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Apesar do câmbio, Embraer prevê segundo semestre mais favorável



Virgínia Silveira .

O mercado reagiu positivamente, na última sexta-feira, à divulgação dos resultados da Embraer no segundo trimestre, especialmente às novas projeções para este ano, com um aumento na receita líquida de US$ 5,6 bilhões para US$ 5,8 bilhões. As previsões mais otimistas da empresa, segundo o diretor-presidente, Frederico Fleury Curado, se baseiam em uma recuperação progressiva, embora lenta, do mercado de aviação comercial, que no segundo trimestre respondeu por 65,4% da receita líquida no período, de US$ 1,4 bilhão.

As ações da fabricante brasileira de aviões, que vinham sendo pressionadas para baixo, responderam bem às novas metas e registraram a maior alta da bolsa na sexta-feira, de 7,5%. Análise feita pela corretora Fator ressalta que a empresa revisou para cima a margem operacional esperada para 2011, mesmo em uma ambiente com câmbio mais valorizado do que o projetado inicialmente para o ano. Segundo a corretora, a empresa trabalhava com dólar médio de R$ 1,70.

A corretora destaca, contudo, que apesar das perspectivas de mercado mais favoráveis, a Embraer continuará a enfrentar desafios importantes nos próximos trimestres, entre eles aumento da concorrência na aviação comercial, câmbio valorizado, crescimento econômico reduzido nos Estados Unidos e Europa e preço elevado do petróleo.

Em entrevista na sexta-feira, Curado admitiu que a questão cambial, associada ao aumento em reais dos custos da empresa, tem sido um dos principais desafios, mas que a companhia estaria conseguindo reagir bem com a redução de estoques, aumento de produtividade e diminuição dos ciclos de produção das aeronaves.

Na avaliação da corretora Concórdia, as perspectivas de aumento de entregas de aeronaves no segundo semestre e a melhora do mix, com maior participação da aviação comercial, demonstram que os resultados a serem reportados nos próximos trimestres serão melhores. Outro ponto positivo destacado pela corretora é que os contratos fechados pela Embraer, no montante de US$ 2 bilhões, na feira de Le Bourget, realizada em junho, em Paris, mantiveram a carteira de pedidos em nível elevado.

Conforme divulgou em seu balanço, os sinais de recuperação na aviação comercial resultaram em 62 novas encomendas de E-Jets no acumulado de 2011. Outros acordos correspondentes a 42 jatos, segundo a Embraer, deverão ser adicionados à carteira de pedidos, que hoje é de US$ 15,8 bilhões.

A corretora Ágora, do Bradesco, comentou a possibilidade de compra de cem aeronaves pela americana Delta Airlines para a renovação de sua frota, o que representaria um negócio de US$ 4,2 bilhões para a Embraer. Segundo a corretora, a formalização do pedido da Delta é esperada para outubro.

O presidente da fabricante brasileira de aviões disse acreditar que, embora o cenário competitivo mundial esteja mais delineado com as definições de concorrentes como Boeing, Airbus e Bombardier, a Embraer ainda está segura de que tem os mais modernos aviões na faixa de cem assentos.

"As nossas vendas são a prova disso e qualquer decisão em relação ao desenvolvimento de um novo produto ou à melhoria da atual família de E-Jets estará sempre em linha com o pensamento da nossa base de clientes." O executivo disse que a decisão da empresa sobre seu próximo passo no segmento comercial será anunciada no fim do ano.

Fonte: / NOTIMP









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