NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/06/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
PAINEL
Pressionada, Dilma anuncia que gastos de viagens presidenciais não serão sigilosos
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Análise: Vant militar, mais conhecido como drone, é guiado pela questão política
RICARDO BONALUME NETO - DE SÃO PAULO
Para que serve um avião de guerra? E por que ele precisaria de um piloto? Respondendo a essas perguntas os militares em anos recentes chegaram a uma conclusão: muito do que faz um avião pilotado pode ser feito por um sem piloto. E pode fazer algo que os aviões tripulados não fazem tão bem, por exemplo, ficar horas e horas voando. Robôs voadores não precisam descansar.
A tecnologia demorou para permitir isso. Esses aparelhos eram chamados pejorativamente de brinquedos. Seriam meros aeromodelos, não máquinas de guerra. Mas agora a tecnologia está se vingando dos detratores, até demais.
Os chamados Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), sigla tirada do inglês "Unmanned Aerial Vehicle" (UAV) estão na linha de frente da chamada "guerra ao terror" promovida pelos Estados Unidos. E se tornaram polêmicos pelo seu uso excessivo.
Voltando à pergunta inicial: para que serve um avião de guerra? Eles começaram servindo na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), poucos anos depois de desenvolvidos em várias partes do mundo, para o reconhecimento do território inimigo. A grande "arma" desses pioneiros aviões de guerra era a máquina fotográfica.
Com o aperfeiçoamento das aeronaves, passaram a ter metralhadoras para derrubar outros aviões (os chamados "caças"), ou então portar bombas (os chamados "bombardeiros"). Mas todos precisavam de pilotos para guiá-los até o alvo.
Só depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que a eletrônica começou a permitir a possibilidade de um avião sem piloto. Os primeiros casos foram fracassos. Talvez o mais emblemático foi o minihelicóptero antisubmarino Dash ("Drone Anti-Submarine Helicopter"), da Marinha dos EUA, da década de 1960.
O Dash deveria simplesmente transportar um torpedo antissubmarino mais longe do seu navio; não precisava fazer nada muito elaborado, mas mesmo assim fracassou. Como resultado, as marinhas passaram a usar helicópteros normais, tripulados, bem mais versáteis.
Com o desenvolvimento da eletrônica desde então, especialmente com a miniaturização de componentes, puderam surgir VANTs com aplicação militar. Sensores a bordo permitem reconhecimento de dia ou de noite; e vários modelos são armados com mísseis ar-terra (contra alvos no solo).
Assim como aconteceu com a aviação tripulada, os VANTs surgiram primeiro para reconhecimento, depois para combate.
A grande vantagem das aeronaves não tripuladas é política. Se o inimigo abate uma delas, não há risco de ter um piloto morto ou capturado. Basta lembrar um exemplo clássico: a derrubada em 1960 pela União Soviética de um avião de reconhecimento americano U-2. O piloto, Francis Gary Powers, foi capturado, para grande embaraço diplomático do governo dos EUA.
Nenhum avião tripulado consegue fazer o que faz o americano RQ-4 Global Hawk. Voa a cerca de 20.000 metros de altitude, com alcance de 6.000 km, e tem 24 horas de autonomia. Não existe piloto capaz de ficar um dia inteiro vigiando um alvo.
"Pilotar" um VANT é uma forma mais segura de "combate": o operador está a salvo em terra em uma base aérea sentando na frente de um console, quiçá a milhares de quilômetros de distância.
Mas a dificuldade em identificar alvos com precisão pode fazer com que civis sejam mortos, os tais "danos colaterais". Essa é a grande polêmica do momento em relação aos "drones".
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Acessível, drone 'doméstico' exige cautela
Modelo popular custa R$ 1.500 no Brasil; profissional alerta que, para voar sobre pessoas, experiência é essencial Curso de aeromodelista pode ajudar quem quer pilotar um drone por diversão ou para fazer filmagens aéreas
YURI GONZAGA - DE SÃO PAULO
Os drones, ou Vants (veículos aéreos não tripulados), estão crescendo em popularidade não só entre forças armadas, mas também entre pessoas comuns. Seu uso, contudo, exige cuidados semelhantes ao do aeromodelismo para acidentes serem evitados, segundo profissionais que usam a ferramenta.
"Tem muita gente comprando drones hoje e que acaba fazendo coisas perigosas, como voar sobre pessoas", diz Eric Bergeric, diretor da empresa idrone.tv, que faz filmagens aéreas com veículos que ele mesmo constrói. "Imagina se um equipamento de 5 kg cai na cabeça de alguém. É um perigo", diz.
O fotógrafo diz que resolveu fabricar seus próprios drones para contornar o alto custo do aluguel de helicópteros tripulados para fazer imagens de vista superior. O preço total dos componentes de um dos veículos que criou, contudo, não é baixo: cerca de R$ 15 mil.
Luis Neto, dono da produtora GoCam (gocam.com.br), usa drones comprados prontos, como o s800, da Dji Innovations (R$ 4.900). É aeromodelista por hobby e diz que uma das maneiras para se começar a pilotar um drone é fazer um curso de aeromodelismo em um clube, mas que também é possível aprender por conta própria.
"É preciso ter bastante prática e prestar atenção a detalhes como a carga da bateria e peculiaridades do local."
Nos protestos da semana passada, Neto foi o responsável pelas imagens aéreas feitas por drones para a Folha (veja em folha.com/tv).
Em uma estimativa conservadora, um levantamento feito pelo site G1 em março concluiu que há, pelo menos, 200 drones voando no país.
Basta fazer uma busca em um site de compras brasileiro para encontrar diversos modelos completos, cujos valores variam de cerca de R$ 400 até R$ 15 mil.
Um dos modelos mais populares, o AR.Drone, da americana Parrot, custa R$ 1.500 no Brasil (bit.ly/droneparrot).
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TVs e jornais pelo mundo começam a usar drones em coberturas
NELSON DE SÁ - DE SÃO PAULO
O uso de drones pelo jornalismo, que antes se restringia a fotos ou documentários, começa a se disseminar pelas coberturas "quentes".
É o que afirma Robert Picard, diretor de pesquisa do Instituto Reuters, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, ao ser questionado sobre experiências como a do TV Folha - que usou drone para a cobertura dos protestos da semana passada.
Picard lançou há duas semanas um relatório do instituto sobre "Oportunidades e desafios dos drones na coleta de informações" e, na semana passada, comandou um dia inteiro de debates no congresso da Global Editors Network (GEN), em Paris.
"Uma série de grandes emissoras, como a CNN, a BBC e a ABC australiana, estão agora experimentando com o uso de drones para o jornalismo diário", diz ele. "Alguns jornais também."
O uso já chegou até à cobertura de zonas de guerra como Afeganistão e Síria, para garantir imagens de perspectivas diferentes, tomadas de posições "inseguras".
Um dos maiores desafios na nova atividade, diz Picard, é a ausência de regulação para o uso civil de drones, sobretudo do ponto de vista de segurança. Mas "as autoridades de aviação civil internacional já estão se mexendo para estabelecer padrões", o que deverá chegar "à maioria dos países em algum momento", inclusive ao Brasil.
Os debates no congresso jornalístico, na última quarta, também se concentraram em regulação. Representantes de BBC e ABC lamentaram que a insegurança normativa dificulta investir mais.
As regras já estariam mais definidas no Reino Unido, afirmou Guy Pelham, da BBC, porém: "Devo manter os mesmos princípios quando vou para um país em desenvolvimento, onde não há qualquer regime regulatório?".
Além da regulação de segurança, o uso crescente dos drones se reflete em outras frentes. Uma "questão especialmente importante", diz o diretor do instituto Reuters, é "o quanto se intrometem na privacidade das pessoas, quando sobrevoando."
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Aeronaves não tripuladas terão regras para utilização
Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, representantes da Polícia Federal e da Aeronáutica falam de experiências bem-sucedidas que podem auxiliar na regulamentação do setor
Em audiência pública sobre regulamentação dos veículos aéreos não tripulados (vants, também chamados drones) para uso civil, comercial e militar, ontem, na Comissão de Relações Exteriores (CRE), o delegado da Polícia Federal Wellington Soares Gonçalves explicou que os vants estão sendo usados de forma bem-sucedida pela corporação.
Adotados em caráter experimental em 2009, os vants têm sido usados como ferramentas de inteligência e auxiliado na apreensão de drogas e prisão de pessoas, principalmente na região de fronteira do país.
Segundo o delegado, há duas aeronaves não tripuladas em uso pela Polícia Federal, com autonomia de 30 horas de voo, podendo percorrer 3 mil quilômetros e antecipar informações aos policiais em operação. Gonçalves assegurou que a preocupação com a segurança dos vants é prioridade — pilotos da Polícia Federal que controlam as aeronaves têm certificação de piloto comercial e a maior formação possível dentro da aviação comercial.
Vants têm se popularizado no mundo devido ao baixo custo e às inúmeras aplicações, como controle e fiscalização do espaço aéreo e do território federal, monitoramento ambiental, de trânsito e patrimonial, avaliação de catástrofes e segurança pública.
O coordenador do comitê de vants da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança, Antônio Castro, defendeu a regulamentação, como forma de as indústrias expandirem os negócios para o mercado comercial. Estudo recente do setor, citado por Castro, identificou que, com a colaboração da aeronave não tripulada na agricultura, a produção de cana aumentou em 20%. A expectativa é de permissão para atuar em faixas mais baixas que a aviação de passageiros.
Autora do requerimento do debate, junto com Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Ana Amélia (PP-RS) leu perguntas enviadas por cidadãos que acompanharam o debate pelo Portal e-Cidadania e pela TV Senado. Uma delas questionava restrições do uso militar e do compartilhamento de informações. Representante do Estado-Maior da Aeronáutica, o coronel-aviador Paulo Ricardo Laux assegurou que o uso bélico só é permitido em estado de guerra.
A gente fica orgulhosa de ver a atuação do país e o compromisso com a segurança nessas operações — elogiou Ana Amélia, ao avaliar a audiência como “muito rica e extremamente produtiva”.
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Manual de uso deve ser publicado em 2014
A Força Aérea Brasileira e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estão trabalhando na regulamentação do uso militar e civil dos vants. Representantes dos dois órgãos afirmaram que grupos técnicos dedicam-se à construção das normas e que regras iniciais já começam a ser adotadas. Para 2014, está prevista a publicação de um manual sobre o uso do equipamento, e um cronograma de ações foi definido até 2018. A segurança é a principal preocupação.
O presidente da CRE, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), explicou que questões como segurança, privacidade, responsabilização por danos e faixas de frequência de comunicação devem ser consideradas. É preciso ainda ter cuidado com o mau uso do equipamento, que tem capacidade de monitorar informações privadas e oferece risco de colisão com aviões tripulados e de queda em áreas habitadas.
O coronel-aviador Laux afirmou que já existem regras iniciais sobre o uso militar dos vants, em testes na Força Aérea desde o início de 2008. Além do uso exclusivo por pilotos experientes, disse ele, os voos ocorrem somente em espaço aéreo segregado.
O representante da Anac, Roberto José Honorato, disse que está sendo elaborada proposta de ato normativo para uso não experimental. Ele destacou que a indústria do setor vem desenvolvendo soluções para que a operação seja cada vez mais segura.
O major-aviador Cyro André Cruz, comandante do 2º Esquadrão do 1º Grupo de Comunicações e Controle da Aeronáutica, explicou que a Organização da Aviação Civil Internacional, agência especializada das Nações Unidas para navegação aérea internacional, tem se dedicado à elaboração da regulamentação de vants. O Brasil, disse, tem participado das reuniões e já definiu alguns pontos importantes, como qualificação de pilotos. Outra questão é a confiabilidade dos controles remotos do equipamento.
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Exército prepara tropa para a Copa
O comandante militar do Nordeste, general de Exército Odilson Sampaio Benzi, esteve, ontem, no aquartelamento do 23º Batalhão de Caçadores (23º BC), em Fortaleza para presidir uma Formatura de Apronto Operacional das tropas das Forças Armadas que estão na Capital para realizar ações de defesa na Copa das Confederações.
Estiveram presentes ao evento militares da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira. Também foram apresentados os equipamentos e as viaturas empregados na Capital durante os jogos.
Antes mesmo da chegada do general Benzi, cerca de 110 homens das Forças Armadas já estavam perfilados à espera do início do evento. Tanques e até uma retroescavadeira foram apresentados na tarde de ontem.
De acordo com o comandante da 10ª Região Militar, general de divisão Carlos Cesar Araújo Lima, o Exército está em Fortaleza para assegurar que os jogos da Copa das Confederações transcorram dentro da sua normalidade. "Temos 3 mil homens em Fortaleza para assegurar que nada saia da normalidade", comentou o general.
Ação
No entanto, ele ressaltou que as Forças Armadas vão entrar em ação somente se a Policia Militar do Ceará for impedida de cumprir as suas missões. "Até agora, isso não aconteceu e, por isso, não tivemos que substitui-los", adiantou.
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UFMG quer afastar conflito
Reitor sugere que ação da PM ocorra em local mais distante da entrada do câmpus. Grupo vai analisar presença do Exército
Tiago de Holanda
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) formou uma comissão para discutir com o Exército e o governo estadual formas de defesa do câmpus Pampulha durante passeatas que percorram a Avenida Presidente Antônio Carlos. Uma das opções cogitadas pelo reitor Clélio Campolina é que a Polícia Militar e a Força Nacional de Segurança atuem em local mais afastado da UFMG. Ele disse que, após conversar com autoridades, aprovou a presença do Exército no sábado. O confronto ocorreu na entrada da instituição. O grupo foi criado ontem e é composto por professores, funcionários técnico-administrativos e estudantes, além de Campolina.
"Estamos buscando formas alternativas para a defesa do patrimônio e do pessoal da universidade, evitando conflito com manifestantes. Até agora, não há nada decidido", diz Campolina. "Nossa sugestão é que o controle pelas forças militares seja feito mais afastado (do câmpus). Sábado, o conflito se deu na porta da UFMG", acrescenta. Durante o confronto, homens do Exército protegeram o câmpus Pampulha, propriedade da União, e chegaram a atirar bombas de gás lacrimogêneo para rechaçar pessoas que destruíram cercas do terreno e tentaram invadir o estacionamento. "O Exército só agiu na hora em que derrubaram a cerca", explica o reitor. Policiais da Força Nacional também atuaram na área.
Campolina afirma que aprovou a presença das Forças Armadas após conversar com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o governador Antonio Anastasia. "Eles me ligaram. Houve um entendimento no final de sexta-feira de que as instalações da universidade seriam usadas para abrigar homens do Exército", relata. "Não fui pressionado. Foi tudo feito mediante entendimento", reforça. Os militares se retiraram do câmpus logo após a situação se normalizar, informa o reitor. Ele diz não saber se eles voltarão à área na quarta-feira, durante o jogo entre Brasil e Uruguai. "Não vou falar de hipóteses."
Criada em reunião do conselho universitário, órgão máximo de deliberação da UFMG, a comissão se reuniu ontem com o general Vicente Gonçalves de Magalhães, comandante da 4ª Região Militar do Exército. "Ele disse que apenas acata ordens da Presidência da República", informa o reitor. Agora, o grupo planeja se encontrar com representantes da PM, da Polícia Civil e da Força Nacional. O reitor nega que o conselho tenha decidido se opor à atuação de militares na universidade, ao contrário do que divulga o Diretório Central de Estudantes (DCE) da instituição. "O conselho está preocupado com a presença militar no câmpus, mas não houve nenhuma decisão. Apenas criou uma comissão", conta. O conselho deve se encontrar novamente hoje.
CONTRA Coordenador-geral do DCE, Jorge Afonso Maia é um dos membros do conselho universitário. Ele participou da reunião de ontem e disse que o conselho "não quer as tropas no câmpus". Para ele, "a UFMG não deve servir de base à PM, à Força Nacional ou ao Exército." No entanto, Maia lamenta o fato de o conselho, segundo ele, ter aprovado a decisão de permitir a presença do Exército no sábado. "A ação só serviu para reprimir. Foi de ataque aos manifestantes, não de defesa do patrimônio. Os militares usaram a UFMG como local estratégico", critica.
Cerca de 150 estudantes participaram de "ato em repúdio à postura do reitor" na frente do prédio da reitoria, no câmpus Pampulha. O grupo afixou faixas e cartazes com críticas à Fifa, à PM e ao reitor. "Campolina, você nos envergonha", lia-se em um cartaz. "Fifa, aqui não", sentenciava outro. "O câmpus é nosso, não é da polícia", afirmava mais um. Depois, os estudantes realizaram uma assembleia. "Temos que ser inflexíveis. Somos contra a presença da Força Nacional e o Exército. Quanto a isso, não há negociação. Queremos que quarta-feira o câmpus esteja aberto para o povo entrar", discursou Juliana Rocha, presidente da Associação Nacional de Estudantes Livre (Anel).
Alguns alunos acreditam que policiais militares também tenham usado o câmpus sábado, durante o confronto com manifestantes. "Muitos jogaram bombas de dentro da UFMG, em um ataque covarde. Isso gerou uma indignação muito grande. Um lugar que, historicamente, serviu para fomentar o movimento estudantil está fazendo o contrário", acusou o presidente do Diretório Acadêmico de Letras, Márcio Leite.
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Coluna Mário Fontana
Salão de Aeronáutica
Encerrado no domingo, o Salão Aeronáutico de Le Bourget – Airshow Paris 2013, o maior do mundo, registrou vendas de aeronaves comerciais nunca dantes registradas. Airbus, Boeing e Embraer nadaram de braçada. O total de encomendas foi superior a US$ 100 bilhões. Haja avião comercial. Novamente, a grande disputa ficou entre produtos da Airbus e da Boeing. Houve apresentação do A-350 e do A-320Neo, da Airbus. A Boeing contra-atacou com o Dreamliner e o 737 MAX.
Curiosamente, o fuxico em Le Bourget ficou por conta do setor de aviões militares. Caças franceses, norte-americanos, russos e suecos deram shows espetaculares nos céus de Paris. Mesmo assim, não espantaram a fofoca de que em futuro não muito longínquo grandes caças serão substituídos pelos temidos drones, não tripulados. Além de poupar material humano, fazem o mesmo efeito nas guerras e custam muito menos. Tem gente que não acredita.
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Apenas presidente tem poder de convocar Forças Armadas
DE BRASÍLIA
Apesar de ser considerada remota hoje dentro do governo federal, a decisão de mandar as Forças Armadas às ruas para garantir "lei e ordem" cabe exclusivamente à presidente Dilma Rousseff.
Para que tropas do Exército, Marinha e Aeronáutica garantam a segurança, uma lei complementar sancionada em 1999 prevê que o chefe do Executivo haja por conta própria ou a pedido do Supremo Tribunal Federal, da Câmara ou do Senado.
No entanto, é preciso que os governadores de Estado reconheçam formalmente o esgotamento do aparato de segurança, atestando o estado das polícias (Federal, Rodoviária, Ferroviária; e Militar e Civil dos Estados) como "indisponíveis, inexistentes ou insuficientes".
O emprego das tropas, contudo, precisa ser por tempo determinado e numa área previamente estabelecida.
Segundo a Folha apurou, nem mesmo diante do agravamento da onda de saques e depredação, Dilma tem a intenção de acionar as Forças Armadas. Mas a presidente está disposta a mobilizar as tropas caso governadores solicitem ajuda.
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Grupos convocam atos anticorrupção e defendem militares
Amanhã, haverá mais 2 protestos em São Paulo; para a organizadora Carla Zambelli, não há mais direita e esquerda
Nataly Costa
Em diversos eventos pulverizados pelo Facebook, grupos que não se intitulam anem de direita nem de esquerda" convocam atos anticorrupção em várias cidades brasileiras. Alguns defendem a volta das Forças Armadas ao comando do País e todos clamam pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), além de serem contra "qualquer bandeira" fora a brasileira em protestos.
Embora partam de comunidades distintas nas redes sociais, as lideranças formam grupos afins, que divulgam os eventos uns dos outros. A página do Facebook nas ruas, moderada pela ativista Carla Zambelli, funciona como âncora para espalhar atos de várias organizações.
Em São Paulo, por exemplo, para o mesmo horário e local (17 horas de amanhã, em frente ao Masp) estão marcados os atos Por Um Brasil Melhor e Menos Corrupto e Reconstruindo o Brasil - este último organizado pela Organização de Combate à Corrupção (OGC), que defende a volta do militarismo.
"Roubamos a pauta porque o Movimento Passe Livre tem um tema muito restrito, que não nos representa. Eles insistem em dizer que o tema é reforma agrária e mobilidade, mas o povo brasileiro provou que a luta é contra corrupção. No protesto de quinta, ninguém tinha cartaz de reforma agrária", diz Carla. "Só "petralha" para dizer que o movimento anticorrupção é "vago". Se não for pelo amor é pela dor, a gente quer parar o Brasil mesmo."
Carla defende que "não existe direita e esquerda mais, mas o que é bom e o que é ruim". Diz não defender a ditadura militar, mas faz ressalvas. "Talvez eles (grupos que defendem o militarismo) estejam certos em dizer que Forças Armadas tenham de tomar conta. A gente quer que os fichas-sujas saiam do Senado e do Congresso. Mas como tirá-los? Não há demissão. Então a Comissão de Ética tem de entrar, ou as Forças Armadas tirá-los dali", diz.
"Mas eu acho que não precisa ser as Forças Armadas, pode ser o próprio povo."
Para o fundador do Revolta dos Online - que também convoca as manifestações anticorrupção Marcello Reis, "não é o momento" de falar se o grupo é contra ou a favor do militarismo. "Não achamos que agora há necessidade de falar isso. Não é que nós somos contra ou a favor (da intervenção armada). Se for necessário, sim."
Reis acredita que uma alternativa ao regime militar é a redução dos partidos a cinco - dois de direita, dois de esquerda e um de centro. "Temos mais de 40 partidos, mas não temos 40 ideologias. Uma solução imediata, se houvesse o impeachment da Dilma, seria deixar o Joaquim Barbosa por seis meses como presidente até que fossem convocadas novas eleições, das quais só participariam partidos fichas-limpas."
Sem bandeiras. Carla, que também mantém o Movimento Pátria Minha, é a favor de que se queimem "todas as bandeiras que aparecerem em manifestação". "Se aparecer com a bandeira do PSDB vamos queimar do mesmo jeito. Mas peraí, PT, você é um dos principais culpados da manifestação! Que vá com a camiseta doBrasil."
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França discute fornecimento de caças Rafale para o Qatar
DA REUTERS, EM DOHA
Empresas francesas fizeram ofertas de fornecimento de equipamentos militares para o Qatar, incluindo equipar sua força aérea com aviões de combate Rafale, Fabricados pela Dassault, disse o presidente François Hollande, no domingo.
A França é o principal fornecedor militar do estado do Golfo e Hollande disse que tinha discutido futuros fornecimentos de equipamento militar com as autoridades do Qatar.
"As empresas que me acompanharam explicaram a qualidade de seus produtos e, em particular, sobre o Rafale, haveria oportunidade de o Catar comprar esses aviões", disse ele em uma coletiva de imprensa na capital do Qatar, Doha.
Ele disse que as negociações estavam em andamento e não deu mais detalhes.
O Catar disse em 2011 que queria substituir sua frota de 12 caças Mirage, possivelmente com a compra de 24 a 36 novas aeronaves e, além Rafale, estava considerando o Eurofighter Typhoon e diversas aeronaves rivais dos EUA.
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Ex-catadores de lixão fazem manifestação em Campos, RJ
Pequeno grupo se reuniu em frente à sede da prefeitura. Manifestantes alegam falta de assistência desde o fechamento do lixão.
Um grupo de ex-catadores do lixão da Codin, em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, se reuniu nesta segunda-feira (24) em frente à prefeitura. Os manifestantes reivindicam receber benefícios pelo fechamento do lixão.
Muitos ainda estão sem trabalho. Na semana passada, uma decisão liminar da justiça determinou que, além do pagamento de um salário mínimo para os ex-catadores, a prefeitura crie uma cooperativa.
Os ex-catadores também querem uma indenização pelo tempo em que trabalharam no local. O lixão da Codin foi fechado há um ano por determinação da Aeronáutica, por causa dos urubus que atrapalhavam os voos no aeroporto da cidade.
Na época, cerca de 300 pessoas receberam por seis meses um salário mínimo da prefeitura. Outra parte foi contratada para serviços de varrição. A prefeitura informou que recebeu os manifestantes e que as reivindicações serão avaliadas. Disse ainda que já ofereceu todo o suporte necessário para os ex-catadores, como o pagamento de um salário mínimo por seis meses.
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Dia Mundial dos Discos Voadores: ufólogos pedem atenção ao céu
Ufologia lista algumas razões para levar os discos voadores a sério
Se você olhar para o céu e encontrar traços incomuns nesta segunda, 24 de junho, Dia Mundial dos Discos Voadores, observe com atenção. A história está repleta de depoimentos de pessoas que veem objetos voadores não identificados. Muitos apenas não são reconhecidos na hora, mas são terrestres. Sobre outros, porém, ainda paira uma aura de mistério.
A ufologia defende que a Terra já foi visitada diversas vezes por seres de outros planetas. Área 51, ET de Varginha, Noite dos UFOs e Operação Prato são algumas menções que servem de argumento para quem acredita na passagem de criaturas extraterrestres pela Terra.
Confira algumas razões para levar os discos voadores a sério, segundo a ufologia:
Fenômeno frequente
Casos que envolvem queda de aeronaves, perseguições aéreas ou mesmo a captura de criaturas são raros, explica Ademar Gevaerd, jornalista e editor da Revista UFO. Ele sustenta, porém, que os registros ufológicos não se restringem a episódios passados. “Temos milhares de ocorrências de discos voadores em todo o mundo. A todo momento, elas acontecem”, afirma.
Documentos militares
Recentemente, a classe ufológica ganhou o reforço de um aliado inesperado: militares brasileiros já admitiram ter documentos variados sobre observações de objetos voadores, inclusive com detecção simultânea de radares em aeronaves e no solo. “Só a reunião ministerial já foi algo impensável. Nenhum país do mundo fez isso”, exalta Gevaerd, referindo-se ao encontro com a Comissão Brasileira de Ufólogos em 18 de abril, promovido a pedido do ministro da Defesa, Celso Amorim.
Embora os relatórios divulgados pelas Forças Armadas não confirmem a visita de extraterrestres, ufólogos entendem que a simples exposição de documentos até então secretos, detalhando operações de monitoramento de óvnis, é um indicativo da ocorrência do fenômeno.
Vale lembrar que, na década de 1960, o governo brasileiro chegou a ter um órgão específico para monitorar óvnis. Chamado de Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), o órgão produziu centenas de documentos na época, muitos dos quais abertos ao público nos últimos anos.
No encontro de abril, ufólogos foram informados de que novos documentos a respeito de objetos não identificados perderiam o sigilo já a partir de junho - o que não se confirmou até o momento. Ao Terra, o coronel da Aeronáutica Alexandre Emílio Spengler limitou-se a informar que o prazo para esta divulgação vai até 2014 e não previu quando isso ocorrerá.
Operação Prato
De acordo com Spengler, os documentos prometidos são referentes à Operação Prato, de 1977, quando a Força Aérea Brasileira verificou ocorrências extraordinárias no Pará. Naquele ano, mais de 20 militares foram deslocados para a pequena cidade de Colares, onde a população relatava aparições misteriosas e luzes "hostis". Os documentos produzidos pelos agentes nessa missão continham relatos de objetos luminosos em movimentação errática, naves gigantes e depoimentos assustadores dos ribeirinhos.
Segundo Gevaerd, entretanto, os militares alegaram, no encontro, que não têm mais nada a divulgar sobre a Operação Prato. Ele rebate: “Brigamos para que sejam liberadas mais fotos. Foram feitas mais de 500 e liberaram cerca de 200 e, ainda, muito ruins”.
O jornalista cita também 16 horas de filmagens nos formatos Super 8 e Super 16mm, que mostram objetos de grandes dimensões fazendo incursões, especialmente, sobre o Rio Amazonas. Para Gevaerd, pode-se aceitar que parte desse material foi perdida, mas não a sua totalidade.
Após conversa com oficiais, Gevaerd acredita que os documentos prometidos não são dessa operação. “Especulando sobre o que poderia ser, nos disseram que é um conjunto de três livros grandes de ocorrências com observações feitas principalmente por pilotos. Cada livro tem mais de 300 páginas. Ou seja, passaria de mil páginas”, estima. “Parece que seria relativo aos anos 1990”, completa.
Museu
O Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência formalizou uma solicitação de recebimento de cópias de toda essa documentação. Segundo seu diretor, o historiador Hernán Mostajo, assim que disponibilizada, ela constará como acervo documental no arquivo histórico da instituição, com o objetivo de facilitar seu acesso pela população.
Mostajo ressalta que a liberação pública dos documentos não confirmará cientificamente que estamos sendo visitados por seres extraterrestres. “Caberá, a partir de agora, aos requerentes da informação, a conclusão científica do fenômeno”, diz.
O historiador também esclarece que o conceito de óvni difere de disco voador, o qual, supostamente, seria pilotado por extraterrestre. Dessa forma, ele defende que todos os possíveis relatórios de aparições de óvnis não trarão resposta à famosa indagação: estamos ou não sozinhos no universo?
Varginha
No Brasil, o mais famoso relato ufológico é conhecido como “ET de Varginha”. Na verdade, conforme Gevaerd, seriam dois seres extraterrestres capturados em 20 de janeiro de 1996, após a queda de uma nave na cidade do sul mineiro. Segundo o editor da Revista UFO, eles foram levados a um hospital, o que garantiu o testemunho de médicos e enfermeiros entre 150 pessoas que teriam presenciado o caso. Para o ufólogo, esse é o grande episódio da ufologia brasileira e, também, o segredo mais bem guardado do meio militar.
Noite Oficial dos UFOs
Dez anos antes, um episódio de nome significativo: a Noite Oficial dos UFOs no Brasil. Em 19 de maio de 1986, a operação desencadeada pelo Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro realizou a detecção, o monitoramento e a aproximação de óvnis. Conforme Gevaerd, eles foram descritos em relatório como máquinas de controle inteligente que foram perseguidas e que perseguiam. A ocorrência envolveu 21 objetos voadores de formato esférico, com cerca de 100 metros de diâmetro.
Relatório assinado pelo brigadeiro-do-ar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, em 2 de junho de 1986, cita a grande e rápida variação de velocidade e de altitude dos objetos, com capacidade de acelerar e desacelerar de forma brusca, além de indicação luminosa de cor branca, vermelha, verde ou mesmo ausente.
Área 51
No mundo, entre diversos fenômenos relatados, o de maior curiosidade envolve a chamada Área 51, um espaço militar restrito nos Estados Unidos, onde seriam desmontadas naves alienígenas para compreensão de sua tecnologia. A Área 51 figurou em vários filmes hollywoodianos e séries famosas.
O governo americano só admitiu a existência do local em 1994. Mas, de acordo com os EUA, a finalidade da base não tem nada a ver com alienígenas. Em maio deste ano, uma revelação inusitada de um país vizinho: o ex-ministro canadense Paul Hellyer afirmou que os EUA possuem dois extraterrestres a seu serviço na Área 51.
Ufologia moderna
Os Estados Unidos têm uma ligação estreita com a ufologia. O 24 de junho foi escolhido como o Dia dos Discos Voadores por uma ocorrência de 1947, quando o piloto norte-americano Kenneth Arnold visualizou diversos objetos voadores estranhos. O episódio, considerado o princípio da ufologia moderna, foi seguido, dias depois, pelo Caso Roswell, no Novo México. Lá teria caído uma nave espacial, resgatada pela Força Aérea Americana e levada a uma base secreta.
Os argumentos dos ufólogos tendem a ser rebatidos por astrônomos, que garantem: não há tecnologia disponível para que seres inteligentes, de planetas com condições de possuir vida, visitem a Terra. Para eles, Gevaerd deixa uma reflexão: seria preciso pressupor que os extraterrestres utilizam os mesmos métodos de propulsão que os terráqueos. “Se eles estiverem apenas 100 anos à nossa frente, já terão a capacidade tecnológica necessária, e o transporte pelo universo será algo corriqueiro”, conclui.
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JORNAL A CRÍTICA (MS)
População lota base aérea para ver aeronaves e carros antigos
A Base Aérea de Campo Grande, como faz a uma década, promoveu mais um "Portões Abertos" neste fim de semana. O evento uma vez por ano recebe a população civil para mostrar o trabalho das forças militares do país, em especial, a Aeronáutica brasileira. Com demonstrações de voo, combates e veículos, os militares fazem a demonstração pública. Para chamar outras atenções, o evento inclui também atrações "civis", como a exposição de carros antigos, que atraiu a curiosidade e satisfação de quem participou dos dois dias de "lazer militar", neste sábado e domingo, durante quase o dia todo.
Os portões abertos teve exposições de aviões de caça, aviões de transporte e helicópteros, salto de paraquedistas, demonstrações de resgate com helicópteros veículos blindados do Exército, cães de guerra, o encontro de carros antigos e praça de alimentação.
Em 2013, a tradicional esquadrilha da fumaça não fez apresentações, devido a reforma e manutenção na frota. A beleza das manobras aérea foi sentida falta, mas em partes foi suprida pela exposição dos carros e pela inédita atração, com o avião C-130 Hércules, utilizado para demonstração "ao vivo" de combate a incêndio, sendo capaz de lançar 12 mil litros de água em uma área de 500m de extensão.
O passeio é da família, onde pais com crianças e todos com olhos aguçados de tanta curiosidade. O pintor Hermano Gomes, 32 anos, foi com toda família, o segundo filho ainda está por vir. “Eu não perco. Se tivesse todo final de semana eu viria”, comentou.
Carros
Os veículos antigos, do século 20 e até 19, entre militares e a maioria civil, que já estiveram ou até estão nas ruas, foi o um dos pontos alto do evento. Os carros, como Landau e Fuscas, com cores reluzentes e de aparência nova chamou muito a atenção das famílias.
As crianças ficavam admiradas. "Esses carros antigos são grandes, mas bem bonitos. Velhos? Parece que nem andaram neles. Olha os helicópteros, me encantei com os paraquedistas na hora que desceram do avião”, apontava Matheus Gomes, de 8 anos.
Máquinas à vista
Entre a exposição dos materiais militares, um dos que mais chamam a atenção é o helicóptero da FAB, utilizado para busca e resgate de pessoas. Muito utilizado também para salvamento. A capacidade é de até 13 pessoas e seis macas. A aeronave que mede 17,4 metros pode chegar até 223 km/h.
Outro, o AH 2 Sabre, máquina russa que alia capacidade de combate com transporte de soldados, é uma das grandes atrações do evento.
Neste ano, os visitantes têm mais acesso às aeronaves, podendo tirar fotos dentro delas ou bem mais perto que nos anos anteriores.
Muita gente
Encerrado o tradicional dia de portões abertos, a Base Aérea de Campo Grande calcula um público de 30 mil pessoas que compareceram nos dois dias. O total de doações foi de cinco toneladas de alimentos não perecíveis.
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JORNAL O ESTADO (CE)
Equipamento ajuda a evitar esses transtornos
Segundo um comissário de voo - que também possui brevê de piloto, mas de aeronaves menores -, e estava a bordo, essa situação só ocorreu porque os aeroportos brasileiros não possuem, ou quando ele existe, não está operando, o equipamento ILS 3 (Instrument Landing System), que permite o pouso mesmo em situações críticas de visibilidade.
Os aviões de grande porte, via de regra, já dispõem deste sistema, mas precisam do correspondente em solo, que dará as coordenadas para que o pouso seja realizado com segurança. “Há informações que existe o ILS 3 instalado no Rio de Janeiro e São Paulo, que junto com Curitiba e Porto Alegre, são as cidades que mais enfrentam problemas de neblina, mas ainda não foram homologados e, portanto, não podem entrar em operação, provocando transtornos como este”, afirmou.
Segundo a Assessoria de Imprensa da Força Aérea Brasileira (FAB), o Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS) destina-se a proporcionar às aeronaves e tripulações, especificamente certificadas e habilitadas para uso desse sistema, informações eletrônicas mais precisas na execução dos procedimentos de pouso em aeroportos afetados por condições meteorológicas desfavoráveis. O ILS pode ser classificado em três categorias (CAT) distintas: CAT I, que proporciona informações para a aproximação e pouso de precisão com condições de até 60 metros de Teto e 800 metros de alcance visual na pista (RVR).
O CAT II permite operações em condições de até 30 metros de Teto e de 350 metros de RVR. No Brasil, esta categoria está presente em três importantes aeroportos, Galeão, Guarulhos e Curitiba.
Projeta-se instalar sistemas dessa mesma categoria nos aeroportos de Porto Alegre, Brasília, Campinas, São José dos Campos, Florianópolis, entre outros. Já o CAT III divide-se em três sub-categorias: CAT III-A, para operação em condições entre 30 e 15 metros de Teto e de 200 metros de RVR; CAT III-B, em condições entre 15 e 0 metros de Teto e entre 200 e 50 metros de RVR; e CAT III-C, que proporciona operações sem condições de Teto e RVR não requeridas, ou seja, 0/0 metros para os dois parâmetros.
IMPLANTAÇÃO
Com referência à implantação do ILS CAT III, sua instalação é recomendada para aeródromos onde operem empresas de transporte aéreo regular internacional, em países cujas condições climáticas apresentem frequentes ocorrências de fenômenos meteorológicos severos, que possam afetar significativamente as operações regulares dos aeródromos por seguidos dias, tais como presença de neve, nevasca, nevoeiro, brumas, dentre outros.
Com referência à implantação do ILS CAT III, sua instalação é recomendada para aeródromos onde operem empresas de transporte aéreo regular internacional, em países cujas condições climáticas apresentem frequentes ocorrências de fenômenos meteorológicos severos, que possam afetar significativamente as operações regulares dos aeródromos por seguidos dias, tais como presença de neve, nevasca, nevoeiro, brumas, dentre outros.
“A operação do CAT III também exige a contrapartida pelas empresas exploradoras do transporte aéreo regular, em termos de capacitar as aeronaves - assim como as respectivas tripulações -, com os cursos e treinamentos estabelecidos, proporcionando, desse modo, uma interação do segmento terrestre (sistemas localizados no aeródromo) com o segmento aéreo (instrumentação da aeronave e proficiência da tripulação).
Do contrário, mesmo contando com esses recursos no solo, as restrições para pouso em condições adversas continuarão a existir. Atualmente, há a previsão de instalação do equipamento ILS CAT III somente em três Aeroportos Internacionais brasileiros: Galeão (Tom Jobim), Guarulhos e Curitiba (Afonso Pena)”, ressaltou a Assessoria da FAB.
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