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Tragédia evitável?

Empresa diz que helicóptero que caiu e matou oito não tinha sido revisado .

Documento divulgado pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás confirmou que o helicóptero Koala AW 119KII (prefixo PP-CGO), da Polícia Civil, que caiu no dia 8 deste mês matando oito os oito ocupantes, na volta a Goiânia, depois da reconstituição da chacina de sete pessoas em Doverlândia, não passou por revisão, das 300 horas de voo, como foi informado pela própria Secretaria um dias após o acidente, na cidade de Piranhas.

"As cadernetas de revisão estão vazias", informou o secretário João Furtado Neto. Ainda de acordo com ele, o helicóptero foi retirado da empresa sem que a manutenção tivesse sido realizada. Das 84 ações previstas, só a troca de óleo e a lubrificação de componentes foi feita. O documento, que nega a revisão, foi expedido e assinado pela Fênix Manutenção e Recuperação de Aeronaves Ltda., a empresa contratada pela Secretaria de Segurança. A Fênix afirma não ter feito o trabalho porque soube, no último dia 4, que suas atividades haviam sido suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A secretaria havia informado, depois da tragédia, que o Koala passara por revisão nos últimos dias 4 e 7.

Além da aeronave da Polícia Civil, a empresa foi contratada para cuidar também de dois outros helicópteros, idênticos, vinculadas ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Militar de Goiás. No momento, ambos estão estacionados, à espera de revisão do fabricante, a italiana AgustaWestland.

AS VÍTIMAS

A queda do helicóptero, que explodiu ao tocar o solo, provocou a morte de dos delegados Jorge Moreira, Antônio Gonçalves, Osvalmir Carrasco, Vinicius Batista da Silva, Bruno Carneiro; os peritos criminais Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva; e o assassino confesso da chacina da Doverlândia, Aparecido Souza Alves.

A causa do acidente ainda está sendo apurada pelo Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado ao Ministério da Defesa. O secretário João Furtado afirmou que só o Cenipa poderá esclarecer se houve ou não manutenção. O centro, no entanto, informou que só vai se manifestar depois da conclusão da investigação da tragédia.

O Ministério Público Federal (MPF) de Goiás instaurou inquérito civil para apurar as ações da União e da Anac referentes ao acidente ocorrido em Piranhas. Serão investigadas as possíveis omissões quanto à fiscalização das atividades de aviação civil e do cumprimento das normas de segurança de voo. Pelo inquérito ficou determinado que a Anac tem 60 dias para apresentar informações de controle de liberação e manutenção da aeronave.

Fonte: / NOTIMP


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