiares do advogado Marco Túlio Murano Garcia, de 44 anos, morto em um acidente de avião no sábado (6), ressaltaram o profissionalismo da vítima e a paixão que ele herdou por aviões.

“Igual ao pai, que curtia voar, esta era a aventura da vida dele. Nós achávamos que ele iria de carro, mas de última hora ele decidiu ir de avião. Infelizmente, ele acabou sendo vítima dessa trágica fatalidade. Neste momento, é muito difícil falar, porque o Marco há cinco meses tinha perdido o pai e a família está muito abalada”, afirma o advogado Mansour Karmouche.
Segundo Karmouche, a amizade com Marco Túlio existe há 30 anos e eles possuíam uma sociedade desde 1999. “Acredito que ficou um legado por parte do Marco, que era um amigo fiel, muito comprometido com as causas da democracia, conciliador e que tinha o dom da oratória. Foi tudo muito rápido, já que seria apenas uma visita ao tio dele, cuja fazenda ficava ao lado da propriedade do Túlio”, conta o sócio.
Outro sócio que atuava com a vítima, o advogado Maz Lazário Trindade Nantes, se emocionou ao falar sobre a vítima. “Ele gostava demais de atuar na área da família. Nos conhecíamos há mais de 15 anos e eu o tinha como um motivador. Uma pessoa que sempre teve muita vontade de sonhar e realizar”, lamenta Nantes.

O velório começou no início desta madrugada e o enterro às 11h (de MS). Marco deixa a esposa e duas filhas, uma de 13 e 11 anos. Ao mesmo tempo, ocorre o velório e em algumas horas o enterro do piloto Genesis Pereira, de 55 anos. A família preferiu não se pronunciar.
O caso
Na manhã de sábado (6), as vítimas estavam a bordo de um monomotor modelo Cessna 206. O avião saiu do aeroporto Santa Maria e caiu 13 minutos depois, em uma chácara há 10 km da Capital. O destino seria Aquidauana, a 131 quilômetros de Campo Grande.
Garcia havia disputado a presidência da OAB seccional de Mato Grosso do Sul, em 2012. Sobre o acidente, a suspeita da Polícia Civil é de um pouso forçado.

PORTAL BBC


Quase-acidente causado por drone acende alerta em Aviação Civil inglesa


Os drones têm se tornado cada vez mais comuns no mundo inteiro, mas um "quase-acidente" provocado por um deles na Inglaterra reacendeu a discussão sobre a necessidade de uma legislação mais rígida e apropriada para esse tipo de veículo aéreo.
A Autoridade da Aviação Civil inglesa (CAA, na sigla em inglês) confirmou nesta semana que foi um drone o responsável por quase causar um acidente com um Airbus A320 que se aproximava do aeroporto de Heathrow, em Londres, para pousar em 22 de julho deste ano.
O piloto do avião relatou ter visto um "drone com estilo de helicóptero" quando estava a pouco mais de 200 metros do chão enquanto se aproximava da pista de pouso do Heathrow às 14h16 daquele dia.
A CAA não divulgou a companhia aérea do Airbus, nem quão perto o drone chegou do avião, que tem capacidade para levar 180 pessoas. No relatório que veio a público agora, porém, a Aviação Civil inglesa classificou o acidente como "A", com sério risco de colisão – a classificação mais alta pelos critérios da entidade.
Investigadores não conseguiram identificar o drone, que não aparecia no radar de controle do tráfego aéreo e desapareceu depois de cruzar com o avião.
Alerta de acidente
Em maio, o piloto de um ATR 72 turbo-prop relatou ter visto um drone a apenas 24 metros de distância enquanto ele se aproximava do aeroporto de Southend, também em Londres, a uma altura de 458 metros.
Os incidentes levaram a uma advertência da Associação Britânica de Pilotos (Balpa), que fez um alerta. Segundo a entidade, o rápido aumento no número de drones operados por entusiastas amadores agora representa um "risco real" para aviões comerciais.

O secretário-geral da associação, Jim McAuslan disse que drones poderiam causar uma repetição da "experiência do Rio Hudson", quando um avião foi forçado a pousar na água em Nova York em 2009, depois que pássaros foram sugados para seus motores.
"O risco de um objecto de 10 quilos atingir um avião é real, e os pilotos estão muito preocupados com isso", disse McAuslan.
As vendas de drones têm aumentado bastante recentemente. No Reino Unido, cerca de 1.000 a 2.000 drones são vendidos todo mês.
Em geral, equipamentos como esse podem custar apenas £ 35 (R$ 142) por um modelo pequeno – os modelos mais avançados ,capazes de carregar uma câmera de alta definição e de voar a 70 km/h podem custa quase £ 3.000 (R$ 12.000).
Apesar de serem cada vez mais populares, os drones raramente são operados por pessoas que tenham passado por cursos de treinamento sobre como utilizá-los. Apenas um pequeno número de pessoas são treinadas para operar o objeto.
"Senso comum"
Um porta-voz da Aviação Civil inglesa disse que "depende das pessoas usar o senso comum quando estão operando drones".
Sgeundo ele, o nível de risco atual de que ocorra algum acidente deve "ser mantido em perspectiva", mas alertou que "quebrar as leis do uso de drones pode ameaçar aviões comerciais".
"As pessoas que utilizam aeronaves não tripuladas precisam pensar, usar o bom senso e assumir a responsabilidade por eles", disse ele.
"Há regras que têm força de lei e têm de ser seguidas."
Drones não podem ser operados a uma altura maior que 400 metros ou 500 metros do operador, e eles não devem ficar a uma distância menor do que 50 metros de pessoas, veículos ou edifícios.
Existem zonas de exclusão ao redor de aeroportos e que impedem a aproximação de drones pesando mais que sete quilogramas.
McAuslan disse que há uma necessidade urgente de regras mais rígidas antes que veículos de carga não tripulados muito maiores – potencialmente do tamanho de um Boeing 737 – dominem o céu.

JORNAL ZERO HORA


Opositores de Dilma vão às ruas

SÃO PAULO E PORTO ALEGRE tiveram, no sábado, passeatas contra o governo federal e a corrupção

Um novo protesto contra a presidente Dilma Rousseff e seu partido, o PT, reuniu no sábado manifestantes no centro de São Paulo. O ato foi marcado por uma tentativa de excluir da passeata principal o grupo que defendia intervenção militar. Na concentração, no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, o movimento prógolpe foi constrangido por carros de som que reuniam a maioria dos manifestantes.
– Nós não podemos dividir microfone com quem estava dizendo que são os militares que vão resolver isso – disse Rogério Chequer, do movimento Vem Pra Rua, um dos responsáveis pela mobilização.
Isolados, os defensores do militarismo caminharam rumo ao Comando Militar do Sudeste, próximo ao Ibirapuera, depois que a passeata principal – que chegou a 5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar – saiu em direção oposta pela Paulista. Ao final do percurso, os manifestantes pró-militares eram menos de cem.
Longe dos defensores do golpe, o protesto anti-Dilma desceu a Rua da Consolação com cartazes contra a corrupção na Petrobras e até de incentivo ao juiz Sergio Moro, responsável pelos processo da Operação Lava-Jato, que apura o escândalo na estatal. Dois movimentos organizaram a mobilização: o Vem Pra Rua, que contou com o apoio de políticos da oposição, como o senador Aécio Neves (PSDB), e o Movimento Brasil Livre, que se diz apartidário.
Apesar de ter gravado um vídeo, compartilhado em redes sociais durante a semana, divulgando o ato, Aécio não foi à mobilização, o que irritou o cantor Lobão, espécie de símbolo do movimento.
– Só tem inimigo aqui. Cadê o Aécio, o (senador eleito pelo DEM, de Goiás, Ronaldo) Caiado? Se eu passo aqui e vejo esse pessoal, acho que é tudo a mesma coisa. Estou pagando de otário – bradou o cantor ao se referir aos defensores da intervenção militar.
Por volta das 17h – o ato começou às 15h –, o senador eleito por São Paulo José Serra (PSDB) se juntou à passeata.
– Democracia não é só eleição, é um sistema de valores, e esses estão sendo pisoteados pelo PT – disse o tucano.
NA CAPITAL, CAMINHADA ATÉ A POLÍCIA FEDERAL
Com gritos de "Vem pra rua" e "fora PT", dezenas de manifestantes com os rostos pintados e segurando cartazes protestaram contra o governo Dilma na tarde de sábado em Porto Alegre. A passeata se iniciou no Parque Marinha do Brasil e seguiu pela Avenida Ipiranga até a sede da Polícia Federal, em apoio às investigações da Lava-Jato. No caminho, passaram pela frente da sede do jornal Zero Hora, onde entoaram gritos sobre o dever de preservar a liberdade de imprensa.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


China barra entrada de jornalistas do Brasil


O governo chinês negou vistos de entrada para os quatro jornalistas que viriam do Brasil para acompanhar o lançamento do satélite sino-brasileiro CBERS-4.
As autoridades chinesas não deram explicações para a decisão. Entre os barrados está o escritor Fernando Morais, que prepara um livro sobre a história do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Com a decisão, o correspondente da Folha em Pequim foi o único jornalista brasileiro no evento.
Os chineses também não permitiram a presença dos adidos militares brasileiros em Pequim, coronel Vincent Dang (Aeronáutica), e o capitão-de-mar-e-guerra André Luiz de Mello Braga (Marinha). Eles acompanharam a delegação até a cidade de Taiyuan, mas não puderam seguir até a base militar.
Consultados pela Folha, fontes ligadas à organização do evento disseram que é prática comum excluir os adidos estrangeiros desse tipo de lançamento, já que eles ocorrem numa área militar onde há atividades sensíveis à segurança nacional chinesa.
Apesar disso, quatro militares brasileiros foram autorizados a acompanhar o lançamento, entre eles o almirante Sérgio Fernandes dos Santos, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha.
Aberta nos anos 1960, a base militar de Taiyuan foi criada originalmente para o lançamento de mísseis de médio e longo alcance. Apesar do nome, ela fica numa área isolada a mais de 280 km da cidade de Taiyuan, capital da província de Shanxi (nordeste). Acredita-se que o nome tenha sido um artifício usado pelos chineses para mascarar a localização da base durante a Guerra Fria.
Além do lançamento de satélites, até hoje são feitos testes de mísseis no local, que é cercada de extremas regras de segurança. Os técnicos brasileiros do Inpe que costumam passar longos períodos na base por conta do projeto CBERS não podiam dar um passo fora do hotel sem a escolta de um soldado chinês.

Falta de sintonia


Ricardo Balthazar

Os manifestantes que foram às ruas de São Paulo protestar contra o governo neste sábado formaram dois grupos separados desde o momento em que começaram a se reunir no vão livre do Masp.
De um lado, dois caminhões de som, banda de música e palavras de ordem contra a presidente Dilma Rousseff e seu partido, o PT. Do outro, a turma que defende uma intervenção das forças armadas para acabar com a bagunça dos políticos.
Quando a marcha dos indignados começou a se mover em direção ao centro da cidade, os que pediam a volta dos militares ficaram para trás, separados dos demais por um cordão de isolamento policial. Eles continuaram fazendo barulho, mas poucos pareciam dispostos a escutá-los.
A mais recente pesquisa Datafolha mostra que 66% dos brasileiros consideram a democracia a melhor forma de governo para o país. Apenas 12% acham que uma ditadura ofereceria alguma vantagem. O apoio à democracia nunca pareceu tão sólido, desde que o instituto começou a pesquisar o assunto, em 1989.
Os líderes da manifestação de sábado foram em frente gritando contra os petistas, a corrupção na Petrobras e a gastança. Impeachment? Só se houver provas consistentes de envolvimento da presidente com a roubalheira, repetiam de tempos em tempos os animadores da marcha.
Tudo muito comportado, mas a falta de sintonia com a opinião da maioria era semelhante à do pessoal que ainda sonha com tanques nas ruas. Muita gente acha que Dilma tem responsabilidade pelos desvios na Petrobras, mas só 20% consideram seu governo o mais corrupto da história recente, diz o Datafolha.
A preocupação dos brasileiros com a corrupção diminuiu nos últimos meses, e apenas 9% a apontam hoje como o principal problema do país. A maioria está mais preocupada com a saúde pública e a insegurança nas grandes cidades, dois temas que parecem ter sido abandonados pelos discursos da oposição.

REVISTA VEJA


Satélite sino-brasileiro que vai monitorar a Amazônia já está em órbita


O satélite sino-brasileiro CBERS-4 foi lançado neste domingo, à 1h26 do horário de Brasília, da base espacial chinesa de Taiyuan. Passados 12,5 minutos, do lançamento, o satélite entrou em órbita, afastando o temor de que se repetisse o fracasso de seu antecessor, o CBERS-3, que caiu um ano atrás por não atingir a órbita prevista. O CBERS-4 dará uma volta completa à Terra a cada 100 minutos e oferecerá informação privilegiada sobre o desmatamento da Amazônia. 
O projeto do satélite foi capitaneado no Brasil pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). Participaram do lançamento em Taiyuan, a cerca de 700 quilômetros de Pequim, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, o diretor do Inpe, Leonel Perondi, e o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, segundo um comunicado da instituição.
O CBERS-4 foi projetado para fotografar, rastrear e registrar atividades agrícolas, desmatamento das florestas, mudanças na vegetação, variações nos recursos hídricos e expansão urbana. O satélite possui quatro câmeras, sendo uma delas, a MUX (Imageador de Média Resolução), a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. com uma resolução muito superior à dos satélites anteriores, .
O lançamento do satélite é o de número 200 da China (188 com sucesso), segundo a agência oficial Xinhua, que também informa sobre o lançamento.
Sob o marco do CBERS (siglas da China-Brazil Earth Resources Satellite), um projeto de cooperação especial com duas décadas de história, Brasil e China desenvolveram e lançaram anteriormente os satélites CBERS-1 (aposetando em 2003), CBERS-2 e CBERS-2B (aposentado em 2010), e CBERS-3 em 2013.
Os dois países já planejam a fase seguinte, o CBERS-4B, que será posto em órbita em 2016.
A cooperação com o Brasil em ciência inscreve-se no interesse da China por impulsionar seu programa espacial e demonstrar que pode competir com potências tecnológicas tradicionais após décadas de subdesenvolvimento e isolamento internacional.
O satélite sino-brasileiro CBERS-4 foi lançado neste domingo, à 1h26 do horário de Brasília, da base espacial chinesa de Taiyuan. Passados 12,5 minutos, do lançamento, o satélite entrou em órbita, afastando o temor de que se repetisse o fracasso de seu antecessor, o CBERS-3, que caiu um ano atrás por não atingir a órbita prevista. O CBERS-4 dará uma volta completa à Terra a cada 100 minutos e oferecerá informação privilegiada sobre o desmatamento da Amazônia.
O projeto do satélite foi capitaneado no Brasil pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). Participaram do lançamento em Taiyuan, a cerca de 700 quilômetros de Pequim, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, o diretor do Inpe, Leonel Perondi, e o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, segundo um comunicado da instituição.
O CBERS-4 foi projetado para fotografar, rastrear e registrar atividades agrícolas, desmatamento das florestas, mudanças na vegetação, variações nos recursos hídricos e expansão urbana. O satélite possui quatro câmeras, sendo uma delas, a MUX (Imageador de Média Resolução), a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. com uma resolução muito superior à dos satélites anteriores, .
O lançamento do satélite é o de número 200 da China (188 com sucesso), segundo a agência oficial Xinhua, que também informa sobre o lançamento.
Sob o marco do CBERS (siglas da China-Brazil Earth Resources Satellite), um projeto de cooperação especial com duas décadas de história, Brasil e China desenvolveram e lançaram anteriormente os satélites CBERS-1 (aposetando em 2003), CBERS-2 e CBERS-2B (aposentado em 2010), e CBERS-3 em 2013.
Os dois países já planejam a fase seguinte, o CBERS-4B, que será posto em órbita em 2016.
A cooperação com o Brasil em ciência inscreve-se no interesse da China por impulsionar seu programa espacial e demonstrar que pode competir com potências tecnológicas tradicionais após décadas de subdesenvolvimento e isolamento internacional. 

REVISTA ISTO É DINHEIRO


“Se quiser, mato um soldado por dia”, diz traficante da Maré

Um cabo do Exército, veterano da missão no Haiti, foi morto a tiros na favela carioca

Leslie Leitão

Faltavam cinco dias para o cabo do Exército Brasileiro Michel Augusto Mikami, 21 anos, encerrar a terceira campanha real de sua curta carreira militar. A primeira foi a missão de paz da Organização das Nações Unidas no Haiti. E depois a Copa do Mundo. O plano de Mikami era voltar para casa, em Vinhedo, cidade vizinha a Campinas, no interior de São Paulo. Como parte da Força de Pacificação formada por 3 000 militares da Marinha e do Exército, Mikami patrulhava as vielas do Complexo da Maré, aglomerado de favelas na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A missão da tropa federal é apoiar a polícia do Rio no que se chamou apressada e exageradamente de “retomada do território do tráfico”. Na tarde da sexta-feira 28, em meio a um tiroteio com os bandidos donos do “território retomado”, o cabo Mikami foi atingido por uma bala de fuzil na cabeça, que o matou instantaneamente. Desde a ação para debelar a guerrilha comunista no Araguaia, em 1972, as Forças Armadas do Brasil não tinham um soldado morto em combate em território brasileiro. O cabo, enterrado com honras militares, é, porém, apenas mais um número da macabra estatística do combate ao crime no Rio de Janeiro.
O ano de 2014 ainda não acabou e o número de policiais mortos a tiros por bandidos no Rio de Janeiro chegou a 106 na semana passada. Uma cifra assustadora quando comparada à de outros países. Sim, porque não há base de comparação com cidades. Em Nova York, neste ano, nem um único policial morreu assassinado a tiros por bandidos. Zero. Em todos os Estados Unidos, com quase uma vez e meia a população brasileira, tombaram baleados por bandidos 46 policiais. Menos da metade do que os bandidos mataram em 2014 só no Rio de Janeiro. Todos os estados americanos têm legislação que pune com mais severidade o cop killer, ou assassino de policial. Em Nova York, o cop killer, não importa a circunstância do crime, é enquadrado automaticamente na categoria mais severa do código penal, o assassinato em primeiro grau. O condenado nessa categoria não tem acesso a benefícios jurídicos, como a diminuição de pena por bom comportamento.
VEJA foi ao Complexo da Maré na quarta-feira passada, cinco dias depois da morte do cabo Mikami. O “território retomado”, a “comunidade pacificada”, da propaganda oficial, vivia sua rotina esquizofrênica. As ruas eram patrulhadas por jovens armados com pistolas e radiocomunicadores. A menos de 100 metros de um posto do Exército guarnecido com seis soldados, o carro da equipe de VEJA foi parado pelos traficantes e vistoriado. O gerente do grupo concordou em falar, sem se identificar, dentro de um bar. Ali, tranquilo, deu uma espantosa explicação para a coabitação de militares com bandidos em um mesmo território: os criminosos têm a vantagem por estarem bem armados e conhecerem melhor a região. A morte do cabo Mikami foi descrita por ele como um evento normal, incapaz de perturbar a “paz” do lugar: “Se a gente quisesse, matava um soldado por dia”.

O plano de pacificação que começou em 2008 no Rio de Janeiro teve sucessos iniciais estrondosos com favelas tomadas sem o disparo de um único tiro. No ponto mais alto dos morros, os policiais de elite hasteavam bandeiras do Brasil, do Rio de Janeiro e de suas corporações. Mas, sem que se desse a efetiva ocupação do território pelo estado, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas nas favelas foram sendo isoladas até chegar à situação atual de monumentos ao fracasso de um plano que parecia vitorioso. Não é raro a guarnição de uma UPP pedir a intervenção de unidades de elite para conseguir sair de sua base. Só no conjunto de favelas do Alemão foram registradas quase duas centenas de tiroteios, escaramuças inconsequentes entre policiais e bandidos, sem que nenhum lado se declarasse vencedor.

Na famosa Favela da Rocinha, a presença constante de 700 policiais não consegue impor a ordem, tampouco impedir o tráfico de drogas e os crimes violentos associados a ele. Rajadas de fuzis automáticos cortam o céu noturno do morro que foi durante algum tempo a vitrine da política de pacificação na cidade. Entre os 267 policiais baleados neste ano, 79 foram feridos em combates em áreas de UPPs, onde oito morreram.

É melancólico constatar que sob o rótulo de “pacificação” esteja ocorrendo mesmo uma guerra. Além dos policiais mortos, perderam a vida no Rio de Janeiro até outubro 481 pessoas em circunstâncias oficialmente registradas em “autos de resistência”. Esse termo deveria descrever apenas situação em que, esgotadas todas as outras opções, a polícia recorre às armas para deter um criminoso. Infelizmente, no Rio de Janeiro, o “auto de resistência” pode ser mesmo a clássica “resistência seguida de morte”, mas serve também para encobrir ações de criminosos de farda. A boa notícia desse lado da trincheira é que as mortes de civis em operações policiais na cidade têm diminuído ano a ano: em 2007, antes do início das UPPs, foram 1 330. A má é que mais policiais estão sendo assassinados. “A verdade é que a polícia está matando menos, mas seus homens continuam morrendo como moscas”, diz Richard Ybars, antropólogo e policial civil.

A lógica mais simples levanta a seguinte questão quando alguém se detém diante da resistência do tráfico no Rio de Janeiro: se os morros não produzem drogas nem têm fábricas de armas pesadas, não seria o caso de, em vez de correr em vão atrás do varejo, impedir no atacado o fornecimento de cocaína e fuzis AK-47 aos bandidos? Raramente se consegue uma resposta satisfatória a essa pergunta. Uma fresta de luz, porém, entra no debate quando se analisam as favelas do Complexo da Maré. Com seus 130 000 habitantes, a Maré tem localização geográfica estratégica. Fica próxima do Aeroporto Internacional Tom Jobim e tem saída para o mar. A área é contígua às duas principais vias de trânsito da cidade, a Linha Vermelha e a Avenida Brasil. “A Maré é muito importante na geopolítica do tráfico, porque quase tudo passa por ela. Para os criminosos, é essencial comandá-la”, diz o sociólogo Cláudio Beato, especialista em segurança pública. Com sua óbvia importância tanto para o atacado quanto para o varejo do comércio ilegal de drogas, o Complexo da Maré deveria merecer atenção especial das autoridades. A região é policiada por soldados jovens vindos de diversas partes do Brasil e treinados — quando são — para outro tipo de batalha. “Essa guerra não é nossa”, disse um deles a VEJA. Não é mesmo. O militar das Forças Armadas é treinado para matar o inimigo. Suas armas são canhões, bazucas, carros de combate, jatos e navios de guerra. Reduzidas à função policial, as Forças Armadas correm o risco de ser desmoralizadas por ter sido colocadas em uma guerra que não podem vencer.

O despreparo é uma queixa comum também em relação às forças que operam nas 38 UPPs do Rio — um contingente incrementado ao ritmo de até 500 homens por mês, formados a toque de caixa para cumprir a meta de pôr a segurança nas favelas nas mãos de uma tropa nova, livre de vícios. “A ânsia política de colocar novas turmas nos morros prejudica a formação”, afirma Paulo Storani, ex-capitão do Bope. A tropa das UPPs é de fato majoritariamente nova, mas nem por isso vícios como corrupção, desvios e apatia foram extirpados. “A intenção era ‘uppeizar’ a PM, mas o que se vê é a ‘peemização’ das UPPs”, diz Beato.

Entre setembro e outubro, duas operações do Ministério Público contra a corrupção na polícia puseram na cadeia mais de quarenta homens. Os promotores investigam ainda uma fraude milionária em unidades de saúde da corporação que deve levar à prisão de mais oficiais. Em consequência dessas denúncias, o comando da PM foi trocado. É um movimento positivo, mas será preciso bem mais do que operações episódicas para reverter a derrocada da segurança no Rio e impedir que as UPPs sejam lembradas apenas como mais uma das tantas utopias massacradas pela realidade.

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Saab e Embraer serão parceiras nas vendas mundiais do Gripen


Virgínia Silveira

A Embraer e a sueca Saab vão explorar conjuntamente as oportunidades de vendas globais do caça Gripen NG, que será produzido no Brasil para a Força Aérea Brasileira (FAB). O vice-presidente de parcerias industriais da divisão aeronáutica da Saab, Jan Germudsson, disse que a empresa estima um mercado potencial de três mil caças nos próximos 20 anos.
"Nosso objetivo é capturar entre 10% e 15% desse volume, algo em torno de 300 a 400 aeronaves", disse o executivo durante entrevista na fábrica onde é produzido o Gripen, em Lindköping.
A ideia da Saab, segundo ele, é que a Embraer participe junto com a companhia das vendas, estimadas em mais de US$ 30 bilhões. O mercado total no segmento de caças, de acordo com o executivo, é projetado em cinco mil unidades, mas parte disso se refere às aeronaves chinesas e russas.
A Embraer e a Saab já assinaram um memorando de entendimento que atesta a posição de liderança da fabricante brasileira no programa de desenvolvimento do caça. A participação da brasileira envolve a coordenação das atividades de produção e entrega das versões monoposto e biposto (dois lugares) do caça, assim como desenvolvimento de sistemas, integração, testes em voo, montagem final e entregas.
As duas empresas também negociam a formação de uma parceria estratégica para a promoção das vendas do Gripen NG no mercado global.
Além da Embraer, a Mectron, do grupo Odebrecht Defesa& Tecnologia; Akaer; Inbra Aerospace; Ael Sistemas; e Atech, controlada pela Embraer, foram selecionadas pela Saab para serem as principais parceiras industriais no desenvolvimento do Gripen NG.
A Inbra foi escolhida pela Saab para a produção de partes estruturais do caça em material composto. A empresa será sócia majoritária, com 60% de participação, da fábrica de aeroestruturas (SBTA), que está construindo em São Bernardo do Campo em conjunto com a Saab. A companhia sueca fará investimento inicial de US$ 150 milhões no empreendimento.
O vice-presidente da sueca, Jan Germudsson, disse que o valor será aplicado na construção da fábrica, treinamento de mão de obra e preparação para a produção. A previsão é que a empresa inicie a produção de peças em 2017. O contrato assinado pela Saab com o governo brasileiro prevê que as entregas dos 36 caças comecem a partir de 2019.
O executivo da Saab acredita que a SBTA tenha potencial para faturar entre US$ 40 milhões e US$ 60 milhões por ano, mas este valor não inclui apenas o Gripen. "A empresa será capacitada para se tornar uma fornecedora de aeroestruturas de nível um e desta forma poderá acessar a cadeia aeronáutica global e exportar produtos."
Em entrevista recente ao Valor, o presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave), brigadeiro do ar José Augusto Crepaldi Affonso, disse que as empresas brasileiras se beneficiarão do programa dos caças tanto no aspecto tecnológico, pois terão a possibilidade de participar do desenvolvimento de um sistema aeroespacial no limite da tecnologia, como no comercial, uma vez que serão subcontratadas para realizar atividades no âmbito dos contratos de venda do caça.
Assinado no dia 24 de outubro, o contrato de compra de 36 caças da Saab pela FAB está avaliado em US$ 5,4 bilhões. Os primeiros pagamentos, segundo a Copac, serão feitos no ano de 2015, conforme consta no projeto de lei orçamentária, que prevê a liberação de R$ 1 bilhão.
A fábrica da Saab em Lindköping tem capacidade para produzir até 30 caças por ano, informou o diretor de produção, Hans Häggrot. A parceria com as empresas brasileiras, de acordo com o executivo, prevê a vinda de 100 a 200 engenheiros para a Suécia a partir de 2015 para iniciar o trabalho de treinamento e capacitar as equipes para produzir os caças no Brasil.
A montagem final de 15 caças será feita na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto. O Gripen NG possui cerca de 23 mil peças e componentes. Mais de 90% do avião é feito de alumínio e o restante de material composto.

OUTRAS MÍDIAS


CAMPO GRANDE NEWS


Corrida reúne 700 militares para comemorar 70 anos da Base Aérea

Caroline Maldonado
Mais de 700 militares da Força Aérea participaram de corrida na manhã de hoje (7), em Campo Grande. Eles saíram do Parque das Nações Indígenas e percorreram aproximadamente quatro quilômetros. A ideia do evento, que encerra as comemorações de 70 anos da Base Aérea, é dar visibilidade aos militares que muitas vezes passam despercebidos, pois atuam em especial nos ares.
Cantando e correndo em marcha lenta para que civis e familiares acompanhassem a corrida, os militares chamaram a atenção de moradores dos altos da Avenida Afonso Pena, Via Parque eu Mato Grosso, percurso da corrida.
Antes do aquecimento, o Coronel Potiguara Vieira Campos iniciou as atividades, lembrando que a corrida é uma oportunidade para que as pessoas vejam de perto a corporação que está sempre nos ares ou dentro da base. “A corrida foi pensada especialmente para agora, justamente porque a Força Aérea é diferente, pois estamos nos ares ou dentro da base e hoje essa atividade é para estimular a tropa e ser um momento lúdico também para as crianças e todas as famílias acompanhar.
Durante todo o ano, outras atividades para o público marcaram as comemorações de aniversário, como portões abertos, baile e a exposição em outubro, no Shopping Bosque dos Ipês. O objetivo, segundo o coronel, é mostrar que a aeronáutica é tão próxima e responsável pela segurança da população, quanto as outras forças.
“A vida da gente é uma corrida. A gente vê colegas ficando para trás e só pensa em chegar logo e esquece o que é bonito, mas hoje aqui será diferente nós vamos correr até devagar”, disse o coronel, ao destacar a importância da presença de famílias e outras pessoas, que acompanhavam as atividades no Parque das Nações Indígenas.
Dentre os que aceitaram o desafio de levantar cedo e participar da corrida nesta manhã, estão as filhas do major Alexandre Chagas. Bárbara Chagas, 15 anos e Lavínia Chagas, 16 anos, brincam que foram mesmo é “escaladas” para estar lá, mas o sorriso nos rostos entregam a afinidade com a atividade do pai.
“Fomos escaladas”, diz Lavínia, ao contar que ainda não se decidiu sobre a profissão, mas pensa em seguir os passos do pai. “Já pensei, mas ainda não decidi. Me atrai, porque a gente já se sabe como é e por ser um emprego fixo”.
Para Bárbara, que gosta de atletismo a carreira atrai e animo para a rotina de militar não falta, mas é cedo para se decidir. “Também gosto da carreira militar, mas penso também em fazer psicologia. É bom pela estabilidade, mas ainda não sei”, diz.
Cerv Já – Outra corrida reuniu mais de 300 atletas da Avenida Afonso Pena, entre a Rio Grande do Sul e o Parque dos Poderes. A 1ª Corrida da Cerv Jà teve percurso de oito quilômetros e entregas de medalhas e kit com caneca de chopp.
O objetivo da corrida é estimular a prática de esportes e ser ainda uma confraternização, de acordo com a organização do evento. Com isso, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) interditou a Avebida Afonso Pena, entre a rua Rio Grande do Sul e Avenida do Poeta, a partir das 6h30.

CENÁRIOMT.COM.BR (MT)


Comissão discutirá compra de aviões de caça suecos e de mísseis norte-americanos

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional promove audiência pública, na terça-feira (9), para esclarecer aspectos relacionados à assinatura do contrato para o desenvolvimento e a produção de 36 aviões de caça Gripen NG, fabricados pela companhia sueca SAAB; e as condições em que se processou a compra dos mísseis Harpoon, dos Estados Unidos.
A audiência foi solicitada pelos deputados Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), Emanuel Fernandes (PSDB-SP), Rubens Bueno (PPS-PR), Duarte Nogueira (PSDB-SP) e Eduardo Barbosa (PSDB-MG).
Eles citam reportagem do jornal O Estado de São Paulo segundo a qual o Brasil estaria adquirindo mísseis “Harpoon” pelo preço de US$ 8,35 milhões a peça, quando a Índia teria adquirido um lote dos mesmos mísseis por US$ 4,4 milhões a peça, quase a metade do preço a ser pago pelo Brasil.
Os parlamentares observam também que os caças Gripen, que o Brasil pretende adquirir da Suécia ao custo de US$ 3,4 bilhões, foram rejeitados pela Suíça, o que lança incertezas sobre o cumprimento da parceria com o Brasil.
Ministro

Foram convidados para discutir esses assuntos com os integrantes do colegiado o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Aeronáutica (Força Aérea Brasileira), tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito.

BOAINFORMAÇÃO.COM.BR


Helicóptero cai ao lado de festa, fere quatro e piloto foge no PR

Três homens e uma criança de nove anos ficaram feridos neste domingo (7) após a queda de um helicóptero em Terra Boa, na região noroeste do Paraná. O piloto da aeronave fugiu do local após o acidente e foi encontrado por policiais militares, no início da noite, escondido em um terreno baldio, próximo ao local da queda.
Morador de São Paulo, ele não tinha autorização para realizar voos panorâmicos. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que o helicóptero está com o Certificado de Aeronavegabilidade vencido desde 2012. O piloto não apresentou ainda a autorização para pilotar a aeronave. 
A queda ocorreu no inicio da tarde na área externa do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade, após a aeronave levantar voo e apresentar problemas mecânicos, caindo de uma altura aproximada de 10 metros. Ao lado do local, no parque de exposições do município, estava sendo realizada a Festa das Nações – o piloto estava usando o pátio do CRAS para fazer os voos com pessoas que estavam no parque, participando da festa.
Os feridos foram levados para hospitais de Terra Boa e Campo Mourão. O caso mais grave é de um homem de 48 anos, com suspeita de fratura na clavícula. Os outros passageiros, incluindo a criança, tiveram apenas ferimentos leves e permanecem internados apenas como precaução. O piloto teve ferimento na perna e também está internado no hospital da cidade.
Ameaças
Ao ser localizado por policiais militares, o piloto – que não teve o nome revelado – informou que adquiriu o helicóptero há poucos dias e que pretendia levar a aeronave nesta semana para Londrina, onde faria manutenção. Ele contou que no final de semana estava realizando voos panorâmicos em Jussara, a 20 km de Terra Boa, após ser contratado por um agenciador da cidade, onde estava sendo realizada uma exposição.
A ida para Terra Boa teria ocorrido porque o movimento de clientes em Jussara estaria abaixo do esperado pelo agenciador. O piloto disse ainda que fugiu do local do acidente porque foi ameaçado por pessoas que presenciaram a queda da aeronave.
Ele deve prestar depoimento na delegacia de Terra Boa nesta semana, quando também se comprometeu a apresentar o brevê. Técnicos da Aeronáutica devem chegar à cidade na segunda-feira (8) para tentar identificar as causas do acidente.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA


Brasil terá estação para monitorar lixo espacial

Imagem
O Observatório Pico dos Dias está instalado a 1.864 metros de altitude, entre os municípios mineiros de Brazópolis e Piranguçu.[Imagem: Divulgação/LNA]
Lixo espacial
A presença de uma quantidade crescente de detritos espaciais, como satélites inoperantes, ferramentas e estágios de foguetes lançadores em órbita ao redor da Terra é um problema cada vez maior para o uso do espaço.
O chamado lixo espacial oferece risco de choques entre tais objetos e satélites em operação, além de danos que os mesmos podem causar caso entrem na atmosfera sem controle. Em 2013, o telescópio Fermi escapou por pouco da destruição por um detrito espacial.
Por isso, a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos), com intermediação da Agencia Espacial Brasileira (AEB), propôs ao Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) a instalação uma estação para identificar, catalogar e monitorar detritos espaciais.
A estação, que poderá ser instalada no Observatório Pico dos Dias, fará parte do projeto Panoramic Electro-Optical System for Space Debris Detection (PanEOS), que prevê a construção e operação de uma rede de instalações desse tipo em vários pontos do planeta.
Cada uma dessas estações terá um telescópio de 75 cm de abertura com campo de visão largo, além de alguns telescópios de menor porte. Serão monitoradas as regiões do céu com maior probabilidade de passagem de detritos espaciais - principal, mas não exclusivamente, na região equatorial.
Estima-se que haverá imageamento de todas as regiões de interesse até magnitude 19 (em noites sem lua) a cada noite com tempo aberto. Magnitude é uma escala logarítmica do brilho dos objetos. Quanto maior for a magnitude, menor poderá ser o brilho do objeto observado, o que significa detectar objetos mais escuros, menores ou mais distantes.
A delegação da Roscosmos avaliou as condições no Observatório Pico dos Dias, instalado a 1.864 metros de altitude entre os municípios mineiros de Brazópolis e Piranguçu. Os russos concluíram que as condições são bastante favoráveis e demonstraram interesse em concretizar a estação do PanESO no local.
Foi assinada uma Carta de Intenções, por meio da qual as instituições se comprometem em colaborar para negociar um contrato formal objetivando instalar e operar a estação.
Caberá ao LNA disponibilizar o espaço necessário para a instalação da estação de monitoramento e o fornecimento de apoio logístico na fase da construção. A Roscosmos arcará com os custos e cuidará da contratação de empresas para a construção do prédio e da mão-de-obra técnica para as operações e a manutenção da estação, sendo que as instalações técnicas serão importadas da Rússia.
Todos os dados provindos dos telescópios do PanEOS no observatório brasileiro ficarão disponíveis à comunidade astronômica nacional para qualquer uso científico a critério dos nossos astrônomos.



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