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FAB: Resultados de Seminário servirão para elaborar instrução padronizada sobre apoio de fogo

Durante uma semana cerca de 90 militares do Ministério da Defesa, Marinha, Exército e Aeronáutica estiveram reunidos no I Seminário sobre Apoio de Fogo em Operações Conjuntas, realizado entre os dias 12 e 16 de março, no Prédio Anexo do Comando da Aeronáutica, em Brasília. Os resultados dos trabalhos desenvolvidos no evento serão encaminhados ao Ministério da Defesa (MD) e servirão de subsídios para a elaboração de uma doutrina comum às três Forças sobre Apoio de Fogo.

“Realmente foi uma semana de intenso trabalho, com palestras e debates que proporcionaram o aprofundamento de temas como as limitações, as possibilidades, necessidades e carências no que diz respeito ao apoio de fogo. É interessante notar que essas instruções provisórias frutos deste seminário, que preliminarmente enviaremos ao Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, vem ao encontro das necessidades que temos hoje, uma vez que o manual sobre o assunto data de 1980.

A previsão é de que esse trabalho fique pronto no primeiro semestre deste ano”, ressaltou o chefe da Terceira Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica, Brigadeiro do Ar Maximo Ballatore Holland, coordenador do grupo de planejamento e execução do seminário.

Os objetivos propostos pelo seminário eram estabelecer parâmetros básicos para o desenvolvimento da doutrina de Operações Conjuntas; identificar as necessidades e as limitações de integração sistêmica entre as atividades relacionadas ao Apoio de Fogo em Operações Conjuntas; disseminar e nivelar conhecimentos doutrinários relacionados ao Apoio de Fogo em Operações Conjuntas a fim de possibilitar o desenvolvimento de doutrina conjunta no âmbito das Forças; e obter subsídios para a elaboração de uma instrução provisória sobre o Apoio de Fogo em Operações Conjuntas. I Seminário sobre Apoio de Fogo em Operações Conjuntas

A programação do evento foi pontuada por debates, palestras e estudos desenvolvidos por grupos de trabalho. O Tenente-Coronel Moises da Paixão Junior, do Exército Brasileiro, um dos palestrantes do evento, salientou a importância e as vantagens de uma coordenação em uma situação operacional conjunta.

“Essa padronização vai otimizar a utilização dos recursos, proporcionado uma economia de meios, uma diminuição dos danos colaterais, enfim, um melhor controle da operação”, explicou o Tenente-Coronel Paixão. “Operar sinergicamente no ambiente de batalha significa a maximização do poder de combate e da defesa brasileira”, complementou o Major-Aviador Sandro Bernardon, da seção de doutrina do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR).

O Apoio de Fogo Conjunto nas Forças Armadas da Inglaterra foi um dos temas discutidos no seminário. A palestra foi ministrada pelo Tenente-Coronel-Aviador Mark Jackson, da Royal Air Force (RAF). “Acho absolutamente decisivo que troquemos experiências com todos os países, porque temos muitos anos de experiência trabalhando na área de apoio de fogo. É importante que possamos compartilhar com os países amigos as lições aprendidas até agora sobre esse tema. Espero que possamos ensinar por meio de nossos erros e que tenhamos uma ótima parceria visando o futuro”, disse o Tenente-Coronel Jackson.

O Oficial da RAF explicou que uma doutrina conjunta é o alicerce para que se fazer entender, em cada nível e posto, no campo de batalha, exemplificando como essa coordenação é vital em uma situação real. “No ano passado, por exemplo, asseguramos, com o emprego tanto das forças terrestres quanto aéreas, a retirada de unidades no norte do Afeganistão”, explicou o Tenente-Coronel Jackson.

Depois do ciclo de palestras, os participantes foram divididos em grupos de trabalho (Alfa, Bravo e Charlie). Por dois dias, os grupos analisaram tópicos como o sistema de apoio de fogo e efeitos desejados; medidas restritivas e coordenação do uso do espaço aéreo e comando e controle no Comando Combinado, entre outros.

No encerramento do evento (16/3), que contou com a presença do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Aprígio Eduardo de Moura Azevedo, os grupos de trabalho apresentaram as propostas de alteração e aperfeiçoamentos acerca da Instrução Provisória (IP) preliminarmente elaborada pela Força Aérea Brasileira. Esse material será encaminhado ao Ministério da Defesa para a elaboração de uma instrução padronizada sobre apoio de fogo comum às três Forças.


Fonte: Agência Força Aérea








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