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Especial Cindacta: Novo sistema permite mais aeronaves no ar

Até março do próximo ano, as quatro unidades do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) do País estarão equipadas com um dos mais modernos sistemas de gerenciamento de voos que, segundo o comando da Aeronáutica, permitirá que mais aeronaves circulem, ao mesmo tempo, com segurança.

O Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional (Sagitário), já implantado nos Cindactas de Curitiba e do Recife, foi apresentado ontem, na capital do Paraná, ao ministro da Defesa, Celso Amorim.

O Cindacta de Brasília inaugura o equipamento em 20 de novembro. O de Manaus, em março de 2012. “O programa é importante porque dá a certeza de que um número cada vez maior de brasileiros viaje com segurança”, disse o ministro.

Para o presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo, brigadeiro Carlos Aquino, a ferramenta processa maior número de informações e permite que o controlador discipline melhor a utilização do espaço aéreo.

Uma das vantagens é possibilitar a redução da distância de aeronaves em voo, hoje de aproximadamente 18 quilômetros (10 milhas náuticas), para 1,8 quilômetro (uma milha náutica).

O Sagitário começou a ser implantado em 2008 e deve levar à aposentadoria o atual sistema X-4000. Desenvolvido pela empresa Atech, que tem parceria com a Força Aérea Brasileira, o software permite, por exemplo, sobreposição de imagens que ajudem a solucionar com rapidez situação de risco.

O controlador, que hoje está restrito a uma operação de posicionamento de aeronave por vez para pouso quando há tráfego intenso, poderá direcionar todas as aeronaves que se preparam para descer na mesma tela.

De acordo com Aquino, a praticidade do sistema permitirá menor tempo de voo e economia para as empresas aéreas. “Para o usuário, há a garantia de maior pontualidade.” A implantação do sistema exigirá investimentos das empresas aéreas e de proprietários de aeronaves particulares. “Elas têm que ter equipamentos mais modernos.”

O brigadeiro diz que, após a implantação do sistema, será negociado um prazo para as empresas se adaptarem (provavelmente até 2015), a partir de quando começa a ter restrições.

Ainda de acordo com ele, 85% das aeronaves que fazem a travessia do Atlântico já se comunicam com o Cindacta do Recife através de dados. O desenvolvimento do software consumiu cerca de R$ 9 milhões.

Fonte: / NOTIMP

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'Software nacional de controle de voo faz Brasil independente', diz ministro

Celso Amorim disse que país atinge patamar estratégico de segurança aérea. FAB investiu R$ 24 milhões para implementação do Sagitario no país.

Glauco Araújo

O Ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que o Brasil se torna "independente tecnologicamente" com a implementação e desenvolvimento do Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional (Sagitario), que foi elaborado por uma empresa brasileira. A afirmação foi feita na tarde desta quinta-feira (15), após evento de apresentação do programa, em Curitiba.

“Todo o sistema de informação de controle aéreo foi desenvolvido no Brasil e isso nos orgulha. Economicamente isso nos torna independente de tecnologias importadas, pois não precisamos mais comprar software feito em outros países. Tecnologicamente poderemos desenvolver e aprimorar o mesmo software, com mais rapidez”, disse Amorim.

A Força Aérea Brasileira (FAB) investiu R$ 24 milhões para a implementação do Sagitario. R$ 9 milhões foram usados na primeira etapa, nos Cindactas II e III, respectivamente. O restante será usado no aprimoramento do software, que já está na segunda versão, e na implementação nos Cindactas I e IV.

O ministro disse que a “máquina é importante, mas a inteligência é que pesa mais. Esse programa foi desenvolvido em parceria do Ministério da Ciência e Tecnologia, do DCTA [Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial] e do ITA [Instituto Tecnológico da Aeronáutica]."

“O Sagitario é vital para sabermos quem e como é garantida a nossa segurança nas inúmeras horas que voamos pelo país. Esse resultado é fruto de investimentos de médio e longo prazo. Uma das coisas mais importantes que o Ministério da Defesa tem a fazer é colaborar com o desenvolvimento de tecnologia. Isso faz parte do nosso projeto de nação. Sabemos que essa autonomia tecnológica depende muito dos hardwares, mas a criação de um software autônomo nos possibilita chegar a um patamar estratégico importante”, disse Amorim.

Nova tecnologia


Uma das principais mudanças do novo sistema está na transferência dos voos entre controladores. Isso acontece, por exemplo, quando uma aeronave passa de uma região monitorada por um ACC para outra. A transferência total de sistema deve demorar cerca de oito a dez meses, em cada Cindacta.

Com o X-4000 o controlador precisa comunicar essa transferência por telefone ao colega em outro centro. Com o Sagitario, esse procedimento passa a ser feito pela própria tela do computador. O telefone só vai continuar a ser necessário quando a transferência for para um local que não usa o novo sistema, como um aeroporto pequeno.

Por conta da carga de tarefas, os controladores trabalham em dupla – um deles cuida principalmente da comunicação com pilotos e da operação na tela do computador, enquanto o outro monitora o trabalho e fica responsável por outras atividades, como o uso do telefone.

Para o tenente-coronel Nilo Sérgio Machado de Azevedo, da Divisão de Operações do Cindacta I, em Brasília, o Sagitario permite que o controlador substitua comandos hoje feitos no teclado do computador por cliques de mouse, o que faz com que fique mais atendo à movimentação de aeronaves na tela do computador.

Segurança de voo


Outra característica evolutiva do Sagitario em comparação com o X-4000 é o alerta de conflito de rota, que no novo sistema é acionado com mais antecedência. O sistema novo aponta a existência de conflito de rota entre duas aeronaves quando elas ainda estão no chão, apenas com o plano de voo apresentado pelo piloto e que é colocado no software. No modo operacional anterior, isso só é possível com as aeronaves em voo.

Fonte: / NOTIMP

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Novo sistema melhora controle de voo

Virgínia Silveira

Um novo sistema de controle de tráfego aéreo, apresentado ontem pela Aeronáutica, coloca o Brasil entre os grandes centros mundiais no gerenciamento do seu espaço aéreo. Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, além de contribuir para aumentar a segurança dos passageiros, o novo sistema também torna o país menos dependente estratégica e economicamente de outros países, pois o domínio da tecnologia garante a evolução do sistema e a autonomia do Brasil nesse segmento.

Batizado de Sagitário (Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional), o novo sistema foi desenvolvido pela integradora brasileira Atech, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), a um custo de R$ 24 milhões, sendo R$ 9 milhões para a parte de desenvolvimento e o restante para instalação, treinamento e garantia do produto.

O Sagitário começou a ser operado há um ano no Cindacta II (Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), de Curitiba, e acabou de ser implantado no Cindacta III, em Recife. O Cindacta I, em Brasília, segundo o presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), brigadeiro Carlos Vuyk de Aquino, estará operando o Sagitário até o começo de 2012.

O Sagitário é uma evolução do sistema X-4000, controle padronizado durante a primeira década do século 21. Desenvolvido nos últimos três anos, o novo sistema agiliza as ações rotineiras dos controladores, identificando e informando situações de riscos, além de flexibilizar a configuração de parâmetros de software.

Toda a parte de simulação do sistema e também o treinamento dos controladores de tráfego aéreo para os novos padrões do Sagitário foi feita nos laboratórios do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos. "O ICEA recebe uma média de 600 controladores por ano para o treinamento operacional, tanto da aviação civil quanto militar", diz o diretor do DCTA, brigadeiro Ailton dos Santos Pohlmann.

Entre as vantagens do novo sistema, o comandante do Cindacta II em Curitiba, coronel Walcyr Josué de Castilho Araújo, destaca o uso intensivo do mouse (o sistema anterior ainda utilizava teclado, dividindo a atenção do controlador entre as teclas e a imagem da tela), o que facilitou a execução do sistema, além de diminuir a carga do controlador.

O novo sistema, segundo Araújo, também está pronto para operar nas diretrizes da navegação aérea mais avançada, com pilotos e controladores se comunicando via satélite.

"Com isso, estaremos alinhando o serviço brasileiro de controle de voos com a realidade que, em breve, estará disseminada em razão da demanda crescente do setor aéreo", disse. Segundo estimativa da Iata (International Air Transport Association), o tráfego aéreo deve crescer anualmente entre 8% e 10% nos próximos anos. Até 2025 espera-se aumento da ordem de 239% no movimento de voos no mundo.

Fonte: / NOTIMP









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