Piracicaba: Aeroclube decide não retirar destroços do local do acidente
Segundo o diretor, Marcelo Kraide, peças estão muito destruídas .
O Aeroclube de Piracicaba não vai fazer a retirada dos destroços do bimotor Sêneca que caiu na serra de São Pedro e matou quatro pessoas no dia 16 de maio. A informação foi dada pelo diretor do aeroclube, Marcelo Kraide.
"Nós mandamos um grupo até o local para ver a viabilidade de se fazer a remoção dos destroços, mas as peças estão muito destruídas. Não vale a pena", explicou Kraide.
Segundo o diretor, a dificuldade de se chegar até o local é um dos fatores que motivaram a decisão. "O local é de difícil acesso. As peças que importavam para a perícia já foram retiradas. O resto não tem problema ficar lá porque como não é um lugar habitado, há esta permissão", disse.
A Anac (Agência Nacional de Avião Civil) informou que precisa esperar todas as investigações terminarem. Só depois de finalizado o trabalho que está sendo realizado pela aeronáutica, o caso concreto do que aconteceu no acidente com o bimotor será analisado.
O acidente
O bimotor Sêneca voltava São José do Rio Preto quando, por volta das 22h30 da segunda-feira (16), fez o último contato com a Força Aérea Brasileira, em Pirassununga, avisando que estava a 10 minutos de Piracicaba. Segundo o aeroclube, o voo era a última etapa do curso dos alunos, após cumprirem todas as horas teóricas.
A aeronave foi localizada 12 horas depois do desaparecimento, pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. A operação foi em conjunto com a FAB que enviou um helicóptero e um avião na manhã de terça-feira (17). Segundo o grupamento aéreo, os policiais reconheceram o bimotor pela letra "S" escrita na parte externa do avião, que trazia o escrito "Sierra". O instrutor e os três alunos morreram.
O bimotor foi encontrado em uma mata fechada entre a Serra de São Pedro e a Serra de Itaqueri, a 38 quilômetros de Piracicaba, segundo especificação da FAB.
Fonte: PORTAL EP / NOTIMP