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Em pouco mais de dois anos, Gol e TAM já somam oito reformas



Alberto Komatsu .

A Gol Linhas Aéreas anunciou, na sexta-feira, a sua quarta reestruturação administrativa desde novembro de 2009. Coincidentemente, a sua maior rival, a TAM Linhas Aéreas, passou pelo mesmo número de reorganizações, envolvendo mudanças importantes na gestão, praticamente no mesmo período.

A cobrança de acionistas por resultados, o cenário de intensa competição diante de custos em alta e a criação da Latam têm motivado essas mudanças. No caso recente da Gol, pesou o segundo maior prejuízo anual de sua história, de R$ 751,5 milhões em 2011, segundo uma pessoa que acompanha a reorganização.

Por meio de comunicado, a segunda maior empresa aérea brasileira informou a extinção da vice-presidência de clientes e mercado, menos de sete meses após ela ter sido criada. A mudança aconteceu após a renúncia de Ricardo Khauaja, segundo nota da Gol. Também foram eliminadas quatro diretorias e 26 gerências. Restaram duas vice-presidências e 15 diretorias.

Essas mudanças aconteceram 11 dias depois de a Gol ter completado a dispensa de 300 tripulantes desde o início do ano. No dia 2 de abril, a companhia anunciou a demissão de 86 copilotos e 45 comissários, após não ter obtido o nível de adesão que queria em programas de licença não remunerada e de demissão voluntária.

"A Gol sofreu o que o setor aéreo costuma chamar de doença dos 100 aviões. Realmente, quando uma empresa começa a crescer, às vezes começa a perder o controle, as estratégias mudam", afirma uma fonte do setor que pediu anonimato.

No fim de março, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, justificou o processo de dispensas na empresa com a redução de até 10% de sua malha total de voos. Serão cortados entre 80 e 100 voos, de um total de até 1.150 voos diários que ela e a Webjet operam.

O corte desses voos será realizado até o fim deste mês e inclui 80% de frequências da Gol e 20% da Webjet, adquirida em julho de 2011. Para 2012, Constantino já anunciou que Gol e Webjet terão "crescimento zero" de oferta de assentos nos aviões.

A Gol já havia anunciado, em setembro de 2011, a unificação de duas vice-presidências e a extinção de quatro diretorias. Em novembro de 2009, a empresa havia reduzido de cinco para quatro a quantidade de vice-presidentes.

A última reestruturação no alto escalão da TAM, a quarta desde o início de 2010, foi anunciada no fim de novembro de 2011. Foi quando a maior companhia aérea brasileira anunciou Cláudia Sender para uma nova vice-presidência, a comercial e de marketing.

Cláudia foi vice-presidente de marketing da Whirlpool, proprietária das marcas de eletrodomésticos da linha branca Brastemp, Consul e KitchenAid. É a sexta-vice-presidência da TAM.

Em novembro de 2011, a presidente do conselho de administração da TAM, Maria Claudia Amaro, e seu irmão Mauricio Amaro, futuro presidente do conselho da Latam, contaram ao Valor que a criação dessa nova vice-presidência vai reforçar a gestão da TAM no mercado doméstico. Essa medida, segundo eles, é uma estratégia já adotada pela LAN Airlines e uma preparação para a Latam.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Luis Argerich


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