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Campo de Marte - Árvores que oferecem risco a voo serão cortadas

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As Áreas 1 e 2 (vermelha e amarela) terão a vegetação suprimida. Fragmentos 1 e 2 (lilás e azul) já são áreas verdes e receberão mais árvores (Ilustração: divulgação/Secretaria do Verde e Infraero) .

Prefeitura autorizou o corte de 8.321 árvores dentro do Campo de Marte, na zona norte .

Por conta do risco "iminente" de um acidente aéreo, a Infraero (estatal que administra aeroportos) cortará 8.321 árvores dentro do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, quinto maior aeroporto brasileiro em número de pousos e decolagens.

As árvores impedem que os controladores da torre, responsáveis por gerir o movimento do aeroporto, enxerguem a pista e um dos helipontos, o mais utilizado.

A autorização para o corte foi dado anteontem pela Prefeitura de São Paulo. Ainda não há prazo para o serviço ser executado, diz a Infraero. São espécies como ligustos, leucenas e maricás.

Hoje o controlador não consegue ver quando um avião decolou ou pousou em um dos sentidos da pista -da praça Campo de Bagatelle em direção à avenida Brás Leme. Por causa do ponto cego, os pilotos são orientados a avisar à torre sempre que aterrissam ou decolam.

Nessas condições, um avião que se aproxima pode bater em outro que está prestes a decolar, por exemplo.

"Até hoje não deu acidente graças aos pilotos e ao controle de voo", disse Antonio Sebe, 51, piloto que atua todo dia no Campo de Marte.

Responsável pela torre de controle, a aeronáutica disse que já havia aumentado a distância entre os aviões que chegam e saem como forma de elevar a segurança.

PONTO CEGO

Enxergar a pista é essencial para o funcionamento do aeroporto, que não conta com auxílio de instrumentos.

Foram a Infraero e o Cenipa, órgão da aeronáutica responsável pela prevenção e apuração de desastres aéreos, que avisaram o município sobre o risco à segurança que as árvores ofereciam.

Relatório encaminhado à prefeitura falava em "iminência de acidentes -especialmente com risco de vida", diz a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

A aeronáutica e Infraero disseram não ter usado essa expressão. A primeira falou em "risco de acidente aeronáutico" e a estatal, em "questão de segurança". "Todo acidente traz risco à vida", rebateu a secretaria do Verde.

Aeroporto executivo, o Campo de Marte tem movimento de mais de 300 voos diários. Ficam no local os grupamentos aéreos das polícias Civil e Militar e também operações destinadas a transplantes de órgãos.

Fonte: / NOTIMP

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Campo de Marte vai cortar 8,3 mil árvores por risco de acidentes

Infraero diz que vegetação impede torre de ver parte da pista e heliponto. Prefeitura diz que mesmo total de exemplares será plantado em outra área.

Márcio Pinho

A Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, vai cortar 8.321 árvores da área verde do Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo, e terá que replantar o mesmo número de exemplares em outras áreas dentro do próprio aeroporto. O motivo da remoção, segundo o órgão, é garantir a segurança dos voos, hoje comprometida em razão de as árvores bloquearem a visão que os controladores têm da pista. (Veja mapa abaixo)

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, que autorizou o manejo, afirma que recebeu relatórios de segurança de voo encaminhados pelo Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) dando conta da iminência de acidentes, “especialmente com risco de vida”, informou a pasta.

O Campo de Marte é uma das poucas extensões de área verde na região, próxima à Marginal Tietê. A maioria dos cortes será de espécies exóticas e outras nativas de baixa relevância ambiental, como maricás. O reflorestamento terá que ser feito com espécies nativas de Mata Atlântica, segundo determinação da Secretaria do Verde.

O remanejamento afetará 11,60% da área verde do aeroporto, de acordo com a Infraero. A estatal e a Secretaria do Verde informaram que existem áreas verdes vizinhas à pista, mas distantes da torre de controle, que serão usadas para o plantio de mais exemplares.

Outras áreas do próprio aeroporto poderão ser necessárias para a Infraero conseguir replantar os 8.321 mil exemplares. O terreno tem hoje áreas que abrigam campos de futebol e um pátio usado pela Prefeitura para estacionamento de carros alegóricos que participam dos desfiles de carnaval.

O tamanho total do Campo de Marte é 2 milhões de m².

Área sob disputa

A área do aeroporto é uma disputa judicial antiga entre a Prefeitura de São Paulo e a União. O caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que no ano passado decidiu que o terreno pertence à Prefeitura. A União recorreu, e o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal, onde tramita.

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) chegou a anunciar um projeto para a área prevendo o uso da Avenida Olavo Fontoura e de parte do Campo de Marte para a ampliação do Parque Anhembi. Tudo isso mantendo o funcionamento da pista de voo. O projeto está parado enquanto o imbróglio judicial não é resolvido.

Metade da área do Campo de Marte é administrada pela Infraero. É onde funcionam os hangares, as pistas e o Aeroclube de São Paulo. O restante está entregue ao Ministério da Defesa e abriga instalações da Aeronáutica.

O Campo de Marte é o quinto aeroporto brasileiro em número de operações e funciona exclusivamente para a aviação geral, executiva, táxi aéreo e escolas de pilotagem como o Aeroclube de São Paulo. Lá se encontra baseado também todo o grupamento aéreo da PM e da Polícia Civil.


Fonte: / NOTIMP


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