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Lufthansa testa sistema inovador de pintura de aeronave capaz de reduzir a resistência aerodinâmica



Um novo tipo de camada externa poderá reduzir sensivelmente o consumo de combustível dos aviões. É o que está sendo desenvolvido por pesquisadores da Airbus Operations, do Instituto Fraunhofer de Tecnologia da Fabricação e Pesquisa de Material Aplicada em Bremen e do Centro Aeroespacial Alemão em Berlim. Seu modelo é a pele de tubarões, cujas escamas são feitas de forma a diminuir sensivelmente a resistência ao atrito contra a parede. A Lufthansa está testando a estrutura de verniz sob condições ambientais reais no projeto CleanSky desde julho deste ano.

A geometria de superfície da pele do tubarão é composta por costelas muito finas aliadas a pontas afiadas. Os microscópicos sulcos produzem fluxos bem próximos à pele, reduzindo a resistência ao atrito. Pretende-se, agora, usar este efeito aerodinâmico para melhorar as características do fluxo em aviões. A turbulenta resistência ao atrito é produzida pelos pequenos movimentos transversais do fluxo na superfície do avião. Por meio de uma microestrutura otimizada para aplicações técnicas, parecida com a da pele do tubarão, a resistência ao atrito contra a parede é reduzida em até 8%. No caso de um avião comercial de longa distância, isso pode significar uma economia de combustível de até 2%. “Um potencial considerável, não só para reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO2 a longo prazo, mas também para proteger os recursos e o meio ambiente”, afirma o chefe do projeto Christof Ickstadt, citando as vantagens desta nova tecnologia.

O revestimento recém-desenvolvido imita o princípio da pele de tubarão. Ele também é feito de costelas ultrafinas, as assim chamadas riblets, ainda menores que o diâmetro de um fio de cabelo humano. Mas realmente é um enorme desafio transferir o princípio da pele do tubarão para o verniz do avião, que está exposto a exigências extremas: oscilações de temperatura, radiação UV e alta incidência de colisões com partículas finas durante o voo. O sistema de revestimento de verniz riblet, recém-desenvolvido pelos pesquisadores em laboratório, teve em vista estas necessidades e agora tem de ser testado na prática. “Nos testes, afixamos vários pedacinhos de dez por dez centímetros de ‘pele de tubarão’ em dois aviões A340. Estes pedaços, colados nas asas, no leme e na fuselagem, nos fornecem informações sobre os 55 graus centígrados negativos aos 70 graus centígrados positivos a que estão expostos, resistência intensiva do material e seu desgaste durante o período pesquisado”, explica Matthias Panten, chefe da pintura de aviões, HAM WD 6. Foram escolhidas rotas no espaço asiático, por reconhecidamente serem as mais expostas a partículas e problemas climáticos.

A cada A-check destes aviões está sendo gerada uma impressão negativa das aplicações de teste. Depois, a moldagem é comparada à estrutura original do pedaço de riblet. Para a avaliação, as tripulações da cabine de comando anotam toda e qualquer situação climática significativa ocorrida durante os voos de teste, como, por exemplo, chuva de granizo. O investimento na fabricação industrial somente valerá a pena para a Lufthansa Technik quando o desgaste se mantiver dentro dos limites e a microestrutura durar um período de tempo razoável. Até se chegar ao revestimento de aviões inteiros, porém, ainda é preciso desenvolver um procedimento de revestimento que esteja pronto para ser aplicado em escala industrial. “Já estamos em contato com fabricantes de equipamentos, pois, no caso de resultado positivo dos testes, queremos ser os primeiros a revestir nossos aviões com pele de tubarão”, arrisca Panten, com vistas para o futuro.

Mais informações em www.lufthansa.com

Fonte: Lufthansa








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