Estação Antártica Comandante Ferraz: Estrutura poderá ser usada em pesquisas
As estruturas da Estação Antártica Comandante Ferraz que resistiram ao incêndio poderão ser usadas, junto com a instalação de módulos emergenciais, para prosseguir com as pesquisas na Ilha Rei George, enquanto uma nova estação estiver sendo desenhada e construída. A afirmação foi feita ontem pelo ministro da Defesa, Celso Amorim.
Segundo ele, a nova estação só poderá começar a ser construída no início do verão do ano que vem.
– Os módulos que permaneceram lá não são muitos. Mas, na parte de pesquisa meteorológica, por exemplo, há possibilidade de uso. Isso ainda está sendo determinado, em profundidade – disse Amorim.
Segundo ele, ainda não é possível dizer quando as estruturas remanescentes e os módulos emergenciais a serem instalados poderão começar a ser usados.
– É um pouco difícil dizer porque é preciso garantir também condições de que sejam habitáveis, porque mesmo que não sejam habitações permanentes, você pode ter situações de mudança rápida das condições meteorológicas – explicou.
Ao mesmo tempo em que analisa a ocupação temporária da área do local enquanto a nova base não é construída, o governo estuda reforçar a presença e até mesmo adaptar o navio polar Almirante Maximiano para atender melhor aos pesquisadores.
Outras alternativas são utilizar bases de outros países, como do Chile, da Argentina e do Peru, que, de acordo com o ministro, já se ofereceram para receber pesquisadores brasileiros, e arrendar um navio de pesquisa, hipótese que está sendo estudada pelo governo.
Amorim lembrou que a perícia realizada no local para determinar a causa do incêndio que atingiu a estação no dia 25 de fevereiro deve ser concluída nos próximos dias. O inquérito tem prazo de 40 dias para ser concluído.
Pesquisas gaúchas
Instituições desenvolvem pesquisas na Antártica. Confira algumas:
- Criosfera 1 – Amostras de gelo podem revelar a evolução climática do planeta nos últimos séculos.
- Meteorologia – Pesquisa mudanças climáticas e as conexões entre a Antártica e a América do Sul, incluindo o buraco na camada de ozônio.
- Aves marítimas – Cerca de 30 mil aves, de 20 espécies são monitoradas.
Fonte: / NOTIMP