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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/04/2013





Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


“Gerenciar legados da Copa e das Olimpíadas será desafio”

Para o ministro do Turismo, Gastão Vieira, a preocupação é como manter as estruturas

O ministro do Turismo, Gastão Vieira, disse ontem que administrar o legado deixado pelos grandes eventos esportivos que serão sediados pelo Brasil — a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio (2016) — será o grande desafio a ser enfrentado pela pasta. O ministro informou que a grande preocupação do ministério será manter as estruturas criadas para a Copa e as Olimpíadas, a exemplo do que ocorreu em outros países, como a Espanha. Para Gastão Vieira, após receber os eventos mundiais, a Espanha soube aproveitar bem os investimentos feitos. “Até hoje (países como a Espanha) dão saltos extraordinários em termos de turismo”, disse o ministro, que participava da abertura da World Travel Market Latin America, feira internacional de viagens que começou ontem na capital paulista. Gastão Vieira ressaltou ainda que o retorno dos investimentos feitos em grandes eventos esportivos não ocorreu no curto prazo. “Ele veio no médio e longo prazos.
”O ministro citou como exemplo os investimentos feitos nos aeroportos brasileiros, que estão sendo preparados para receber um grande volume de turistas. “Compete ao Ministério do Turismo manter esses aeroportos cheios, com uma quantidade enorme de passageiros quando esses eventos acabarem”, declarou. Ele comentou também o último balanço de turistas estrangeiros que visitaram o país. No ano passado, o Brasil recebeu 5,6milhões de visitantes, crescimento de 4,5% em relação a 2011. O resultado, para o ministro, foi positivo para o país. “Dentro das circunstâncias da economia mundial, dessa crise que veio em 2008 e que está demorando a passar, podemos dizer que foi um bom crescimento. Mas estamos muito longe de atingirmos aquilo que potencialmente podemos atingir para o nosso país”, disse.
Segurança
A presidente Dilma Rousseff disse ontem que uma grande operação militar será feita em maio ao longo dos 16 mil quilômetros de fronteira terrestre do país. Segundo Dilma, a operação tem como objetivo reforçar a segurança para a Copa das Confederações, que ocorrerá entre 15 e 30 de junho. “A segurança pública é uma responsabilidade constitucional dos estados, mas o governo federal tem o dever de participar na sua área de atuação, e é o que estamos fazendo”, destacou a presidente, em sua coluna semanal. Dilma disse que as Forças Armadas e as polícias federais e estaduais trabalham de forma coordenada para combater os crimes (principalmente o tráfico de drogas) nas fronteiras do país desde 2011, quando foi lançado o Plano Estratégico de Fronteiras. A presidente explicou que a ação integrada é feita periodicamente por meio da Operação Ágata, liderada pelo Ministério da Defesa, e pela Operação Sentinela, do Ministério da Justiça.


Brasil fará operação em fronteira para aumentar segurança na Copa das Confederações

Danilo Macedo

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (23) que uma grande operação militar será feita em maio ao longo dos 16 mil quilômetros de fronteira terrestre do país. Segundo Dilma, a operação visa a reforçar a segurança para a Copa das Confederações, que ocorrerá entre 15 e 30 de junho.
“A segurança pública é uma responsabilidade constitucional dos estados, mas o governo federal tem o dever de participar na sua área de atuação, e é o que estamos fazendo”, destacou Dilma, na coluna semanal Conversa com a Presidenta. Ela respondeu à pergunta do servidor público Francisco Carlos Oliveira, do Distrito Federal, sobre a atuação das Forças Armadas no combate à entrada de drogas pela fronteira.
Dilma disse que as Forças Armadas e as polícias federais e estaduais trabalham de forma coordenada para combater os crimes (principalmente o tráfico de drogas) nas fronteiras do país desde 2011, quando foi lançado o Plano Estratégico de Fronteiras. A presidenta explicou que a ação integrada é feita periodicamente por meio da Operação Ágata, liderada pelo Ministério da Defesa, e pela Operação Sentinela, do Ministério da Justiça.
“Juntas, [as duas operações] já desarticularam 65 organizações criminosas, apreenderam 360 toneladas de drogas, 8 mil carros e embarcações e inspecionaram 148 pistas de pouso”, disse a presidenta.

Xavantes entregam denúncias de violação à Comissão Nacional da Verdade

Alex Rodrigues

 Um grupo de representantes dos índios xavantes que atualmente vivem na Terra Indígena Marãiwatsédé, no norte de Mato Grosso, entregou hoje (23) a representantes da Comissão Nacional da Verdade um documento em que relatam episódios de violações aos seus direitos ao longo de décadas.
Entregue à psicanalista Maria Rita Kehl, responsável por coordenar a apuração das denúncias sobre violações aos direitos indígenas entre 1946 e 1988, o Relatório sobre Violações dos Direitos Humanos: O Caso dos Xavante de Marãiwatsédé narra, a partir do ponto de vista indígena, fatos como a invasão do território tradicionalmente ocupado pelos xavantes de Mato Grosso, além de assassinatos e a disseminação de doenças contra as quais os índios não tinham proteção natural.
O grupo xavante também aproveitou o encontro para relatar as dificuldades que continuam enfrentando após receberem o direito ao usufruto da terra – que, legalmente, pertence à União. Também denunciaram que um grupo de pelo menos 50 não índios que se identificam como antigos moradores voltou a ocupar a área nos últimos dias.
De acordo com Maria Rita Kehl, os índios xavantes narram, no relatório, entre outros fatos, as expulsões que sofreram; as epidemias que, nos anos 1950 e 1960, dizimaram mais da metade da etnia; e a ocupação de suas terras por um fazendeiro que abriu uma empresa com a conivência do governo, quando os índios foram retirados do lugar.
“A maioria dos xavantes morreu por epidemias antes de, já nos anos 1990, voltarem para uma reserva muito menor que o território que tinham anteriormente”, disse Maria Rita Kehl ao fim do encontro. O relatório foi produzido pela Associação Bö´U (Urucum) e pela ONG Operação Amazônia Nativa (Opan).
“A importância do relatório é para que nossa história seja reconhecida nacionalmente. Nossos antepassados sofreram muito quando foram transferidos de nossa terra tradicional e [no local] foi instalada a fazenda [Suiá Missú]”, comentou Cosme Paridzané, filho do cacique Damião Paridzané, lembrando que, a partir daí, o grupo xavante passou a se transferir de uma reserva a outra.
Segundo o Censo 2010, cerca de 1,8 mil índios xavantes viviam na terra indígena de 165 mil hectares (1 hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, equivalente a um campo de futebol oficial). A retirada dos não índios de Marãiwatsédé foi concluída em janeiro. Há duas semanas, uma comitiva do governo federal, entre eles o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, participou de cerimônia para oficializar a concessão de uso da terra.
Quanto às denúncias, Maria Rita comentou apenas que a Comissão Nacional da Verdade não tem poder para interferir diretamente em nenhum conflito social no país, mas que as queixas poderão ser tratadas conjuntamente com as recomendações que vão ser apresentadas ao fim dos trabalhos.
“A comissão vai encaminhar uma série de recomendações que, esperamos, sensibilizem a sociedade, inclusive o Senado e a Câmara dos Deputados. Podemos, por exemplo, sugerir que a presidenta Dilma continue tendo o poder de homologar terras indígenas; que este poder não seja tirado dela, porque aí, com um Congresso Nacional com uma grande maioria de ruralistas, os indígenas estariam ainda mais ameaçados. Também podemos recomendar a retomada da dimensão de terra necessária para a preservação dessa cultura”.

Relatório que denuncia violência contra indígenas no período militar será analisado na Comissão da Verdade

Cidadania

Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil

Membro da Comissão Nacional da Verdade responsável por coordenar a apuração das denúncias sobre violações aos direitos indígenas entre 1946 e 1988, a psicanalista Maria Rita Kehl informou hoje (22), que a comissão vai analisar todas as denúncias e fatos narrados no chamado Relatório Figueiredo, extenso documento produzido em 1968 e encontrado há poucos dias após mais de 40 anos dado como perdido.
Embora ainda não tenha se debruçado sobre o documento localizado pelo pesquisador e vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, Marcelo Zelic, a psicanalista disse estar convencida de que o relatório de pelo menos 5 mil páginas contém “muitos e importantes relatos de violações", o que vai exigir uma avaliação cuidadosa para evitar equívocos ou conclusões precipitadas.
“É um documento complexo que vai nos dar muito trabalho. Já estamos prevenidos de que vamos ter que analisá-lo com muito cuidado e discernimento. Ao mesmo tempo em que relata muitas violações aos direitos dos povos indígenas, por se tratar de um relatório elaborado em plena ditadura militar, também traz algumas acusações que vão exigir que procuremos outros subsídios para avaliar [as denúncias] sem nos precipitarmos", disse a psicanalista.
Produzido entre os anos de 1967 e 1968, quando o então procurador Jader de Figueiredo Correia percorreu o país a convite do extinto Ministério do Interior para apurar denúncias de crimes cometidos contra a população indígena, o documento era dado como perdido em um incêndio no ministério há mais de 40 anos e foi recentemente encontrado no Museu do Índio, no Rio de Janeiro, por Zelic.
De acordo com o pesquisador, o relatório foi entregue pela Fundação Nacional do Índio (Funai) ao Museu do Índio em 2008. Distribuído em várias caixas e misturado com outros documentos, não estava catalogado, de forma que, durante décadas, os servidores dos dois órgãos indigenistas não se deram conta de que o que parecia um processo qualquer, era, nas palavras de Zelic, talvez o “mais importante documento produzido pelo Estado brasileiro a respeito das violações aos direitos indígenas, como a apropriação de suas terras e de seus recursos".
“É um documento que pode ajudar muito a sensibilizar a sociedade para a situação que os índios ainda hoje vivem no Brasil", disse Zelic à Agência Brasil. De acordo com o pesquisador, o resgate do Relatório Figueiredo pode ser creditado como um dos avanços possibilitados pela criação da Comissão Nacional da Verdade, criada em maio de 2012, por meio da Lei 12.528 para apurar graves violações de direitos humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.
Durante o trabalho de apuração, o grupo coordenado por Figueiredo Correia apurou denúncias como o extermínio de tribos indígenas inteiras, torturas, expulsões e diversos tipos de violência, muitas vezes praticada por servidores do extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI), órgão indigenista federal que antecedeu a Funai (criada em 1967) e sobre o qual pesavam suspeitas tão graves que o ex-ministro do Interior, Albuquerque Lima, admitiu, durante depoimento no Congresso Nacional, em 1977, ser impossível manter o órgão “por culpa de algumas dezenas de servidores menos responsáveis".
Nove anos antes da declaração do ministro e em consequência das informações reveladas pelo trabalho de Figueiredo Correia, o Ministério do Interior recomendou a demissão de 33 pessoas; a suspensão de 17; a cassação da aposentadoria de um agente de proteção aos índios e de dois inspetores e apontou ainda o envolvimento de outras pessoas em práticas ilícitas ou prejudiciais aos índios, mas cuja punição não era de competência do Poder Executivo. Posteriormente, muitos funcionários públicos punidos foram inocentados na Justiça e retornaram ao trabalho.
Filho do ex-procurador, o advogado Jader de Figueiredo Correia Junior comemorou o fato de o relatório produzido por seu pai em meio “a constantes ameaças de morte, alguns atentados" e o peso de ter que pôr a própria família sob proteção policial ter sido localizado.
“É uma notícia fantástica. Não apenas para a família, que vimos o quanto meu pai sofreu para tentar chegar a uma verdade a que, infelizmente, o país não tinha acesso, mas principalmente porque o documento é importantíssimo para o país. A partir dele, parte de história poderá ser reescrita e o Brasil e o mundo poderão enfim ter a exata noção dos crimes cometidos contras os índios durante determinado período", disse o advogado, acrescentando que, até o pai morrer, quando ele tinha 14 anos, o tema da violência contra os índios era recorrente.
“Muitas pessoas próximas ao meu pai que conheciam o teor do documento, as coisas que ele tinha visto durante suas viagens, a importância e a gravidade dos fatos por ele narrados, não entendiam como o documento podia ter desaparecido. Quer dizer, entendiam. Era algo conveniente para muitas pessoas", disse o advogado, que ainda hoje lembra de alguns relatos do pai. “Meu pai contava ter chegado a aldeias e encontrado toda a comunidade morta por envenenamento, pelo contato [com os não índios] ou por outros meios. Lembro de ele contar que em uma aldeia o grupo encontrou uma índia amarrada a duas árvores pelos pés, de cabeça para baixo e cortada a facão".




Mozarildo quer mais colégios militares na Região Norte

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu nesta terça-feira (23) a aprovação de projeto de lei que autoriza a União a criar um Colégio Militar em Boa Vista-RR. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 211/2002, de autoria do senador, já foi aprovado pelo Senado, mas está parado na Câmara desde 2004.
– E eu, como homem da Amazônia, faço um apelo no sentido de que a Câmara acelere a apreciação desse projeto, que já está lá há praticamente nove anos e que aqui passou pouco tempo para ser aprovado – pediu o senador.
Mozarildo explicou que a iniciativa não obriga, apenas autoriza a União a construir mais um colégio. Segundo o senador, há, no país, 12 colégios militares localizados em dez estados. Apenas um deles fica na Região Norte, em Manaus (AM).
Durante a tramitação no Senado, o ex-senador Tião Viana, que relatou o projeto, acrescentou ao texto a autorização para a criação de outro colégio, em Rio Branco (AC).
Para Mozarildo, os colégios militares enfatizam muito a qualidade do ensino, e possibilitam o desenvolvimento simultâneo das áreas cognitiva, afetiva e psicomotora. A instalação em Roraima daria a oportunidade a jovens, especialmente de famílias com menos recursos, de ter ensino de qualidade.
Na Câmara, o projeto tramita na Comissão de Finanças e Tributação. Se aprovado, o texto será votado pelo Plenário, o que o senador espera que ocorra ainda neste semestre.


Ameaça de bomba atrasa em quase três horas voo com destino a Manaus

Passageiro teria declarado portar uma bomba e aeronave foi esvaziada

Uma ameaça de bomba impediu a decolagem do voo 1646, da Gol, com escala em Boa Vista e destino final Manaus. De acordo com a assessoria de imprensa da Inframerica, um dos 145 passageiros teria declarado portar uma bomba. Ao tomar conhecimento do fato, a tripulação retirou todos da aeronave e acionou a Polícia Federal. O voo, que estava previsto para sair às 21h50, decolou por volta da 0h30, com quase três horas de atraso.
O passageiro suspeito de portar a bomba foi detido e encaminhado para a superintedência da PF em Brasília, onde foi interrogado. A PF disse que só vai passar informações nessa quarta-feira (24/4).
Todas as malas do voo passaram pela verificação pelos raios x e em seguida foram embarcadas novamente, o que causou boa parte do atraso.


Inace bate a quilha de navio para a Marinha

Foi realizada na manhã de ontem a cerimônia de Batimento de Quilha que dá início às obras do Navio Hidroceanográfico Fluvial (NHoFlu) "Rio Branco", a ser construído pela Indústria Naval Cearense (Inace) e primeiro navio integralmente projetado pelo Centro de Projetos de Navios, da Marinha.
A construção da embarcação está inserida no Projeto de Cartografia da Amazônia, realizado em parceria com o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira e o Serviço Geológico do Brasil.
O navio foi projetado para realizar levantamentos hidroceanográficos, coleta de dados ambientais, atualização contínua de cartas e publicações náuticas, além de poder atuar em apoio a órgãos governamentais na Defesa Civil, em ações de socorro e ações cívico-sociais.
Com previsão de ficar pronta em aproximadamente 18 meses, a embarcação teve contrato de construção assinado pela Marinha do Brasil e o Estaleiro Inace no dia 5 de dezembro do ano passado. Depois de construído, o navio ficara em Manaus, no Estado do Amazonas.
Características
O NHoFlu "Rio Branco" terá como características básicas o comprimento total de 55 metros, a boca moldada máxima de nove metros, o calado máximo de dois metros e o deslocamento de 530 toneladas. Projetado para operar em um raio de ação de 3.000 milhas náuticas, com uma autonomia de 25 dias, o futuro navio será composto de modernos sensores científicos para o cumprimento de sua missão. A tripulação da embarcação será composta por 36 militares, sendo seis Oficiais e 30 Praças.


Evidências de um genocídio indígena

Para ONG internacional criada a partir da publicação dos resultados do documento, é hora de recuperar a história

Felipe Canêdo e Marcelo da Fonseca

As revelações de atrocidades cometidas contra populações indígenas no Brasil entre as décadas de 1940 e 1960 descritas no Relatório Figueiredo – documento que apurou matanças de tribos inteiras, roubos de terras e torturas – tiveram repercussão também fora do país. Integrantes da organização não governamental (ONG) Survival consideraram o material fundamental para esclarecer momentos obscuros da história dos povos nativos dizimados em território brasileiro. O grupo, que atua em mais de 100 países na proteção dos direitos de povos nativos, avalia que os casos que constam no relatório são evidências que permitirão recuperar parte da memória que vinha sendo deixada de lado ao longo dos anos.
O grupo começou a militar internacionalmente em defesa dos povos indígenas exatamente devido aos relatos baseados no Relatório Figueiredo, que detalham genocídios de tribos na Região Amazônica. Em 23 de fevereiro de 1969, um artigo publicado na revista britânica Sunday Times Magazine com base em entrevista concedida pelo então ministro do Interior, Albuquerque Lima, assim que ele recebeu o relatório, comoveu centenas de pessoas, que decidiram criar a ONG para atuar ativamente na proteção de índios.
A extensa matéria de Norman Lewis, intitulada "Genocídio" e ilustrada com fotos de Don McCullin, trata da investigação feita pela equipe do procurador Jader de Figueiredo em tribos de todo o país entre novembro de 1967 e março de 1968. Um grupo de pessoas que moravam na Inglaterra e que tinham vínculos com o Brasil se comoveu com as descrições brutais do relatório e resolveu fundar a Survival, que hoje tem representações em países como os Estados Unidos, Itália, França, Holanda, Espanha e Inglaterra. Quando a diretora de Pesquisa da Survival, a britânica Fiona Watson, ficou sabendo que a peça produzida para o Ministério do Interior sobre chacinas de tribos brasileiras havia sido recuperado, depois de 45 anos desaparecida, ela ficou profundamente emocionada.
"Sempre ouvi falar que o Relatório Figueiredo tinha sido queimado num incêndio. Quando li a reportagem que contava sobre a descoberta dele foi muito impactante", conta ela, que começou a trabalhar na organização em 1990. "Senti também um certo alívio, porque é um documento que mostra tudo que aconteceu com os índios naquela época. E tem gente no Brasil e no mundo que ainda não acredita que essas atrocidades aconteceram", comentou ela num português de quem morou no Brasil por quase 20 anos, mas sem conseguir esconder o sotaque. Desde o dia 19, o Estado de Minas publica com exclusividade os segredos do Relatório Figueiredo, encontrado entre caixas antigas de papéis no Museu do Índio, no Rio de Janeiro, no ano passado.
Xavantes Ontem, a Comissão Nacional da Verdade recebeu outro relatório sobre violações de direitos humanos sofridas por indígenas. Dessa vez, contra os povos Xavante entre as décadas de 1940 e 1960, incluindo invasão do território com a condescendência de autoridades da época. O "Caso dos savante de Marãiwatsédé" narra ações de empresários e poderes locais e nacionais que resultaram na invasão de terras indígenas no Mato Grosso. O material, de 71 páginas, foi entregue à coordenadora do grupo de trabalho que apura violações de direitos humanos no campo e contra indígenas, Maria Rita Kehl, por sete índios da tribo Xavante de Marãiwatsédé.
Segundo os indígenas, quando a invasão ocorreu, promovida por latifundiários e um projeto de colonização do governo de Mato Grosso, nos anos 1960, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) – órgão que antecedeu a Funai – não os protegeu, exceto pelos relatos de Ismael Leitão, chefe do SPI na área, cujos apelos teriam sido ignorados pela direção do órgão. O resultado da remoção Forçada, realizada em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), foi observado já na chegada à terra indígena de São Marcos onde viviam outros xavantes: a maioria dos 263 transferidos morreram de sarampo em poucos dias. A população da tribo, que era de 3 mil indivíduos antes da invasão, é hoje de 963 pessoas.
Maria Rita Kehl explicou que a comissão não tem atribuição de pagar indenizações. "Mas ela tem o poder de escrever essa história e fazer circular essa informação pelo Brasil. Estamos aqui para contar essa história, que não é conhecida por todos os brasileiros", ressaltou ela, que se comprometeu a ler todo o documento e acrescentá-lo ao relatório da comissão.
Funai acredita em retratação
Em nota divulgada ontem, a Fundação Nacional do Índio (Funai) destacou a importância do reaparecimento do Relatório Figueiredo, como fonte para esclarecer crimes cometidos contra povos indígenas. A instituição afirmou também que espera que o detalhamento dos acontecimentos possibilite "apontar os responsáveis pelos crimes praticados contra essas comunidades". A partir das comprovações dos atos, a Funai acredita que serão feitas "retratações devidas a todos os povos que foram vítimas do autoritarismo e da intolerância".


Visita do papa fará Exército ocupar Angra

Esquema de segurança da Jornada Mundial da Juventude terá vigias de mar, ar, terra e internet

Marcelo Gomes

O esquema de segurança montado para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada de 23 a 28 de julho no Rio, incluirá a ocupação pelas Forças Armadas de instalações consideradas estratégicas, como as usinas nucleares de Angra dos Reis, a termelétrica de Santa Cruz, subestações de energia elétrica, a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), além da Estação de Tratamento de Água do Guandu e da Estação do Lameirão, que abastece 9 milhões de pessoas.
O objetivo é evitar sabotagens que prejudiquem o evento e levem pânico à população. Caberá a militares da 9a Brigada de Infantaria Motorizada do Exército ocupar esses locais.
Ao longo dos seis dias da JMJ, serão empregados cerca de 8,5 mil militares na segurança, sendo 7 mil do Exército e 1,5 mil da Marinha. As Polícias Civil e Militar do Rio ainda não fecharam o efetivo que será empregado.
Nos dias 27 e 28, quando serão realizadas respectivamente a vigília e a missa de encerramento em Guaratiba, na zona oeste, com a presença do papa Francisco, 4 mil militares estarão trabalhando. Nesses dois dias, será decretada Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que garante às Forças Armadas a responsabilidade constitucional pela segurança pública. A GLO funcionará em Guaratiba e nas instalações estratégias que serão ocupadas pelos militares.
"As Forças Armadas vão coordenar a segurança apenas no terreno em Guaratiba onde ocorrerão os dois grandes eventos. Nos outros locais da cidade e no restante dos dias da Jornada, o patrulhamento será de responsabilidade da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (Sege), do Ministério da Justiça", explicou o general de Divisão José Alberto da Costa Abreu, coordenador do Centro de Defesa de Área e Segurança do Exército.
Internet. O planejamento inclui patrulhamento e monitoramento por terra, mar, ar e até na internet. O quartel-general da segurança da JMJ funcionará no prédio do Comando Militar do Leste (CML), no Centro do Rio. Lá estarão o Centro de Coordenação Tático Integrado (CCTI), o Centro de Defesa de Área (CCDA) e o Centro de Defesa Cibernética, que será transferido de Brasília para o Rio - e visa a evitar ataques de hackers a sites e a sistemas de energia elétrica, telefonia e internet.

Francisco receberá tratamento de chefe de Estado de alto risco

Pontífice deve fazer deslocamentos curtos dentro do papamóvel e nos mais longos usar um helicóptero

A escolta próxima do papa Francisco será feita por agentes do Núcleo de Segurança de Dignatários da Polícia Federal. Por causa da magnitude do evento, cujas previsões giram em torno de 2,5 milhões de participantes, o pontífice receberá tratamento de chefe de Estado considerado de alto risco, normalmente dispensado a governantes de países com histórico de guerras, ataques terroristas e/ou instabilidade política.
Cerca de 750 homens da PF participarão do esquema de segurança de Sua Santidade e do séquito papal, que deve ter 15 pessoas, entre ministros de Estado, secretários particulares e agentes da Gendarmaria e da Guarda Suíça (responsáveis pela segurança do Vaticano).
A maior parte dos agentes fará, em esquema de rodízio, a segurança dos locais onde o papa vai ficar ou passar, como o Sumaré, residência oficial da Arquidiocese do Rio onde vai dormir. A equipe que acompanhará o pontífice nos deslocamentos pela cidade será fixa, com os mesmos 15 homens durante toda a permanência na cidade.
Um deles será seu "sombra". O guarda-costas deve estar preparado para qualquer tipo de ação hostil, até mesmo se colocar na frente de Sua Santidade e tomar um tiro em seu lugar, como nos filmes. "O objetivo em manter a equipe fixa é criar uma identidade visual do pontífice com os agentes", explica um delegado da PF que acompanha o planejamento.
Caças em Roma. A maioria dos 15 policiais federais já participou da segurança próxima dos papas João Paulo II e Bento XVI, quando eles estiveram no Brasil em 1997 e 2007, respectivamente. Longos deslocamentos do papa pela cidade serão feitos de helicóptero. Pequenas distâncias serão percorridas em um papamóvel, que é blindado. Hércules C-130 da FAB vão a Roma buscar dois papamóveis (um ficará de reserva).
CINCO RAZÕES PARA... Prestar atenção na Jornada
1 - Será a primeira viagem internacional do papa Francisco. Ele já deu a entender que terá mais atividades do que se esperava inicialmente de Bento XVI - já mostrou interesse, por exemplo, em visitar uma favela carioca.

2 - Ele deve aproveitar a Jornada Mundial da Juventude para realizar discursos sobre os rumos da Igreja.

3 - O Brasil continua a ser o maior país católico do mundo. Mas sofre com a perda de fiéis, o que motiva preocupação do Vaticano. A ideia é que a vinda do papa ao País possa ajudar a reverter essa tendência e estimular a fé, sobretudo entre os jovens.

4 - Francisco já esteve no Brasil, na Conferência de Aparecida, e participou da redação final do texto - que dava mais força às comunidades eclesiais de base - o que voltou a ser uma aposta nas discussões deste ano da CNBB.

5 - Há ainda expectativas quanto à postura de Francisco em relação a correntes históricas da Igreja no Brasil, como a Teologia da Libertação.

SONIA RACY

Direto da fonte

No ar
A troca do ministro da Aviação Civil - saiu Wagner Bittencourt e entrou Moreira Franco - não barrou a interferência de Arno Augustin no setor aéreo.
Em menor grau do que antes, mais ainda ativo, o secretário do Tesouro e membro do conselho da Embraer continua dando cartas.
Ninguém entende muito bem o porquê.

Visita a favela ainda está sendo discutida

Luciana Nunes Leal

No primeiro dia da visita ao Rio para definir o roteiro do papa, de 23 a 28 de julho, o chefe, do departamento de viagens internacionais do Vaticano, Alberto Gasbarri, reuniu-se com organizadores do encontro e fez uma vistoria na base aérea do Galeão.
Presidente do Comitê Organizador Local, o arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, informou que o anúncio formal da agenda do papa no Rio será feito no dia 7. "A agenda será adaptada e seguirá a sensibilidade do papa Francisco", disse Gasbarri.
Segundo o arcebispo, Francisco quer visitar uma favela carioca, mas a escolha ainda depende de discussões sobre segurança.


Operação da polícia destrói 11 balões em ação contra prática ilegal no RJ

Flagrante mostrou balão sendo levado por criminosos, após cair no Rocha. Somente em São Gonçalo, sete equipamentos foram destruídos.

 Uma operação da polícia do Rio realizada nesta terça-feira (23) destruiu 11 balões. A ação foi desencadeada após o Bom Dia Rio desta terça mostrar imagens de um balão aterrisando no bairro do Rocha, no Subúrbio, e sendo colocado por um grupo de homens em um carro amarelo com placa coberta. Policiais militares conseguiram apreender o equipamento em uma rua próxima à favela do Jacarezinho. O Globocop acompanhou o trajeto dos criminosos, que deixaram o veículo em um dos acessos à comunidade.
Somente em São Gonçalo, o agentes apreenderam 19 munições, duas caixas de fogos, uma caixa com seis morteiros, uma caixa com 36 morteiros de pirotecnia, um botijão de gás, um maçarico, uma boca de balão com bucha, um balão de seis metros, uma armação de ferro pequena e uma armação de ferro com bucha foram apreendidos. Os agentes contaram com denúncias feitas ao Disque Denúncia.
O órgão recebeu diversas informações a respeito de baloeiros e monitorou os bairros em que eles mais atuam. São eles: Campo Grande, Alto da Boa Vista, Taquara e Senador Camará. Na Região Metropolitana, os criminosos atuam principalmente no Parque Capivari, em Duque de Caxias, e no Sapê, em Niterói.
Fabricar, transportar e soltar balões são considerados crimes ambientais. O infrator pode pegar entre um e três anos de prisão e multas de até R$ 10 mil por equipamento. Quem tiver alguma informação sobre grupos de baloeiros deve ligar para o Disque-Denúncia pelo telefone 2253-1177.
Outros flagrantes

Outro flagrante foi feito perto do Aeroporto Santos Dumont, na Zona Sul da cidade. Imagens mostram um avião dividindo o espaço aéreo com balões. Na Vila Cruzeiro, outro balão caiu sobre uma casa. A polícia chegou em seguida e apreendeu o material. Ninguém ficou machucado.


Gol terá aérea na República Dominicana

Alberto Komatsu

A Gol Linhas Aéreas planeja abrir uma companhia aérea na República Dominicana, a Gol Dominicana, no segundo semestre, apurou o Valor. O plano é montar uma frota de sete aeronaves da Boeing, modelo 737-800, com voos para a América Central e para os Estados Unidos. A Gol não confirmou a informação. Informou que "está sempre atenta a oportunidades no mercado internacional".
O passo definitivo para a Gol implementar esse plano foi dado na semana passada, no dia 17 de abril. Foi quando a Câmara de Deputados da República Dominicana aprovou alterações na legislação Aeronáutica daquele país, com o objetivo de reconhecer a Gol como empresa aérea nacional, apesar de ter o seu capital controlado por estrangeiros.
Atualmente, 62,74% do capital total da Gol é do fundo Volluto, integrado pelo presidente do conselho de administração da companhia, Constantino de Oliveira Junior e seus irmãos. O fundo Wellington Management Company tem 5,08% das ações e o Fidelity tem 2,52%. Mais 25,19% dos papéis estão pulverizados no mercado. A Delta Air Lines tem 2,98% do capital. Uma fatia de 1,49% está dividida entre o conselho de administração, diretoria e tesouraria.
Segundo a imprensa da República Dominicana, a modificação na lei para beneficiar a Gol foi aprovada em regime de urgência, a pedido do presidente dominicano, Danilo Medina. A Câmara de Deputados transformou em lei esse projeto, que precisa agora da sanção presidencial. As alterações já têm o aval do Senado local.
A nova lei Aeronáutica da República Dominicana diz que serão reconhecidas como companhias dominicanas "empresas aéreas constituídas com capital até 100% de investidores estrangeiros sempre e quando tais investimentos pertençam a uma companhia aérea internacional reconhecida internacionalmente ou a uma subsidiária controlada por elas e que seja autorizada pelo Poder Executivo".
Essa alteração foi feita porque o objetivo da República Dominicana é ter uma empresa aérea de bandeira (que representa o país), a exemplo do que o Panamá fez com a Copa Airlines, que montou um centro de distribuição de voos ("hub", no jargão do setor aéreo) na Cidade do Panamá.
Segundo fontes que acompanham as negociações entre a Gol e o governo da República Dominicana, outros benefícios poderão ser concedidos à nova companhia aérea, como incentivos fiscais na compra de querosene de aviação e redução de taxas aeroportuárias.
Com prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão no ano passado, o pior resultado em 12 anos de operação, a Gol não pretende fazer investimentos adicionais para montar a frota da Gol Dominicana.
Como parte da sua estratégia de reduzir a oferta de assentos em voos no Brasil, em vez de incorporar sete aviões novos para o mercado brasileiro, cuja entrega já estava programada, a Gol planeja transferi-los para a Gol Dominicana. Com isso, evitaria o cancelamento de encomendas já realizadas com a fabricante americana Boeing.
Em outubro do ano passado, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, contou ao Valor que a companhia tem planos de montar um "hub" em Santo Domingo, na República Dominicana. Segundo o executivo, a ideia é oferecer voos aos Estados Unidos. A Gol já iniciou as vendas de passagens para Orlando e Miami a partir da cidade dominicana.
A Gol tem planos de ampliar as conexões aos Estados Unidos, para cidades como Nova York, Las Vegas e Los Angeles, com decolagens da capital dominicana. Por meio de sua sócia minoritária Delta Air Lines, que também opera em Santo Domingo, a Gol pretende oferecer aos seus passageiros conexões para a Ásia e Europa de Atlanta, onde a Delta estabeleceu o seu "hub".
Em dezembro de 2011, a Delta comprou quase 3% do capital da Gol por US$ 100 milhões. As duas companhias têm um acordo de compartilhamento de voos (do inglês "code-share") desde 2005.
O mercado internacional responde por 8% da receita da Gol. Com os planos na República Dominicana, a intenção é aumentar a sua receita em dólares, já que em torno de 55% dos custos são dolarizados, sendo 40% de querosene de aviação e 15% de arrendamento de aeronaves ("leasing").


Governo fará em maio megaoperação para vigiar fronteiras, diz Dilma

Bruno Peres

O governo brasileiro fará em maio “uma grande operação militar" para vigiar todas as fronteiras do país, anunciou a presidente Dilma Rousseff em sua coluna semanal publicada em jornais regionais.
Segundo apurou o Valor PRO, a expectativa é que a própria presidente acompanhe parte da operação, cuja finalidade principal é dar mais segurança à Copa das Confederações, em junho.
“A segurança pública é uma responsabilidade constitucional dos Estados, mas o governo federal tem o dever de participar na sua área de atuação, e é o que estamos fazendo", afirmou a presidente na coluna “Conversa com a Presidenta".
Dilma destacou que desde agosto de 2011, quando foi lançado o Plano Estratégico de Fronteiras, as Forças Armadas e as polícias federais e estaduais trabalham de forma coordenada para combater os chamados crimes transfronteiriços, principalmente o tráfico de drogas.
O plano, realizado por meio de duas operações periódicas - Ágata e Sentinela - já desarticulou 65 organizações criminosas, apreendeu 360 toneladas de drogas, 8 mil carros e embarcações e inspecionou um total de 148 pistas de pouso.
De acordo com a presidente, a Operação Ágata é liderada pelo Ministério da Defesa, mobilizando as Forças Armadas e as demais forças civis de segurança em ações pontuais e de grande impacto. A Operação Sentinela é coordenada pelo Ministério da Justiça, que reúne as polícias Federal, Rodoviária Federal, e a Força Nacional de Segurança, em ações de investigação e de inteligência continuadas.
Na coluna, Dilma também destacou a execução do programa “Aqui Tem Farmácia Popular", presente em 3.779 municípios, e as ações de governo voltadas para o enfrentamento do prolongamento da estiagem.


Gaúchos à espera de bilhões

Entre novas obras e projetos aguardados há anos, Dilma e Tarso assumiram compromissos de R$ 6,9 bilhões desde janeiro

Juliana Bublitz

O repertório de grandes promessas de obras públicas anunciadas pelos governos federal e estadual neste início de 2013 já supera a marca de R$ 6,9 bilhões em investimentos. Tratam-se de compromissos inéditos e outros nem tanto, firmados durante cerimônias pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Tarso Genro, entre janeiro e abril.
Ao todo, integram a lista sete projetos, cujos detalhes são exibidos abaixo. O critério utilizado para a seleção das propostas foi a importância de cada uma delas – todas são estratégicas para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e beneficiariam milhares de pessoas.
Entre as novidades, estão as três obras viárias anunciadas neste mês pela presidente, em Porto Alegre. Se forem concretizadas, duas delas (prolongamento da BR-448 e melhorias na BR-116) têm potencial para reduzir os congestionamentos na Região Metropolitana, e a terceira (ampliação da BR-392), resultará em um novo corredor de escoamento para a produção agrícola.
Do grupo de proposições antigas revitalizadas nos primeiros meses de 2013 pelos governantes, fazem parte a segunda ponte do Guaíba, o metrô da Capital – fruto de uma parceria da União com a prefeitura e o Piratini –, o sistema antineblina do Aeroporto Internacional Salgado Filho e a construção da ERS-010. Todas vêm sendo alvo de discussões há anos, com idas e vindas, sem resultado prático.
Há prazos para o início, faltam projeções para as conclusões
A maioria das obras tem a largada prevista para os próximos quatro anos, mas a conclusão dos projetos é uma incógnita. A nova travessia do Guaíba, por exemplo, ainda está na fase inicial. A primeira promessa a se tornar realidade, se não surgir nenhum contratempo, deve ser a do aeroporto, melhorando e muito a vida de quem usa o terminal.
Desenvolvido para permitir pousos e decolagens com baixa visibilidade, o sistema é protelado desde 2007, quando o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, assegurou sua instalação. Na segunda-feira, outro ministro – Moreira Franco, da aviação Civil – garantiu que o equipamento entrará em operação "até setembro".
Embora a maior parte das obras leve anos para ser concluída, tanto Dilma quanto Tarso tentam adiantar ao máximo o andamento delas, de olho nas eleições de 2014. Mas o desafio maior não é esse: é convencer os eleitores de que o discurso não ficará no vazio.


FOLHA DE JANDIRA (SP)

Câmara de Itapevi revoga concessão de área doada à Aeronáutica há 50 anos

A Câmara Municipal de Itapevi aprovou na sessão ordinária do dia 16, dois importantes projetos de lei, com destaque para o que revogou a doação de uma área que havia sido doada à Aeronáutica há mais de 50 anos, no Jardim Rosimeire, mas que nunca foi utilizada.
O presidente do Legislativo, Dr. Paulo Rogério de Almeida, (Prof. Paulinho), informou que a revogação autoriza o Executivo a utilizar o terreno para a construção de algum próprio municipal. “Esta área ficou a disposição de nossas forças armadas, mas agora volta à propriedade de nossa administração. Tenho certeza de que o espaço pode servir de utilização para alguma ferramenta pública voltada à saúde, educação, esporte. Enfim, tenho certeza de que será utilizada para benefício de nossa população”, disse o Prof. Paulinho.









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