NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/05/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado
nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo.
O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da
Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas
publicados no país.
Centro de Alcântara lança foguete de treinamento
Heloisa Cristaldo
Repórter da Agência Brasil
O Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA) lançou, com sucesso, hoje (23) o Foguete de Treinamento
Básico (FTB), dentro das atividades da Operação Falcão 1/ 2013. Lançado
às 14h29, o foguete seguiu conforme os parâmetros previstos para esse
tipo de operação e voou 167,8 segundos até atingir a área de impacto
determinada. O veículo alcançou 31,8 quilômetros de altitude
máxima em apenas 76 segundos de voo. Do local de lançamento até a
dispersão no oceano, o FTB percorreu 18,01 quilômetros em linha reta.
Iniciada na segunda-feira (21), a
operação efetuou o lançamento e o rastreio do veículo de treinamento,
para fazer o treinamento operacional do Centro de Lançamento e também a
obtenção de dados para a qualificação e a certificação do foguete. Na
operação, foram testados pela primeira vez dois novos sistemas, um de
controle operacional e disparo e outro de interfonia para contato entre
as equipes.
O Foguete de Treinamento Básico faz parte
do Projeto Fogtrein, ou Foguete de Treinamento, que tem a missão de
proporcionar treinamento operacional e testar a prontidão da
infraestrutura dos centros (CLA e o Centro de Lançamento da Barreira do
Inferno - CLBI, no Rio Grande do Norte) para lançamentos, exercitando as
principais funções de comunicação, telemetria, rastreamento e
gerenciamento dos procedimentos de segurança e comandos para
lançamentos.
O próximo lançamento será de um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), em junho, durante a Operação Águia 1/ 2013.
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Comissão debaterá segurança nos grandes eventos esportivos
Gorette Brandão
A Comissão de Relações
Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (23) a
realização de uma série de audiências públicas destinadas a examinar os
preparativos com o objetivo de garantir a segurança nos grandes eventos
esportivos que o país vai sediar a partir de agora, como a Copa das
Confederações, em julho desse ano, a Copa do Mundo de 2014 e as
Olimpíadas de 2016.
O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES),
autor do pedido e presidente da CRE, lembra ainda a realização, já no
próximo mês, de um grande evento fora da área esportiva: a Jornada
Mundial da Juventude, que reunirá, no Brasil, jovens católicos de todo o
mundo. Em datas a serem ainda divulgadas, as audiências serão
realizadas em conjunto com a Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ).
Serão convidadas autoridades do governo
federal e do estado do Rio de Janeiro, principal palco dos eventos, além
de representantes das entidades organizadoras. Na justificação, Ferraço
afirma que a intenção é conhecer os esforços desenvolvidos pelo
Estado brasileiro na garantia da segurança pública, a fim se sinalizar
para a sociedade brasileira e a comunidade internacional que o país está
preparado para “acolher cidadãos de todo o mundo, de forma segura e
ordenada”.
Ferraço lembrou o recente atentado
durante a maratona de Boston, nos Estados Unidos, e um atentado contra a
equipe israelense durante a Olimpíada de Munique, em 1972, como
exemplos que devem servir de alerta para esforços adequados na
preparação. Disse que o Brasil não pode perder o capital que desfruta no
plano internacional como um país pacífico, que “rende simpatia e
admiração do mundo”.
Marca "Amazon"
A questão do uso da marca “Amazon” na
internet, alvo de disputa entre países que compartilham o bioma
amazônico e uma empresa norte-americana, também será assunto de
audiência na comissão. O pedido foi feito pela senadora Vanessa
Grazziottin (PCdoB-AM). Ele sugeriu a presença de Everton Lucero,
representante no Brasil da Icann, sigla em inglês que identifica a
corporação responsável pela coordenação global do sistema de
identificadores exclusivos da internet.
A Icann é responsável, por exemplo, pelo
registro de nomes de domínio (como “.org", ".com” e “.museum”) e também
dos códigos de países, como “br”, para o Brasil). É ainda a entidade que
concede os endereços usados em vários protocolos da rede mundial de
computadores.
Vanessa explica que a disputa está sendo
travada pelos oito países que integram a Organização do Tratado de
Cooperação Amazônica (OTCA), inclusive o Brasil, contra a empresa
Amazon.com. A empresa ingressou junto à Icann com pedido para registrar
para uso exclusivo o termo “Amazon” na internet, iniciativa entendida
com uma violação a direito dos países amazônicos.
Como a Iccan se reúne ainda no mês de
julho, em Dublin, capital da Irlanda, Vanessa conseguiu apoio de Ferraço
para que a audiência possa ser realizada antes disso.
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Ferraço pede investimento em segurança de fronteiras
O
senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) comentou nesta quinta-feira (23) a
audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores e
Defesa Nacional (CRE) com a presença do Ministro da Defesa, Celso
Amorim. Dentre os temas do debate, o parlamentar destacou a necessidade
de implantar o Sistema de Gerenciamento de Fronteiras (Sisfron) por
considerar que o investimento trará "resultados extraordinários":
– Ficou absolutamente claro que o Brasil
precisa continuar priorizando, com intensidade, investimentos na área de
defesa, para que o país possa contar com um aparato militar capaz de
salvaguardar os interesses nacionais nas mais diversas dimensões de sua
expressão – avaliou.
Ferraço chamou a atenção para o
papel das Forças Armadas na segurança pública através da vigilância das
fronteiras, contribuindo para reduzir o contrabando de armas e o tráfico
de drogas. Segundo estatísticas que mencionou, o custo da
violência no Brasil atingiu R$ 180 bilhões em 2010, enquanto o Sisfron
custará, num período de dez anos, aproximadamente R$12 bilhões.
– É evidente que nós estamos falando aqui
em ganhos econômicos, em custo-benefício, na redução dos investimentos e
das despesas que o Brasil enfrenta na área criminal, mas, o mais
complexo, o mais grave, o mais relevante é a preservação, a manutenção
da vida humana – disse o senador, que preside a CRE.
Ele defendeu a inclusão do Sisfron
no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de modo a assegurar os
recursos financeiros necessários à sua implantação. Disse temer que, no
ritmo atual, o projeto leve mais de 50 anos para ser implantado.
O parlamentar também citou a sugestão de
Celso Amorim, que considerou razoável uma elevação de meio ponto
percentual do Produto Interno Bruto (PIB) em gastos militares, e chamou
a atenção para "graves distorções" nos salários dos militares: na
avaliação de Ferraço, a defasagem na remuneração tem provocado a evasão
de profissionais para o setor privado.
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Comar reúne cerca de 600 pessoas no Parque Dona Lindu
O Segundo Comando Aéreo
Regional (II COMAR) realiza, nesta quinta-feira, uma missa no Teatro
Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu. A cerimônia está sendo celebrada pela
maior autoridade eclesiástica no âmbito militar Dom Osvino Both,
Arcebispo da Cúria Militar do Brasil e reúne cerca de 600 pessoas.
Participam da missa, os comandantes de
Organizações Militares das Forças participantes, capelães, padres e
autoridades católicas, além da Banda da Base Aérea do Recife (BARF), dos
Arautos do Evangelho.
No dia 29, às 9h, será realizado um culto
na Igreja Episcopal Anglicana de Piedade. O culto evangélico contará
com a participação de mais de 400 militares das Forças Armadas e
Auxiliares de Recife. A cerimônia será conduzida pelo Ten Capelão da
Aeronáutica Edimilton e contará com a participação do Bispo Miguel Uchôa
da Igreja Episcopal Anglicana, estarão presentes ainda na solenidade
religiosa a equipe de louvor da Guarnição da Aeronáutica de Recife e a
Banda de Música da BARF.
Os atos religiosos fazem parte da
programação da Páscoa dos Militare, considerado o segundo evento de
maior importância no âmbito militar, só perdendo para o desfile de 7 de
setembro.
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Aeroporto da JHSF pode se tornar internacional
Negociação passa por 5 ministérios; aeroporto ficará a 60 km de São Paulo em área 25% maior que a de Congonhas.
Luciana Collet
O Novo Aeroporto Executivo de
São Paulo (Naesp/Catarina), projeto privado da incorporadora JHSF, pode
se tomar um aeroporto internacional.
"Estamos em interlocução com todas
as áreas de governo envolvidas", disse Francisco Lyra, sócio no projeto e
da consultoria CFly Aviation. A negociação passa por cinco ministérios:
Secretaria de Aviação Civil (SAG); Ministério da Fazenda; Ministério da
Justiça; Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
De acordo com Lyra, o projeto daria um
alívio aos aeroportos da capital - Guarulhos e Congonhas. "Hoje há
muitos voos vazios de aviação executiva que chegam a Guarulhos ou a
Congonhas, o que significa um desperdício no uso da capacidade
aeroportuária", disse.
O Naesp faz parte de um empreendimento da
JHSF composto de um shopping, oito torres corporativas, um condomínio
residencial, um centro educacional e um complexo hospitalar, com uma
área de 7 milhões de metros quadrados. Uma área de aproximadamente 2
milhões de metros quadrados será utilizada para o aeroporto, segundo
Lyra - um terreno 25% maior do que o de Congonhas.
O aeroporto ficará a cerca de 60 quilômetros de São Paulo e terá acesso pela Rodovia Castelo Branco.
Longa distância.
O projeto prevê duas pistas, sendo uma de
2.470 metros e outra de 2 mil metros, além de áreas destinadas a
hangares e pátio. A extensão das pistas permitirá que jatos executivos
que operam longa distância utilizem o aeroporto. Este tipo de avião
precisa de pistas longas e usa instrumentos para o pouso. O valor do
investimento não foi informado.
Segundo Lyra, a companhia fará encontros
com investidores nas próximas semanas, voltados a fundos de
investimentos para o projeto do aeroporto.
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Obama defende uso de drones e reafirma que quer fechar Guantánamo
Presidente fala sobre prioridades na política americana contra o terrorismo.
Ele afirmou que drones salvam vidas, mas seu uso deve ser 'transparente'.
Do G1, em São Paulo
O presidente dos EUA, Barack
Obama, reafirmou nesta quinta-feira (23) sua intenção de fechar a prisão
americana de Guantánamo, e anunciou regras para para limitar o uso de
drones (aviões não tripulados) pelas forças americanas que combatem o
terrorismo pelo mundo.
Em discurso na Universidade
Nacional de Defesa, em Washington, Obama afirmou que o uso de drones
contra terroristas "salvou vidas", mas defendeu normas para aumentar a
transparência da prática.
Obama afirmou que assinou um
documento na véspera que define orientações para o uso da força contra
os terroristas. Ele também disse que antes de ataques com aviões não
tripulados, os chamados drones, deve ser certificado que nenhum civil
será morto ou ferido.
Ameaça diferente
Obama afirmou que os EUA ainda são ameaçados pelos terroristas, mas "a ameaça mudou e evolui do cenário que emergiu dos escombros do 11 de Setembro".
O democrata afirmou que extremistas
"domésticos" e que aliados "enfraquecidos" da Al-Qaeda, que ameaçam
alvos americanos no exterior, são "o futuro do terrorismo".
"A América está em uma encruzilhada na luta contra o terror", disse.
Obama disse que uma "guerra perpétua"
contra o terror estaria "perdida de antemão", na ausência de uma
estratégia que atinja as raizes do extremismo.
"Não podemos recorrer à força em todos os
lugares onde há uma ideologia radical enraizada. E na ausência de uma
estratégia que reduza o extremismo na fonte, uma guerra perpétua - com
drones, comandos ou mobilizações militares - estaria perdida de antemão e
mudaria a face de nosso país", disse.
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Força Aérea segue investigação sobre acidente com avião em SC
Caso foi em Zortéa, no Oeste, em dezembro de 2012; piloto morreu.
Informações sobre acidente serão usados para aumentar segurança.
Do G1 SC
A
Força Aérea Brasileira segue com as investigações sobre o acidente com
um caça ocorrido em Santa Catarina em dezembro de 2012. A aeronáutica
pretende usar o caso para aumentar a segurança nas operações.
O acidente aconteceu na divisa entre o
estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em Zortéa, no dia seis de
dezembro de 2012. O piloto e capitão André Ricardo Halmenschlager tinha
33 anos e trabalhava há oito na Base Aérea de Santa Maria. O avião
se chocou contra uma linha de transmissão que liga a usina hidrelétrica
de Machadinho à subestação de Campos Novos, no Oeste de Santa Catarina.
Segundo o gerente da usina, Elinton Chiaradia, a aeronave bateu na rede
de alta tensão da usina de Machadinho e caiu na água. O piloto ejetou,
porém morreu no local.
O comando da Força Aérea Brasileira
informou, por meio da assessoria de imprensa, que as investigações do
acidente com caça A1 estão sendo conduzidas pelo Centro de Investigações
e Prevenção de acidentes aeronáticos, organização ligada ao Comando da
Aeronáutica.
De acordo com o comando, a
investigação ainda não foi concluída. Por se tratar de uma aeronave
militar e ser de interesse da segurança pública, as investigações e o
relatório final são reservados, Por enquanto, a FAB garante que o caso
será usado para aumentar a segurança nas operações.
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Centros de controle vão vigiar Fortaleza durante evento da FIFA
Copa das Confederações que acontece entre os dias 15 e 30 de junho.
Centros vão comandar todo o controle de policiamento da capital.
Do G1 CE, com informações da TV Verdes Mares
Três
centros de controle vão vigiar Fortaleza durante a Copa das
Confederações, entre 15 e 30 de junho de 2013. Os centros vão comandar
todo o controle de policiamento da operação da segurança pública em
Fortaleza e Região Metropolitana durante a realização da competição.
O primeiro será o Centro Integrado de
Controle e Comando Móvel (CICCM) que ficará na sede da Secretaria da
Segurança (SSPDS), na Avenida Bezerra de Menezes, no Bairro São Gerardo.
No segundo, nas dependências da Coordenadoria Integrada de Operações de
Segurança (Ciops), no Palácio da Abolição, no Bairro Meireles,
funcionará o Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR).
O terceiro será o Centro Integrado de
Comando e Controle Local (CICCL), que funcionará nas dependências da
Arena Castelão, palco dos jogos.
Ainda de acordo com a Secretaria de
Segurança, os três postos serão equipados por um sistema moderno de
comunicação, videomonitoramento, controle e logística para eventos de
grande porte.
Policiamento reforçado
A Polícia Militar colocará 10 mil homens na capital e Região metropolitana. O Exército Brasileiro juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) realizarão policiamento na área próxima ao Arena Castelão. Fuzileiros navais da Marinha vão monitorar os portos do Pecém e Mucuripe, enquanto a Força Aérea Brasileira (FAB) vai reforçar, junto com a Polícia Federal, a vigilância no Aeroporto Internacional Pinto Martins. |
Mais de 80 toneladas de pescado ilegal são apreendidas no Chuí, RS
Carga foi encontrada dentro de 2 barcos que navegam pela costa gaúcha.
Produto foi apreendido e será doado para entidades assistenciais.
Mais
de 80 toneladas de pescado ilegal foram apreendidas nesta quinta-feira
(23) no Chuí, na Região Sul do Rio Grande do Sul. A carga foi encontrada
dentro de duas embarcações que navegavam pela costa gaúcha.
A operação foi realizada pela
Marinha, Exército, Aeronáutica e Ibama. O produto apreendido foi
encaminhado para uma empresa de pescado de Rio Grande e será doado para
entidades assistenciais da cidade.
Segundo a Marinha do Brasil, desde o
início das ações da Operação “Ágata 7”, no dia 18 de maio, o
Navio-Patrulha (NPa) “Babitonga” vem sendo empregado nas ações de
Controle de Área Marítima, Patrulha e Inspeção Naval na área de
fronteira com o Uruguai, nas proximidades do Chuí. Dois agentes do Ibama
estão embarcados no navio. Durante as atividades, até o momento, foram
inspecionadas 74 embarcações, totalizando 535 milhas náuticas
(aproximadamente mil quilômetros) navegadas.
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Em 1ª ação conjunta de drones, FAB e PF apreendem drogas na fronteira
Uso de aviões-robôs permite acompanhar quadrilhas ininterruptamente.
Operação inédita tem como objetivo reprimir crimes.
Tahiane Stochero
Do G1, em São Miguel do Iguaçu (PR)
Em
uma ação inédita, os drones (veículos aéreos não tripulados – ou vants,
na sigla em português) da Força Aérea Brasileira e da Polícia Federal
começaram a voar juntos para reprimir crimes na fronteira do Paraná com o
Paraguai.
O G1 acompanhou nesta quinta-feira (23)
uma operação na base da PF em São Miguel do Iguaçu, a 40 km de Foz de
Iguaçu, de onde partiram dois drones da FAB e um da PF para vasculhar a
fronteira. Com câmeras infravermelhas e sensores térmicos, os drones têm
permitido o monitoramento de suspeitos de tráfico, fazendo com que
policiais em terra abordem os carros e as embarcações após a
visualização.
A PF não diz se a droga estava em uma embarcação ou em um carro, pois não fornece informações sobre investigações em andamento.
A ideia é que o teste conjunto de
drones da PF e da FAB possa ser expandido de forma ininterrupta nas
fronteiras, em especial no Norte do país, afirma o delegado Rossetti. A
ação integrada permite que “alvos”, como a polícia denomina quadrilhas
sob investigação, possam ser monitorados diuturnamente. Isso porque se o
drone da PF precisar voltar para a base para reabastecer, o da FAB pode
“rendê-lo” e continuar seguindo os suspeitos.
“Estamos unindo forças e compartilhando
conhecimento. A PF tem um know-how de agir como polícia e usamos os
vants neste sentido, como arma de inteligência. O uso de vants ainda é
novo para todos nós”, diz Rossetti.
O coronel Donald Gramkow,
comandante do Esquadrão Hórus, a tropa da FAB que voa com os drones no
Brasil, destaca a união das instituições. “Os vants têm finalidades
diferentes e nós também possuímos conhecimentos e empregos diferentes.
Somos militares de uma força armada, formados para a guerra. Eles são
policiais, possuem uma formação de inteligência. Como estamos atuando há
mais tempo, nossos pilotos, que são pilotos de caça e outros aviões
também, já adquiriram uma técnica que pode ser compartilhada sobre como
atuar com segurança."
Gramkow diz que os aviões não tripulados
têm um fator surpresa. “Com o vant, a gente pode ver os suspeitos,
acompanhar os criminosos, descobrir coisas sem que eles, em terra, nos
vejam”, acrescenta.
"Disputa"
A PF e a FAB, que usam aviões de empresas concorrentes, negam que haja uma eventual disputa entre as corporações. “Não há briga nenhuma entre os vants da PF e da FAB. Isso nunca houve. A ideia do trabalho conjunto é para gerar padrões de atuação. Eles são militares, têm uma visão diferente. Nós temos uma visão policial. Eu tenho quatro pilotos formados para o vant, todos são pilotos comerciais também. Os três pilotos deles que estão aqui são pilotos de caça. Aqui é a oportunidade para nossos pilotos conversarem, trocarem experiências que podem gerar um padrão de atuação para o futuro, para os grandes eventos”, diz o coordenador do projeto vant da PF, Álvaro Marques.
Apesar de serem de empresas concorrentes,
tanto os drones da PF como os da FAB são israelenses. A PF opera dois
drones Heron, da Israel Aeroespace Industries (IAI), que pesam até 1.100
kg e possuem autonomia de até 36 horas. Mas como possui apenas uma
central de controle em solo, que recebe as imagens captadas e
retransmite para um centro de controle em Brasília, a PF não tem
capacidade de colocar os dois aviões voando ao mesmo tempo.
Já a FAB opera quatro drones do modelo
Hermes, da Elbit, com autonomia média de 16 horas e peso de 450 kg. Na
operação, porém, apenas dois são empregados.
Mecânicos e técnicos de ambas as empresas
israelenses conversam e participam, nos bastidores, do teste,
comparando o desempenho dos drones.
“A primeira coisa que queríamos descobrir
era se, voando juntos, um não interferia no outro. Os vants possuem
radares e antenas para que possam transmitir as imagens, em tempo real,
para nossa base de controle em solo. Com o vant da FAB e o nosso
próximos no ar, constatamos que não havia problemas, que a integração
era perfeita”, diz Álvaro Marques.
“Outro teste que fizemos era para o caso
de perda do link (chamado pela FAB de “enlace”), que permite que o
piloto em terra veja e controle o vant. Se, por acaso, os três vants
voando (os dois da FAB e um da PF) perdessem o contato com o solo ao
mesmo tempo, o que podia acontecer? Como faríamos para eles voarem em
segurança e pousarem sem cair ou se chocar no ar? Combinamos que cada um
voltaria para a pista por um lado de uma cabeceira. E deu tudo certo”,
acrescenta Marques.
Antes de ser agente da PF, Marques
foi militar da Força Aérea e colega do coronel Gramkow na academia
militar que forma os oficiais. “Fomos colegas e somos amigos. Aqui é de
piloto para piloto, não tem competição”, afirma.
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Centro de Alcântara lança foguete de treinamento
Heloisa Cristaldo
O Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA) lançou, com sucesso, nesta quinta-feira, o Foguete de
Treinamento Básico (FTB), dentro das atividades da Operação Falcão I/
2013. Lançado às 14h29, o foguete seguiu conforme os parâmetros
previstos para esse tipo de operação e voou 167,8 segundos até atingir a
área de impacto determinada. O veículo alcançou 31,8 quilômetros
de altitude máxima em apenas 76 segundos de voo. Do local de lançamento
até a dispersão no oceano, o FTB percorreu 18,01 quilômetros em linha
reta.
Iniciada na segunda-feira, a operação
efetuou o lançamento e o rastreio do veículo de treinamento, para fazer o
treinamento operacional do Centro de Lançamento e também a obtenção de
dados para a qualificação e a certificação do foguete. Na operação,
foram testados pela primeira vez dois novos sistemas, um de controle
operacional e disparo e outro de interfonia para contato entre as
equipes.
O Foguete de Treinamento Básico faz parte
do Projeto Fogtrein, ou Foguete de Treinamento, que tem a missão de
proporcionar treinamento operacional e testar a prontidão da
infraestrutura dos centros (CLA e o Centro de Lançamento da Barreira do
Inferno -CLBI, no Rio Grande do Norte) para lançamentos, exercitando as
principais funções de comunicação, telemetria, rastreamento e
gerenciamento dos procedimentos de segurança e comandos para
lançamentos.
O próximo lançamento será de um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), em junho, durante a Operação Águia I/ 2013.
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Obama deu seu recado: vai continuar usando drones
Em
discurso que deveria limitar escopo dos ataques, presidente dos EUA faz
defesa da estratégia como a melhor opção diante das alternativas
José Antonio Lima
Os Estados Unidos não vão parar de usar aeronaves não tripuladas para bombardear e matar supostos terroristas no exterior.
O recado foi dado nesta quinta-feira 23 pelo presidente
norte-americano, Barack Obama, em discurso na Universidade de Defesa
Nacional, em Washington.
A fala de Obama foi a primeira sobre contraterrorismo em seu segundo mandato. A
intenção era estabelecer publicamente as diretrizes dos ataques com
drones e, segundo a imprensa norte-americana, restringir o uso deste
tipo de estratégia. Na prática, Obama fez uma defesa dos ataques,
que tiveram início no governo de George W. Bush, mas ganharam peso e
importância durante seus mandatos na Casa Branca, tornando-se uma das
principais ferramentas de combate ao terrorismo.
Obama tentou retratar o uso de
drones como a única alternativa a “não fazer nada” diante das ameaças
aos EUA. De acordo com ele, os drones são efetivos, pois desmantelaram
boa parte da liderança da Al-Qaeda e salvaram vidas, e legais, pois há
uma autorização do Congresso para o uso de força e os EUA estão,
oficialmente, “em guerra com a Al-Qaeda, o Taleban e forças associadas”.
"Assombrado enquanto viver". Obama
admitiu que os aviões não tripulados mataram também civis inocentes, mas
disse avaliar esta alternativa como preferível a um ataque convencional
com mísseis ou mesmo a invasões, como a que matou Osama bin Laden em
maio de 2011. “Eu e minha administração seremos assombrados por essas
mortes enquanto vivermos”, disse Obama. “Mas como comandante em chefe eu
preciso pesar essas tragédias com as alternativas a ela”, afirmou.
Ainda segundo Obama, o fato de a
estratégia ser efetiva e legal não a torna automaticamente “inteligente”
e “moral”. Assim, afirmou o presidente norte-americano, ele está
disposto a ampliar o controle externo sobre os ataques, criando um novo
comitê de responsabilização no âmbito do Executivo ou incluindo o
Judiciário na fiscalização.
De acordo com Obama, o Congresso é
informado a respeito de todos os ataques aéreos realizados pelos EUA,
inclusive aqueles contra cidadãos norte-americanos. Nesta semana, Obama
retirou o sigilo das informações a respeito da morte de Anwar al-Awlaki,
ideólogo da Al-Qaeda na Península Arábica nascido nos EUA e morto por
um drone em setembro de 2011. Foi a primeira vez que a Casa Branca
admitiu ter matado Al-Awlaki, o que configura o primeiro assassinato
deliberado e sem julgamento realizado pelo governo dos EUA contra um
cidadão do país desde a Guerra Civil (1861-1865).
A confirmação do assassinato é uma
tentativa de dar mais transparência ao uso de drones. Segundo Obama,
eles só ocorrem como última alternativa, quando não é possível capturar
alguém que representa ameaça iminente aos EUA. Os ataques são, segundo
ele, realizados em coordenação com outros governos e apenas quando estes
não têm capacidade de conter terroristas em seu próprio território.
Guerra ao terror. Apesar de defender os drones, Obama deixou claro ter a intenção de reduzir o escopo da “guerra ao terror”. O
termo criado na gestão Bush foi abandonado há anos, mas as práticas
ainda estão em vigor. Obama lembrou a frase de James Madison, quarto
presidente dos EUA (1809 a 1817), segundo quem “nenhuma nação pode
preservar sua liberdade em meio à guerra contínua”. Assim, afirmou ele, é
preciso que os EUA “definam a natureza e o escopo desta luta, ou então
ela vai definir” os EUA.
É difícil crer que o discurso de Obama
reduza de alguma forma as justas críticas a ele e aos drones. Apesar de
mostrar ter consciência de que a estratégia tem diversos pontos
negativos, especialmente morais, Obama deixou ainda mais claro que vai
continuar apostando nela. Ele tem motivos para isso. O uso de drones tem
apoio no Congresso, é aprovado por 56% dos eleitores e economiza vidas e
dólares norte-americanos. A estratégia, no entanto, é uma contradição
em termos. As mortes de civis provocadas pelos drones tendem a
dificultar aquele objetivo que Obama considera ser o principal não
apenas de sua gestão, mas do Estado norte-americano: diminuir o ódio aos
Estados Unidos no mundo e, assim, tornar o país mais seguro.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Centro de Tecnologia da UFC convidado a fazer parceria com ITA
A Universidade Federal do Ceará foi
convidada pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) para integrar
uma cooperação, junto a outras quatro instituições federais de ensino
superior brasileiras, até 2017, visando renovar o ensino em Engenharia e
dar suporte à expansão do ITA. Em contrapartida, a UFC participará de
discussões pedagógicas a respeito da formação de engenheiros,
desenvolverá pesquisas com o Instituto e viabilizará intercâmbios.
O documento que detalha o convênio
aponta como um dos objetivos do ITA "ampliar em 50% o número de alunos
inscritos em sua pós-graduação" e disseminar entre as instituições
parceiras um "modelo inovador de educação em Engenharia", norteado pelo
estímulo ao empreendedorismo e liderança entre os alunos.
O Diretor do Centro de Tecnologia da UFC,
Prof. José de Paula Barros Neto, ressalta a necessidade de atualização
constante nas graduações tecnológicas e a importância do apoio do ITA
nesse sentido. "Temos como meta estar entre os 10 principais centros de
tecnologia do País e precisamos nos espelhar nos melhores", argumenta.
Sobre o novo perfil de engenheiros exigido pelo mercado de trabalho,
Barros Neto aponta que, na maioria dos cursos do CT, os alunos formaram
empresas juniores, experiência que os ajuda a planejar e gerenciar
processos. "Apesar de serem cursos tradicionais, há a abertura para
inovações", afirma.
O Diretor Adjunto de Relações
Interinstitucionais do CT, Prof. João César Moura Mota, considera que o
fato de haver muitos alunos cearenses no ITA foi preponderante para a
UFC ser convidada a integrar esse seleto grupo de cinco universidades.
Além disso, aponta ele, há um histórico favorável de parcerias entre as
duas instituições, pois há duas décadas UFC e ITA têm buscado a
aproximação institucional. "Há uma relação de longa data que se
intensifica cada vez mais", afirma.
No início de junho, a UFC receberá uma
delegação do ITA chefiada pelo próprio Reitor, quando será apresentada
uma proposta de trabalho pelos professores da UFC. O documento vem sendo
formulado por uma comissão, coordenada pelo Prof. João César, e
apresentará objetivos que a Universidade pretende consolidar nos
próximos quatro anos. Para elaborar a proposta, a diretoria do Centro de
Tecnologia tem consultado seus chefes de Departamentos e coletado
sugestões de ações.
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CORREIO DO ESTADO (MS)
Contrabando radioativo mobiliza CNEN
Alerta sobre a possibilidade de
contrabando de material radioativo, inclusive como instrumento de ação
terrorista em outros países, aproveitando períodos que antecedem os três
grandes eventos esportivos internacionais marcados para o Brasil - Copa
das Confederações em junho, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas 2016,
trouxe para o Mato Grosso do Sul uma representação da Comissão Nacional
de Energia Nuclear (CNEN), que está participando da Operação Ágata VII.
A informação partiu do responsável pelo
Comando Militar do Oeste (CMO), general de exército João Francisco
Ferreira, que a partir de Campo Grande comanda toda a operação nas
fronteiras oeste, com a mobilização de efetivos do Exército, Aeronáutica
e Marinha, além de agências de apoio. Eles realizam ações de repressão e
prevenção aos crimes transfronteiriços como tráfico de drogas, armas e
contrabando.
Indagado sobre a presença da CNEN, que
pela primeira vez participa da Operação Ágata na região, o general disse
que a motivação é a possibilidade de algum produto com teor radioativo
estar sendo levado para o exterior ou mesmo trazido para o Brasil.
Segundo ele, o Ministério da Defesa solicitou a presença da Comissão
para prevenção. “Precisamos estar preparados para identificar essas
substâncias e impedir os crimes”, declarou.
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FOLHA WEB (RR)
YANA LIMA
Aeronáutica briga por área no Paraviana
O litígio que envolve uma área no bairro Paraviana, na zona Leste, tem deixado moradores apreensivos. Recentemente,
a Justiça Federal julgou procedente uma ação movida pela União
requerendo a posse de uma área a qual moradores e uma empresa possuem
titulação registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
A área é requerida pela Aeronáutica
e está situada no prolongamento da pista de pouso e decolagem do
Aeroporto internacional de Boa Vista. No local, há uma série de
terrenos, de posse de uma imobiliária, que estão prontos para
loteamento. A ação envolve ainda várias residências instaladas na
região.
Segundo a decisão, a União alega que, em
1981, a imobiliária RC Empreendimentos adquiriu parte de terras
relativas ao Título Definitivo de Alves e Souza, ocasião em que requereu
ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) um novo
levantamento topográfico da área. No entanto, a demarcação teria sido
feita de forma equivocada, gerando acréscimo de 100.0825 hectares na
área adquirida pela empresa ré e uma superposição, anteriormente
inexistente, com as terras destinadas ao Ministério da Aeronáutica, nas
quais estão inseridos os imóveis em litígio.
A União sustenta que a área registrada
não corresponde àquela inicialmente adquirida pela imobiliária, por isso
requer a anulação dos registros imobiliários e reivindica a área.
A empresa Ribeiro Campos informou, em
nota, que a questão debatida é relativa a uma área de 11.609 metros
quadrados. A empresa garante que se cercou de todas as cautelas e
procedeu a todas formalidades legais, antes da venda à terceiros dos
terrenos, atingidos pela sentença. “A RC vendeu área que lhe pertencia e
sob a qual não pairava qualquer ônus ou constrição legal”, informou.
A empresa afirma que a sentença proferida
em ação movida pela aeronáutica é manifestamente ilegal, pois além de
atingir direito de terceiros, estranhos ao processo, ainda foi proferida
com equívocos. “Dentre os quais se destaca um decreto de desapropriação
que jamais foi efetivado, tanto pela ausência de pagamento, como pela
falta de seu registro junto ao cartório de imóveis”, disse a empresa ao
informar que já interpôs a medida judicial cabível e aguarda novo
pronunciamento judicial sobre a matéria. (Y.L)
Moradores temem perder suas casas
Ainda segundo a ação que tramita na
Justiça Federal, a ação visa desconstituir registro imobiliário e
reivindicar área pertencente à imobiliária, mas nada impede que
terceiros, prejudicados por eventual sentença favorável à União, manejem
ação individual para discutir seu direito.
Foi o que fez a proprietária Sônia Costa
Padilha, que conseguiu uma liminar suspendendo a reintegração da posse
da área. Segundo o documento, assinado pelo desembargador federal João
Batista Moreira, o imóvel em litígio, assim como todo o bairro
Paraviana, foi indevidamente inserido na área que trata de reserva de
área para uso do Ministério da Aeronáutica.
“Cabe afirmar que se trata de questão
unicamente de reintegração de posse, não sendo demonstrada posse
anterior da União, não há que se falar em esbulho [apropriação ilegal]
por parte da autora, tornando a legítima da posse”, diz a liminar,
proferida no mês de abril.
No entanto, a decisão em favor da União é
desconhecida por muitos moradores da região. O servidor público Ulisses
Melo, por exemplo, ficou sabendo por acaso, depois que a
comercialização do loteamento da imobiliária RC Empreendimentos foi
suspensa.
Ele conta que sua família mora na região
há mais de 15 anos e possui todos os documentos comprobatórios da posse
registrados em cartório. O servidor disse ter conhecimento de que três
pessoas na região teriam sido notificadas sobre a possível reintegração
de posse, mas relatou que muitas pessoas duvidam que tal ação possa se
consolidar. “Eu, particularmente, estou aguardando este caso ganhar
maior publicidade para ver se as pessoas se mobilizam”, relatou.
Outra moradora que vive na região desde
1997, mas preferiu manter-se no anonimato, disse que há cerca de 10 anos
houve um comentário na região a respeito do assunto. Ela afirmou que, à
época, moradores se reuniam para ingressarem com uma ação coletiva
contra a medida. “Houve uma época que a gente teve que entrar com
advogado porque disseram que a gente não deveria ter construído aqui,
mas não sei dizer em que pé ficou. Mas a gente fica com medo sempre que
vem essa história”, comentou.
O líder do suposto movimento não foi
localizado para falar sobre o assunto. A Folha também tentou contato,
por dois dias seguidos, com a Advocacia-Geral da União, mas não foi
atendida. (Y.L)
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DEFESANET
ÁGATA 7- AH-2 Sabre Intercepta aeronave em Porto Velho (RO)
Incrível missão de um AH-2 Sabre (Mi35) na interceptação de uma aeronave durante a Operação Ágata 7
Um AH-2 Sabre, helicóptero de
ataque da Força Aérea Brasileira (FAB), interceptou na manhã desta
quinta-feira (23/5) um avião de pequeno porte não identificado pelos
radares a cerca de 200 km da cidade de Porto Velho, capital de Rondônia.
O acionamento ocorreu por volta das 9 horas. O helicóptero do
Esquadrão Poti (2º/8º GAV) decolou em menos de 10 minutos da Base Aérea
de Porto Velho (BAPV).
“Fizemos um reconhecimento a distância e a
foto-filmagem da aeronave para averiguação de dados, além de um
acompanhamento por dez minutos. As informações foram repassadas para o
controle de trafego aéreo e posteriormente a aeronave seguiu sua rota
normalmente”, ressaltou o piloto do helicóptero.
“Esse tipo de missão, de
policiamento aéreo, é rotineira para o Esquadrão Poti na Amazônia
Ocidental. O Sabre já foi utilizado na Rio + 20 e será empregado também
nos próximos grandes eventos programados para o Brasil”, explicou o
chefe da seção de operações do esquadrão.
O policiamento do espaço aéreo brasileiro
faz parte da Operação Ágata 7, do Ministério da Defesa, que tem o
objetivo de combater o tráfico de ilícitos na região de fronteira.
A Função do Helicóptero em Interceptação.
O conceito de empregar helicópteros
armados era de garantir a proteção ao desembarque de tropas que fossem
abordar aeronaves no solo. Como apresentado pelo chefe do COMGAR,
Brigadeiro José Carlos Pereira em 2003:
"Não, o modelo é clássico. Você tem um
avião alto que enxerga, um avião-radar, um interceptador de grande
altitude, que são os jatos, que não consegue pegar o narcotraficante
voando baixinho. Então você tem que ter um terceiro segmento, que voa
baixo e um avião tipo ALX. E o último segmento é o helicóptero, que
pousa em qualquer lugar e que vai pegar o narcotraficante. A FAB precisa
ter esse segmento completo, num nível mais alto, um satélite, um avião
de reconhecimento forte, um interceptador supersônico, um interceptador
de baixa performance e um helicóptero. E, por último, claro, precisa ter
a polícia, que vai prender alguém e que não é problema das Forças
Armadas. Esse é o segmento completo."
A função de interceptação, como
realizada na manhã desta quinta-feira, é um fato novo. Graças à grande
velocidade do AH-2 Sabre (Mi-35), cerca de 300 a 335 km/h, o torna
compatível para interceptar pequenas aeronaves, geralmente o modelo
usado pelos narcotraficantes.
Aeronaves sem programa de voo aprovado ou
voando abaixo da interceptação radar, podem ser de moradores da região
em deslocamento ou não. Portanto, o emprego dos helicópteros nesta
interceptação, independendo de um campo pouso preparado é um fato
relevante nas operações ao narcotráfico.
Com seus canhão de 23 mm, e uma carga de
450 cartuchos, permite ao AH-2 Sabre impor uma ação à aeronave, que não
atenda à solicitaçao de contato ou tente uma ação evasiva. O que está
conforme com a "Lei do Abate".
Caso a aeronave aja de forma evasiva para
escapar do raio de ação do helicóptero a tripulação pode solicitar o
apoio dos Super Tucanos.
A formação de um núcleo com o Radar SABER
60, varrendo regiões com altitudes (baixas), não alcançadas pelos
radares do CINDACTA e um grupo de AH-2 com capacidade de interceptar as
pequenas aeronaves e /ou vetorar a ação dos A-29 Super Tucanos torna uma
nova equação à proteção de fronteiras.
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DEFESANET
Ágata 7 - Forças Armadas e agências governamentais intensificam presença na fronteira
A intensificação da presença de
tropas militares e de agências federais, estaduais e municipais nos 16,8
mil quilômetros de fronteira tem sinalizado que “o Brasil não é terra
de ninguém”. A avaliação foi feita pelo ministro da Defesa, Celso
Amorim, nesta quinta-feira (23), após participar de videoconferência
sobre a Operação Ágata 7 com os comandantes militares sediados em
Brasília (DF), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS) e Manaus (RS).
“Estamos trabalhando de forma efetiva
para mostrar que a nossa fronteira não é terra de ninguém. E isso se
reflete de maneira positiva para a população”, disse Amorim.
O balanço parcial apresentado ao ministro
e oficiais generais mostra que uma operação com participação de fiscais
do Ibama, da Funai e agentes da Polícia Federal, no Vale do Javari, na
região Norte, resultou na apreensão de 200 metros cúbicos de madeira e
200 litros de gasolina contrabandeada do Peru. Na foz do rio Oiapoque,
no Amapá, foram apreendidas duas embarcações cujos ocupantes faziam
pesca ilegal. Três pessoas foram detidas e encaminhadas para a Polícia
Federal.
Ainda na região Norte, o comando da Ágata
7 detectou uma área de garimpo na reserva ianomami. Com isso, serão
enviados militares para conferir e, se comprovada a irregularidade, o
local será interditado. A operação no norte brasileiro conta com a
participação de dois oficiais de ligação da legião francesa. A França
emprega uma embarcação para patrulhar o trecho fronteiriço da Guiana
Francesa com o Brasil.
“Esses oficiais de ligação estão em
Clivelândia do Norte”, informou o vice-almirante Ademir Sobrinho. Ele
contou também que uma lancha da Marinha do Brasil conseguiu interceptar
um hidroavião pousado sobre águas fluviais. Na abordagem, segundo ele,
ficou demonstrado que a aeronave estava em situação regular. “Foi um
fato inédito de uma lancha interceptando um avião”, relatou.
Vants
Na fronteira sul, o emprego de
veículos aéreos não tripulados (Vants) demonstrou a integração da Força
Aérea com a Polícia Federal. O comandante Militar do Sul (CMS),
general Carlos Bolívar Goellner, explicou as imagens obtidas desses
equipamentos servem para mapear, por exemplo, o fluxo de embarcações no
lago de Itaipu.
A presença militar e a participação de
fiscais de agentes públicos resultou na apreensão de 80 toneladas de
pescado. “Essa operação é resultado de uma parceria com o Ibama”, disse
general Bolívar. Os militares apreenderam também 25 mil litros de óleo
diesel na região do município de São Borja.
A operação resultou também na apreensão
de 230 quilos de maconha e oito pistolas. O combustível e as armas
estavam nas proximidades de São Miguel do Iguaçu. Na região do Guaíra,
um carro tentou furar o bloqueio. Os militares agiram rapidamente. Os
ocupantes foram detidos e encaminhados para a polícia.
Nos 2.393 mil quilômetros da fronteira
brasileira com Uruguai, Argentina e parte do Paraguai, os militares
apreenderam um caminhão com 2.354 pacotes de cigarro. A carga foi
avaliada em R$ 1,2 milhão. O balanço relata também a apreensão de US$
260 mil de origem desconhecida e de um carro BMW.
Produto radioativo
Uma das áreas que merece preocupação das
Forças Armadas é a entrada, no território brasileiro, de material
radioativo. Por isso, equipes da Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN) estão participando, na região Centro-Oeste, de blitzes em
barreiras montadas nas estradas e nos patrulhamentos nos rios. Com o
apoio da Marinha, do Exército e da FAB, os especialistas utilizaram
equipamentos específicos para as vistorias.
Nos 2.503 quilômetros da fronteira oeste
com Paraguai e Bolívia, as tropas apreenderam 104 quilos de
entorpecentes – sendo 21 quilos de cocaína, 80 quilos de maconha e três
quilos de pasta base de coca. Nestes seis primeiros dias da Ágata, 480
embarcações foram vistoriadas e 9.654 carros revistados.
No próximo fim de semana serão
realizadas ações cívico-sociais (Aciso). A da região Oeste será em Porto
Murtinho. No Norte e no Sul surgiram os primeiros resultados da atuação
de médicos e dentistas junto às comunidades carentes. No dia 21 de
maio, o 29º BIB desenvolveu Ação Cívico-Social (ACISO) para estudantes
da Escola Municipal Ensino Fundamental Duque de Caxias, de Frederico
Westphalen (RS).
Em cerca de 12 mil quilômetros da
fronteira norte, as ações médico-hospitalares contabilizaram 11.270
pessoas atendidas. Foram distribuídos 6.641 medicamentos.
Ágata
Instituída com uma das ações do Plano
Estratégico de Fronteiras (PEF) pela presidenta Dilma Rousseff, a
Operação Ágata é de responsabilidade do Ministério da Defesa e
coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). A
execução cabe à Marinha, ao Exército e à Força Aérea Brasileira (FAB),
com o apoio de 12 ministérios, cerca de 20 agências governamentais,
forças policiais e agentes de dez estados e 710 municípios.
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RONDÔNIA AO VIVO
ÁGATA 7- Helicóptero da FAB intercepta aeronave em Porto Velho (RO)
Um AH-2 Sabre, helicóptero de
ataque da Força Aérea Brasileira (FAB), interceptou na manhã desta
quinta-feira (23/5) um avião de pequeno porte não identificado pelos
radares a cerca de 200 km da cidade de Porto Velho, capital de Rondônia.
O acionamento ocorreu por volta das 9 horas. O helicóptero do Esquadrão
Poti (2/8 GAV) decolou em menos de 10 minutos da Base Aérea de Porto
Velho (BAPV).
“Fizemos um reconhecimento a distância e a foto-filmagem da aeronave para averiguação de dados, além de um acompanhamento por dez minutos. As informações foram repassadas para o controle de trafego aéreo e posteriormente a aeronave seguiu sua rota normalmente”, ressaltou o piloto do helicóptero. “Esse tipo de missão, de policiamento aéreo, é rotineira para o Esquadrão Poti na Amazônia Ocidental. O Sabre já foi utilizado na Rio + 20 e será empregado também nos próximos grandes eventos programados para o Brasil”, explicou o chefe da seção de operações do esquadrão.
O policiamento do espaço aéreo brasileiro
faz parte da Operação Ágata 7, do Ministério da Defesa, que tem o
objetivo de combater o tráfico de ilícitos na região de fronteira.
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Midia Max News (MS)
Operação Ágata combate entrada de terroristas e pode durar até Copa das Confederações
Além de combater crimes transfronteiriços como contrabando, descaminho, imigração ilegal, tráfico de drogas, armas, munições e carros, a Operação Ágata, realizada na fronteira do Brasil, pelas forças militares, quer evitar a entrada de terroristas no Brasil. A preocupação se dá por causa dos grandes eventos esportivos que o país sediará até 2016: Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas.
“Nós sabemos que o Brasil é pacifico, não
tem inimigos militares e políticos, mas não podemos descartar essa
possibilidade”, disse o general do Exército João Francisco Ferreira, que
é Comandante Militar do Oeste, se referindo ao risco de possíveis
atentados terroristas.
Diversas agências governamentais
estão nas fronteiras do Centro-Oeste para participar da operação. Entre
elas, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). “A motivação da
vinda da CNEN é porque existe a possibilidade de algum produto
radiológico trazido do exterior entre no Brasil em época de grandes
eventos. Mas ressaltamos que é uma precaução. Isso é importante”, revela
o general.
“Com isso, aperfeiçoamos nossa capacidade de detecção desses itens que possam causar atentados terroristas”, define.
Operação Ágata 7
A Operação Ágata, que está em sua sétima
edição, teve início em toda a extensão da fronteira brasileira no último
dia 18. Segundo o general Ferreira, são cerca de 17 mil quilômetros de
fronteira que são fiscalizados por 7.157 militares da Marinha, Exército e
Aeronáutica, além de 171 agentes das polícias Federal, Rodoviária
Federal, e Militar.
Agências governamentais como o Ibama,
Receita Federal, Defesa Civil, Iagro, Agência Brasileira de Inteligência
(Abin), Funai e CNEN também dão apoio à operação, que ocorre
simultaneamente em três comandos: Sul, Oeste e Amazônia. No Comando
Militar do Oeste (CMO), as fronteiras de Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul são inspecionadas.
Diferentemente das outras seis Ágatas, a
edição de 2013 vai fiscalizar toda a fronteira do Brasil com o propósito
de intensificar a presença do Estado na faixa de divisão do país e
combater o ilícito internacional.
Em menos de uma semana de trabalho, no
decorrer das ações, que se realizam em pontos estratégicos localizados
ao longo de 2.500 quilômetros da fronteira Brasil/Bolívia e Paraguai,
foram revistados 3.594 veículos e inspecionadas 149 embarcações. Como
resultado parcial, foram apreendidos 70 kg de maconha, 18 kg de cocaína e
3 kg de pasta base de cocaína.
O prazo de duração da operação, que
é determinada pelos Ministérios da Justiça (MJ) e Defesa (MD) não foi
divulgado, já que é de interesse do Estado que ações ilícitas sejam
interceptadas. Mas o general acredita que ela perdure por um longo
tempo, até a Copa das Confederações.