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Jogos Mundiais Militares: Missão da FAB traz atletas africanos

Depois de cerca de 21 horas de voo e aproximadamente 18 mil quilômetros percorridos, a missão da Força Aérea Brasileira (FAB) empenhada na operação “Transporte Solidário” pousou na manhã desta quarta-feira (13/07), na Base Aérea do Galeão (BAGL), Rio de Janeiro (RJ). Foram trasladados 128 atletas de 13 países do continente africano na aeronave KC-137, do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT), o Esquadrão Corsário, para a participação na Quinta Edição dos Jogos Mundiais Militares. A outra missão deve retornar ao Brasil ainda nesta semana com atletas de outras 12 nações africanas.

A operação que seguiu a rota norte teve início na manhã da segunda-feira (11/07). Depois de uma parada técnica em Recife para reabastecimento, a aeronave cruzou o Atlântico em 6h30 de viagem e pousou na cidade de Yaoundé, capital da República dos Camarões. Nesta primeira escala embarcaram cerca de 50 atletas de Camarões, Chade, Congo e Gabão. Já na segunda parada, em Mali, houve o embarque das delegações de Benin, Burkina Faso, Gâmbia, Guiné R., Guiné Bissau, Costa do Marfim, Mali, Mauritânia. A última parada ocorreu no Senegal para o traslado de mais seis competidores.

A missão de Transporte Solidário reúne esforços do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM) e do Comitê Olímpico Internacional (COI) para apoiar atletas de países que necessitam de traslado para participar da competição. Além do Brasil, país anfitrião dos Jogos Mundiais, participam desse auxílio o Canadá e os Estados Unidos.

“Essa missão é de suma importância tanto para o nosso Esquadrão, que está representando a Força Aérea Brasileira no Continente Africano, como para o Brasil, nos Jogos Mundiais Militares, a fim de estreitar os laços de amizade com as nações africanas”, ressalta o Capitão Aviador Evandro Carlos Baranzelli, um dos pilotos da tripulação.

O sonho de vários atletas africanos de disputar uma competição mundial seria impossível sem o apoio prestado pelo transporte solidário. O goleiro da seleção camaronesa, Gome Laurence, é um deles. O atleta está pela primeira vez no Brasil e espera um bom desempenho nos Jogos.

“Nossa expectativa é grande porque sabemos o quanto os brasileiros gostam de futebol, assim como os camaroneses. Faremos o melhor para vencermos a competição. Estou muito contente por participar da competição”, afirma Laurence.

Os Jogos Mundiais Militares ocorrem entre os dias 16 e 24 de julho com a participação de seis mil atletas de mais de 100 países.
















Fonte: Agência Força Aérea

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Nos Jogos Militares, atletas vão jogar granada e salvar boneco

Quando a organização dos Jogos Mundiais Militares decidiu, na terça-feira passada, prorrogar até ontem o prazo para reserva dos ingressos gratuitos para a competição, as vagas para o pentatlo naval estavam esgotadas.

Mas ainda havia lugares para vôlei e atletismo.

"É pela curiosidade", disse o coronel Rogério França, coordenador dos ingressos.

É sua justificativa para os 300 lugares reservados pela internet para acompanhar a modalidade, de 18 e 23 de julho, no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), na zona norte.

O público verá atletas que não precisarão apenas correr ou remar em um bote para ganhar a competição: eles terão de dar nós, puxar um cabo marítimo e resgatar um boneco submerso.

O pentatlo naval faz parte dos esportes militares dos Jogos, ao lado dos pentatlos aeronáutico e militar, do paraquedismo e da orientação.

Algumas competições lembram as "Olimpíadas do Faustão", quadro do programa do apresentador Fausto Silva na Rede Globo.

Nele, os participantes cruzavam um lago pendurados em um cipó falso ou tentavam atravessar uma ponte sob a mira de um canhão de bolas de plástico.

As provas que serão vistas no Rio foram criadas para desenvolver aptidões desejáveis em caso de guerra.

Daí a necessidade de atirar uma granada por uma porta durante a corrida com obstáculos do pentatlo naval.

Já o pentatlo aeronáutico, apesar de o nome indicar uma prova de cinco etapas, conta com sete modalidades.

As provas extras servem para que sejam eliminadas da contagem final de pontos as que o competidor tiver a pontuação mais baixa, disse o coronel Paulo Gonzaga, chefe da equipe brasileira.

No basquete do pentatlo aeronáutico, o jogo não é entre equipes. Apenas um atleta disputa, mostrando que sabe não só encestar a bola em lances livres em pouco tempo mas fintar barreiras espalhadas pela quadra.

Desafios mais difíceis, nesse pentatlo, são as provas aérea e de orientação. No primeiro, o atleta embarca em um avião e, no papel de navegador, orienta o sobrevoo por pontos determinados, no menor tempo possível.

Na prova de orientação, tem de percorrer de 5 km a 8 km com o auxílio de um mapa e de uma bússola.

O pentatlo militar tem disputas de tiro, pista de progressão militar (em um percurso com obstáculos), natação utilitária, cross-country e lançamento de granada.

Nessa prova, ganha quem acertar o maior número de granadas em círculos entre 15 m e 35 m de distância.

Na parte do cross-country do pentatlo naval, é preciso carregar uma réplica de fuzil e, novamente, lançar granadas para atingir um círculo, além de remar e correr.

Uma réplica de fuzil também é carregada na prova de natação utilitária.

A outra prova de piscina é a natação de salvamento, quando deve ser retirado um boneco de 64 kg de uma profundidade de 3 metros.

Na cidade de Resende, no sul fluminense, serão disputadas as provas de precisão de aterragem e de formação em queda livre, na competição de paraquedismo.

Na precisão, cinco paraquedistas saltam de um helicóptero calçando tênis especiais com uma ponta no calcanhar que deve ser fincada na terra na aterrissagem.

O objetivo é atingir a "mosca eletrônica", uma marca de dois centímetros no solo.

Na formação em queda livre, cinco figuras têm de ser feitas o maior número de vezes por quatro paraquedistas, no espaço de 35 segundos após o lançamento.

Os paraquedas se abrem depois de 50 segundos do lançamento do avião.

A equipe brasileira faz cerca de 20 figuras, diz o instrutor do time, major Alexandre Vilaverde. O recorde mundial pertence aos norte-americanos, com 50 figuras.

Fonte: Jornal Floripa / NOTIMP









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