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Fernando Pinto: TAP precisaria de mais aviões para reforçar linhas do Brasil



A TAP está “no limite” da sua frota de longo curso e só por isso não avança para mais rotas entre o Brasil e Portugal, admitiu o presidente da Administração e CEO da companhia, Fernando Pinto, em declarações à Reuters no Rio de Janeiro.

A TAP, que foi a companhia pioneira em ligar o Nordeste brasileiro à Europa como voos directos, posição que ainda mantém em grande parte, voltou a ser pioneira em cidades de maior potencial de geração de tráfego, como Brasília e Belo Horizonte, num primeiro momento, e mais recentemente como Campinas e Porto Alegre.

“Hoje nós precisaríamos de novos aviões porque estamos no limite”, disse Fernando Pinto, que também admitiu que a privatização da companhia pode ser a solução, pois “com privatização, vamos ter mais acesso a capital, mais liberdade de crescimento".

Fernando Pinto, que estava no Rio de Janeiro para participar num encontro promovido pela Associação Latino-americana de Transporte Aéreo (Alta), de acordo com a notícia da Reuters classificou de “incrível” a evolução que se está a verificar nos voos da companhia entre o Brasil e Portugal, referindo que a procura “tem crescido de 7% a 10%” e que a ocupação dos voos tem sido na ordem dos 82%, “que é recorde também”.

Aliás, Fernando Pinto apontou a posição da TAP nas ligações entre o Brasil e a Europa como um dos atractivos para a privatização da companhia.

“A TAP é a maior no mercado entre Europa e o Atlântico Sul, e as outras estão bem distantes dela”, frisou Fernando Pinto, que salientou “a boa penetração” que a companhia tem no mercado brasileiro.

“Temos uma boa penetração no mercado brasileiro porque o brasileiro gosta de falar português. Além disso, Portugal é o país europeu mais próximo do Brasil... Tais posicionamentos tornam a TAP uma das mais importantes empresas aéreas que devem ser privatizadas”, afirmou.

A rede da TAP para o Brasil compreende actualmente 74 voos por semana entre Portugal e dez cidades, designadamente Rio de Janeiro (15 voos por semana), São Paulo (14), Brasília (7), Salvador (7), Recife (7), Belo Horizonte (6), Porto Alegre (4), Natal (4) e Campinas-Viracopos (3), tendo um aumento de 221% em número de voos na última década.

A previsão da companhia, avançada pelo administrador Luiz Mór durante a ABAV, é que atinja este ano o recorde de 1,55 milhões de passageiros, +7% que há um ano e +262% que em 2001, primeiro ano da gestão da equipa liderada por Fernando Pinto, de que um dos marcos foi a nova abordagem ao mercado das ligações entre o Brasil e a Europa.

Luís Mór avançou nessa apresentação que o crescimento do número de passageiros nas rotas do Brasil estava em 8% nos meses de Janeiro a Setembro, para um total de 1,167 milhões, com aumentos de 7% nas linhas do Sudeste brasileiro (São Paulo, Rio de Janeiro e Viracopos), para 534,1 mil, 0,3% no Nordeste (Salvador, Recife, Fortaleza e Natal), para 387,88 mil, e 10% no Centro Oeste, para 214,8 mil.

A taxa de ocupação média dos voos situava-se em 84%, com 86% nas rotas do Sudeste, 80% nas do Nordeste e 85% nas do Centro-Oeste.

Os voos de Porto Alegre, que a companhia iniciou no princípio do Verão, estavam com 87%, somando 30,7 mil passageiros no fim de Setembro.

Luís Mór avançou ainda nessa ocasião que o Brasil, com um aumento do número de passageiros nos seus voos em 18%, para 633,1 mil, reforçou a posição de maior mercado de origem de passageiros, representando mais de metade (53%) do tráfego.

Esta evolução, desde os primeiros tempos, nos primeiros anos deste século, em que os voos transportavam grande número de turistas europeus, e designadamente portugueses, para os destinos brasileiros, até à actualidade, em que mais de metade dos passageiros são brasileiros a viajarem para a Europa, tem tido um efeito marcante no turismo em Portugal.

De Janeiro a Agosto deste ano, o Brasil é o 5º mercado que mais receitas turísticas gera para Portugal, com o montante de 238,48 milhões de euros, em alta de 20,1% ou 39,9 milhões, e tem também essa posição em número de hóspedes na hotelaria portuguesa, com 297,9 mil, mais 26,5% ou mais 62,48 mil que há um ano.

Em dormidas na hotelaria, o Brasil cotava-se na 7ª posição, com 660,2 mil, mais 26,4% ou mais 137,9 mil que em 2010.


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