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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 01/06/2014

Novo aeroporto do RN recebe 1º voo e inicia operações comerciais ...




Aeroporto Governador Aluízio Alves começou a operar neste sábado (31). Primeiro pouso aconteceu às 9h40 com origem em São Paulo ...



"Não sabia que eu era o primeiro. Estou muito feliz de participar deste momento histórico". As palavras são de José Carlos Oliveira, primeiro passageiro a desembarcar no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. Ele estava no voo JJ 3306, com origem em São Paulo/Guarulhos, que pousou às 9h40 deste sábado (31), marcando o início das operações do novo terminal de passageiros do Rio Grande do Norte. O Consórcio Inframérica, responsável pela administração, investiu R$ 500 milhões na construção ...






Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Anac libera antigo aeroporto do RN para voos internacionais


Aeroporto Governador Aluízio Alves não tem alfândega regularizada. Internacionais permanecem no Augusto Severo por tempo indeterminado

Os voos internacionais que chegam e partem de Natal serão operados no Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, até que o novo aeroporto do RN - que começou a funcionar neste sábado (31) regularize a alfândega. A informação foi confirmada no início da noite deste sábado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O próximo voo internacional com destino a Natal é o TP005 que parte de Lisboa às 19h50 deste domingo (1º) e está previsto para chegar em Natal às 23h25 do mesmo dia. A assessoria da Anac informou que os embarques e desembarques internacionais permanecem no Augusto severo até que o aeroporto de São Gonçalo do Amarante seja alfandegado pela Receita Federal.
O novo aeroporto começou a operar neste sábado (31) com pousos e decolagens de voos domésticos nacionais. Segundo a Receita Federal, por conta do trâmite de um relatório com o resultado da inspeção no aeroporto construído para a Copa, ele só estaria liberado para receber voos internacionais no dia 4 (quarta-feira). Na prática, o alfandegamento é a autorização por parte da Receita Federal para que o terminal possa embarcar ou desembarcar viajantes e mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinados.
“O aeroporto tem pendências de ordem operacional. Não há disponibilidade de link de acesso pela Embratel ao sistema da Receita Federal, por exemplo. Isso impossibilita o nosso trabalho", disse o inspetor-chefe da Inspetoria da Receita Federal em Natal, Jorge Luiz da Costa.
O inspetor explicou que um relatório com o resultado da inspeção no aeroporto será encaminhado ainda neste sábado para a comissão de alfandegamento do novo aeroporto que é formada por servidores da Receita Federal de Recife e do RN. "Essa comissão dará a redação final ao relatório que será encaminhado na segunda-feira (2) para a Superintendência da Receita, no Recife. Esse relatório irá subsidiar a superintendência para a emissão do ato declaratório de alfandegamento do terminal. A superintendência já manifestou que irá analisar o relatório na segunda-feira (2), elaborar o ato declaratório de alfandegamento na terça-feira (3), e enviar para publicação no Diário Oficial da União de quarta-feira (4)", disse.

Em RR, motorista atropela e mata jovem que empurrava moto na BR 174


Vítima tentou atravessar a rodovia com a motocicleta quando foi atingido. Polícia Rodoviária disse que motorista de caminhonete estava embriagado.

A caminhonete conduzida por David Souza atropelou e matou um militar, de 19 anos, que empurrava uma motocicleta na BR 174, sentido Sul de Boa Vista. O acidente ocorreu na tarde deste sábado (31), no bairro Centenário zona Oeste da cidade.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o motorista estava embriagado e, além de ter atingido o jovem, invadiu a pista contrária, batendo em um carro de passeio. O policial Gibson disse que a corrente da motocicleta da vítima se soltou. "O rapaz parou e tentou atravessar para o outro lado da rodovia, empurrando a moto, quando o condutor da caminhonete ultrapassou um ônibus e bateu no jovem", explicou.
Ele relatou ainda que o teste do bafômetro apontou 1,07% de álcool no motorista da caminhonete, que foi preso em flagrante. "Após bater no motociclista, que não estava pilotando o veículo, o motorista passou por cima do canteiro central, invadindo a contramão e colidindo com um carro", afirmou o policial.
O motorista que causou a morte do militar alegou que a vítima estava pilotando e não empurrando a motocicleta. "Ele surgiu na minha frente e não deu tempo para desviar. Não vi quando ultrapassei para o outro lado da via porque o capô da caminhonete levantou", justificou David Souza.
Segundo o homem, que teve o carro atingindo por David Souza,  o capô da caminhonete não estava levantado. "Ainda tentei desviar para não haver a batida, mas não consegui", disse.
O motorista embriagado foi levado à Central de Flagrantes 1, no 5° Distrito Policial, onde prestará esclarecimentos e pagará fiança.

Novo aeroporto do RN recebe 1º voo e inicia operações comerciais


Aeroporto Governador Aluízio Alves começou a operar neste sábado (31). Primeiro pouso aconteceu às 9h40 com origem em São Paulo.

"Não sabia que eu era o primeiro. Estou muito feliz de participar deste momento histórico". As palavras são de José Carlos Oliveira, primeiro passageiro a desembarcar no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. Ele estava no voo JJ 3306, com origem em São Paulo/Guarulhos, que pousou às 9h40 deste sábado (31), marcando o início das operações do novo terminal de passageiros do Rio Grande do Norte. O Consórcio Inframérica, responsável pela administração, investiu R$ 500 milhões na construção.
Com o início das operações do novo terminal, o Aeroporto Internacional Augusto Severo foi desativado para voos comerciais também neste sábado e entregue às Forças Armadas Brasileiras (FAB). Durante a Copa do Mundo, o Augusto Severo irá receber os voos de delegações e autoridades que vêm para o Mundial. Todas as companhias aéreas que funcionavam na unidade já estão no novo aeroporto.
Depois de pousar no Aeroporto Aluízio Alves, o comandante Alexandre Russo agradeceu a oportunidade de trabalhar no primeiro voo do terminal. "É uma grande satisfação fazer parte deste momento histórico da aviação civil", afirmou. Já os passageiros Guilherme Bianchini e Juliana Bentivoglio, que vieram a Natal para um campeonato de Taekwondo, foram pegos de surpresa pela recepção preparada. "Não sabíamos que estávamos no primeiro voo. Gostamos muito da recepção", disse Guilherme.
Os passageiros do voo JJ 3306 foram recebidos com música por grupos artísticos que se apresentaram na saída do salão de desembarque. Mais cedo, o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, abençoou o novo terminal de passageiros do RN.
O aeroporto tem 40 mil metros quadrados de área construída e capacidade para atender 6,2 milhões de passageiros por ano. O terminal oferece 45 balcões de check-in e 10 quiosques de autoatendimento para o embarque de passageiros. São 5 esteiras de restituição de bagagens destinadas ao tráfego doméstico e internacional. O estacionamento terá, inicialmente, capacidade para 850 veículos.
Dúvidas
Foi através de amigos que o engenheiro Ivan Dimas soube da mudança no seu voo para Salvador. "A companhia não avisou e não apareceu na minha passagem", afirma. Como trabalha há um ano e meio em Natal e conhece a zona Norte da cidade, que fica próxima a São Gonçalo do Amarante, o engenheiro não teve dificuldade para encontrar o terminal.
Para a universitária Fernanda Alapurba a mudança não foi das melhores no quesito distância. "Morava em Parnamirim, ao lado do aeroporto antigo e agora vou ter que ir mais longe. Achei que o caminho tem pouca informação e os acessos estão incompletos", diz. A universitária embarcou às 10h30 para o Rio de Janeiro, de onde deve retornar em julho. "Até lá espero que melhore", acrescenta.
A falta de informação e a questão dos acessos também foram os problemas citados pelo consultor Fred Alecrim, que embarcou para uma palestra em Fortaleza. "Tudo que vem para trazer melhoria é bom, mas não está pronto como deveria. Do Tirol - bairro da zona Leste de Natal - para cá, só vi duas placas de identificação. Levei 30 minutos para chegar", relata.
Sobre a estrutura encontrada no terminal, o consultor não teve do que reclamar até a área do check-in. "Não vi como é no salão de embarque. Achei espaçoso e confortável. Um bom aeroporto facilita muita coisa. Você chega com uma boa imagem da cidade e sai com a mesma boa imagem", reforça Alecrim.

Concessão
O Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, é o primeiro a ser inteiramente concedido ao setor privado. O Consórcio Inframérica, formado pelo grupo Engevix e pelo argentino Corporación America, venceu, em agosto de 2011, o leilão que concedeu ao grupo o direito de construir, manter e explorar o novo aeroporto do RN. O lance pago pelo consórcio no leilão foi de R$ 170 milhões.
O contrato de concessão foi assinado pela presidenta Dilma Rousseff em novembro de 2011. A partir daí, o grupo teria até três anos para construir os terminais e um prazo de mais 25 anos para exploração. A construção do terminal, no entanto, levou menos tempo que o previsto em contrato, o que viabilizou a inauguração do terminal antes da Copa do Mundo. De acordo com a assessoria do Consórcio Inframérica, foram investidos R$ 500 milhões na construção do novo aeroporto.
De acordo com a Anac, o contrato de concessão poderá ser renovado por no máximo mais cinco anos, quando o aeroporto retornará ao poder público.
JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Honduras discute a compra no Brasil de aviões militares



Os governos do Brasil e de Honduras estão discutindo um contrato de fornecimento de ao menos quatro aeronaves militares A-29 Super Tucano, mais a revitalização de nove T-27 Tucano, comprados em 1984, e de um esquadrão completo de cinco caças F-5E, supersônicos americanos fornecidos nos anos 80.
O negócio, segundo o embaixador brasileiro em Tegucigalpa, Zenik Krawctschuk, “depende da análise da linha de crédito e da definição quanto ao tipo de financiamento - por bancos privados ou por agentes públicos”.
O valor estimado não foi revelado. Especialistas do mercado de produtos de Defesa consideram que só a modernização dos 14 aviões envolvidos deve exigir entre US$ 35 milhões e US$ 63 milhões, dependendo da configuração pretendida. Os turboélices A-29 Super Tucano novos, da Embraer, implicam entendimento comercial em separado.
A aviação hondurenha quer a frota renovada para expandir as ações de controle do espaço nas fronteiras contra voos clandestinos do tráfico de drogas, contrabando de armas, a circulação irregular de pessoas e de mercadorias, componentes eletrônicos principalmente. Para validar o programa de policiamento do ar, o presidente Juan Orlando Marques sancionou a Lei de Exclusão Aérea, equivalente local à Lei do Abate brasileira.
A regra determina que aeronaves em atitude hostil ou suspeita de ato ilícito - por exemplo, sem plano de voo, não identificada, adotando comportamento evasivo, ou não reagindo à abordagem de interceptadores - serão obrigadas a pousar sob condição controlada. Essa coação, em situação limite, pode chegar ao abate do invasor.
O subsecretário de Estado dos EUA para assuntos de Segurança, William Brownfield, revelou preocupação: “ninguém quer ver derrubadas aeronaves inocentes”. Os Tucanos, da Embraer, e os F-5E da Northrop, foram fornecidos, há 30 anos, para os hondurenhos, no ambiente da Guerra Fria. A Nicarágua, apoiada pela União Soviética, ameaçava invadir o vizinho - que foi, então, equipado pelos EUA. As informações são do jornal

PORTAL BBC


Operação militar no Haiti custa R$ 1,3 bi em 10 anos


A participação de tropas brasileiras na missão de paz do Haiti completa 10 anos neste domingo. A operação militar aumentou a importância do Brasil no cenário internacional e ajudou o Haiti em um período de inúmeras crises políticas e catástrofes naturais. Isso tudo a um custo aproximado de R$1,3 bilhão aos cofres nacionais.

Contudo, após uma década no terreno e alguns revezes – sendo o principal deles um terremoto de proporções catastróficas que deixou 300 mil mortos em 2010 – o Brasil e a comunidade internacional enfrentam no país uma fase de fadiga de esforços.

Esse desgaste não é causado por ações de insurgentes, como no início do processo, mas em grande parte por questões burocráticas, políticas e culturais relacionadas ao próprio Haiti, de acordo com analistas.
Ao mesmo tempo em que fornece apoio para a solução de uma crise política de grandes proporções – há cerca de dois anos o Haiti tenta sem sucesso eleger um novo Parlamento – e lida com uma epidemia de cólera, a ONU estuda maneiras de começar a se retirar do país em 2016.

Até o fim de 2013, a operação militar brasileira no país custou R$ 2,1 bilhões. Segundo o Ministério da Defesa, 35% desse valor foi reembolsado pela ONU. Ao todo 30 mil militares passaram pela missão e 22 morreram - a maioria durante o terremoto de 2010.

Mas apesar das dificuldades, autoridades e especialistas avaliam que a missão tem sido positiva tanto para o Brasil quanto para o Haiti.
Haiti
Em linhas gerais, o cenário de segurança no Haiti foi estabilizado. Confrontos significativos entre rebeldes e capacetes azuis não ocorrem há sete anos e as estatísticas dos crimes comuns começaram a baixar no ano passado.

A estabilidade possibilitou ao Haiti realizar duas eleições presidenciais – conturbadas, porém livres – e trabalhar na reestruturação de sua força policial e também do sistema judiciário. Além disso, a presença militar abriu caminho para que ONGs internacionais oferecessem socorro a populações antes isoladas pela atuação de forças rebeldes.
"Em 2004 não se entrava em bairros como Cite Soleil e Bel Air. A parte de segurança melhorou bastante, hoje você anda a pé em lugares em que só se entrava dentro de blindados", disse o embaixador brasileiro Igor Kipman, que acompanhou toda a missão no país como responsável pela divisão de Caribe no Itamaraty e também chefiando a embaixada brasileira no país por três anos.

Mas essa melhora não significa que o país esteja totalmente calmo. A crise política e a ausência do Estado em determinados setores vêm deflagrando desde setembro do ano passado uma série de manifestações populares que por vezes se tornam violentas. Em muitas delas, os participantes pedem a queda do atual presidente Michel Martelly.
Após sofrer muitas baixas no terremoto, a polícia já está sendo reestruturada, mas apenas em 2016 deve ter condições de assumir a segurança no país sem a ajuda de tropas da ONU.
Na parte econômica, a existência da missão de paz como um todo tem injetado bilhões de dólares no Haiti. Somente após o terremoto de 2010 quase US$ 10 bilhões foram prometidos por países doadores para reconstruir a nação caribenha. Críticos disseram porém que uma parte considerável desse dinheiro não foi investida diretamente no país, mas na manutenção das estruturas de milhares de ONGs internacionais que operam no território.

Contudo, segundo Kipman, apenas a presença de militares e civis da Minustah (missão de paz no Haiti) no país - que compram produtos, alimentos, pagam aluguel e consomem serviços e entretenimento - injetou na economia cerca de US$ 8 bilhões na última década.

Na área de infra-estrutura, as três unidades de engenharia militar da Minustah - uma delas brasileira - asfaltaram grande quantidades de ruas, construíram inúmeros poços artesianos, desobstruíram canais e lançaram uma série de pontes sobre rios. Batalhões brasileiros e internacionais também realizaram ações sociais sistemáticas, que incluíram atendimento médico e odontológico, distribuição de suprimentos e de água.
Frustrações
Segundo o embaixador Kipman, a comunidade internacional lida hoje com um problema de "fadiga" na missão no Haiti. Parte disso está relacionado a uma herança cultural haitiana que faria certos segmentos da sociedade tenderem a rechaçar ações internacionais no país. "Essa foi uma marca que ficou na cultura do país desde a escravatura", afirmou o embaixador.

Com uma revolução escrava de grandes proporções, o Haiti foi a primeira nação americana a conquistar a independência do colonizador em 1804.

Os fatores político e burocrático também têm sido entraves - que dificultaram até iniciativas diplomáticas brasileiras. Em 2010, por exemplo, o presidente Lula prometeu a construção no país de quatro unidades médicas no modelo brasileiro UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A primeira delas deveria ter ficado pronta no mesmo ano, mas só saiu do papel em 2014.
O governo brasileiro disse que uma verba de US$ 70 milhões (R$ 157 milhões) está disponível. Mas o governo haitiano teria tido dificuldade para encontrar locais para a construção das unidades, o que atrasou o processo.

Outro grande projeto que tramita sem data para conclusão é a construção de uma usina hidrelétrica na região central do país, que ajudaria a suprir o déficit de energia do Haiti e impulsionaria o desenvolvimento de indústrias.

O projeto da usina foi elaborado pelo Exército brasileiro a um custo de R$ 4 milhões. Mas nunca se tornou realidade devido entre outros fatores à falta de financiamento por parte de outras nações doadoras e devido a uma polêmica envolvendo uma comunidade nativa que teria que ser removida do local.
Brasil
A participação brasileira na Minustah não trouxe mudanças apenas para o Haiti, mas também para o Brasil. As mais significativas sem dúvida foram o surgimento de uma onda de imigrantes haitianos que passaram a entrar em território nacional desde 2010, o aumento do prestígio internacional do país e as melhorias relacionadas à capacitação das tropas brasileiras que passaram por Porto Príncipe nos últimos dez anos.

As remessas internacionais de dinheiro feitas ao Haiti por imigrantes vivendo no exterior sempre foram parte importante da economia haitiana. Historicamente os principais destinos da diáspora haitiana eram os Estados Unidos e a vizinha República Dominicana. Mas desde o grande terremoto de 2010 as condições no país se degradaram e o Brasil passou a figurar como país de destino.
Naquele ano, apenas 39 haitianos entraram legalmente no Brasil. Mas desde então o número começou a subir rapidamente: 988 em 2011; 2.235 em 2012; 10.156 em 2013 e 4.294 até abril deste ano. Segundo a Polícia Federal, o número de legalizados passa hoje de 17.700.
De acordo com analistas, o contato com as tropas brasileiras e um discurso amigável de Brasília após o terremoto foram alguns dos principais fatores de atração.

Segundo o Capitão de Mar e Guerra Fernando José Afonso Ferreira de Sousa, do Ministério da Defesa, além do ganho de influência no cenário internacional, em termos militares e de proteção da soberania a participação em uma operação internacional de paz tem um efeito de dissuasão contra outras nações em cenário regional.

Além disso, segundo ele, a Minustah colaborou para uma melhoria na capacitação das Forças Armadas brasileiras, especialmente para participação em missões de paz.

De acordo com ele, a qualidade do militar brasileiro nesse tipo específico de missão já pode ser comparada à de combatentes americanos ou europeus. "O Brasil alcançou um patamar de desenvolvimento muito grande e se aproximou sobremaneira de países da Otan na questão de missões de paz".

Segundo Sousa, para atender as exigências da ONU em termos de qualidade de equipamentos militares, o país também promoveu uma melhoria nos equipamentos usados por suas forças armadas, especialmente nas unidades que passaram pelo Haiti.

E de acordo com ele, a missão em situação real ajuda os militares brasileiros não só em operações de paz. A missão forneceu experiência para o uso adequado (e moderado) da força em cenário urbano e ensinou o militar a respeitar a cultura do país estrangeiro - "o que se refletiu também em respeito à nossa própria cultura", disse o comandante.
O embaixador Kipman afirmou ainda que as táticas desenvolvidas para pacificar Porto Príncipe colaboraram para o desenvolvimento do modelo de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), usadas para reduzir a violência nas favelas do Rio de Janeiro.
"Para o Brasil foi uma aprendizagem extraordinária, não só profissional mas do ponto de vista humano. Do soldado ao general houve uma abertura de horizontes e eles voltaram com outra visão de Brasil, voltaram reconciliados com o país", disse Kipman.

De acordo com ele, esse ganho de experiência também aconteceu na área civil, com diplomatas, ONGs e órgãos como a Embrapa ganhando experiência excepcional que pode ser usada no Brasil.
"Considero que a missão tem sido um grande sucesso", disse Kipman.
*Luis Kawaguti é autor do livro "A República Negra" (Ed. Globo/2006) sobre a missão de paz brasileira no Haiti

Diretor da ONU quer Brasil em mais missões internacionais de paz


Trabalho de militares brasileiros no Haiti é excepcional e admirável, diz Edmont Mulet

As Nações Unidas precisam do Brasil em mais missões internacionais de paz em outros países. A afirmação é do secretário-geral assistente de Operações de Paz da ONU, Edmond Mulet, em entrevista exclusiva à BBC Brasil no Rio de Janeiro durante as comemorações dos dez anos da Minustah, missão de paz no Haiti liderada pelas forças brasileiras.
Nascido na Guatemala, o diplomata participou do seminário "Minustah e o Brasil: Dez anos pela paz no Haiti", na Escola de Guerra Naval da Marinha, na Urca. Para ele, que já atuou duas vezes como chefe da Minustah, o trabalho dos militares brasileiros é "excepcional e admirável".
O Brasil já participou de várias missões de paz ao longo dos anos, seja com observadores militares ou de outras maneiras, mas enviou tropas a apenas quatro: a missão de Suez, em 1956, do Timor Leste, em 1999, e atualmente a Unifil, no Líbano, e a Minustah, no Haiti.
Para Mulet, é imprescindível que esta participação continue e se expanda. Prova desta confiança foi a indicação do general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, que esteve à frente das tropas no Haiti, para chefiar a Monusco, missão da ONU na República Democrática do Congo.
Na entrevista, o diplomata, baseado em Nova York, que supervisiona 16 missões de paz da ONU ao redor do mundo falou sobre o trabalho de Santos Cruz, que completa um ano na África, e comentou ainda uma potencial expansão da atuação brasileira no Líbano e a inédita permissão do uso da força aos "capacetes azuis" atuando no Congo.
Confira os principais trechos:
BBC Brasil – O Brasil já participou de várias missões internacionais de paz nas últimas décadas e enviou tropas em quatro ocasiões. Agora que a Minustah completa dez anos, como o senhor avalia esta participação?
Edmond Mulet – Eu posso dizer, com toda certeza, que as tropas brasileiras atuam com profissionalismo, qualidade, e com um nível de comprometimento excepcional e admirável. Tendo servido duas vezes como chefe da missão no Haiti, fui testemunha deste trabalho, e posso dizer que a atuação deles faz uma grande diferença.
E sabendo que eventualmente a Minustah vai começar a ser reduzida e um dia será encerrada, a ONU está tentando motivar o Brasil a olhar além do Haiti, e analisar outras possibilidades em outras partes do mundo.
Em nome do Departamento de Operações de Missões de Paz, posso dizer que as Nações Unidas precisam do Brasil. Eu espero que os líderes políticos e militares do Brasil levem em consideração esta atuação além do Haiti, para que contribuam levando a paz e a estabilidade a outros lugares.
BBC Brasil – O que ainda é necessário fazer no Haiti antes que a Minustah possa ser encerrada e a ONU deixe o país?
Mulet – A ONU sempre terá uma presença no Haiti. Não necessariamente com uma missão de paz, com componentes militares e policiais, mas os programas de desenvolvimento e ajuda internacional continuarão lá, com certeza.
É preciso lembrar que uma missão de paz deveria ter curta duração e que os objetivos são atuar em situações de instabilidade e insegurança. E podemos dizer que no Haiti estas metas foram alcançadas. A capacidade da polícia nacional haitiana é excelente e dentro de dois anos eles devem atingir o número de 15 mil homens.
Sobre o que está pendente, acho que os haitianos precisam começar, sozinhos, a lidar com assuntos como o cumprimento da lei, do Estado de Direito, e o combate à impunidade. É necessário investir em infraestrutura, em desenvolvimento.
O Estado precisa ser reestruturado, as instituições ainda são muito frágeis. É necessário instaurar sistemas de registro civil, registro de propriedades de terra. É preciso convidar investidores internacionais a analisarem oportunidades para gerar renda e empregos.
O país tem um potencial de turismo enorme, com praias lindas e 1.700 quilômetros de costa, a uma hora apenas de distância dos Estados Unidos.
Seminário "Minustah e o Brasil: Dez anos pela paz no Haiti". Foto: UNIC Rio/Gustavo Barreto
O seminário "Minustah e o Brasil: Dez anos pela paz no Haiti" aconteceu no Rio de Janeiro
BBC Brasil – Em termos de moradia e segurança, dois assuntos cruciais, já que o terremoto deixou muitos sem casa e vitimou grande parte das forças policiais, o senhor acha que o país realmente já está em condições de caminhar sem a ajuda da ONU?
Mulet – Se você comparar os níveis de violência, em termos de sequestros, homicídios e outros crimes, com outros países do Caribe e América Central, o Haiti é provavelmente neste momento uma das nações mais seguras da região. Acho que os níveis de segurança e estabilidade no Haiti são aceitáveis agora.
BBC Brasil – O Brasil avalia enviar tropas terrestres à Unifil, missão de paz que monitora a costa do Líbano desde 1978, e onde o país mantém uma fragata com mais de 200 marinheiros e fuzileiros navais desde 2011. Houve algum avanço nas negociações?
Mulet – O Brasil tem contribuído com sua embarcação e um almirante brasileiro é o chefe do componente marítimo da Unifil. Eles têm feito um ótimo trabalho e espero que continuem. Quanto às tropas terrestres, há países como a Espanha, que estão reconfigurando seus contingentes na missão.
Eles buscam reduzir o número de homens presentes no Líbano, mas convidando países latino-americanos a enviarem tropas para atuarem dentro de seus batalhões. Ainda não há confirmação oficial de que o Brasil vá enviar tropas terrestres nem de que tenha aceito qualquer convite da Espanha para ter soldados "embedados" nos batalhões espanhóis.
BBC Brasil – Os países emergentes tendem a ter um papel cada vez mais forte em missões de paz da ONU?
Mulet – Sem dúvida. Países como Camboja, Mongólia e Vietnã, que nunca haviam participado de missões de paz, enviaram recentemente seus primeiros observadores militares. Muitas nações da Ásia Central e da Europa Oriental também começam a participar.
Mas também é preciso dizer que os países da Otan, que estiveram no Oriente Médio nos últimos anos, começam a fazer a transição de poder no Afeganistão e com isso poderão voltar a contribuir com as missões de paz da ONU, não só necessariamente com tropas, mas com expertise e equipamentos.
A Holanda, por exemplo, contribuiu com quatro helicópteros de ataque, uma unidade de inteligência e forças especiais para nossa missão no Mali. A Alemanha e os países nórdicos, como Islândia, Dinamarca e Suécia estão contribuindo com aeronaves, e nossa mais nova missão, que será estabelecida no dia 15 de setembro, na República Centro-Africana, também contará com contribuições de muitos países europeus, alguns com tropas.
BBC Brasil – O trabalho dos "capacetes azuis", como são conhecidos os soldados das missões de paz da ONU, sempre foi marcado pela contenção, mas no Congo, pela primeira vez, uma missão da ONU conta com uma brigada de intervenção, com autorização para o combate direto. Como isto pode afetar a visão do mundo sobre as missões de paz?
Mulet – Esta foi uma decisão tomada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, e temos que enxergá-la como parte de um esforço político maior na região. Eu não creio que este seja um modelo a ser replicado em outros países, em outros contextos.
Os 11 países que assinaram o acordo para a atuação da missão de paz na região dos Grandes Lagos aceitaram esta proposta, que na verdade foi sugerida por eles. Esta possibilidade do uso da força é uma ferramenta, um instrumento, para se atingirem os objetivos políticos mais abrangentes da região.
Cada missão de paz é completamente diferente e temos que nos adaptar com flexibilidade aos desafios e riscos de cada lugar onde atuamos.
REVISTA CARTA CAPITAL


Missão brasileira no Haiti completa 10 anos em meio a incertezas


Missão brasileira no Haiti completa 10 anos em meio a incertezas

Em 2004, quando recebeu o convite para liderar a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), o Brasil se via diante de uma oportunidade real de se projetar internacionalmente e assumir liderança no cenário regional. À época, o Haiti vivia o inferno, marcado pela violência entre gangues rivais e alto nível de instabilidade consequente da renúncia de Jean-Bertrand Aristide, que teve a vitória eleitoral de 2001 contestada pela oposição. Era a primeira vez que o Brasil tinha condições plenas de assumir uma missão de estabilização de paz, depois da expectativa frustrada em relação à de Timor Leste, minada pela crise econômica de 1999.
Quando os capacetes azuis brasileiros chegaram ao país da América Central a situação de vulnerabilidade era tamanha que o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, chegou a dizer que seria uma missão de longo prazo: com data para começar, mas não para acabar. Hoje, dez anos depois da liderança do Brasil na missão militar, a relevância da Minustah é reavaliada. Apesar de reconhecerem a importância da missão para a estabilidade no Haiti, especialistas questionam a permanência das tropas, e indicam a necessidade da criação de um planejamento para deixar o país em condições de se manter sozinho.
"Do ponto de vista internacional, se em um primeiro momento o Brasil ganhou projeção e respeito participando da Minustah e a comandando, hoje o País está desgastado e vêm perdendo essa projeção justamente porque não consegue sair do Haiti", avalia Suzeley Kalil Mathias, integrante do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional da Universidade Estadual Paulista (Unesp). "Concordo que a missão, pelo menos a missão militar, perdeu sua razão de existir. Tanto o Brasil, e principalmente a ONU, deveriam ter planejado como seria a saída do país."
Se em 2004 o Brasil gastou mais de 148 milhões reais com a Minustah, em 2010 (quando o Haiti foi devastado por um terremoto de 7 graus na escala Richter) esse valor pulou para 673,88 milhões de reais, e em 2013 ultrapassou 179,69 milhões de reais. No total, desde o início da missão, segundo o Ministério da Defesa – que se baseou em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) –, o Brasil investiu quase 2,12 bilhões de reais na missão do Haiti, tendo recebido de volta da ONU 742,72 milhões de reais (333,88 milhões de dólares).
“Creio que o custo financeiro é maior e mais difícil o retorno, razão pela qual, de uma forma geral, as missões de paz não são felizes nessa questão”, avaliou Mathias, a professora da Unesp. "É preciso enviar outro tipo de contingente, especializado em reconstrução de instituições, particularmente as de empoderamento da sociedade civil. É preciso criar alternativas de desenvolvimento e de segurança.”
Por decisão do Conselho de Segurança da ONU, em 2004 a Minustah recebeu um total de 7.500 militares e 1.897 policiais das Nações Unidas, oriundos de 20 países, incluindo Argentina, Canadá, Croácia, Filipinas, França e Jordânia. Desde então, a parte militar da Minustah sempre teve como comandante um militar brasileiro – atualmente o cargo é ocupado pelo José Luiz Jaborandy Junior.
Militares e especialistas em defesa que acompanham de perto os desdobramentos da missão veem o Haiti como um grande laboratório para o Brasil. “A Minustah apresentou para a política de defesa e das Forças Armadas a possibilidade de treinamento e maior expertise internacional. Com a missão, o Brasil ganhou reputação internacional nessa parte militar. E o resultado disso foi a escolha do general Carlos Alberto dos Santos Cruz para comandar a missão de paz no Congo", afirma Rafael Villa, pesquisador de temas ligados a defesa, segurança e América Latina na Universidade de São Paulo (USP). “É um grande ganho político", diz.
Atualmente, o Brasil conta com 1.173 homens de um total 5.824 soldados da força de paz. Compõem a missão ainda 2.425 membros da Polícia da ONU, 437 civis internacionais, 1.302 civis haitianos e 195 voluntários das Nações Unidas. Após o terremoto de 12 de janeiro de 2010, o governo brasileiro decidiu reforçar o efetivo militar no país e criou um novo batalhão brasileiro – o Brabatt 2. À época, o país assistiu à chegada de 20 mil militares de 10 países diferentes, em meio ao cenário de destruição: 240 mil mortes, 1,5 milhão de desabrigados, 600 mil desalojados, e a fuga de 4 mil presos.
Comandante do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), o coronel do Exército José Ricardo Vendramini vê no terremoto de 2010 um divisor de águas no andamento das operações da missão. Segundo ele, o tremor derrubou as estruturas físicas e sociais do Haiti, exigindo um recomeço. “A missão foi sacudida e o país, destruído. Após seis anos de continuada ascensão, a Minustah teve de partir quase do zero de novo”, disse. Para ele, trata-se de uma missão com quatro anos e não com dez.
Conselho de Segurança. Dentre as diversas motivações que levaram as tropas brasileiras ao Haiti, uma delas diz respeito ao peso do Brasil dentre os principais tomadores de decisão no xadrez geopolítico mundial. O desejo por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU é um sonho antigo do Brasil, que remonta à era Vargas. Assim, a ida ao Haiti foi vista como mais um argumento para o País pleitear uma posição fixa no órgão, ainda que sua tentativa não tenha sido suficiente. “Chefiar a missão militar é uma forma de o País dizer que merece ser tratado como uma liderança, apesar das resistências regionais, e que tem condições morais e até econômicas de ser liderança”, observou Mathias, da Unesp.
Se no campo da geopolítica e da diplomacia entre Estados esse objetivo não foi plenamente alcançado como gostaria do Brasil, dentro do Haiti o País alcançou uma relevância de repercussões inesperadas. "O fato de o Brasil ter ido lá e demonstrado poder fez com que os haitianos passassem a enxergá-lo como uma possibilidade de melhorar suas vidas”, explicou Villa, da USP, sobre a rota migratória pela qual 25 mil haitianos chegaram ao Brasil. “Antes, o destino principal dos haitianos era os Estados Unidos ou, em alguns casos, países vizinhos como a República Dominicana. Agora o Brasil entra como nova possibilidade."
Desafios. Criada com o objetivo de dar assistência ao governo de transição, particularmente à Polícia Nacional Haitiana, a Minustah deve ser encerrada quando o país centro-americano atingir certo grau de autonomia econômica e estabilidade política. Os militares brasileiros, no entanto, não sabem precisar quando e como isso pode ser alcançado, o que prolonga o tempo da operação militar. “Os objetivos conjuntamente traçados pelo governo haitiano e pela missão ainda não foram atingidos. A saída precoce de uma missão de paz pode ocasionar o recrudescimento do conflito e a volta da insegurança social. A Polícia Nacional Haiti, por exemplo, ainda não foi suficientemente treinada pela Minustah e ainda não atingiu os efetivos numéricos necessários para prover a segurança para todo o país”, observou o coronel Vendramin. “A presença da força militar ainda se faz imprescindível.”
O Haiti é atualmente o país mais pobre do Ocidente, com cerca de 80% da população de 9,9 milhões de habitantes abaixo da linha da pobreza. O terremoto de 2010, de acordo com dados do governos dos Estados Unidos, infligiu ao país um estrago total de 17,3 bilhões de reais (7,8 bilhões de dólares). Cerca de dois quintos dos haitianos dependem da agricultura, sendo a maioria em escala de subsistência.
Em palestra na última quarta-feira 28 na USP, Antonio Ramalho, professor da Universida de Brasília e assessor do Ministério da Defesa, disse visualizar dois possíveis caminhos para o Haiti. “Ou haverá o fortalecimento da Polícia Nacional e do Estado de direito ou o Conselho de Segurança decidirá, em outubro deste ano, pelo fim da Minustah. “No entanto, tenho dúvidas sobre o interesse da elite haitiana em promover a estabilidade”, ressaltou, ao lembrar que a saída das tropas brasileiras do Haiti pode começar de forma gradual a partir de 2016. Mas, mesmo que isso ocorra, afirma, “tínhamos de ter um plano de saída mais claro desde o início.”
PORTAL BRASIL


Setor aéreo define plano de contingência para Copa do Mundo


Aviação civil Planejamento contempla lista de aeroportos com histórico de fechamento por mau tempo no período do inverno

Os passageiros que embarcam e desembarcam em aeroportos com risco de fechamento por mau tempo durante a Copa ganharão atenção especial. Uma série de medidas que vão de lanche extra em aviões até o aumento na frequência das informações aos usuários serão adotadas pelos órgãos da aviação civil e pelas empresas aéreas no período do Mundial.
As ações integram o plano de contingência do setor para a Copa, acordado entre a Secretaria de Aviação Civil, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), Infraero, empresas aéreas e concessionários privados dos aeroportos. Ele define o que fazer em quatro aeroportos críticos, que costumam ser afetados por mau tempo no inverno e têm histórico de fechamento: Santos Dumont, Afonso Pena (Curitiba), Salgado Filho (Porto Alegre) e Guarulhos.
Uma das medidas prevê que o Comitê Organizador Local (COL) orientará as delegações a evitar voar para esses aeroportos em horários críticos – à noite e no começo da manhã. Caso haja viagens programadas nesses horários, as seleções serão aconselhadas a antecipá-las. A TAM, uma das transportadoras oficiais das seleções, abastecerá os aviões que levam os jogadores com combustível extra, que permita até três voos para aeroportos alternativos – para onde os voos possam ser direcionados caso o aeroporto de destino feche por condições meteorológicas. A Gol afirmou que também reforçará o "catering". Em caso de emergência envolvendo delegações, uma empresa foi contratada especialmente para dar apoio logístico em solo aos jogadores e convidados.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) será responsável por manter os passageiros atualizados sobre as condições do aeroporto. Avisos pelo sistema de som serão dados de 20 em 20 minutos. No caso do Rio de Janeiro, o transporte por terra do Santos Dumont ao Galeão será ampliado pelas companhias, que também reforçarão o número de funcionários nos balcões de check-in.
Todas as informações sobre a operação dos aeroportos serão transmitidas em tempo real para uma sala-mestra de controle, que concentrará os trabalhos das autoridades aeroportuárias. O "cérebro" do sistema de aviação civil funcionará na sede do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, no aeroporto Santos Dumont.
Além do planejamento para emergências meteorológicas, os órgãos envolvidos na operação dos aeroportos na Copa também definiram ações emergenciais a adotar caso haja algum incidente que provoque a interdição das pistas de alguns aeroportos. Merecem atenção os terminais muito distantes de aeroportos alternativos, como Manaus e Cuiabá, e o de Fortaleza, que sediará um dos jogos de mais alta procura da Copa, Brasil x México.
Duas empresas já disponibilizaram equipamentos especiais para remoção de aviões de pista, os chamados "recovery kits". A Anac reforçará a fiscalização nos pátios, especialmente da aviação geral, a fim de evitar obstruções de pista.
"Este é um ajuste fino do planejamento geral que já havia sido feito da operação dos aeroportos", disse o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco. "Não podemos evitar imprevistos, mas temos de estar preparados para responder a eles de modo que os passageiros e as delegações não enfrentem dificuldades", afirmou.

PORTAL TERRA


Salvador ganha reforço na segurança para Copa do Mundo



Faltam menos de duas semanas para que Salvador receba seu primeiro jogo na Copa do Mundo 2014, e os primeiros reforços para garantir a segurança da cidade durante a competição chegam neste domingo.
A fragata Niterói, da Marinha brasileira, chega a Salvador neste domingo para fazer a guarda marítima da capital. A partir de 12 de junho, o navio de guerra defenderá a costa da cidade juntamente a mais cinco navios e 11 embarcações subordinadas ao Comando do 2º Distrito Naval na Operação Copa do Mundo 2014. A fragata União, que passa por Salvador neste domingo para realização de testes, juntamente a Niterói, seguirá viagem para Natal no dia seguinte, onde realizará a mesma tarefa.
As embarcações, com capacidade para 217 tripulantes cada, terão a tarefa de monitorar o tráfego de embarcações nas áreas litorâneas das cidades-sede da Copa. Segundo informações da Marinha, os navios estão equipados com radares e sensores para vigilância aérea, de superfície e submarina, além de armamentos como o míssil antinavio MM-40 EXOCET, míssil antiaéreo ASPIDE, um canhão de 115 mm, com alcance de 22 Km, dois canhões antiaéreos automáticos de 40mm, com capacidade para neutralizar mísseis hostis, dois lançadores triplos para torpedos Mk-46 e lançador de foguetes antissubmarino.
Além da chegada de homens da Marinha, Salvador irá receber reforços também do Exército e da Aeronáutica, totalizando um acréscimo de 2.300 militares ao efetivo local. As tropas irão atuar de modo integrado com as Polícias Militar, Civil, Rodoviárias, além da Guarda Municipal, órgãos de trânsito e Defesa Civil.
Tropas também serão enviadas para Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e Mata de São João, que serão sedes de Alemanha, Croácia e Suíça, respectivamente. Além disso, como Salvador recebe jogos de seleções de grande expressão, além do confronto entre Bósnia e Irã, haverá atuação juntamente a Interpol, segundo o secretário especial para assuntos da Copa, Ney Campello.
"Teremos um jogo entre Bósnia e Irã aqui e, apesar de não sermos uma nação com questões internacionais de ódio religioso, teremos de ter cuidados especiais para esta partida também. Haverá, juntamente com a Interpol, a elaboração de um plano de inteligência específico para observar o acesso dos torcedores ao estádio e a movimentação: por onde eles entram, de que maneira se comportam", declarou.
O efetivo militar irá exercer funções como controle do espaço aéreo e monitoramento terrestre, patrulhamento contra ameaças químicas, biológicas e nuclear, ações antiterroristas, monitoramento de fronteiras e segurança cibernética.
As Forças Armadas farão a patrulha das estruturas e áreas diretamente ligadas ao Mundial. Neste conjunto, encontram-se as áreas em volta da Arena Fonte Nova, os centros de treinamento das seleções, as Fan Fests, a rede hoteleira, os locais de exibição de jogos e pontos turísticos em Salvador e interior da Bahia. Também será formada "Força de Contingência" com militares que não estarão nas ruas, mas que podem ser acionados, conforme ordem do governo ou da presidência.
JORNAL DIÁRIO CATARINENSE


Avião de pequeno porte cai em Schroeder, no Norte de SC


Queda ocorreu na localidade de Bracinho. O piloto não se feriu e o tripulante sofreu um corte profundo na cabeça e está internado em hospital de Jaraguá do Sul

Ainda não se sabem as causas que levaram à queda de um avião de pequeno de porte dentro de uma chácara na localidade de Bracinho, em Schroeder, na tarde deste sábado. Dentro da aeronave estavam o piloto e um acompanhante. O piloto de 34 anos, que seria também empresário na região, sofreu apenas escoreações e foi liberado ainda no local pelos bombeiros, já o tripulante, que seria um agricultor de 37 anos, teve um corte profundo na cabeça e foi internado no Hospital São José, de Jaraguá do Sul.
Segundo informações de algumas pessoas que estavam no local (e que não quiseram se identificar), o piloto teria decolado por volta das 14h30. Minutos depois, uma das asas pendeu para um dos lados, e o piloto tentou arremeter (procedimento em que o piloto da aeronave, durante o pouso, decide voltar a subir, como se estivesse decolando novamente), Ele acabou perdendo o controle do avião e bateu em um dos galpões do sítio de onde havia decolado. A batida assustou moradores de pelo menos 300 metros do local, já que o barulho parecia com o da batida de um carro.
Logo em seguida, os bombeiros e a Polícia Militar foram chamados e o local foi isolado. A chácara permaneceu fechada durante toda a tarde deste sábado e ninguém de fora pode ter acesso. Enquanto isso, o avião foi removido por pessoas que estavam no local para um galpão fechado. O modelo e ano de fabricação do avião não foram informados, assim como a Polícia Militar ainda não sabe se o piloto estava com a licença em dia para voar.
Segundo a mãe do agricultor, que era um dos tripulantes da aeronave, seria a primeira vez que o filho iria voar. Ele prestava serviço para o dono da chácara, onde existe a pista de pouso e decolagem em Schroeder e foi convidado para voar pelo piloto. Ela soube do acidente por meio da nora que estava com o marido no hospital.
Nem os bombeiros ou a PM souberam informar se o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) de Porto Alegre foi comunicado sobre o acidente.
Em novembro do passado, um avião caiu na localidade de Ribeirão do Salto, interior de Guaramirim. Dentro da aeronove estavam o piloto e mais dois tripulantes que não se feriram, graças a um dispositivo de segurança do avião que aciona um paraquedas quando a arenove está com risco e suaviza a queda. O avião caiu sobre coqueiros a 20 metros da casa de uma família de agricultores.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Ministro da Aviação Civil diz que só mau tempo pode prejudicar aeroportos na Copa



 O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, disse hoje (31) que os aeroportos estão preparados para a Copa do Mundo e apenas condições climáticas podem afetar o funcionamento. A afirmação foi feita durante encontro de estudantes de direito em um hotel da zona sul da cidade do Rio de Janeiro.

"Não tenho condição de negociar com São Pedro. Se o Aeroporto Santos Dumont [que opera voos domésticos na cidade do Rio] fechar [por causa do mau tempo], isso impacta todo o sistema. E aí, atrasam [os voos]. Tirando esse episódio, do ponto de vista da aviação, estamos preparados para receber a Copa”, disse Moreira Franco.

Exército terá 300 homens para atuar em caso de atentado nuclear e biológico


Durante a Copa do Mundo, o principal foco de atenção dos militares será o Estádio do Maracanã, que sediará sete jogos do torneio, entre eles a final, no dia 13 de julho

Cerca de 300 homens do Exército ficarão de prontidão na cidade do Rio de Janeiro para atuar em resposta a eventuais atentados envolvendo agentes químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares, durante a Copa do Mundo. O principal foco de atenção dos militares será o Estádio do Maracanã, que sediará sete jogos do torneio, entre eles a final, no dia 13 de julho, mas equipes estão de prontidão para atuar em outros possíveis alvos de ataque, como estações de metrô.
A informação foi divulgada neste sábado (31/5) pelo chefe da Divisão de Defesa Química, Biológica e Nuclear do Centro Tecnológico do Exército, tenente-coronel Paulo Cabral. “Antes do evento, é feita uma análise de risco em vários locais em que pode acontecer um evento desse tipo e eles são reconhecidos previamente”, disse o oficial.
Segundo ele, entre as funções do Exército estará a identificação do agente usado no atentado e o atendimento a vítimas desses ataques, para que elas possam ser descontaminadas. Para isso, os militares trabalham com tendas, que podem ser montadas nos locais do incidente.
"Elas [as pessoas com suspeita de contaminação] passam por uma descontaminação primária e é feita uma triagem nesse pessoal, para verificar se estão contaminadas ou não e o nível de contaminação. Aquelas que estiverem contaminadas devem passar pelo posto de descontaminação total. A gente usa algumas soluções [medicamentos líquidos] preparadas para que seja feita a descontaminação”, disse Cabral.
Na manhã de hoje, as Forças Armadas e os bombeiros fizeram uma simulação de um atentado com uma bomba radioativa dentro de um vagão de metrô. Funcionários do metrô levaram cerca de 20 minutos para atender a cerca de 15 pessoas que simulavam estar feridas. Depois, chegaram militares das Forças Armadas e bombeiros para dar prosseguimento ao socorro médico.
Primeiro, os “feridos” foram encaminhados a uma tenda de descontaminação primária do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros e, depois, para a tenda de descontaminação total do Exército. A simulação foi feita na Estação Cidade Nova, no centro, que fica fechada nos finais de semana.

OUTRAS MÍDIAS


CBN (FOZ)



Operação Ágata apreende mais de 1t de drogas no AM e outros 3 estados

Mais de uma tonelada de drogas, além de mercadorias contrabandeadas e de descaminho avaliadas em mais de R$ 166 mil foram apreendidas durante a Operação Ágata 8, em quatro estados da Amazônia Ocidental. As Forças Armadas realizaram ações ostensivas entre os dias 10 e 22 de maio. O balanço foi divulgado nesta sexta-feira (30).
Na Amazônia Ocidental, o Comando Conjunto da Operação Ágata 8 apresentou o balanço geral das atividades interagências realizadas na região, que foram desenvolvidas desde a faixa de fronteira até Manaus.
Um efetivo de cerca de 10 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica participou da operação no Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre. As ações contaram com apoio de agentes das Polícias Federal e Rodoviária Federal, Polícia Militar e de agências governamentais dos estados da Amazônia Ocidental.
Durante 13 dias de operação, 5.469 veículos e aeronaves foram inspecionados ou vistoriados nas 340 patrulhas navais, aéreas e terrestres. O volume de embarcações inspecionadas, notificadas e apreendidas foi de 6.641.
 Ao todo, 1.088 kg de entorpecentes, 33 armas e munições foram interceptados. As mercadorias de contrabando e descaminho recolhidas estão avaliadas em R$ 166.080. As forças de segurança apreenderam também 5.564 litros de combustíveis e 33m³ de madeira ilegal.
Para o Comando Militar da Amazônia (CMA), as ações demonstram a capacidade do Estado brasileiro, com suas instituições e órgãos de controle, em se articularem na Região Amazônica.
Segundo o comandante militar da Amazônia, general Guilherme Theophilo, as ações da Operação Ágata 8 alcançaram êxito. "Começamos fazendo um pequeno cinturão defensivo no entorno dos delitos transfronteiriços. Terminamos no último dia 22 a primeira fase da operação e efetuamos bastantes apreensões", destacou.
A operação foi coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), criado por decreto da presidenta Dilma Rousseff, em junho de 2011. No total, 17 mil km de fronteira, sendo 9 mil km da Amazônia Ocidental receberam as ações conjuntas da operação que é realizada pelo Ministério da Defesa. Além das fiscalizações, ações cívico-sociais foram desenvolvidas na área da Amazônia Ocidental.
Veja números da operação:
         Operação Ágata 8 Ação Quantitativo Inspeções/vistorias (carro, coletivo, caminhões, pessoas, aeronaves e outros) 5.469 Patrulhas navais, aéreas e terrestres 340 Embarcações inspecionadas/notificadas/apreendidas 6.641 Armas e munições apreendidas 33 Combustíveis 5.564 litros Madeira ilegal 33m³ Mercadoria contrabando ou descaminho R$ 166.080 Drogas 1.088 kg Fonte: CMA



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