No Dia do Exército, Dilma destaca ação em áreas de conflito no Rio

Sem tocar em polêmicas, a presidente Dilma Rousseff aproveitou solenidade em comemoração ao Dia do Exército para elogiar a atuação da força e sustentar que a nova posição do Brasil no cenário internacional traz desafios para a defesa da soberania.

Dilma ainda lembrou o compromisso do Exército com a democracia e destacou a ação da força na ocupação de áreas de conflito no Rio de Janeiro, em situações de calamidade no país e em forças de paz pelo mundo.

A presidente prometeu continuar trabalhando pelo aparelhamento das forças. "A estatura político estratégica que o Brasil ocupa no cenário internacional apresenta novos desafios e oportunidades ao Exército.

Continuaremos trabalhando para que a força terrestre esteja sempre capacitada para manter a devida operacionalidade e prontidão frente as missões que se apresentem e para garantir os interesses estratégicos no país", disse.

A mensagem da presidente foi lida pelo locutor oficial da cerimônia de entrega de insígnias da Ordem do Mérito Militar a autoridades.

"O exercito que nos orgulha esta sempre pronto para trabalhar pela defesa da pátria. Pela garantia da soberania, paz, unidade do estado e democracia e contribuindo justiça social e bem estar do povo e colaborando para a construção de um Brasil mais justos", completou.

O comandante do Exército, general Enzo Peri, disse que as famílias dos militares precisam de "condições compatíveis para viver com dignidade".

"Por vocação, um soldado é despojado de si mesmo, desapegado de interesses materiais. Sua recompensa é seu intimo servir a pátria. (...) Entretanto, por trás desse homem, há uma família bem mais cara que todos nós e onde repousa seu coração. E que precisa de condições compatíveis para viver com dignidade."

O comandante pediu atenção do comando do Exército às tropas. "Por tudo isso, o chefe militar precisa liberar esse soldado, estando atento às suas necessidades, reservando-lhe o entusiasmo, a disciplina e a confiança. Sem isso, todo o propósito da Força se anula."

Foram agraciados com as insígnias os ministros Luís Inácio Adams (Adovocacia-Geral da União) e Wagner Bittencourt (Aviação Civil). As ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente) também foram agraciadas, mas não compareceram na solenidade oficial no quartel-general do Exército, em Brasília.

Durante o evento, quando tocaram a Canção do Exército, Dilma e o ministro Celso Amorim (Defesa) recorreram a uma cola para acompanhar os militares.

Na cerimônia, o general Enzo Peri defendeu o reaparelhamento do Exército: "A dissuasão externa, para preservar a soberania e os interesses nacionais, advém da existência de Forças modernas, bem equipadas, adestradas e em estado de permanente prontidão, capazes de desencorajar intimidações, agressões e ameaças". Na mensagem, Peri ainda pediu a confiança dos comandantes militares. "Confiem na Política de Defesa Nacional e na Estratégia Nacional de Defesa do nosso Brasil; confiem na cadeia de comando — em todos os níveis, sob a autoridade suprema da presidente da República", disse.

Dilma participou da cerimônia de entrega de insígnias da Ordem do Mérito Militar. Entre os agraciados, estavam os ministros da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams; e da Aviação Civil, Wagner Bittencourt; além de Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Izabela Teixeira (Meio Ambiente) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). A imprensa também foi homenageada, e a editora-chefe do Correio Braziliense, Ana Dubeux, e o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, receberam a medalha. A cerimônia foi marcada, ainda, por um desfile militar e pela apresentação, à presidente Dilma Rousseff, de um novo protótipo de blindado, dos helicópteros que resgataram reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e de um radar com tecnologia 100% nacional usado na artilharia antiaérea.

Fonte: / NOTIMP