NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/04/2013
 
 
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado  nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo.         O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da  Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas  publicados no país.

“Gerenciar legados da Copa e das Olimpíadas será desafio” 
Para o ministro do Turismo, Gastão Vieira, a preocupação é como manter as estruturas 
O ministro do Turismo, Gastão  Vieira, disse ontem que administrar o legado deixado pelos grandes  eventos esportivos que serão sediados pelo Brasil — a Copa do Mundo de  2014 e as Olimpíadas do Rio (2016) — será o grande desafio a ser  enfrentado pela pasta. O ministro informou que a grande preocupação do  ministério será manter as estruturas criadas para a Copa e as  Olimpíadas, a exemplo do que ocorreu em outros países, como a Espanha.  Para Gastão Vieira, após receber os eventos mundiais, a Espanha soube  aproveitar bem os investimentos feitos. “Até hoje (países como a  Espanha) dão saltos extraordinários em termos de turismo”, disse o  ministro, que participava da abertura da World Travel Market Latin  America, feira internacional de viagens que começou ontem na capital  paulista. Gastão Vieira ressaltou ainda que o retorno dos investimentos  feitos em grandes eventos esportivos não ocorreu no curto prazo. “Ele  veio no médio e longo prazos. 
”O ministro citou como exemplo os  investimentos feitos nos aeroportos brasileiros, que estão sendo  preparados para receber um grande volume de turistas. “Compete ao  Ministério do Turismo manter esses aeroportos cheios, com uma quantidade  enorme de passageiros quando esses eventos acabarem”, declarou. Ele  comentou também o último balanço de turistas estrangeiros que visitaram o  país. No ano passado, o Brasil recebeu 5,6milhões de visitantes,  crescimento de 4,5% em relação a 2011. O resultado, para o ministro, foi  positivo para o país. “Dentro das circunstâncias da economia mundial,  dessa crise que veio em 2008 e que está demorando a passar, podemos  dizer que foi um bom crescimento. Mas estamos muito longe de atingirmos  aquilo que potencialmente podemos atingir para o nosso país”, disse. 
Segurança 
A presidente Dilma Rousseff disse  ontem que uma grande operação militar será feita em maio ao longo dos 16  mil quilômetros de fronteira terrestre do país. Segundo Dilma, a  operação tem como objetivo reforçar a segurança para a Copa das  Confederações, que ocorrerá entre 15 e 30 de junho. “A segurança pública  é uma responsabilidade constitucional dos estados, mas o governo  federal tem o dever de participar na sua área de atuação, e é o que  estamos fazendo”, destacou a presidente, em sua coluna semanal. Dilma  disse que as Forças Armadas e as polícias federais e estaduais trabalham  de forma coordenada para combater os crimes (principalmente o tráfico  de drogas) nas fronteiras do país desde 2011, quando foi lançado o Plano  Estratégico de Fronteiras. A presidente explicou que a ação integrada é  feita periodicamente por meio da Operação Ágata, liderada pelo  Ministério da Defesa, e pela Operação Sentinela, do Ministério da  Justiça. 
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Brasil fará operação em fronteira para aumentar segurança na Copa das Confederações 
Danilo Macedo 
A presidenta Dilma Rousseff disse  hoje (23) que uma grande operação militar será feita em maio ao longo  dos 16 mil quilômetros de fronteira terrestre do país. Segundo Dilma, a  operação visa a reforçar a segurança para a Copa das Confederações, que  ocorrerá entre 15 e 30 de junho. 
“A segurança pública é uma  responsabilidade constitucional dos estados, mas o governo federal tem o  dever de participar na sua área de atuação, e é o que estamos fazendo”,  destacou Dilma, na coluna semanal Conversa com a Presidenta. Ela  respondeu à pergunta do servidor público Francisco Carlos Oliveira, do  Distrito Federal, sobre a atuação das Forças Armadas no combate à  entrada de drogas pela fronteira. 
Dilma disse que as Forças Armadas e  as polícias federais e estaduais trabalham de forma coordenada para  combater os crimes (principalmente o tráfico de drogas) nas fronteiras  do país desde 2011, quando foi lançado o Plano Estratégico de  Fronteiras. A presidenta explicou que a ação integrada é feita  periodicamente por meio da Operação Ágata, liderada pelo Ministério da  Defesa, e pela Operação Sentinela, do Ministério da Justiça. 
“Juntas, [as duas operações] já  desarticularam 65 organizações criminosas, apreenderam 360 toneladas de  drogas, 8 mil carros e embarcações e inspecionaram 148 pistas de pouso”,  disse a presidenta. 
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Xavantes entregam denúncias de violação à Comissão Nacional da Verdade 
Alex Rodrigues 
 Um  grupo de representantes dos índios xavantes que atualmente vivem na  Terra Indígena Marãiwatsédé, no norte de Mato Grosso, entregou hoje (23)  a representantes da Comissão Nacional da Verdade um documento em que  relatam episódios de violações aos seus direitos ao longo de décadas. 
Entregue à psicanalista Maria Rita Kehl,  responsável por coordenar a apuração das denúncias sobre violações aos  direitos indígenas entre 1946 e 1988, o Relatório sobre Violações dos  Direitos Humanos: O Caso dos Xavante de Marãiwatsédé narra, a partir do  ponto de vista indígena, fatos como a invasão do território  tradicionalmente ocupado pelos xavantes de Mato Grosso, além de  assassinatos e a disseminação de doenças contra as quais os índios não  tinham proteção natural. 
O grupo xavante também aproveitou o  encontro para relatar as dificuldades que continuam enfrentando após  receberem o direito ao usufruto da terra – que, legalmente, pertence à  União. Também denunciaram que um grupo de pelo menos 50 não índios que  se identificam como antigos moradores voltou a ocupar a área nos últimos  dias. 
De acordo com Maria Rita Kehl, os índios  xavantes narram, no relatório, entre outros fatos, as expulsões que  sofreram; as epidemias que, nos anos 1950 e 1960, dizimaram mais da  metade da etnia; e a ocupação de suas terras por um fazendeiro que abriu  uma empresa com a conivência do governo, quando os índios foram  retirados do lugar. 
“A maioria dos xavantes morreu por  epidemias antes de, já nos anos 1990, voltarem para uma reserva muito  menor que o território que tinham anteriormente”, disse Maria Rita Kehl  ao fim do encontro. O relatório foi produzido pela Associação Bö´U  (Urucum) e pela ONG Operação Amazônia Nativa (Opan). 
“A importância do relatório é para que  nossa história seja reconhecida nacionalmente. Nossos antepassados  sofreram muito quando foram transferidos de nossa terra tradicional e  [no local] foi instalada a fazenda [Suiá Missú]”, comentou Cosme  Paridzané, filho do cacique Damião Paridzané, lembrando que, a partir  daí, o grupo xavante passou a se transferir de uma reserva a outra. 
Segundo o Censo 2010, cerca de 1,8 mil  índios xavantes viviam na terra indígena de 165 mil hectares (1 hectare  corresponde a 10 mil metros quadrados, equivalente a um campo de futebol  oficial). A retirada dos não índios de Marãiwatsédé foi concluída em  janeiro. Há duas semanas, uma comitiva do governo federal, entre eles o  ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto  Carvalho, participou de cerimônia para oficializar a concessão de uso da  terra. 
Quanto às denúncias, Maria Rita comentou  apenas que a Comissão Nacional da Verdade não tem poder para interferir  diretamente em nenhum conflito social no país, mas que as queixas  poderão ser tratadas conjuntamente com as recomendações que vão ser  apresentadas ao fim dos trabalhos. 
“A comissão vai encaminhar uma série de  recomendações que, esperamos, sensibilizem a sociedade, inclusive o  Senado e a Câmara dos Deputados. Podemos, por exemplo, sugerir que a  presidenta Dilma continue tendo o poder de homologar terras indígenas;  que este poder não seja tirado dela, porque aí, com um Congresso  Nacional com uma grande maioria de ruralistas, os indígenas estariam  ainda mais ameaçados. Também podemos recomendar a retomada da dimensão  de terra necessária para a preservação dessa cultura”. 
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Relatório que denuncia violência contra indígenas no período militar será analisado na Comissão da Verdade 
Cidadania 
Alex Rodrigues 
Repórter Agência Brasil 
Membro  da Comissão Nacional da Verdade responsável por coordenar a apuração  das denúncias sobre violações aos direitos indígenas entre 1946 e 1988, a  psicanalista Maria Rita Kehl informou hoje (22), que a comissão vai  analisar todas as denúncias e fatos narrados no chamado Relatório  Figueiredo, extenso documento produzido em 1968 e encontrado há poucos  dias após mais de 40 anos dado como perdido. 
Embora ainda não tenha se debruçado sobre  o documento localizado pelo pesquisador e vice-presidente do Grupo  Tortura Nunca Mais de São Paulo, Marcelo Zelic, a psicanalista disse  estar convencida de que o relatório de pelo menos 5 mil páginas contém  “muitos e importantes relatos de violações", o que vai exigir uma  avaliação cuidadosa para evitar equívocos ou conclusões precipitadas. 
“É um documento complexo que vai nos dar  muito trabalho. Já estamos prevenidos de que vamos ter que analisá-lo  com muito cuidado e discernimento. Ao mesmo tempo em que relata muitas  violações aos direitos dos povos indígenas, por se tratar de um  relatório elaborado em plena ditadura militar, também traz algumas  acusações que vão exigir que procuremos outros subsídios para avaliar  [as denúncias] sem nos precipitarmos", disse a psicanalista. 
Produzido entre os anos de 1967 e 1968,  quando o então procurador Jader de Figueiredo Correia percorreu o país a  convite do extinto Ministério do Interior para apurar denúncias de  crimes cometidos contra a população indígena, o documento era dado como  perdido em um incêndio no ministério há mais de 40 anos e foi  recentemente encontrado no Museu do Índio, no Rio de Janeiro, por Zelic. 
De acordo com o pesquisador, o relatório  foi entregue pela Fundação Nacional do Índio (Funai) ao Museu do Índio  em 2008. Distribuído em várias caixas e misturado com outros documentos,  não estava catalogado, de forma que, durante décadas, os servidores dos  dois órgãos indigenistas não se deram conta de que o que parecia um  processo qualquer, era, nas palavras de Zelic, talvez o “mais importante  documento produzido pelo Estado brasileiro a respeito das violações aos  direitos indígenas, como a apropriação de suas terras e de seus  recursos". 
“É um documento que pode ajudar muito a  sensibilizar a sociedade para a situação que os índios ainda hoje vivem  no Brasil", disse Zelic à Agência Brasil. De acordo com o pesquisador, o  resgate do Relatório Figueiredo pode ser creditado como um dos avanços  possibilitados pela criação da Comissão Nacional da Verdade, criada em  maio de 2012, por meio da Lei 12.528 para apurar graves violações de  direitos humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro  de 1988. 
Durante o trabalho de apuração, o grupo  coordenado por Figueiredo Correia apurou denúncias como o extermínio de  tribos indígenas inteiras, torturas, expulsões e diversos tipos de  violência, muitas vezes praticada por servidores do extinto Serviço de  Proteção ao Índio (SPI), órgão indigenista federal que antecedeu a Funai  (criada em 1967) e sobre o qual pesavam suspeitas tão graves que o  ex-ministro do Interior, Albuquerque Lima, admitiu, durante depoimento  no Congresso Nacional, em 1977, ser impossível manter o órgão “por culpa  de algumas dezenas de servidores menos responsáveis". 
Nove anos antes da declaração do ministro  e em consequência das informações reveladas pelo trabalho de Figueiredo  Correia, o Ministério do Interior recomendou a demissão de 33 pessoas; a  suspensão de 17; a cassação da aposentadoria de um agente de proteção  aos índios e de dois inspetores e apontou ainda o envolvimento de outras  pessoas em práticas ilícitas ou prejudiciais aos índios, mas cuja  punição não era de competência do Poder Executivo. Posteriormente,  muitos funcionários públicos punidos foram inocentados na Justiça e  retornaram ao trabalho. 
Filho do ex-procurador, o advogado Jader  de Figueiredo Correia Junior comemorou o fato de o relatório produzido  por seu pai em meio “a constantes ameaças de morte, alguns atentados" e o  peso de ter que pôr a própria família sob proteção policial ter sido  localizado. 
“É uma notícia fantástica. Não apenas  para a família, que vimos o quanto meu pai sofreu para tentar chegar a  uma verdade a que, infelizmente, o país não tinha acesso, mas  principalmente porque o documento é importantíssimo para o país. A  partir dele, parte de história poderá ser reescrita e o Brasil e o mundo  poderão enfim ter a exata noção dos crimes cometidos contras os índios  durante determinado período", disse o advogado, acrescentando que, até o  pai morrer, quando ele tinha 14 anos, o tema da violência contra os  índios era recorrente. 
“Muitas pessoas próximas ao meu pai que  conheciam o teor do documento, as coisas que ele tinha visto durante  suas viagens, a importância e a gravidade dos fatos por ele narrados,  não entendiam como o documento podia ter desaparecido. Quer dizer,  entendiam. Era algo conveniente para muitas pessoas", disse o advogado,  que ainda hoje lembra de alguns relatos do pai. “Meu pai contava ter  chegado a aldeias e encontrado toda a comunidade morta por  envenenamento, pelo contato [com os não índios] ou por outros meios.  Lembro de ele contar que em uma aldeia o grupo encontrou uma índia  amarrada a duas árvores pelos pés, de cabeça para baixo e cortada a  facão". 
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Mozarildo quer mais colégios militares na Região Norte 
O senador Mozarildo Cavalcanti  (PTB-RR) defendeu nesta terça-feira (23) a aprovação de projeto de lei  que autoriza a União a criar um Colégio Militar em Boa Vista-RR. O  Projeto de Lei do Senado (PLS) 211/2002, de autoria do senador, já foi  aprovado pelo Senado, mas está parado na Câmara desde 2004. 
– E eu, como homem da Amazônia, faço um  apelo no sentido de que a Câmara acelere a apreciação desse projeto, que  já está lá há praticamente nove anos e que aqui passou pouco tempo para  ser aprovado – pediu o senador. 
Mozarildo explicou que a iniciativa não  obriga, apenas autoriza a União a construir mais um colégio. Segundo o  senador, há, no país, 12 colégios militares localizados em dez estados.  Apenas um deles fica na Região Norte, em Manaus (AM). 
Durante a tramitação no Senado, o  ex-senador Tião Viana, que relatou o projeto, acrescentou ao texto a  autorização para a criação de outro colégio, em Rio Branco (AC). 
Para Mozarildo, os colégios militares  enfatizam muito a qualidade do ensino, e possibilitam o desenvolvimento  simultâneo das áreas cognitiva, afetiva e psicomotora. A instalação em  Roraima daria a oportunidade a jovens, especialmente de famílias com  menos recursos, de ter ensino de qualidade. 
Na Câmara, o projeto tramita na Comissão  de Finanças e Tributação. Se aprovado, o texto será votado pelo  Plenário, o que o senador espera que ocorra ainda neste semestre. 
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Ameaça de bomba atrasa em quase três horas voo com destino a Manaus 
Passageiro teria declarado portar uma bomba e aeronave foi esvaziada 
Uma ameaça de bomba impediu a  decolagem do voo 1646, da Gol, com escala em Boa Vista e destino final  Manaus. De acordo com a assessoria de imprensa da Inframerica, um dos  145 passageiros teria declarado portar uma bomba. Ao tomar conhecimento  do fato, a tripulação retirou todos da aeronave e acionou a Polícia  Federal. O voo, que estava previsto para sair às 21h50, decolou por  volta da 0h30, com quase três horas de atraso. 
O passageiro suspeito de portar a bomba  foi detido e encaminhado para a superintedência da PF em Brasília, onde  foi interrogado. A PF disse que só vai passar informações nessa  quarta-feira (24/4). 
Todas as malas do voo passaram pela  verificação pelos raios x e em seguida foram embarcadas novamente, o que  causou boa parte do atraso. 
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Inace bate a quilha de navio para a Marinha 
Foi realizada na manhã de ontem a  cerimônia de Batimento de Quilha que dá início às obras do Navio  Hidroceanográfico Fluvial (NHoFlu) "Rio Branco", a ser construído pela  Indústria Naval Cearense (Inace) e primeiro navio integralmente  projetado pelo Centro de Projetos de Navios, da Marinha. 
A construção da embarcação está  inserida no Projeto de Cartografia da Amazônia, realizado em parceria  com o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira e o Serviço  Geológico do Brasil. 
O navio foi projetado para realizar  levantamentos hidroceanográficos, coleta de dados ambientais,  atualização contínua de cartas e publicações náuticas, além de poder  atuar em apoio a órgãos governamentais na Defesa Civil, em ações de  socorro e ações cívico-sociais. 
Com previsão de ficar pronta em  aproximadamente 18 meses, a embarcação teve contrato de construção  assinado pela Marinha do Brasil e o Estaleiro Inace no dia 5 de dezembro  do ano passado. Depois de construído, o navio ficara em Manaus, no  Estado do Amazonas. 
Características 
O NHoFlu "Rio Branco" terá como  características básicas o comprimento total de 55 metros, a boca moldada  máxima de nove metros, o calado máximo de dois metros e o deslocamento  de 530 toneladas. Projetado para operar em um raio de ação de 3.000  milhas náuticas, com uma autonomia de 25 dias, o futuro navio será  composto de modernos sensores científicos para o cumprimento de sua  missão. A tripulação da embarcação será composta por 36 militares, sendo  seis Oficiais e 30 Praças. 
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Evidências de um genocídio indígena 
Para ONG internacional criada a partir da publicação dos resultados do documento, é hora de recuperar a história 
Felipe Canêdo e Marcelo da Fonseca 
As revelações de atrocidades  cometidas contra populações indígenas no Brasil entre as décadas de 1940  e 1960 descritas no Relatório Figueiredo – documento que apurou  matanças de tribos inteiras, roubos de terras e torturas – tiveram  repercussão também fora do país. Integrantes da organização não  governamental (ONG) Survival consideraram o material fundamental para  esclarecer momentos obscuros da história dos povos nativos dizimados em  território brasileiro. O grupo, que atua em mais de 100 países na  proteção dos direitos de povos nativos, avalia que os casos que constam  no relatório são evidências que permitirão recuperar parte da memória  que vinha sendo deixada de lado ao longo dos anos. 
O grupo começou a militar  internacionalmente em defesa dos povos indígenas exatamente devido aos  relatos baseados no Relatório Figueiredo, que detalham genocídios de  tribos na Região Amazônica. Em 23 de fevereiro de 1969, um artigo  publicado na revista britânica Sunday Times Magazine com base em  entrevista concedida pelo então ministro do Interior, Albuquerque Lima,  assim que ele recebeu o relatório, comoveu centenas de pessoas, que  decidiram criar a ONG para atuar ativamente na proteção de índios. 
A extensa matéria de Norman Lewis,  intitulada "Genocídio" e ilustrada com fotos de Don McCullin, trata da  investigação feita pela equipe do procurador Jader de Figueiredo em  tribos de todo o país entre novembro de 1967 e março de 1968. Um grupo  de pessoas que moravam na Inglaterra e que tinham vínculos com o Brasil  se comoveu com as descrições brutais do relatório e resolveu fundar a  Survival, que hoje tem representações em países como os Estados Unidos,  Itália, França, Holanda, Espanha e Inglaterra. Quando a diretora de  Pesquisa da Survival, a britânica Fiona Watson, ficou sabendo que a peça  produzida para o Ministério do Interior sobre chacinas de tribos  brasileiras havia sido recuperado, depois de 45 anos desaparecida, ela  ficou profundamente emocionada. 
"Sempre ouvi falar que o Relatório  Figueiredo tinha sido queimado num incêndio. Quando li a reportagem que  contava sobre a descoberta dele foi muito impactante", conta ela, que  começou a trabalhar na organização em 1990. "Senti também um certo  alívio, porque é um documento que mostra tudo que aconteceu com os  índios naquela época. E tem gente no Brasil e no mundo que ainda não  acredita que essas atrocidades aconteceram", comentou ela num português  de quem morou no Brasil por quase 20 anos, mas sem conseguir esconder o  sotaque. Desde o dia 19, o Estado de Minas publica com exclusividade os  segredos do Relatório Figueiredo, encontrado entre caixas antigas de  papéis no Museu do Índio, no Rio de Janeiro, no ano passado. 
Xavantes Ontem, a Comissão Nacional da  Verdade recebeu outro relatório sobre violações de direitos humanos  sofridas por indígenas. Dessa vez, contra os povos Xavante entre as  décadas de 1940 e 1960, incluindo invasão do território com a  condescendência de autoridades da época. O "Caso dos savante de  Marãiwatsédé" narra ações de empresários e poderes locais e nacionais  que resultaram na invasão de terras indígenas no Mato Grosso. O  material, de 71 páginas, foi entregue à coordenadora do grupo de  trabalho que apura violações de direitos humanos no campo e contra  indígenas, Maria Rita Kehl, por sete índios da tribo Xavante de  Marãiwatsédé. 
Segundo os indígenas, quando a  invasão ocorreu, promovida por latifundiários e um projeto de  colonização do governo de Mato Grosso, nos anos 1960, o Serviço de  Proteção aos Índios (SPI) – órgão que antecedeu a Funai – não os  protegeu, exceto pelos relatos de Ismael Leitão, chefe do SPI na área,  cujos apelos teriam sido ignorados pela direção do órgão. O resultado da  remoção Forçada, realizada em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB),  foi observado já na chegada à terra indígena de São Marcos onde viviam  outros xavantes: a maioria dos 263 transferidos morreram de sarampo em  poucos dias. A população da tribo, que era de 3 mil indivíduos antes da  invasão, é hoje de 963 pessoas. 
Maria Rita Kehl explicou que a comissão  não tem atribuição de pagar indenizações. "Mas ela tem o poder de  escrever essa história e fazer circular essa informação pelo Brasil.  Estamos aqui para contar essa história, que não é conhecida por todos os  brasileiros", ressaltou ela, que se comprometeu a ler todo o documento e  acrescentá-lo ao relatório da comissão. 
Funai acredita em retratação 
Em nota divulgada ontem, a Fundação  Nacional do Índio (Funai) destacou a importância do reaparecimento do  Relatório Figueiredo, como fonte para esclarecer crimes cometidos contra  povos indígenas. A instituição afirmou também que espera que o  detalhamento dos acontecimentos possibilite "apontar os responsáveis  pelos crimes praticados contra essas comunidades". A partir das  comprovações dos atos, a Funai acredita que serão feitas "retratações  devidas a todos os povos que foram vítimas do autoritarismo e da  intolerância". 
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Visita do papa fará Exército ocupar Angra 
Esquema de segurança da Jornada Mundial da Juventude terá vigias de mar, ar, terra e internet 
Marcelo Gomes 
O esquema de segurança montado para a  Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada de 23 a 28 de  julho no Rio, incluirá a ocupação pelas Forças Armadas de instalações  consideradas estratégicas, como as usinas nucleares de Angra dos Reis, a  termelétrica de Santa Cruz, subestações de energia elétrica, a  Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), além da Estação de Tratamento de  Água do Guandu e da Estação do Lameirão, que abastece 9 milhões de  pessoas. 
O objetivo é evitar sabotagens que  prejudiquem o evento e levem pânico à população. Caberá a militares da  9a Brigada de Infantaria Motorizada do Exército ocupar esses locais. 
Ao longo dos seis dias da JMJ, serão  empregados cerca de 8,5 mil militares na segurança, sendo 7 mil do  Exército e 1,5 mil da Marinha. As Polícias Civil e Militar do Rio ainda  não fecharam o efetivo que será empregado. 
Nos dias 27 e 28, quando serão realizadas  respectivamente a vigília e a missa de encerramento em Guaratiba, na  zona oeste, com a presença do papa Francisco, 4 mil militares estarão  trabalhando. Nesses dois dias, será decretada Garantia da Lei e da Ordem  (GLO), o que garante às Forças Armadas a responsabilidade  constitucional pela segurança pública. A GLO funcionará em Guaratiba e  nas instalações estratégias que serão ocupadas pelos militares. 
"As Forças Armadas vão coordenar a  segurança apenas no terreno em Guaratiba onde ocorrerão os dois grandes  eventos. Nos outros locais da cidade e no restante dos dias da Jornada, o  patrulhamento será de responsabilidade da Secretaria Extraordinária de  Grandes Eventos (Sege), do Ministério da Justiça", explicou o general de  Divisão José Alberto da Costa Abreu, coordenador do Centro de Defesa de  Área e Segurança do Exército. 
Internet. O planejamento inclui  patrulhamento e monitoramento por terra, mar, ar e até na internet. O  quartel-general da segurança da JMJ funcionará no prédio do Comando  Militar do Leste (CML), no Centro do Rio. Lá estarão o Centro de  Coordenação Tático Integrado (CCTI), o Centro de Defesa de Área (CCDA) e  o Centro de Defesa Cibernética, que será transferido de Brasília para o  Rio - e visa a evitar ataques de hackers a sites e a sistemas de  energia elétrica, telefonia e internet. 
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Francisco receberá tratamento de chefe de Estado de alto risco 
Pontífice deve fazer deslocamentos curtos dentro do papamóvel e nos mais longos usar um helicóptero 
A  escolta próxima do papa Francisco será feita por agentes do Núcleo de  Segurança de Dignatários da Polícia Federal. Por causa da magnitude do  evento, cujas previsões giram em torno de 2,5 milhões de participantes, o  pontífice receberá tratamento de chefe de Estado considerado de alto  risco, normalmente dispensado a governantes de países com histórico de  guerras, ataques terroristas e/ou instabilidade política. 
Cerca de 750 homens da PF participarão do  esquema de segurança de Sua Santidade e do séquito papal, que deve ter  15 pessoas, entre ministros de Estado, secretários particulares e  agentes da Gendarmaria e da Guarda Suíça (responsáveis pela segurança do  Vaticano). 
A maior parte dos agentes fará, em  esquema de rodízio, a segurança dos locais onde o papa vai ficar ou  passar, como o Sumaré, residência oficial da Arquidiocese do Rio onde  vai dormir. A equipe que acompanhará o pontífice nos deslocamentos pela  cidade será fixa, com os mesmos 15 homens durante toda a permanência na  cidade. 
Um deles será seu "sombra". O  guarda-costas deve estar preparado para qualquer tipo de ação hostil,  até mesmo se colocar na frente de Sua Santidade e tomar um tiro em seu  lugar, como nos filmes. "O objetivo em manter a equipe fixa é criar uma  identidade visual do pontífice com os agentes", explica um delegado da  PF que acompanha o planejamento. 
Caças em Roma. A maioria dos 15 policiais  federais já participou da segurança próxima dos papas João Paulo II e  Bento XVI, quando eles estiveram no Brasil em 1997 e 2007,  respectivamente. Longos deslocamentos do papa pela cidade serão feitos  de helicóptero. Pequenas distâncias serão percorridas em um  papamóvel, que é blindado. Hércules C-130 da FAB vão a Roma buscar dois  papamóveis (um ficará de reserva). 
CINCO RAZÕES PARA... Prestar atenção na Jornada 
1 - Será a primeira viagem internacional  do papa Francisco. Ele já deu a entender que terá mais atividades do que  se esperava inicialmente de Bento XVI - já mostrou interesse, por  exemplo, em visitar uma favela carioca. 
2 - Ele deve aproveitar a Jornada Mundial da Juventude para realizar discursos sobre os rumos da Igreja. 3 - O Brasil continua a ser o maior país católico do mundo. Mas sofre com a perda de fiéis, o que motiva preocupação do Vaticano. A ideia é que a vinda do papa ao País possa ajudar a reverter essa tendência e estimular a fé, sobretudo entre os jovens. 4 - Francisco já esteve no Brasil, na Conferência de Aparecida, e participou da redação final do texto - que dava mais força às comunidades eclesiais de base - o que voltou a ser uma aposta nas discussões deste ano da CNBB. 5 - Há ainda expectativas quanto à postura de Francisco em relação a correntes históricas da Igreja no Brasil, como a Teologia da Libertação.  | 
SONIA RACY 
Direto da fonte 
No ar 
A troca do ministro da Aviação Civil -  saiu Wagner Bittencourt e entrou Moreira Franco - não barrou a  interferência de Arno Augustin no setor aéreo. 
Em menor grau do que antes, mais ainda ativo, o secretário do Tesouro e membro do conselho da Embraer continua dando cartas. 
Ninguém entende muito bem o porquê. 
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Visita a favela ainda está sendo discutida 
Luciana Nunes Leal 
No  primeiro dia da visita ao Rio para definir o roteiro do papa, de 23 a  28 de julho, o chefe, do departamento de viagens internacionais do  Vaticano, Alberto Gasbarri, reuniu-se com organizadores do encontro e  fez uma vistoria na base aérea do Galeão. 
Presidente do Comitê Organizador Local, o  arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, informou que o anúncio formal da  agenda do papa no Rio será feito no dia 7. "A agenda será adaptada e  seguirá a sensibilidade do papa Francisco", disse Gasbarri. 
Segundo o arcebispo, Francisco quer visitar uma favela carioca, mas a escolha ainda depende de discussões sobre segurança. 
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Operação da polícia destrói 11 balões em ação contra prática ilegal no RJ 
Flagrante mostrou balão sendo levado por criminosos, após cair no Rocha. Somente em São Gonçalo, sete equipamentos foram destruídos. 
 Uma operação da polícia do Rio  realizada nesta terça-feira (23) destruiu 11 balões. A ação foi  desencadeada após o Bom Dia Rio desta terça mostrar imagens de um balão  aterrisando no bairro do Rocha, no Subúrbio, e sendo colocado por um  grupo de homens em um carro amarelo com placa coberta. Policiais  militares conseguiram apreender o equipamento em uma rua próxima à  favela do Jacarezinho. O Globocop acompanhou o trajeto dos criminosos,  que deixaram o veículo em um dos acessos à comunidade. 
Somente em São Gonçalo, o agentes  apreenderam 19 munições, duas caixas de fogos, uma caixa com seis  morteiros, uma caixa com 36 morteiros de pirotecnia, um botijão de gás,  um maçarico, uma boca de balão com bucha, um balão de seis metros, uma  armação de ferro pequena e uma armação de ferro com bucha foram  apreendidos. Os agentes contaram com denúncias feitas ao Disque  Denúncia. 
O órgão recebeu diversas informações a  respeito de baloeiros e monitorou os bairros em que eles mais atuam. São  eles: Campo Grande, Alto da Boa Vista, Taquara e Senador Camará. Na  Região Metropolitana, os criminosos atuam principalmente no Parque  Capivari, em Duque de Caxias, e no Sapê, em Niterói. 
Fabricar, transportar e soltar balões são  considerados crimes ambientais. O infrator pode pegar entre um e três  anos de prisão e multas de até R$ 10 mil por equipamento. Quem tiver  alguma informação sobre grupos de baloeiros deve ligar para o  Disque-Denúncia pelo telefone 2253-1177. 
Outros flagrantes 
Outro flagrante foi feito perto do Aeroporto Santos Dumont, na Zona Sul da cidade. Imagens mostram um avião dividindo o espaço aéreo com balões. Na Vila Cruzeiro, outro balão caiu sobre uma casa. A polícia chegou em seguida e apreendeu o material. Ninguém ficou machucado.  | 

Gol terá aérea na República Dominicana 
Alberto Komatsu 
A Gol Linhas Aéreas planeja abrir  uma companhia aérea na República Dominicana, a Gol Dominicana, no  segundo semestre, apurou o Valor. O plano é montar uma frota de sete  aeronaves da Boeing, modelo 737-800, com voos para a América Central e  para os Estados Unidos. A Gol não confirmou a informação. Informou que  "está sempre atenta a oportunidades no mercado internacional". 
O passo definitivo para a Gol implementar  esse plano foi dado na semana passada, no dia 17 de abril. Foi quando a  Câmara de Deputados da República Dominicana aprovou alterações na  legislação Aeronáutica daquele país, com o objetivo de reconhecer a Gol  como empresa aérea nacional, apesar de ter o seu capital controlado por  estrangeiros. 
Atualmente, 62,74% do capital total da  Gol é do fundo Volluto, integrado pelo presidente do conselho de  administração da companhia, Constantino de Oliveira Junior e seus  irmãos. O fundo Wellington Management Company tem 5,08% das ações e o  Fidelity tem 2,52%. Mais 25,19% dos papéis estão pulverizados no  mercado. A Delta Air Lines tem 2,98% do capital. Uma fatia de 1,49% está  dividida entre o conselho de administração, diretoria e tesouraria. 
Segundo a imprensa da República  Dominicana, a modificação na lei para beneficiar a Gol foi aprovada em  regime de urgência, a pedido do presidente dominicano, Danilo Medina. A  Câmara de Deputados transformou em lei esse projeto, que precisa agora  da sanção presidencial. As alterações já têm o aval do Senado local. 
A nova lei Aeronáutica da República  Dominicana diz que serão reconhecidas como companhias dominicanas  "empresas aéreas constituídas com capital até 100% de investidores  estrangeiros sempre e quando tais investimentos pertençam a uma  companhia aérea internacional reconhecida internacionalmente ou a uma  subsidiária controlada por elas e que seja autorizada pelo Poder  Executivo". 
Essa alteração foi feita porque o  objetivo da República Dominicana é ter uma empresa aérea de bandeira  (que representa o país), a exemplo do que o Panamá fez com a Copa  Airlines, que montou um centro de distribuição de voos ("hub", no jargão  do setor aéreo) na Cidade do Panamá. 
Segundo fontes que acompanham as  negociações entre a Gol e o governo da República Dominicana, outros  benefícios poderão ser concedidos à nova companhia aérea, como  incentivos fiscais na compra de querosene de aviação e redução de taxas  aeroportuárias. 
Com prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão no  ano passado, o pior resultado em 12 anos de operação, a Gol não pretende  fazer investimentos adicionais para montar a frota da Gol Dominicana. 
Como parte da sua estratégia de reduzir a  oferta de assentos em voos no Brasil, em vez de incorporar sete aviões  novos para o mercado brasileiro, cuja entrega já estava programada, a  Gol planeja transferi-los para a Gol Dominicana. Com isso, evitaria o  cancelamento de encomendas já realizadas com a fabricante americana  Boeing. 
Em outubro do ano passado, o presidente  da Gol, Paulo Kakinoff, contou ao Valor que a companhia tem planos de  montar um "hub" em Santo Domingo, na República Dominicana. Segundo o  executivo, a ideia é oferecer voos aos Estados Unidos. A Gol já iniciou  as vendas de passagens para Orlando e Miami a partir da cidade  dominicana. 
A Gol tem planos de ampliar as conexões  aos Estados Unidos, para cidades como Nova York, Las Vegas e Los  Angeles, com decolagens da capital dominicana. Por meio de sua sócia  minoritária Delta Air Lines, que também opera em Santo Domingo, a Gol  pretende oferecer aos seus passageiros conexões para a Ásia e Europa de  Atlanta, onde a Delta estabeleceu o seu "hub". 
Em dezembro de 2011, a Delta comprou  quase 3% do capital da Gol por US$ 100 milhões. As duas companhias têm  um acordo de compartilhamento de voos (do inglês "code-share") desde  2005. 
O mercado internacional responde por 8%  da receita da Gol. Com os planos na República Dominicana, a intenção é  aumentar a sua receita em dólares, já que em torno de 55% dos custos são  dolarizados, sendo 40% de querosene de aviação e 15% de arrendamento de  aeronaves ("leasing"). 
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Governo fará em maio megaoperação para vigiar fronteiras, diz Dilma 
Bruno Peres 
O  governo brasileiro fará em maio “uma grande operação militar" para  vigiar todas as fronteiras do país, anunciou a presidente Dilma Rousseff  em sua coluna semanal publicada em jornais regionais. 
Segundo apurou o Valor PRO, a expectativa  é que a própria presidente acompanhe parte da operação, cuja finalidade  principal é dar mais segurança à Copa das Confederações, em junho. 
“A segurança pública é uma  responsabilidade constitucional dos Estados, mas o governo federal tem o  dever de participar na sua área de atuação, e é o que estamos fazendo",  afirmou a presidente na coluna “Conversa com a Presidenta". 
Dilma destacou que desde agosto de 2011,  quando foi lançado o Plano Estratégico de Fronteiras, as Forças Armadas e  as polícias federais e estaduais trabalham de forma coordenada para  combater os chamados crimes transfronteiriços, principalmente o tráfico  de drogas. 
O plano, realizado por meio de duas  operações periódicas - Ágata e Sentinela - já desarticulou 65  organizações criminosas, apreendeu 360 toneladas de drogas, 8 mil carros  e embarcações e inspecionou um total de 148 pistas de pouso. 
De acordo com a presidente, a Operação  Ágata é liderada pelo Ministério da Defesa, mobilizando as Forças  Armadas e as demais forças civis de segurança em ações pontuais e de  grande impacto. A Operação Sentinela é coordenada pelo Ministério da  Justiça, que reúne as polícias Federal, Rodoviária Federal, e a Força  Nacional de Segurança, em ações de investigação e de inteligência  continuadas. 
Na coluna, Dilma também destacou a  execução do programa “Aqui Tem Farmácia Popular", presente em 3.779  municípios, e as ações de governo voltadas para o enfrentamento do  prolongamento da estiagem. 
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Gaúchos à espera de bilhões 
Entre novas obras e projetos aguardados há anos, Dilma e Tarso assumiram compromissos de R$ 6,9 bilhões desde janeiro 
Juliana Bublitz 
O repertório de grandes promessas de  obras públicas anunciadas pelos governos federal e estadual neste  início de 2013 já supera a marca de R$ 6,9 bilhões em investimentos.  Tratam-se de compromissos inéditos e outros nem tanto, firmados durante  cerimônias pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Tarso Genro,  entre janeiro e abril. 
Ao todo, integram a lista sete projetos,  cujos detalhes são exibidos abaixo. O critério utilizado para a seleção  das propostas foi a importância de cada uma delas – todas são  estratégicas para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e beneficiariam  milhares de pessoas. 
Entre as novidades, estão as três obras  viárias anunciadas neste mês pela presidente, em Porto Alegre. Se forem  concretizadas, duas delas (prolongamento da BR-448 e melhorias na  BR-116) têm potencial para reduzir os congestionamentos na Região  Metropolitana, e a terceira (ampliação da BR-392), resultará em um novo  corredor de escoamento para a produção agrícola. 
Do grupo de proposições antigas  revitalizadas nos primeiros meses de 2013 pelos governantes, fazem parte  a segunda ponte do Guaíba, o metrô da Capital – fruto de uma parceria  da União com a prefeitura e o Piratini –, o sistema antineblina do Aeroporto Internacional Salgado Filho e a construção da ERS-010. Todas vêm sendo alvo de discussões há anos, com idas e vindas, sem resultado prático. 
Há prazos para o início, faltam projeções para as conclusões 
A maioria das obras tem a largada  prevista para os próximos quatro anos, mas a conclusão dos projetos é  uma incógnita. A nova travessia do Guaíba, por exemplo, ainda está na  fase inicial. A primeira promessa a se tornar realidade, se não surgir  nenhum contratempo, deve ser a do aeroporto, melhorando e muito a vida  de quem usa o terminal. 
Desenvolvido para permitir pousos e  decolagens com baixa visibilidade, o sistema é protelado desde 2007,  quando o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, assegurou sua  instalação. Na segunda-feira, outro ministro – Moreira Franco, da  aviação Civil – garantiu que o equipamento entrará em operação "até  setembro". 
Embora a maior parte das obras leve anos  para ser concluída, tanto Dilma quanto Tarso tentam adiantar ao máximo o  andamento delas, de olho nas eleições de 2014. Mas o desafio maior não é  esse: é convencer os eleitores de que o discurso não ficará no vazio. 
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FOLHA DE JANDIRA (SP)
Câmara de Itapevi revoga concessão de área doada à Aeronáutica há 50 anos
A Câmara Municipal de Itapevi aprovou na sessão ordinária do dia 16, dois importantes projetos de lei, com  destaque para o que revogou a doação de uma área que havia sido doada à  Aeronáutica há mais de 50 anos, no Jardim Rosimeire, mas que nunca foi  utilizada.
O presidente do Legislativo, Dr. Paulo  Rogério de Almeida, (Prof. Paulinho), informou que a revogação autoriza o  Executivo a utilizar o terreno para a construção de algum próprio  municipal. “Esta área ficou a disposição de nossas forças armadas, mas  agora volta à propriedade de nossa administração. Tenho certeza de que o  espaço pode servir de utilização para alguma ferramenta pública voltada  à saúde, educação, esporte. Enfim, tenho certeza de que será utilizada  para benefício de nossa população”, disse o Prof. Paulinho.


















