FAB: Intendência garante apoio para operações na fronteira
Para coibir ações ilícitas na fronteira do Brasil com a Colômbia, a Força Aérea Brasileira levou para a região aviões de caça, reconhecimento e transporte, além de helicópteros. Mas para fazer toda essa frota voar, foi necessário montar uma estrutura de apoio que mostra a capacidade da FAB de operar longe das suas bases aéreas.
“A gente desdobra uma base aérea em pequenas quantidades, tudo para garantir o melhor conforto possível para os militares envolvidos na missão”, explica o Tenente Intendente Rafael Lima. Ele chefia a equipe que levou para uma pista isolada toda a estrutura necessária para apoiar as aeronaves e as tripulações que passam por ali durante a Operação Ágata, que não tem data para terminar.
Os militares trabalham e descansam em barracas climatizadas e com proteção contra a chuva. Foram também levadas estruturas de banheiro, suprimento de comida e até seis mil litros de água potável, tudo transportado por avião até a base escondida no meio da selva. “Nós podemos ficar aqui até para sempre, basta ter a necessidade de missão e que os suprimentos cheguem, mas nós mantemos um estoque”, diz o Tenente Rafael.
Além do apoio aos militares, também foram levados equipamentos para apoio às operações aéreas, como as antenas do Grupo de Comunicação e Controle (GCC), responsáveis por integrar as ações locais aos centros de controle em Manaus e Brasília. Trator, empilhadeira e estoques de combustível completam o material transportado, além de equipes de segurança em solo, armamentos e munição. O Exército Brasileiro e a Marinha do Brasil também apóiam a base avançada.
Para se ter uma ideia do isolamento das unidades envolvidas na Operação Ágata, boa parte das unidades da FAB operam em São Gabriel da Cachoeira (AM). O município amazonense fica a mais de 852 km de Manaus e tem uma população de apenas 37 mil pessoas para uma área de 109.184 km², equivalente a duas vezes e meia o estado do Rio de Janeiro.
Mesmo assim, na sua pequena área urbana a Força Aérea Brasileira mantêm o Destacamento de Aeronáutica de São Gabriel da Cachoeira (DASG). Vizinho do aeroporto, o DASG conta com hangares para aeronaves de caça, hangar de manutenção, alojamentos e toda a estrutura necessária para receber aeronaves envolvidas em missões naquela região.
Durante a Operação Ágata, o DASG recebeu vários tipos de aeronaves da Força Aérea Brasileira e do Exército Brasileiro, além de ser sede temporária de helicópteros H-60 Blackhawk e caças A-29 Super Tucano e F-5EM. As unidades envolvidas levaram para o DASG todo o material e suprimentos necessários para cumprir suas missões como se estivessem em suas bases de origem.
Fonte: Agência Força Aérea