Especial Noar 4896: Quebra de peça do motor pode ter provocado acidente com avião da Noar

A quebra de uma peça do motor pode ter causado a queda do bimotor da Noar, no último dia 13 de julho, em um terreno baldio na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Na ocasião da queda, 16 pessoas que estavam na aeronave morreram. De acordo com informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), uma peça denominada haleta quebrou e caiu dentro da turbina esquerda. Com uma peça solta dentro do motor, houve um efeito cascata que danificou a turbina e, consequentemente, o motor esquerdo.

A investigação, entretanto, ainda não está concluída. De acordo com os peritos do Cenipa que participaram da entrevista coletiva dada à imprensa, na manhã desta quinta (22), o avião poderia voar e pousar com o funcionamento de apenas um dos motores.

Antes do encontro com a imprensa, os representantes do Cenipa estiveram com os familiares das 16 vítimas do acidente e explicaram como andam as investigações.

O acidente aconteceu às 6h51 do dia 13 de julho. Logo após deixar o Aeroporto Internacional dos Guararapes, os pilotos informaram à torre de comando um problema no bimotor e tentaram voltar para o aeroporto, mas o bimotor perdeu potência de fora rápida e a aeronave acabou caindo no terreno baldio.

Fonte: / NOTIMP

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Fadiga na turbina da hélice pode ter sido causa da queda do avião da Noar

É o que mostram as investigações conduzidas por técnicos do Cenipa e divulgadas nesta quinta-feira; acidente ocorreu em julho deste ano, em Boa Viagem

Uma fadiga na turbina da hélice esquerda da aeronave da Noar pode ter sido uma das causas do desastre que resultou na morte de 16 pessoas, em julho deste ano. A informação foi divulgada no início da tarde desta quinta-feira (22), por técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

As investigações do Cenipa identificaram uma falha numa das peças da turbina esquerda do avião, mas elas ainda não são suficientes para determinar que foi esta a causa do acidente. "Nós não trabalhamos com causas. Nós trabalhamos com fatores contribuintes. Então, podemos dizer que, possivelmente, a falha nessa peça foi um dos fatores que contribuiu para o resultado que nós tivemos, que foi o acidente", afirmou o chefe das investigações do Cenipa, Fernando Camargo.

Ele não quis determinar o prazo para o final das investigações. "Na medida em que a investigação vai progredindo, muitas vezes surgem novas questões que precisam ser investigadas. Então, a gente não pode estimar um prazo para término da investigação", disse Camargo.

Parentes das vítimas do acidente foram convocados para uma reunião com representantes da Aeronáutica, que começou por volta das 9h30. Um total de 16 pessoas, representantes de oito dos 16 passageiros, compareceu ao Mar Olinda Cult Hotel, em Boa Viagem, no Recife, para a conversa.

Após mais de duas horas reunidos com oficiais da Aeronáutica, os parentes das vítimas do acidente deixaram o local do encontro demonstrando alívio. "Saímos daqui um pouco mais confortados porque vimos que o Cenipa, que faz parte da Aeronáutica, está investigando, não está deixando passar em branco o acontecimento", disse Geyson Soares, que é irmão de uma das vítimas.

Taciana Guerra — que é mãe do dentista Raul, uma das vítimas — também achou que o encontro foi positivo para as famílias. "Ajuda bastante. Até para a gente entender o que aconteceu. Porque meu filho saiu bom, saiu de casa, despediu-se de mim às cinco da manhã e, oito horas, eu estava sabendo que meu filho estava morto. Então eu precisava, como mãe e como ser humano, saber o que foi que realmente aconteceu com ele", falou.

Depois dos esclarecimentos às famílias, que foram feitos a portas fechadas, o Cenipa passou para a imprensa informações sobre o andamento da investigação sobre a queda do avião. O brigadeiro Carlos Alberto Conceição, que é chefe do Cenipa, explicou que o objetivo não era apurar culpas ou responsabilidades, mas tentar entender o que aconteceu.

Em seguida, o coronel da reserva Fernando Camargo, contratado para comandar as investigações do acidente, apresentou alguns detalhes do que foi feito até então. Além de apresentar algumas fotografias, ele mostrou um mapa que indicava que o avião caiu a 1.740 metros da pista do Aeroporto Internacional dos Guararapes.

Por meio de uma nota, a Noar Linhas Aéreas S.A. informou que concederá uma coletiva de imprensa para falar sobre o teor do pronunciamento do Cenipa. A coletiva está marcada para às 17h, num hotel em Boa Viagem.

O CASO

O acidente aconteceu no dia 13 de julho deste ano. O avião da Noar caiu às 6h55, quatro minutos depois da decolagem do Aeroporto do Recife, em um terreno vazio localizado a 4 km do aeroporto e a 100 metros da praia de Boa Viagem. Ele ia para Mossoró, com escala em Natal, no Rio Grande do Norte, e estava com 16 pessoas a bordo, sendo quatorze passageiros e dois tripulantes. Todos morreram no local.

O LET-410 é um bimotor turboélice e foi fabricado na República Tcheca. A aeronave é indicada para o transporte em pequenas e médias distâncias e cada uma delas tem capacidade para 19 pessoas. Depois do acidente, o Fantástico teve acesso, com exclusividade, a um caderno que trazia relatos de pilotos sobre problemas de manutenção.

Perícias foram feitas no local e técnicos da Aeronáutica recolheram as caixas-pretas – aparelhos que registram a conversa de piloto e co-piloto com a torre de comando o aeroporto. Por determinação da Justiça, a apuração se houve algum tipo de crime relacionado ao acidente passou a ser feita pela Polícia Federal.

Fonte: pe360graus / NOTIMP

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Aeronáutica: peça recém-trocada causou acidente aéreo em PE

Uma peça de aproximadamente 2 cm que havia sido trocada dias antes causou a queda de uma aeronave da empresa Noar, em Boa Viagem, no Grande Recife (PE), em 13 de julho. O acidente deixou 16 mortos. O resultado parcial da investigação foi apresentado nesta quinta-feira pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Celso Calheiros

De acordo com a Aeronáutica, uma aleta da turbina esquerda do bimotor LET-410 se desprendeu logo após a decolagem e provocou pane em um dos motores. No sábado anterior ao acidente, dia 9 de julho, todo o disco e câmara de combustão da turbina foram substituídos. O Cenipa informou que a manutenção da aeronave é feita pela companhia General Eletric (GE).

A Aeronáutica informou ainda que a investigação continuará para apurar as causas da fadiga no material. As hipóteses são de que a liga metálica não tenha sido adequada ou que a peça não tenha sido ajustada devidamente no disco de aletas.

Os dados foram apresentados pelo chefe do Cenipa, brigadeiro Carlos Alberto da Conceição, e pelo coronel reformado Fernando Silva de Camargo, que conduziu a investigação. Eles se reuniram primeiro com as famílias das vítimas e, depois, concederam entrevistas à imprensa.

O acidente

O voo da Noar Linhas Aéreas faria a linha Recife-Natal-Mossoró (RN), mas apresentou um problema assim que decolou e, ao iniciar o percurso de retorno à pista do Aeroporto dos Guararapes, caiu em um terreno baldio que fica entre prédios com mais de 12 andares. O avião explodiu duas vezes e pegou fogo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu os voos da companhia após o acidente. Depois de uma denúncia da TV Globo, que teria recebido relatos escritos de pilotos sobre problemas técnicos sofridos durante voos da empresa, uma auditoria foi realizada e, segundo a agência, foi identificado o "descumprimento de requisitos e procedimentos relativos aos registros de manutenção, às anotações técnicas no diário de bordo e aos limites de horas mensal e trimestral dos tripulantes previstos na Lei do Aeronauta".

Em nota divulgada no início da auditoria da Anac, a Noar afirmou que "todas as percepções e relatos dos nossos tripulantes acerca das condições das aeronaves são tratados com a devida responsabilidade e solucionados por nossos especialistas em manutenção."

Familiares das vítimas do voo da Noar aprovam investigação

Celso Calheiros

Os familiares das vítimas do voo 4896 da Noar Linhas Aéreas aprovaram a apresentação, feita na manhã desta quinta-feira, pelo brigadeiro Carlos Alberto da Conceição, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), e do coronel da reserva Fernando Silva de Camargo, investigador do acidente que, no dia 13 de julho, matou os dois tripulantes e 14 passageiros ao cair perto da Praia de Boa Viagem, no Grande Recife.

O engenheiro Geyson Soares, irmão do também engenheiro Carlos Ely, falou em nome dos 14 amigos e familiares que compareceram à apresentação convocada pelo órgão da Aeronáutica. Ele disse que as famílias estão confortadas ao saber como é detalhada a busca pelas causas do acidente. "Eles já descobriram a falha em uma peça da turbina esquerda, mas as investigações continuam."

Geyson Soares disse que, depois da apresentação, os familiares das vítimas iriam concluir o processo de criação da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo Noar (AFAVNoar). Ele deverá ser o presidente da associação, que reuniu representantes de 14 das 16 vítimas.

De acordo com Geyson Soares, com a associação, os familiares poderão concentrar informações sobre os processos em andamento, os posicionamentos deverão ser mais uniformes e a voz do grupo no acompanhamento das investigações terá mais respaldo. Desde o acidente, a maior discordância das famílias com a seguradora e a companhia aérea ocorreu em uma das cláusulas do recibo que deveria ser assinado para recebimento do seguro obrigatório, que atinge todos os passageiros que voam no País.

Fonte: / NOTIMP

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Laudo diz que motor falhou

Conclusão é da Aeronáutica. Acidente matou, em 13 de julho, todos os 16 ocupantes do avião, que caiu a 100 metros da Praia de Boa Viagem, uma das áreas mais nobres da capital pernambucana

Raphael Guerra

A falha de uma peça de apenas oito centímetros ligada ao motor esquerdo da aeronave LET-410 da Noar Linhas Aéreas pode ter provocado a tragédia que matou 16 pessoas, em 13 de julho, em um terreno baldio da Praia da Boa Viagem, uma das áreas nobres do Recife. A informação faz parte da análise preliminar do Centro de Prevenção eInvestigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que foi apresentada às famílias das vítimas ontem. Segundo o órgão, responsável por identificar falhas e apontar soluções para a melhoria do transporte aéreo brasileiro, a manutenção dos motores era obrigação da fabricante, a empresa tcheca GE Aviation.

Após o resultado, a diretoria da Noar se pronunciou sobreo assunto. Disse estar tranquila e isenta de culpa quanto à falta de manutenção regular dos aviões. "Nós sempre buscamos tudo o que podíamos fazer para evitar acidentes. Todas as vezes que o avião precisou ser parado para manutenção, foi parado", afirmou o diretor executivo da Noar, Majones Camelo. Segundo os diretores presentes na coletiva de imprensa, entre março e maio, três dos quatro motores foram trocados por novos, após apresentarem processo de desgaste. Nesse período, os voos foram interrompidos.

O outro motor, que teve o disco e a câmara de combustão trocados apenas quatro dias antes do acidente, foi testado e apresentou condições para o voo. Podia ficar até 3 mil horas no ar. Mas só ficou cerca de 17. A peça conhecida por haleta sofreu fadiga (processo no qual a resistência diminui) e quebrou, caindo dentro da turbina, o que provocou combustão, aumentou a velocidade e fez o motor parar.

Segundo o Cenipa, esse processo durou menos de um minuto e aconteceu na decolagem da aeronave, momento de maior necessidade de potência. "O bimotor é certificado para voar como monomotor em caso de emergência. Mas ainda é preciso saber se não era necessário um pouso rápido. Até agora só sabemos que a haleta pode ter contribuído para a queda. Mas outros fatores estão em análise", explicou o coronel Fernando Silva, responsável pelas investigações do Cenipa.

Segundo o chefe do órgão, o brigadeiro Carlos Alberto da Conceição, dois fatores podem ter relação com a falha da haleta: a fabricação do metal ou a folga na instalação da peça. "Não sabemos se isso será evidenciado ao final das investigações, que não têm prazo para serem concluídas", afirmou. Os representantes do Cenipa disseram que as duas caixas pretas (uma de voz e outra de dados) já estão sendo analisadas. A primeira já foi verificada, mas não teve o conteúdo revelado. A segunda foi encaminhada para os Estados Unidos. Apenas o áudio da torre de comando foi apresentado. Dezesseis familiares de oito vítimas acompanharam as explicações do órgão. Ontem à noite, eles firmaram acordo para formar uma associação que acompanhará as investigações.

ASSISTÊNCIA

Depois da exposição do Cenipa, a diretoria e a assessoria da Noar Linhas Aéreas se reuniram e resolveram quebrar o silêncio. Os representantes da empresa afirmaram estar confiantes quanto à isenção da responsabilidade pelas manutenções das duas aeronaves da empresa e que é cedo para apontar culpados pelo acidente, mas que todos os familiares das vítimas terão assistência até que as investigações sejam concluídas.

Fonte: / NOTIMP

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Representantes da Noar dizem que empresa é isenta de culpa no acidente

Representes da Noar Linhas Aéreas afirmara, durante coletiva nesta quinta-feira (22), que consideram a empresa isenta de culpa no que diz respeito à manutenção do avião LET-410. A declaração foi dada com base nas informações divulgadas hoje pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre as investigações da queda da aeronave, ocasionando a morte de 16 pessoas. A reunião aconteceu no Hotel Vila Rica, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

A coletiva da Noar foi integrada pelo assessor de relacionamento Elano Figueiredo, o diretor executivo Marjone Camelo, o diretor de assuntos corporativos e comerciais Giovani Farias e o assessor de segurança de voo comandante Ricardo Miguel.

Os representantes da Noar afirmaram que a empresa sempre tratou a manutenção da aeronave com responsabilidade e seriedade. Além disso, eles confirmaram que seguem prestando assistência às famílias das vítimas.

Acidente - Por volta das 6h51 do dia 13 de julho, o avião bimotor modelo LET40, da companhia aérea Noar, deixou o Recife com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte. No minuto seguinte à decolagem, os pilotos Rivaldo Cardoso e Roberto Gonçalves reportaram problemas na aeronave e tentaram voltar ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, na capital pernambucana.

Sem sucesso na manobra, o avião terminou caindo em um terreno baldio em plena Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O acidente aconteceu apenas quatro minutos após a decolagem.

Com informações do repórter Raphael Guerra

Fonte: Diario de Pernambuco / NOTIMP