Fabricantes de aeronaves de olho no Congresso Nacional de Aviação Agrícola

A Embraer, que domina o mercado brasileiro com o modelo Ipanema (que tem versão movida a etanol), já era parceira de longa data do Congresso. Agora, a Air Tractor e a Trush também entraram no rol de patrocinadores do evento (antes apenar tinham estandes na mostra técnica).

CIFRAS

Na edição de 2011 do Congresso Sindag, presidente da Air Tractor Inc., Jim Hirsch, já havia vindo ao Brasil especialmente para o evento. Na época, ele comentou que, das 123 aeronaves produzidas pela empresa nos Estados Unidos, 56% delas vieram para a América do Sul, especialmente para o Brasil. Enquanto isso, a Embraer comemorou no ano passado a venda de cerca de 60 aviões, com um faturamento em torno de R$ 700 milhões

O Congresso vai ocorrer entre 27 e 29 de junho, ocupando três hangares do Aeroporto Santa Maria, na parte leste da capital sul-matogrossense. A programação vai contar com palestras e debates com pesquisadores, técnicos, autoridades de aviação civil e operadores aeroagrícolas. E, além das demonstrações aereas, o evento terá exposição de equipamentos e tecnologias em aviação, pulverização de lavouras e combate a incêndios com aeronaves.

FROTA BRASILEIRA

Atualmente, o Brasil tem a segunda maior frota mundial de aviões agrícolas. São cerca de 1,6 mil aeronaves, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). E em torno de 240 empresas de aviação agrícola (também segundo a ANAC) - cerca de metade delas filiada ao Sindag.

A frota brasileira está atrás somente da dos Estados Unidos, que conta com cerca de 5 mil aparelhos. E a expectativa do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) é de que a frota cresça cerca de 8% este ano. E o avião carrega consigo trunfos importantes, como eliminação das perdas por amassamento (já que não roda na lavoura), maior precisão nas aplicações e redução em 90% do uso de água no preparo das caldas para aplicação. Sem falar na rapidez.